segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

TI INSIDE Online - Governo estuda implantação da 'internet móvel 0800'

TI INSIDE Online - Governo estuda implantação da 'internet móvel 0800':

O governo está realizando estudos para implantar a chamada tarifação reversa da banda larga móvel. Por meio desse sistema, os provedores de conteúdo (sites) pagariam o acesso dos usuários, realizado a partir de dispositivos móveis (tablets, celulares, smartphones e modems 3G). A informação foi dada esta semana pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, durante a Campus Party Brasil, em São Paulo.

“Não temos conhecimento de nenhum modelo internacional parecido. Acho que isso será meio tupiniquim”, afirmou o ministro Paulo Bernardo. Segundo ele, a ideia é que o serviço seja pago pelo site ao qual o internauta vai ser conectado. “Queremos desenvolver uma conexão de internet onde a pessoa entra para fazer reclamação, é atendida em call center, realiza compras e faz operações bancárias sem ter de pagar pela conexão.”

A chamada “internet 0800” vai facilitar o acesso das classes mais pobres da população ao conteúdo digital, já que não seria necessário ter um pacote de dados para acessar determinados tipos de conteúdo. Outra vantagem é a aproximação entre o governo e os cidadãos, já que a banda larga reversa pode funcionar como uma plataforma para a prestação de diversos serviços governamentais pela internet, sem que seja necessário para o usuário pagar pelo acesso, como educação, saúde, trabalho e previdência. Para realizar uma conexão a esses serviços de governo, não seria preciso que o usuário tivesse créditos em seu celular pré-pago, por exemplo.

A escolha de um modelo de solução técnica para a utilização desse sistema de tarifação ainda depende de discussões entre Ministério das Comunicações, Anatel e operadoras, com participação do Ministério do Planejamento e do CPqD.

Projeto piloto
Um projeto piloto do sistema deverá ser desenvolvido na primeira quinzena de março, na localidade do Varjão, na periferia do Distrito Federal. O Minicom está em contato com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do DF, que demonstrou interesse em participar do projeto, oferecendo apoio para selecionar as pessoas que testarão o serviço. Governo e operadoras também estão definindo a participação das empresas no projeto-piloto, além de definir quais os sites que poderão ser acessados.

Para implantar a tarifação reversa, está sendo estudada a possibilidade de serem criados domínios específicos na rede mundial de computadores, como “0800.gov.br” ou “0800.com.br”.

TI INSIDE Online - Mais de 6 mil aviões em todo o mundo devem ter banda larga até 2015

TI INSIDE Online - Mais de 6 mil aviões em todo o mundo devem ter banda larga até 2015:


Mais de 6 mil aviões em todo o mundo devem ter banda larga até 2015


A implantação de conexão à internet sem fio em aviões ganhou força nos últimos anos e a tendência é que este mercado cresça ainda mais, segundo revela uma recente pesquisa da In-Stat. De acordo com o estudo, em 2015, os serviços de banda larga a bordo devem gerar receita de US$ 1,5 bilhão e as implantações superarão a marca de 6,1 mil aviões em todo o mundo.

Ainda segundo o levantamento, as taxas de crescimento do setor subiram significativamente, passando de uma média de 4% em 2010 para 7% em 2011, ano em que 1.835 aeronaves foram habilitadas com o serviço Wi-Fi. Atentos ao crescimento do mercado, os provedores de banda larga em voos começam a introduzir serviços adicionais aos passageiros como de voz e vídeo, além de serviços operacionais.

De acordo com o analista Amy Cravens, a variedade de dispositivos habilitados à conexão Wi-Fi mudou consideravelmente, o que deve alterar significativamente o uso de banda larga em voos. “Mais passageiros embarcam com smartphones, tablets e laptops habilitados a utilizar o serviço”, apontou.

UOL Tecnologia-Governo começará a testar modelo de internet grátis para serviços e atendimento ao consumidor

 UOL Tecnologia -Governo começará a testar modelo de internet grátis para serviços e atendimento ao consumidor 

Sabrina Craide
Da Agência Brasil, em Brasília



No próximo mês devem começar a ser feitos os primeiros testes de um modelo de acesso à internet no estilo dos serviços de ligação telefônica para números com prefixo 0800, em que o custo da ligação é pago pelas empresas que prestam o serviço aos consumidores. A ideia é ter um modelo de internet com tarifação invertida, ou seja, pago pelo site que será conectado para serviços como acesso a bancos, compras ou atendimento ao consumidor.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, diz que o conceito não foi importado de outros países e que será um modelo “tupiniquim”. “A ideia é tentar desenvolver uma conexão de internet em que a pessoa entra para fazer uma reclamação, pedir atendimento em call center, compras ou operação em um banco. Isso possibilitaria que o cliente dessa empresa fizesse uma conexão que não seria tarifada para ele, e sim para a empresa que franqueou a ligação”, explica.

A região administrativa de Varjão, no Distrito Federal, com cerca de 9 mil habitantes, foi o local escolhido para a realização dos primeiros testes, que serão operacionalizados pelo Ministério das Comunicações, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI).

Paulo Bernardo explica que a novidade não vai substituir o serviço telefônico gratuito, mas poderá baratear o custo de atendimento ao consumidor para as empresas. “Se der certo, pode ser uma alternativa, a empresa que tem um call center, onde instala milhares de pessoas para atender, pode colocar um portal para fazer um autoatendimento. Acho que pode funcionar e ser até mais barato”.

O ministro deu como exemplo o caso dos bancos, que poderão franquear o acesso à internet dos correntistas que quiserem fazer transações pela rede. “Os bancos têm muito interesse no uso do home banking, porque economiza e melhora a parte operacional”

A advogada Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) avalia que essa gratuidade é importante para que o consumidor tenha acesso a esses serviços, principalmente porque hoje os brasileiros já pagam tarifas elevadas de telefonia. Ela alerta, no entanto, que o custo de implantação do serviço não pode ser repassado ao consumidor. “Hoje,o consumidor já paga uma das tarifas mais altas entre inúmeros países. É uma questão de acompanhamento efetivo por parte do governo, para que o consumidor não tenha essa gratuidade e acabe pagando tarifas mais caras por conta disso”.

Insight - Laboratório de Ideias: PNBL e Telebras-Investidor e fundo declaram ter adquirido mais de 5% das ações preferenciais da Telebras

Insight - Laboratório de Ideias: PNBL e Telebras- Investidor e fundo declaram ter adquirido mais de 5% das ações preferenciais da Telebras

(atualizado em 12/02, às 16h38)


No dia 10 de fevereiro, a Telebras publicou um aviso de "Declaração de participação relevante", divulgando o documento endereçado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) onde o investidor Paulo de Almeida Nobre e o Manitu High Yield Fundo Investimento de Ações (do qual Paulo é o único cotista) declaram ser titulares de 1.639.899 ações preferenciais da Telebras (Telb4), sendo 1.075.299 de titularidade do primeiro, e 564.600 de titularidade do segundo (Manitu), que representam, em conjunto, mais de 5% dessa classe de ações (7,80%).

Segundo o documento, a aquisição não visa alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da empresa, mas sim "exclusivamente deter investimento na TELB4".

O Manitu iniciou suas operações em 2005, mas em 09 de julho de 2010 (dois meses após o lançamento do PNBL e a reativação da Telebras) teve seu regulamento alterado.

Fatos estranhos
O documento dirigido à CVM pelos investidores tem data de 27 de janeiro. No entanto, somente em 10 de fevereiro - dez dias úteis e dez pregões da bolsa de valores após - foi divulgado ao mercado, sem nenhuma explicação sobre esse atras

Na página da CVM onde constam todos os fundos de investimento atuantes no Brasil, a ação com código "Telb4" não consta da carteira do Manitu High Yield Fundo Investimento de Ações. A última atualização de dados desse fundo, informada no dia 08/02/2012, tem competência referente ao mês de janeiro de 2012.

Seja como for, no documento de 27 de janeiro a afirmação colocada está escrita no tempo presente: "Os acionistas sãotitulares, em conjunto,...", ou seja, nesse dia as ações ainda teriam que estar em carteira. Assim, o mercado começa a questionar se os dados informados na página da CVM estão errados ou se a posição teria sido vendida antes do encerramento do mês de janeiro.

Paulo de Almeida Nobre
Também conhecido como "Palmeirinha", o investidor que informou deter mais de 5% das ações preferenciais da Telebras tem 43 anos, é um advogado conhecido na cidade de São Paulo, homem de negócios, empresário e piloto de rally (Equipe Palmeirinha), onde faz questão de carregar os símbolos da Sociedade Esportiva Palmeiras, clube de futebol onde já foi vice-presidente e é conselheiro.

Interesse pela Telebras
O Manitu High Yield Fundo Investimento de Ações vem se juntar ao Tamisa Fundo de Investimento Multimercado (pertencente ao Banco Cruzeiro do Sul) no interesse concretizado pela aquisição de expressivas participações acionárias na Telebras. Juntos, possuem mais de 31% das ações preferenciais da estatal, sendo que o Tamisa possui também mais de 6,5% das ordinárias.

Além de estratégias de curto ou médio prazo que poderiam contemplar vantagens em uma pretendida ida da empresa para os níveis mais altos da Governança Corporativa, fontes do mercado creditam o atual posicionamento dos fundos Tamisa e Manitu a estratégias de mais longo prazo que se alicerçam nas seguintes potencialidades da Telebras:

  • é a líder de um dos maiores e mais estratégicos projetos do governo, o Programa Nacional de Banda Larga;
  • em parceria de 49% com a Embraer Defesa e Segurança, construirá dois satélites geoestacionários, fazendo o gerenciamento e a exploração econômica de ambos;
  • em parceria semelhante com a Odebrecht Defesa e Tecnologia, lançará dois cabos submarinos internacionais (um para os EUA e outro para a África), fazendo também o gerenciamento e a exploração econômica de ambos;
  • gerenciará e explorará economicamente o maior e mais abrangente backbone de fibras óticas do País;
  • liderará a integração sul-americana de interconexão por fibras óticas, em parcerias com empresas de países do Cone Sul;
  • interligará todas as infraestruturas de uma grande nuvem privada do governo federal criada por ela, pelo Serpro e pela Dataprev;
  • ao construir e disponibilizar a infraestrutura de super banda larga para a Copa de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016, será a empresa-chave para o sucesso dos dois grandes eventos internacionais;
  • estabelecerá parcerias com grandes empresas privadas (como já fez com a Sky) em condições econômicas vantajosas e extra-PNBL, bem como com centenas de pequenos e médios provedores de Internet dentro desse Programa;
  • tende a ser a destinatária natural dos recursos do FUST, em vias de serem liberados pelo Congresso neste ano;
  • poderá vir a ser escolhida como o Operador Único Nacional da TV Pública Digital;
  • será a responsável pelo backbone, pelo backhaul e - de acordo com a secretária de Inclusão Digital do MiniCom, Lygia Pupatto – pela última milha nas cidades digitais brasileiras;
  • poderá receber poderes, via MP ou Decreto, para prestar serviços aos órgãos públicos sem a necessidade de se submeter a processo licitatório (Lei 8.666/93), já que foi criada antes dessa Lei, tornando-se a grande fornecedora de banda larga no atacado para tais entidades em todo o Brasil. Neste caso, dado ao caráter confidencial e/ou estratégico dos dados transportados, deverá também fazer a última milha.
Expectativa de capitalização?
Em 2010, o governo publicou duas Medidas Provisórias que, em conjunto, abriram-lhe um enorme leque de possibilidades para capitalizar suas estatais, inclusive a Telebrás. A MPv 500, convertida na Lei nº 12.380, de 10 janeiro de 2011, disciplinou os poderes disponibilizados pela MP 487, que perdeu a eficácia posteriormente.

De acordo com o Art. 1º da Lei nº 12.380, ficam a União, por meio de ato do Poder Executivo, e as entidades da administração pública federal indireta autorizadas a contratar, reciprocamente ou com fundo privado do qual o Tesouro Nacional seja cotista único:

I – a aquisição, alienação, permuta e cessão de ações, inclusive seus respectivos direitos econômicos, representativas do capital social de empresas nas quais participe minoritariamente ou aquelas excedentes ao necessário para manutenção do controle acionário em sociedades de economia mista federais;

II – a cessão de créditos decorrentes de adiantamentos efetuados para futuro aumento de capital; e

III – a cessão de alocação prioritária de ações em ofertas públicas de sociedades de economia mista federais ou a cessão do direito de preferência para a subscrição de ações em aumento de capital, desde que mantido, nos casos exigidos por lei, o controle do capital votante.

O Art. 2º vai além, autorizando a União, por meio de ato do Poder Executivo, a abster-se de adquirir ações em aumentos de capital de empresas em que possua participação acionária, minoritária ou majoritária, devendo preservar o controle do capital votante nos casos exigidos por lei.

No caso da Telebras, assim como no de outras sociedades de economia mista controladas pela União, a Lei nº 12.380possibilita a alienação ou cessão de parte das ações excedentes ao controle para outras estatais ou para um fundo privado do qual o Tesouro Nacional seja cotista único. A União também pode se abster de participar nas eventuais subscrições, diluindo sua posição, desde que não perca o controle acionário.

Bom negócio
Atualmente, o governo detém 72% do total das ações da Telebras (soma das ON com as PN). Com as aquisições feitas até o mês passado passado, o Banco Cruzeiro do Sul possui mais de 10% desse total e Paulo Nobre/Manitu cerca de 1,50%.

Sejam quais forem as estratégias presentes e/ou futuras que norteiam esses investimentos, uma coisa é certa: seus administradores não estariam com cerca de 300 milhões de reais investidos em ações da Telebras sem terem uma razoável certeza de que estão fazendo um bom negócio e que obterão excelentes lucros.

Insight - Laboratório de Ideias: PNBL e Telebras-Grupo de trabalho decidirá passos de anel óptico latino-americano

Insight - Laboratório de Ideias: PNBL e Telebras- Grupo de trabalho decidirá passos de anel óptico latino-americano

Fibra óptica ligará Brasil, Argentina e Paraguai.
iPNews - 10/02/2011

Uma reunião realizada no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu, Paraná, na quinta-feira (9), decidiu pela formação de um grupo de trabalho e cooperação técnica entre instituições para a interconexão em fibra óptica entre Brasil, Argentina e Paraguai. O objetivo é levar internet às regiões de países latino-americanos com menor índice de acesso.

O grupo de trabalho inclui o Ministério das Comunicações (MiniCom), Telebras, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Itaipu Binacional, PTI-Brasil, PTI-Paraguai, Parque Tecnológico de Misiones e a Empresa Provincial de Telecomunicaciones Marandú, da Argentina. Fica a cargo do MiniCom a articulação para alinhar o projeto com os protocolos assinados entre Brasil e Argentina e os recentes acordos com a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

Segundo a secretária de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, Lygia Pupatto, esse projeto é de grande interesse do Governo Federal, que já conta com o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). “Algumas instituições envolvidas já têm seus projetos de fibra óptica e banda larga individualmente. O nosso desafio é fazer esse arranjo, discutir a parte técnica, desenhar um mapa de atuação, evoluir nisso e aplicar investimentos”, disse.

A Telebras também manifestou apoio ao projeto de interconexão. “A Telebras vai colocar engenheiros para realizar estudos de conexão da fibra óptica e iluminar essa rede até Foz do Iguaçu”, disse Erivan Paiva, gerente de planejamento empresarial da estatal.

O PTI-Brasil e o PTI-Paraguai pretendem articular a formação de uma grande rede metropolitana interligando Brasil, Argentina e Paraguai. As tecnologias serão desenvolvidas em cooperação e o PTI será o ponto de conexão internacional do sistema, incluindo tráfego de dados acadêmicos e da internet comercial. “A fibra óptica vai ser a água que vai matar a sede do conhecimento. Será uma grande revolução”, diz Juan Carlos Sotuyo, diretor superintende do PTI-BR.

Para a RNP, a conexão de fibra óptica em Foz se justifica pela meta de atender a todas as instituições públicas do Brasil até 2014. “Foz é uma cidade que priorizamos, pois temos que atender a Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) e o IFPR (Instituto Federal do Paraná)”, disse Eduardo Grizendi, gerente de planejamento empresarial da RNP.

As equipes voltam a se reunir dentro de dois meses para uma nova rodada de negociações e definição das metas de trabalho. O encontro deve acontecer, novamente, no Parque Tecnológico Itaipu.

G1 - Ataque de hackers deixa clientes de empresa holandesa sem e-mail - notícias em Tecnologia e Games

G1 - Ataque de hackers deixa clientes de empresa holandesa sem e-mail - notícias em Tecnologia e Games:
Ataque de hackers deixa clientes de empresa holandesa sem e-mail
Empresa de telecomunicações anunciou ataque na sexta (10).
Hackers publicaram na internet dados pessoais de 539 clientes.
Da EFE

 

KPN é uma empresa holandesa
de telecomunicações (Foto: Reprodução)


A empresa holandesa de telecomunicações KPN suspendeu as contas de e-mails de seus clientes na sexta-feira (10) após sofrer um ataque de hackers. De acordo com a agência EFE, 2 milhões de clientes foram afetados.

Como informou a própria companhia, o acesso ao e-mail foi bloqueado na sexta-feira à noite após a publicação na internet de dados pessoais de 539 clientes, incluindo nomes, endereços e números de telefone.

Conforme a companhia, a partir das 6h (de Brasília), os e-mails da KPN voltaram a funcionar. Porém, os clientes precisarão redefinir suas senhas de acesso. A KPN sofreu outro ataque hacker no fim de janeiro, mas, por enquanto, não se sabe se os dois casos têm relação.

As críticas à empresa participaram inclusive do âmbito político, pois vários partidos querem explicações da KPN sobre a falta de medidas de segurança. A KPN, uma companhia estatal de telecomunicações holandesa, tem negócios em outros países europeus. O ataque, no entanto, parece ter afetado unicamente os serviços na Holanda.

G1 - Europeus protestam contra acordo antipirataria na internet - notícias em Tecnologia e Games

G1 - Europeus protestam contra acordo antipirataria na internet - notícias em Tecnologia e Games:
Europeus protestam contra acordo antipirataria na internet
Munique concentrou a maior manifestação alemã, com 16 mil pessoas.
Na Áustria, 6 mil pessoas protestaram nas principais cidades do país.
Do G1, com informações da France Presse

Milhares de internautas se manifestaram neste sábado (11) nas grandes cidades da Alemanha e em outros países da Europa contra o acordo multilateral contra a pirataria Acta (Acordo Anti-Pirataria, da sigla em inglês), segundo os organizadores e a polícia.

Munique concentrou a maior manifestação alemã, com 16 mil pessoas. Outras 10 mil desfilaram em Berlim, 5 mil em Hamburgo (norte), 4 mil em Dortmund (oeste), 3 mil em Frankfurt (centro) e 3 mil em Dresde (leste).


Ativistas protestam contra o Acta em frente ao palácio do governo em Vilnius , na Lituânia, neste sábado (11) (Foto: AP)
A Alemanha anunciou na sexta-feira que suspendia no momento a ratificação do acordo. 

Na Áustria, 6 mil pessoas protestaram nas principais cidades do país, 3 mil delas na capital Viena, segundo a polícia, 4,5 mil, segundo os organizadores.
Em Sofia, a capital búlgara, mais de 3 mil pessoas se uniram ao dia de protestos contra o Acta, e várias cidades do país também protestaram.

Centenas de pessoas também encheram as ruas em Paris para protestar contra o acordo, assinado no final de janeiro de 22 países da União Europeia. Protestos também aconteceram na Lituânia.

O Acta cria normas internacionais para a proteção da propriedad intelectual e dos direitos autorais e tem como objetivo lutar contra a pirataria num sentido mais amplo. Seus críticos denunciam um grave ataque contra a liberdade de expressão e os direitos dos internautas.

Insight - Laboratório de Ideias: PNBL e Telebras-Governo dá novas missões ambiciosas para a Telebras

Insight - Laboratório de Ideias: PNBL e Telebras- Governo dá novas missões ambiciosas para a Telebras

Reativada em 2010 para colocar de pé ambicioso plano de popularização da internet, a Telebras praticamente não saiu do lugar. Foi alvo constante de críticas das operadoras de telefonia, perdeu orçamento e sofreu com auditorias do Tribunal de Contas da União. Agora, o governo decidiu dar novo alento à estatal

Desde que foi reativada, há exatamente dois anos, a Telebras conseguiu estar no centro de quase tudo, menos das telecomunicações. Recriada para liderar um projeto inédito de popularização da internet rápida no país, a estatal passou a ser alvo constante de críticas por parte das operadoras privadas de telefonia, sofreu esvaziamento político e financeiro, foi emparedada pelas auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) e acabou metida em um ostracismo que transformou seus planos e metas em belas peças de ficção.

"Tudo isso passou", diz Caio Bonilha, que há nove meses assumiu a presidência da Telebras. Na semana passada, uma dúzia de fornecedores de equipamentos esteve na sede da estatal, em Brasília, para checar detalhes do que a empresa comprará ao longo de 2012. "É uma forma de todo mundo se antecipar e estar preparado para as licitações", diz o executivo.

Bonilha abre uma sequência de slides no laptop e enumera os projetos que, segundo ele, "viraram a página" da Telebras. Neste ano serão investidos R$ 510 milhões em projetos de peso, como a instalação de milhares de quilômetros de fibras ópticas pelo país, a construção de cabos submarinos internacionais, a montagem de um satélite geoestacionário em parceria com a Embraer e a criação de centros de internet ultrarrápida para apoiar as cidades-sedes da Copa das Confederações.

O investimento, diz ele, já está garantido pela União, mas também são grandes as chances de a Telebras fazer uma emissão de debêntures neste ano para se capitalizar. O plano é usar a nova lei sancionada pelo Palácio do Planalto, que favorece a emissão de títulos de dívida por empresas ligadas a projetos de infraestrutura. "Com certeza vamos aproveitar esse mecanismo, que pode ajudar a nos fortalecer", comenta Bonilha. "Estamos caminhando, apesar de todas as dificuldades que enfrentamos. E, finalmente, o mercado começa a acreditar que a Telebras existe."

É fato que a estatal ainda está muito longe de suas ambições originais. Previa-se, por exemplo, que até dezembro passado 1,1 mil municípios estariam plugados em uma rede central ("backbone") de fibra óptica da Telebras, alcançando metade da população do país. Para essa cobertura, seriam investidos R$ 1 bilhão em 2011, com mais R$ 1,5 bilhão em 2012. A realidade é que as primeiras cidades passaram a receber o sinal do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) só em julho do ano passado e os desembolsos acabaram minguando para cerca de R$ 70 milhões. No final das contas, o investimento necessário de R$ 2,5 bilhões para os dois anos foi reduzido para R$ 580 milhões no período.

Os bilhões de reais prometidos, segundo Bonilha, já não são mais necessários, porque a estatal revisou todos os seus projetos. "Quando fizemos o desenho da Telebras, achávamos que faríamos tudo do zero, principalmente nas áreas metropolitanas. Mas isso mudou radicalmente após os acordos firmados com as empresas de energia", comenta. "Outra razão para a queda no orçamento é a redução do preço dos equipamentos em relação àquilo que estimávamos. Tudo caiu bastante ao longo do tempo."

A Telebras tem hoje 200 funcionários, mas pretende chegar a 500 profissionais no quadro próprio até o fim deste ano, por meio de concurso público. Uma consultoria já foi contratada para elaborar um plano de cargos e remuneração. "Hoje, se um funcionário adoece, não tem ninguém para repor", diz Bonilha.

Os planos e metas podem ter mudado bastante, mas a companhia ainda está no vermelho. Em 2010, o resultado líquido ficou negativo em R$ 13,8 milhões. Entre janeiro e setembro de 2011, o saldo negativo chegou a R$ 30,1 milhões. Para Bonilha, os resultados estão dentro do esperado. "Estamos em um setor de capital intensivo, no qual é impossível dar lucro antes de três, quatros anos. Além disso, nossa estratégia não é o lucro imediato, como é a das teles", comenta. "Estamos implantando uma política de governo. Sabemos de nossa responsabilidade de regular o mercado."


Finalmente, plano de banda larga começa a virar realidade

O prometido Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) vai começar, finalmente, a mostrar a que veio. Neste mês, um total de 10,5 mil quilômetros de fibra óptica estará "iluminado" pela Telebras em Estados de Norte a Sul do país. A rede, conhecida como backbone, usa a malha de fibra óptica que está instalada ao longo das linhas de transmissão de energia do sistema Eletrobras, mas que estavam subutilizadas até agora. Coube à Telebras instalar equipamentos ao longo dessa rede para, finalmente, torná-la ativa.

Com essa infraestrutura, a Telebras passa a ter capacidade de atender até 600 municípios do país a partir de março, segundo o presidente da estatal, Caio Bonilha. Cerca de 60 centros de distribuição (torres de disseminação de sinal) entrarão em operação neste mês. É nessas estações que o provedor de acesso busca suas conexões para oferecer o serviço - por cabo ou rede sem fio - até a casa do usuário.

Até dezembro, a estatal planeja chegar a 31 mil km de fibra óptica ativa no país. Para levar essa infraestrutura aos provedores de acesso serão instaladas pelo menos mais 250 estações de distribuição. A Telebras só atende o segmento de consumo, e não o de empresas, mas sempre por meio de outros provedores. "Fecharemos o ano com a cobertura em todos os Estados e 21 mil cidades poderão ser atendidas em um raio de até 50 quilômetros do backbone", diz Bonilha. "Até lá, queremos ter ao menos 510 provedores plugados nessa rede."

Com a rede preparada, estatal terá condições de atender até 600 municípios a partir de março

Antes de instalar suas estações de distribuição de sinal, porém, a Telebras precisa encontrar terrenos para isso. No mês passado, a estatal disparou cartas para 2 mil prefeituras, convidando o gestor municipal a ceder uma área de pelo menos 100 metros quadradros para receber a central e, assim, passar a ser beneficiado pela cobertura do sinal digital. O retorno não foi muito empolgante. "Nossa grande dificuldade hoje é conseguir esses terrenos, sem contar as licenças ambientais envolvidas no processo, que facilmente levam mais de 120 dias para ser liberadas", diz Bonilha. Para 2012, a meta é encontrar pelo menos 350 terrenos.

Embora a oferta do PNBL por provedores ainda esteja engatinhando, é fato que a entrada da Telebras no mercado já causou efeitos práticos para queda de preço do acesso. Entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011, conforme levantamento feito pela própria estatal, o preço do megabit contratado pelo provedor caiu, em média, 54%. Há casos de provedores que pagavam R$ 400 pelo link de uma grande operadora e hoje desembolsam R$ 90 mensais pelo mesmo serviço.

Uma nova série de licitações será feita nos próximos meses para garantir a entrega da rede. Paralelamente, a Telebras está construindo trechos próprios de fibra óptica em cidades com mais de 50 mil habitantes. Ao todo, serão construídos 5 mil km de malha para se plugar às redes já existentes da Eletrobras e da Petrobras, outra parceira do projeto. "Neste ano vamos implantar uns 4 mil quilômetros de fibra em áreas metropolitanas", diz o presidente da estatal.

Boa parte dessa nova estrutura será destinada a atender as seis cidades-sede da Copa das Confederações: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, Recife e Salvador. Só neste ano essas cidades receberão investimentos de R$ 80 milhões em infraestrutura de telecomunicações por conta da Telebras. "Faremos um teste em breve para ver como essa rede vai funcionar."

Paralelamente, a estatal quer concluir até abril os projetos para as 12 cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014. Bonilha nega atraso na execução das obras e afirma que os problemas se devem exclusivamente à indefinição causada pela Fifa, que ainda não indicou onde ficarão os centros de treinamento e concentração das seleções, que hotéis serão usados etc. "Estamos cobrando essas informações. Sem isso, não conseguimos avançar." (AB)

Nova companhia planeja colocar satélite em órbita até 2014
Nas próximas semanas será oficialmente lançada a empresa resultante de uma parceria entre a Telebras e a Embraer, criada para liderar o processo de construção e operação de um satélite geoestacionário. Ainda neste semestre, essa sociedade colocará na rua o edital para contratação da companhia que apoiará a fabricação do equipamento. Serão dois anos de construção, com a sede da nova empresa em São José dos Campos (SP). A Embraer terá participação de 51% e a Telebras, de 49%. A previsão de lançamento é 2014. "Já temos a posição orbital definida. Esse projeto começa a ser tocado no próximo mês", diz Caio Bonilha, presidente da Telebras.
A compra dos equipamentos que compõem o satélite será feita por etapas. Para este ano, a previsão é de investir R$ 56 milhões no projeto. A construção do satélite tem a participação dos ministérios da Defesa, das Comunicações e da Ciência e Tecnologia. Para a Telebras, diz Bonilha, o equipamento servirá de apoio à disseminação da banda larga em regiões remotas que não forem alcançadas pela fibra óptica. Com o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) está prevista a cobertura de até 4,2 mil municípios por meio de cabos. Ao satélite caberá a cobertura adicional das demais 1,3 mil cidades do país. Para o Ministério da Defesa, o satélite servirá para centralizar informações consideradas críticas para o governo. "Será um tipo de backup de informações consideradas estratégicas."

A viabilização de um satélite geoestacionário brasileiro é acompanhada de perto pela presidente Dilma Rousseff, que quer a nacionalização dessa indústria, já que os componentes que darão vida ao equipamento serão fornecidos majoritariamente pelo mercado internacional. Incluído no programa plurianual (PPA) de 2012-2015, o satélite tem uma previsão de investimentos de aproximadamente R$ 700 milhões. "As empresas que fabricam satélites fazem parte de um grupo muito restrito em todo o mundo, e o governo vislumbrou uma oportunidade de retomar seu programa espacial geoestacionário. Faremos parte desse grupo", afirma Bonilha.

A preocupação de lançar o equipamento até 2014 se deve ao fato de que, em dois anos, vencerá o prazo para que o Brasil ocupe a reserva feita para duas posições orbitais a que o país tem direito no espaço para aplicações na área de defesa, conforme as regras definidas pela União Internacional das Telecomunicações (UIT). (AB)

Ligação com os EUA é prioridade
A construção de uma complexa malha de cabos submarinos de fibra óptica começou a ganhar corpo dentro da Telebras. A estatal negocia acordos com várias estatais e empresas estrangeiras para ampliar a conexão entre países e reduzir a dependência das estruturas atuais, praticamente limitadas a redes dos Estados Unidos.

Segundo o presidente da Telebras, Caio Bonilha, atualmente há três projetos em andamento, todos eles com origem em Fortaleza (CE). Dali sairá um cabo que ligará o país aos EUA. Um segundo projeto, já negociado com a empresa Angola Cables, prevê a construção de um ramal submarino até a África. O terceiro projeto, com destino à Europa, está em negociação com uma operadora espanhola.

Além dessas iniciativas, está em andamento um projeto de integração das redes de telecomunicações dos países sul-americanos. Este, porém, será viabilizado por meio de linhas de transmissão de energia e dutos. O trabalho, coordenado pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul), já está adiantado em países como Argentina e Paraguai.

"Hoje, o protocolo de internet contratado é muito caro para nós. Pagamos alto esse transporte. Com os cabos submarinos, vamos baratear o nosso custo", afirma Bonilha.
O projeto prioritário é a ligação até os Estados Unidos. A Telebras tem realizado reuniões frequentes com as teles privadas para fechar parcerias que viabilizem a empreitada de 8 mil quilômetros de extensão, R$ 400 milhões em investimento e um ano e meio de trabalho.

"Como o risco de cada um construir seu cabo é alto, queremos encontrar parceiros com interesse em comprar parte da capacidade de transmissão desse cabo", diz o presidente da Telebras. "Fechadas as parcerias, faremos uma concorrência para escolher quem vai construir o cabo e, depois de pronto, cada um explora a sua capacidade, separadamente."

A expectativa é de que as parcerias sejam firmadas no primeiro semestre e a contratação da obra ocorra no semestre seguinte. Estimativas mostram que até 2016 a capacidade instalada de boa parte dos cabos submarinos estará saturada. Embora a fibra óptica tenha uma capacidade extrema de tráfego de dados, essa potência tem vida útil e tende a cair conforme a malha vai perdendo suas características. Em média, elas duram de 20 a 30 anos. Uma emenda, por exemplo, já diminui a sua vida útil.

"O beneficio de contar com essa malha é que, além de reduzirmos custos, podemos ter uma rede estratégica, que pode ser gerenciada com o apoio de mais países", diz Bonilha. (AB)