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Apesar de toda movimentação internacional, as moedas criptográficas, como o bitcoin, ainda não parecem atrair tanto os brasileiros. Ou pelo menos é isso que aponta um levantamento feito pela R18, que analisou as postagens feitas por internautas do Brasil no Twitter e no Facebook: entre 17 de fevereiro e 13 de março, menos de 8 mil delas foram registradas.
A maior parte dos 7.967 comentários veio da rede de microblogs, enquanto uma pequena parcela (841 dele) saiu da rede social de Zuckerberg. Boa parte das postagens se deu nos dias próximos à descoberta do suposto criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, pela revista americana Newsweek: foram 1.029 posts no dia 6 e 1.064 no dia 7 de março.
O fechamento do Mt.Gox foi o terceiro momento de maior movimentação relacionada às moedas nas redes sociais: pouco mais de 620 tuítes e atualizações de status foram feitos no dia 25 de fevereiro. A movimentação caiu logo em seguida, e voltou a atingir uma marca de mais de 470 comentários apenas no dia 28, com a falência definitiva do tradicional mercado.
Em termos de tipos de moeda, o bitcoin predomina nas postagens. Das quase 8 mil feitas no período analisado, 6.857 foram relacionadas à unidade monetária de Nakamoto. Outras 360 envolveram a Dogecoin, enquanto a Litecoin, segunda mais valorizada no mercado, ficou com 75 comentários.
Dos 3.500 internautas que declararam gênero, 70% eram homens. Quase 1.900 mostravam de onde postavam, e 42% desse total estavam em São Paulo. O Rio de Janeiro, com 14%, é o segundo estado com mais engajamento em relação a moedas criptográficas. Por fim, em relação a dispositivos, 87% dos 3.300 usuários que exibiam o meio de publicação estavam escrevendo em computadores – indo contra a corrente, que mostra um domínio do mobile nas redes.
Apenas para efeito de comparação, o anúncio do PlayStation 4, no dia 20 de fevereiro do ano passado, rendeu mais de 86 mil tuítes apenas na data – o que mostra que as moedas criptográficas ainda estão um pouco longe do público.
Há algumas possíveis explicações para isso, mas esse distanciamento pode ocorrer simplesmente por ser um assunto bem específico e até complexo. Mas ainda que não seja grande, o volume de comentários não deixa de mostrar que há interesse no tema aqui no Brasil – e a popularização e inclusão do tema no cotidiano pode ser questão de tempo.
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