segunda-feira, 20 de agosto de 2012

INFO: Serpro investe na criação de apps para melhorar atendimento



Marcos Mazoni, diretor-presidente do Serviço
Federal de Processamento de Dados (Serpro)

Brasília – O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa de tecnologia ligada ao Ministério da Fazenda, quer ampliar os serviços de atendimento ao cidadão e passou a investir no desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis, como tablets [pranchetas eletrônicas] e smartphones [celulares inteligentes].

Logo será possível, por exemplo, bloquear, por meio de um celular, com o envio de um SMS (serviço de mensagens curtas), os comandos de um veículo à distância. Outra novidade é que a declaração do Imposto de Renda poderá ser previamente preenchida pela própria Receita Federal para o contribuinte que tem apenas uma fonte de renda, bastando que ele dê o aval ao documento que será apresentado.

Os médicos da família do programa de atenção à saúde básica irão preencher eletronicamente o prontuário dos pacientes em qualquer região do país com equipamentos móveis e transmiti-los para os bancos de dados do Ministério da Saúde, da mesma forma que os pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fazem atualmente, ao coletar dados durante o censo. O mesmo já ocorre na fiscalização de obras, procedimento que dá agilidade ao agente público para cumprir as tarefas.

Em entrevista à Agência Brasil, o diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, destacou que é importante para o governo acompanhar as mudanças que vêm ocorrendo com o uso da internet, já que grande parte dos acessos à rede mundial de computadores no país tem ocorrido por meio de dispositivos portáteis. Mazoni destacou que a necessidade de melhorar o atendimento ao cidadão, inclusive, por meio do governo eletrônico e também dos processos de gestão pública. Segundo ele, o governo também terá a sua "nuvem" computacional.

Agência Brasil – O senhor poderia citar alguns dos projetos em andamento hoje no Serpro para facilitar a vida do cidadão?

Marcos Mazoni – Recentemente, lançamos dois aplicativos para tablets e smartphones para atender ao contribuinte da Receita Federal – o Viajantes no Exterior e o Pessoa Física. O primeiro é um software da área aduaneira que ajuda o passageiro que retorna ao Brasil a cumprir as exigências da legislação a respeito de compras. O outro permite que o cidadão consulte os lotes do Imposto de Renda, por exemplo. Os dois foram projetados para iOS e para Android . O iOS é utilizado em equipamentos fabricados exclusivamente pela Apple, que tem entre seus produtos o iPhone, e o Android, desenvolvido pelo Google, que tem o código-fonte aberto e é usado por diversos fabricantes de equipamentos. 

Agência Brasil – Todos os serviços, no futuro, estão incluídos no projeto do Serpro?

Marcos Mazoni – Queremos que os aplicativos permitam que o cidadão tenha acesso aos serviços do governo onde ele estiver e quando ele quiser. Este é o nosso foco, mas a rigor, por enquanto, serão apenas os serviços que não necessitam de certificação digital. As mudanças também irão auxiliar os agentes públicos em suas tarefas. Temos o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que faz a fiscalização de obras usando dispositivos móveis. Com esta agilidade, faremos o pagamento das obras de forma mais rápida e, conseqüentemente, o andamento dos projetos também se tornará mais rápido. Outro serviço que o Serpro está preparando é para mudar os procedimentos ligados ao preenchimento dos formulários usados pelos médicos da família na atenção básica à saúde. O profissional passará a usar um equipamento móvel, igual aos que o IBGE usa. O equipamento auxiliará o médico durante as visitas e permitirá a inclusão de dados no prontuário eletrônico para que possam ser transmitidos.

Agência Brasil – E na área de segurança pública?

Marcos Mazoni – Um dos nossos clientes é o Ministério da Justiça. O esforço é para que os agentes de segurança pública possam, cada vez mais, acessar os grandes sistemas de informação para saber, por exemplo, sobre veículos roubados ou se um cidadão tem algum mandado de prisão etc. Queremos facilitar a operação dos agentes que estão próximos ao cidadão. Um projeto do Departamento Nacional de Trânsito [Denatran], nosso grande cliente, com serviços móveis, diz respeito também à segurança dos veículos. Então, um dispositivo que possa desligar, em caso de roubo, o automóvel por meio de mensagem de SMS [mensagem curta de celular]. São atividades que estão em desenvolvimento e certamente estarão disponíveis para o cidadão brasileiro.

Agência Brasil – E o projeto do novo registro de identificação civil (RIC), do qual o Serpro também faz parte?

Marcos Mazoni – Está em andamento e vai agregar muitos serviços. O objetivo é finalizar o projeto no segundo semestre de 2013, iniciando a grande distribuição em 2014. É sabido que ele [RIC) não será apenas uma carteira de identidade [é parecido com um cartão de crédito e tem um chip com diversas informações]. A tecnologia permite, entre outras coisas, o acesso ao prontuário médico eletrônico, fazendo com que o cidadão possa levar para qualquer lugar suas informações de saúde. Além disso, permitirá o transporte de suas informações tributárias. O RIC permitirá o acesso a vários outros serviços que o cidadão demanda do Estado e que, hoje, precisam ser procurados em diversos sistemas. Isso será possível com o novo registro civil. É um serviço diretamente ligado ao cidadão. Facilita a questão do passaporte e dá mobilidade dentro e fora do país. E poderá ser levado para qualquer lugar onde o cidadão estiver, se assim ele entender como importante.

Agência Brasil – E o fim da declaração do Imposto de Renda em 2014 para contribuintes com uma única fonte de renda, informação antecipada pela Agência Brasil em dezembro passado?

Marcos Mazoni – Estamos muito avançados tecnicamente, mas para o cidadão que não tem uma movimentação patrimonial grande. [O projeto] está praticamente concluído, sendo necessária apenas a decisão da Receita Federal quanto à adequação do desenvolvimento tecnológico de tal produto. É importante observar que a Receita tem um cuidado muito grande para tomar esse tipo de decisão. A implementação poderá ocorrer em 2013 [A Receita Federal informou à Agência Brasil que o projeto ficará para 2014]. Inicialmente, faremos com os funcionários públicos, já que o Serpro opera a folha de pagamento deles, e com os demais trabalhadores, depois. É importante observar que nós operamos com dados dos empregados que têm carteira assinada no país. Então, isso facilitaria muito uma declaração pré-elaborada. Não chegaria a ser o fim da declaração: o documento seria apresentado ao cidadão e, caso ele concorde, o que ele teria a fazer seria apenas dizer que está de acordo com os dados tributários ali inseridos e reenviá-los.

Agência Brasil – No momento, fala-se muito em computação em nuvem. O Serpro tem algum projeto neste sentido? [A computação em nuvem permite, por exemplo, que os usuários usem, sem instalar em seus computadores, programas armazenados em centros de dados].

Marcos Mazoni – É importante entender que estas novas tecnologias irão disponibilizar serviços em qualquer lugar, usando capacidade computacional distribuída. O Serpro tem hoje esta capacidade. Temos centros de dados em Brasília, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Este ano, a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física usou esta capacidade distribuída. Recebemos declarações em ambientes diferentes. mas como se fossem únicos. Então, o Serpro também está com a tecnologia em desenvolvimento. Estamos construindo uma nuvem pública do governo. É importante trabalhar com os dados do cidadão brasileiro em servidores próprios, em território nacional. Por isso, o Serpro está construindo essa nuvem, que chamamos de “nuvem privada” do governo. É estranho, já que pertence ao governo, mas com o objetivo de ter todas essas informações protegidas e a segurança necessária. Inicialmente, estará disponível o serviço de correio eletrônico para os servidores públicos, que poderá ser usado totalmente em tablets e telefones celulares, com a possibilidade de comunicação integrada. Será um grande ganho na agilidade da burocracia interna do governo. A partir desses testes passaremos a implementar outros serviços para a cidadania, ligados a áreas como saúde, segurança pública e Fisco, que serão utilizados por essas nuvens. E essas nuvens poderão repassar informações, aquelas que forem possíveis, às nuvens privadas.

Agência Brasil – Teremos grandes eventos no Brasil, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Como as novas tecnologias poderão ser utilizadas?

Marcos Mazoni – Por exemplo, todos os dados de entrada e saída de pessoas do país passam pelos computadores do Serpro, mesmo sendo uma atribuição da Polícia Federal fazer essa operação de solicitar o passaporte etc. Ou seja, a Polícia Federal, em eventos como a Copa da Mundo e as Olimpíadas, terá disponíveis dados como o número de pessoas de um determinado país que entrarão em território nacional, os destinos de maior interesse, e isso poderá inclusive gerar negócios. O Serpro é hoje a maior empresa pública de Tecnologia da Informação do governo brasileiro e, portanto, da América Latina.

Quase 700 sistemas

Dados solicitados pela Agência Brasil e repassados pelo Serpro indicam que a estatal opera quase 700 sistemas, como os sistemas integrados de Comércio Exterior (Siscomex), de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e de Administração de Recursos Humanos (Siape), o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), o Receitanet (serviço eletrônico que valida e transmite, pela internet, as declarações de impostos e contribuições federais de pessoas físicas e jurídicas) e o Sisportos (Porto sem Papel), entre outros.

O Serpro foi criado em 1º de dezembro de 1964, tem sede em Brasília e está presente em 11 capitais: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis. Nos demais estados, a empresa mantém escritórios de serviço. Presta serviços em rede que abrange todo o território nacional. 

O número de empregados do Serpro está em torno de 11 mil, especializados tanto no segmento de tecnologia da informação quanto nas demais áreas de suporte aos negócios da empresa.

Bahia Notícias: Dilma veta divulgação de salários em estatais


A presidente Dilma Rousseff vetou a obrigatoriedade de empresas públicas e estatais divulgarem os salários de seus funcionários, prevista inicialmente na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013. Amparada pelos ministérios do Planejamento e Fazenda, a presidente argumentou que a Lei de Acesso à Informação já trata do assunto. “Os dispositivos podem inviabilizar o adequado cumprimento da Lei de Acesso à Informação, prejudicando o poder-dever de transparência ativa do Estado”, afirma trecho do veto. A divulgação dos ganhos dos funcionários de estatais havia sido aprovada pelo Congresso. “Não podemos imaginar que a divulgação de salários da estrutura administrativa e de contrato terceirizado com o poder público possa prejudicar em algo. Qual seria o argumento para uma empresa estatal ou outros setores financiados por dinheiro público não divulgar o salário dos funcionários, o valor de transferências e contratos?” questionou à época o presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS). A LDO foi publicada em edição especial do Diário Oficial da União deste final de semana, com 25 vetos no total.

Convergência Digital: Serpro rejeita monopólio. Ação da Assespro não muda modelo de contratação


O Serviço Federal de Processamento de Dados – Serpro, rejeita os argumentos de “monopólio” na prestação de serviços a órgãos da administração federal e entende que mesmo uma eventual vitória da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro) na ação que esta ingressou no Supremo Tribunal Federal não modificará a atuação da estatal.

Para a associação das empresas privadas, “o Serpro passou a deter o monopólio de direito na prestação de serviços de tecnologia da informação para todos os órgãos da administração pública que solicitarem ao Ministério do Planejamento” por conta de uma lei aprovada em 2010, que teve a constitucionalidade questionada pela Assespro no STF.

“Nossa condição é de órgão da administração e atendemos quando somos acionados. As nossas contratações são feitas com base na Lei 8.666/93 [Lei de Licitações]. Além disso, a Lei anterior já garantia ao Serpro ser contratado por dispensa de licitação quando for comprovada a vantagem econômica”, afirma o presidente da estatal, Marcos Mazoni.

O alvo da Assespro é a lei 12. 249/2010, fruto da conversão da Medida Provisória 472. Um dos artigos dessa lei deu nova redação à legislação que trata das atribuições do Serpro. Se o texto original, de 1970, como menciona Mazoni, já dava margem ao Serpro para prestar serviços para além do Ministério da Fazenda, o novo é ainda mais explícito:

“É dispensada a licitação para a contratação do Serviço Federal de Processamento de Dados - Serpro pela União, por intermédio dos respectivos órgãos do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para a prestação de serviços de tecnologia da informação considerados estratégicos, relacionados com as atividades de sua especialização.”

O presidente do Serpro, no entanto, reafirma que não está tirando espaço da inciativa privada no atendimento ao governo. “Estranho essa, talvez por desconhecimento. Os órgãos da administração continuam contratando, tanto é que uma das associadas da Assespro acaba de vencer uma licitação no nosso Ministério”, referindo-se a contratação de empresa privada para desenvolvimento de sistemas para a Receita Federal.

“Nossos órgaos prioritários continuam sendo os mininstérios da Fazenda e do Planejamento, onde atendemos todas as áreas, além de outros casos, como o Ministério dos Transportes, mantendo a base do Denatran – pelo entendimento de que a base dos condutores deveria ficar com o Estado. São coisas pontuais como fazemos”, sustenta Mazoni.

SECOP 2012: Conheça os finalistas do Prêmio e-Gov 2012:




A organização do Prêmio e-Gov 2012 divulgou nesta segunda-feira (13/08) a lista dos finalistas a décima primeira edição do Prêmio Excelência em Governo Eletrônico, promovida pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP) e pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, visando estimular, desenvolver e prestigiar a inovação e a excelência nas iniciativas de governo eletrônico e de modernização do Governo no Brasil.

Os 9 (nove) vencedores da 11ª edição do Prêmio Excelência em Governo Eletrônico serão anunciados no dia 19 de setembro de 2012, durante a solenidade de abertura do SECOP 2012, em Gramado-RS, com a participação dos responsáveis pelos trabalhos finalistas. Palestras sobre essas iniciativas premiadas serão apresentadas no SECOP, compondo a grade da programação técnica do evento.

Conheça os 20 finalistas ao Prêmio:



G1 - Governo lança programa de R$ 500 milhões para promover software e TI

Dinheiro será investido em mecanismos para promover software no país.
Secretário diz que setor faturou US$ 37 bilhões em 2011.
Amanda DemetrioDo G1, em São Paulo


O secretário de Políticas de Informática Virgílio
Almeida

O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançará, nesta segunda-feira (20), o “TI Maior”, um programa que visa a promover software e serviços de tecnologia da informação no Brasil. O investimento previsto é de R$ 500 milhões. “A indústria de software só tende a crescer, porque cada vez mais as áreas dependem dela, então queremos fortalecer isso”, disse o secretário de Políticas de Informática Virgílio Almeida, que trabalha no ministério.

Almeida defende que o Brasil já tem uma indústria de software e tecnologia da informação consolidada. Segundo ele, o setor já tem mais de 73 mil empresas e faturou US$ 37 bilhões durante o ano de 2011. “É uma indústria significativa em termos de PIB, mas a exportação ainda é pequena, na casa dos US$ 2,4 bilhões”, contou, em entrevista aoG1.

O secretário conta que a ideia do programa é promover o desenvolvimento do software aliado a setores em que o Brasil é competitivo internacionalmente (como óleo e gás, mineração e alimentos) e a setores “estratégicos” para o país (como segurança, saúde e educação). “A inteligência por trás do plano é aproveitar o avanço desses setores e incorporarmos isso em produtos de software”, disse.

Ele contou que o programa levou um ano e três meses para ficar pronto. Foram levadas em consideração medidas similares de estímulo adotadas em países como EUA, Israel, Índia, Coreia do Sul, Chile e Inglaterra.

Perguntado sobre porque agora era o melhor o momento para o lançamento do programa, Almeida disse que o país precisa de direções para o futuro no setor e tem um mercado extremamente atrativo. “Temos que aproveitar isso para inovar e gerar empregos.”

O programa anunciado funciona dentro da Estratégia Nacional de Ciência e Tecnologia, lançada em 2011. “Nós estamos construindo programas estratégicos na área de software agora, porque o hardware já tem incentivos na lei”, explica o secretário. O programa lançado servirá, diz ele, para habilitar a indústria a usar certas leis brasileiras.

Um exemplo disso, conta Almeida, está na iniciativa de dar preferência de compra ao software desenvolvido no Brasil para o que é adquirido por órgãos públicos. “Nós vamos criar uma certificação de software de tecnológica local. Assim, o software com o certificado foi desenvolvido no Brasil e poderá se beneficiar dessa prioridade na compra”, explica. A ideia é criar os mecanismos para que a lei possa ser usada.

Após o anúncio, a certificação ficará 30 dias em consulta pública.

Destaques tecnológicos

O governo também informou que pretende investir em áreas específicas, de “destaques” tecnológicos.

“Temos a computação em nuvem, por exemplo. Nós vamos instalar dois data centers para oferecer computação em nuvem e treinar as pessoas do setor”, contou o secretário. Além da nuvem - que possibilita o acesso aos aplicativos e dados de qualquer lugar, em qualquer dispositivo, via internet -, os investimentos devem ir para supercomputação, mobilidade, internet, software livre e entretenimento.


A ideia, diz Almeida, é fazer a ligação entre os programas de pós-graduação de ciências da computação do Brasil. “Nós vemos ideias pipocando no Brasil e queremos juntar isso com as empresas”, conta.

Centros de pesquisa e desenvolvimento

O "TI Maior" também prevê o incentivo à criação de quatro “centros globais” de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, que serão mantidos por empresas parceiras. “Não queremos apenas que as empresas sejam nossas parcerias comerciais, e sim nossas parcerias intelectuais”, explicou o secretário.

Segundo ele, é importante que o Brasil tenha os centros principais, para que essa cultura se espalhe por outras empresas – a localização dos centros ainda não foi definida e ficara à cargo das companhias responsáveis.

Grandes empresas de tecnologia, como IBM, HP e Google, já tem centros de pesquisa do tipo no Brasil.

Startups

As iniciativas lançadas pelo governo prevêem o incentivo às startups, companhias de inovação ainda em estágio inicial. “A ideia é oferecer um programa rápido, para que os jovens com ideias inovadoras tenham chance de tocar isso”, disse o secretário.

As medidas envolvem a criação de aceleradoras, que têm a intenção de agrupar as startups e colocá-las em contato com mentores. “As aceleradoras têm um período de trabalho curto, na casa dos meses. Estamos criando as sementes”, afirmou Almeida.

Mas o secretário lembra que não adianta só dar o dinheiro. Segundo ele, os mentores das aceleradoras poderão ajudar os jovens a saber o “caminho das pedras” para a abertura de um negócio no país.

Sobre os outros problemas enfrentados pelas startups no Brasil, Almeida diz que o próximo passo é trabalhar junto com o resto do governo em um “marco legal competitivo para as empresas de tecnologia”. Pontos como a burocracia para se abrir e tocar uma empresa no Brasil não estão tratados no novo programa. “Mas nós já temos uma lista de pontos importantes para se criar um marco regulatório competitivo para o setor da alta tecnologia.”

Novo modelo

Gerson Schmitt, presidente da Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software) espera que a iniciativa do governo altere um modelo de negócios que não tem sido vencedor na indústria brasileira de software. “Nosso mercado tem crescido cerca de 20%, em média, ao ano, nos últimos oito anos. Achamos muito positivo o reconhecimento do governo e a iniciativa de que é preciso buscar um novo foco”, disse ao G1.

O presidente da Abes diz que aguarda a consulta pública do programa para avaliar, de forma mais detalhada alguns pontos críticos do programa. “É preciso saber como o software nacional será identificado – por fabricação, registro de patente local etc. -, os conceitos de fomento às empresas do setor e com quais limites vai ser aplicada a lei que dá preferência – de zero a 25% - à adoção do software nacional em licitações públicas”, explica.

Na avaliação de Schmitt, o governo deve dar mais espaço ao software nacional, que hoje tem apenas 7% de participação no mercado, mas sem abrir mão do importado. “O melhor mercado deve ser competitivo, justo e transparente. O governo tem potencial de compra de 30% do mercado, mas já se abastece com 60% do que consome. Com a mudança esperamos que haja nova postura do processo de compra pública”, observa o representante das empresas do setor referindo-se a empresas públicas de prestação de serviços de tecnologia.

Governo da Bahia: Planserv avança na emissão de autorizações de atendimento pela web




O Planserv, Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais, atingiu a marca de cinco milhões de autorizações de atendimento para os beneficiários. O montante corresponde à quantidade de autorizações emitidas desde o ano 2000. Já faz cinco anos que o Planserv emite todas as autorizações pela web, garantindo mais agilidade na assistência aos 470 mil usuários. 

Hoje, as solicitações de exames e de procedimentos são feitas pelo sistema Top Saúde Web – boa parte de forma automática e em tempo real. Para exames mais complexos, o prazo para que o Planserv faça a avaliação é de até 48 horas úteis. 

“Antigamente, todo o sistema de autorização se apoiava em pedidos via fax, que geravam demora e dificuldades de controle. Agora estamos incluindo uma quantidade ainda maior de procedimentos para a autorização automática. Com isso, estamos aperfeiçoando o acesso e a oferta de serviços para os beneficiários”, disse a coordenadora-geral do Planserv, Sônia Carvalho.

BEM VIVER: Servidores preparam vídeos para I Festival de Corais



Os grupos vocais do Estado já estão se preparando para o I Festival de Corais do Servidor Público, e o primeiro grande desafio é caprichar no vídeo que será postado no Portal do Servidor e submetido à votação do público – a partir do voto online, três corais vão ser escolhidos para a grande final, programada para novembro.

A regente do coral da Prodeb, Ivana Isabel, revela que o grupo está ensaiando duas vezes por semana e que seu coro já tem uma música definida. “Já escolhemos nossa música para a gravação do vídeo, mas não queremos revelar. Estamos ensaiando às terças e quintas. Se algo acontece, marcamos para outro dia”. A regente diz que adorou a iniciativa. “Existem muitos corais no serviço público e pouca gente sabe disso. O evento vai promover a interação entre as secretarias e estimular a prática do canto”.

A oportunidade de confraternização também é ressaltada por Jorge Lacerda, coordenador do Coral da Polícia Militar, outro grupo que também já se prepara para o festival. “Sentíamos falta de eventos desse tipo”, comemora. Jorge, que coordena o coral desde 2004, diz que os integrantes estão engajados na atividade.

“Eles entram no coral com a intenção de relaxar, fazer uma atividade prazerosa, mas com o tempo começam a levar mais a sério, passa a ser mais um desafio em suas vidas”. O coordenador também conta que o grupo vocal da PM está ensaiando duas vezes por semana, e já gravou uma primeira parte do vídeo.

Durante o período de votação, os corais participantes poderão apresentar-se nos órgãos públicos para divulgar seu trabalho. As premiações serão de R$ 1 mil para o primeiro lugar, R$ 600 para o segundo e R$ 400 para o terceiro.

Terapia – O clima do festival, no entanto, não será com foco na competição, pelo menos a julgar pela atitude dos coralistas, que preferem ressaltar os benefícios da atividade para a saúde e o bem-estar. Josuelton Amorim, cantor do coral da Prodeb, exalta os benefícios de participar de um coro. “Eu sempre gostei de cantar, então o coral é importante para me aperfeiçoar. E, de certa forma, esta atividade eleva a auto-estima, pois me estimula a trabalhar em grupo e a interagir e conviver com outras pessoas”.

Esta é também a linha de pensamento de Angélica Brandão, do coral da PM, que aconselha esta experiência aos colegas servidores. “Indico demais. Gosto muito de música, e quando tive a oportunidade entrei no coral. Pra mim é uma terapia, acho bom para tudo”.

Inscreva-se aqui.

Confira o regulamento do festival no link abaixo.

CÓDIGO FONTE: Novo malware invade, rouba dados e apaga setor de boot / Notícias e Novidades

Shamoon pode ser a volta do medo de perder tudo

O malware Shamoon está preocupando os especialistas de segurança. A nova praga invade redes de computadores, rouba dados, os envia para uma central de comando e controle e, em seguida, sobrescreve o conteúdo do setor de boot do disco rígido, inutilizando o sistema operacional.

Os primeiros relatos do Shamoon começaram a aparecer nesta quinta-feira e os detalhes de sua ação ainda são escassos. A ameaça copia o conteúdo de pastas do Usuário, assim como /System32/Drivers e /System32/Config e pode afetar praticamente todas as versões do Windows já lançadas, desde o Windows 95 até o Windows 7, passando pelas versões de servidor.

O mais preocupante é sua ação final de atacar o setor MBR (Master Boot Recorder), responsável pela inicialização. Este comportamento é incomum, segundo os analistas. Vírus modernos costumam permanecer escondidos nas máquinas infectadas, coletando dados e enviando para seus criadores, ou realizando operações clandestinas para a criação de redes zumbis. Acredita-se que o Shamoon seja um vírus criado por encomenda para atacar e destruir computadores específicos, mas que escapou de seu alvo original.

Carlos L A da Silva
Redação Código Fonte

INFO: Redes sociais, um novo e rentável termômetro político nas eleições americanas



Washington - As eleições presidenciais de 2012 nos Estados Unidos serão as primeiras a terem as redes sociais como peça-chave, tanto para os estrategistas de campanha, como para cobrir em tempo real uma passeata de um candidato.

Quem disse isto foi Adam Sharp, Chefe de Governo, notícias e inovação do Twitter, já que pela primeira vez na história das eleições americanas os grandes volumes de informação da rede "permitem ver conversas que antes ocorriam em cafeterias e na cozinha do escritório, e agora acontecem na internet".

Os escritórios de campanha do presidente Barack Obama contam, além dos tradicionais voluntários para fazer ligações telefônicas e organizar eventos, com mais de cem engenheiros eletrônicos.

O grupo analisa as tendências da internet e as opiniões que são expressadas pelos usuários nas redes sociais, para planejar uma campanha efetiva em um meio que cada vez se aproxima mais da importância da televisão.

Obama tem muito mais força na internet que seu adversário, o republicano Mitt Romney, que ainda luta para alcançar o forte desempenho do presidente americano no Twitter, em blogs ou nos aplicativos de celulares.

A campanha de Obama gastou US$ 36 milhões em publicidade e propagandas na internet, e US$ 86 milhões na televisão, de acordo com o jornal "The New York Times".

A campanha de Romney ronda os US$ 10 milhões na mídia digital, contra US$ 47 milhões em publicidade na TV, segundo dados recolhidos por empresas que analisam as despesas da campanha.

Desde as eleições de 2008, o crescimento das redes sociais e as ferramentas para medir a informação que geram, levaram às principais plataformas de internet a habilitarem aplicativos que cobrem dia a dia o que antecederá as eleições do dia 6 de novembro.

As menções e seguidores do Twitter, os "curti" do Facebook ou os números de buscas no Google se transformaram em outro parâmetro, e ao contrário das pesquisas, estes acontecem em tempo real.

O presidente Barack Obama, pioneiro em 2008 no uso da internet com propósitos eleitorais, é um dos usuários mais ativos da rede, com suas contas no Facebook, Twitter, Instagram (portal de fotos) e YouTube.

De acordo com a análise das redes sociais publicada nesta quarta-feira pelo Pew Center, a campanha de Obama é tão ativa quanto a de Mitt Romney, no Facebook e no YouTube, mas o presidente gera muitos mais comentários e respostas positivas do que seu oponente.

O relatório, que analisa dados do mês de junho, afirma que apesar da oportunidade da comunicação multidirecional que a internet oferece, nem os democratas e nem os republicanos estão abertos ao debate na rede e preferem gerar apenas conteúdo limitado.

Para os recém chegados, como o candidato republicano à Vice-Presidência, o congressista Paul Ryan, representante do estado de Wisconsin, o Facebook foi um importante meio para ele ficar conhecido no mundo virtual, de acordo com o "Talk Meter", um aplicativo do Facebook e da rede de TV "CNN", que mede a escala de comentários na rede social.

Ryan, desconhecido para mais da metade dos americanos antes do sábado passado, passou a ocupar o primeiro lugar da escala de popularidade na rede social e agora o perfil do político tem mais de meio milhão de ações de "curtir".

O Twitter, rede social das mensagens curtas, criou um medidor que analisa diariamente 400 milhões de comentários e expõe um gráfico em tempo real das opiniões do candidato, um método que pode substituir as pesquisas no futuro.

"Queremos ser mais rápidos e confiáveis na opinião dos eleitores, do que as pesquisas tradicionais. O novo instrumento mede o volume de comentários e produz uma espécie de "análise de sentimento" para saber se o tweet sobre um determinado candidato tem valor positivo ou negativo", afirmam os responsáveis do "Twitter Election Index".

Segundo Sheila Krumholz, diretora-executiva da OpenSecrets.org, organização encarregada de analisar as despesas e doações a políticos, "O YouTube se transformou em um centro de experimentos de vídeos onde se analisa a resposta a certas mensagens", antes de colocá-las na televisão. EFE

INFO: Facebook trará World Hack 2012 para SP


Por Monica Campi, de INFO Online


São Paulo – O Facebook realizará em São Paulo, entre os meses de agosto e setembro, o Developer World Hack 2012, evento para desenvolvedores que queiram criar aplicativos para a rede social.

O evento é aberto para qualquer tipo de desenvolvedor que já possua um aplicativo para o Facebook e queira distribuí-lo ou que tenha uma ideia de aplicativo social e queira discuti-lo com especialistas.

Os especialistas e desenvolvedores poderão abordar temas como o Open Graph, SDK Móvel e outras APIs para o Facebook.

Segundo o Facebook, o melhor aplicativo desenvolvido em São Paulo poderá concorrer a uma viagem para disputar a final em São Francisco, nos Estados Unidos. Além da viagem, também haverá a distribuição de prêmios para os melhores aplicativos.

As inscrições já estão abertas e custam R$ 51. O Facebook Developer World Hack 2012 ocorre em 31 de agosto na cidade de São Paulo, em local ainda não divulgado. As vagas são limitadas.

IDG Now!: Saiba como proteger suas contas no Gmail, Facebook e Twitter

Dan Tynan / IT World

Veja o nosso passo a passo para configurar dois fatores de autenticação para ajuda a proteger suas contas do Google, Facebook e Twitter de serem sequestradas

Se você ainda não leu sobre o repórter americano Mat Honan, que teve suas contas em serviços Apple sequestradas por crackers, então tire um tempinho e leiaagora sobre o caso. É importante. Eu espero você terminar...

A história dele é sobre como um bando de hackers juvenis fez para invadir sua conta no iCloud e excluir todos os dados de seu iPhone, iPad e Mac - e também sequestrar sua conta no Google, Twitter e Amazon - a leitura deveria ser obrigatória para todos aqueles que utilizam esses serviços e, especialmente àqueles que se conectam a contas de redes sociais utilizando o mesmo endereço de e-mail.

Honan não fez absolutamente nada para ser atacado. Ele foi alvo simplesmente porque os hackers cobiçaram seu @mat. O que significa que o mesmo pode acontecer com você ou comigo, assim fácil, e nós não saberemos que fomos passados para trás até que seja tarde. 

Uma coisa que Honan notou com pesar foi a sua incapacidade de utilizar autenticação de dois fatores no seu Gmail. Se ele tivesse feito isso, qualquer um que tentasse acessar sua conta teria também que introduzir uma senha de seis dígitos (também conhecida como PIN), que é gerada aleatoriamente e enviada via SMS para seu telefone.

Portanto, sua primeira missão para hoje é: Configurar a autenticação de dois fatores para o Google. Para fazer isso, você precisa ir em "Configurações do Gmail" (que é o ícone que se parece com uma pequena engrenagem no canto superior direito da caixa de entrada).

Então:
Selecione "Configurações" e, em seguida, a aba "Contas e importação"; 
Em "Alterar configurações da conta" selecione "Outras configurações da Conta do Google"; 
Isso levará você para uma página Web para suas contas. Selecione "Segurança" no menu do lado esquerdo. Pode ser que sua senha seja solicitada novamente; 
Em "Verificação em duas etapas" você vai ver "Status: desativado". Clique no botão "Editar" ao lado. Isso o levará a uma página do assistente que o guiará através do processo para ter um código de verificação de seis dígitos que lhe será enviado por mensagem de texto ou uma chamada robô. 


É você quem decide se o código será enviado via SMS ou por uma ligação

Depois de configurar o telefone você receberá um código, que deve ser digitado caixa indicada e pronto, seu e-mail está configurado.

Evidentemente, isso não é tão fácil como simplesmente usar uma senha. Você terá que realizar o mesmo procedimento para cada dispositivo e cada aplicativo em que você utiliza o seu login do Gmail, e todos esses dispositivos e apps não funcionam exatamente da mesma maneira.

Por exemplo, eu era capaz de fazer login no Gmail usando um PIN no meu desktop, laptop e iPad, mas não no meu tablet Android ou smartphone Windows. Para esses, eu tive que configurar códigos de utilização única que parecem com algo como: fztz dgpm oxfi uthb.


Para isso, você precisa voltar para a página de segurança de contas e selecionar o botão "Editar" ao lado de "Autorizar aplicativos e sites" para configurar senhas descartáveis. Você também pode usar essa ferramenta para gerenciar sua lista de dispositivos confiáveis ​​e apps, e revogar o acesso a eles a qualquer momento.

Então, é isso que o Google dispõe para nós. Se quiser saber mais detalhes sobre as configurações de segurança para o Google, publicamos um passo a passo que você pode visualizar clicando aqui.

E quanto ao Facebook? 

Nele você também pode reforçar as configurações de segurança com autenticação de dois fatores. Isso fará com que você digite um código semelhante ao SMS sempre que você entrar na página da rede social a partir de um novo dispositivo. O procedimento para configuração é parecido com o do Gmail:
Vá para "Configurações da Conta" no seu Facebook (para acessar essa página basta clicar na seta desenhada para baixo, localizada no canto superior direito da página, ao lado de "Página inicial"); 
Selecione "Segurança" no menu à esquerda; 
Em "Aprovações de Login", clique em "Editar" e marque a caixa para a verificação (veja abaixo). Talvez você tenha que ajustar as configurações do seu navegador para acomodar o cookie que o Facebook quer depositar. 



Marque a caixa "solicite um código de segurança sempre que um computador desconhecido tentar acessar minha conta"

Na caixa de diálogo que aparece, clique em "Configurar agora". Pode ser que a sua senha seja solicitada novamente e que seja pedido o número do seu celular - caso você ainda não o tenha fornecido; 
Clique em Continuar. Se você tiver feito o processo corretamente, você deve receber um PIN de seis caracteres. Entre com ele e o nome do seu dispositivo nas caixas de diálogo que aparecem. 

Assim como o Google, isso não vai funcionar com qualquer dispositivo ou aplicativo que suporta Facebook (como Xbox ou Skype). Então, novamente, você terá que gerar uma senha descartável para cada aplicativo - o qual você pode configurar por meio da mesma caixa de diálogo "Configurações de Segurança".

Se você tiver um dispositivo Android, você pode baixar um Code Generator app(aplicativo gerador de código, em tradução) gratuito que pode produzir senhas utilizáveis, sem a necessidade de enviar-lhe um SMS.

Twitter

O Twitter não oferece autenticação de dois fatores neste momento. Mas você pode tornar mais difícil para crackers redefinirem sua senha alterando uma configuração no seu perfil a qual exigirá que você forneça informações adicionais, tais como um endereço de e-mail ou número de telefone, ao solicitar uma nova senha.

De sua página de perfil no Twitter, clique em "Editar seu perfil". Em seguida, clique "conta" no menu do lado esquerdo, vá até o final da página, e marque na caixa ao lado de "Pedir informação pessoal para redefinir minha senha".

Em "redefinição de senha", marque a caixa "pedir informação pessoal para redefinir minha senha"

A falha em todos esses esquemas: Se os crackers conseguirem se apossar do seu celular, também estarão em posse de seus logins. Então, meu amigo, você estará totalmente ferrado.

Adrenaline: Motorola lança site para destravar aparelhos, mas avisa que você pode morrer no processo

Motorola lança site para destravar aparelhos, mas avisa que você pode morrer no processo 
                                                                                                                                              autor: kerber

A Motorola lançou a página "Unlock my Device", onde a empresa auxilia o usuário a destravar o bootloader de seus dispositivos, e assim tornar possível alterações e hacks no sistema operacional. A página é bastante intuitiva, com instruções bem claras de como o processo deve ser efetuado.

INFO: Twitter e Facebook acabam com segredos, diz historiador

Por Rafael Sbarai, de VEJA.com


Historiador Andrew Keen em evento da Economist,
de 2012

São Paulo - Ex-empresário do Vale do Silício convertido em historiador, Andrew Keen é hoje um dos críticos mais ácidos do mundo digital. Em seu primeiro livro, O Culto do Amador (Jorge Zahar; 208 páginas; 39 reais), de 2009, o britânico de 51 anos denunciou o que chamou de "ditadura da ignorância" na web, difundida por narcisistas ávidos pelos holofotes digitais.

Ganhou rapidamente desafetos, foi tachado de apocalíptico e ficou conhecido como o "anticristo da web”. Três anos depois, Keen volta à carga em novo livro. Seu alvo: Facebook, Twitter, Google+ e afins. Keen desembarca ao Brasil na próxima semana para divulgar Vertigem Digital – Por que as redes sociais estão nos dividindo, diminuindo e desorientando (Jorge Zahar; 253 páginas; 45 reais).

Nele, o historiador ataca o carimbo "social" das ferramentas e games on-line, critica a superexposição dos usuários e ironiza os entusiastas da "transparência" das redes citando o filósofo francês Jean Baudrillard: “A transparência é boa demais para ser verdade... o que há por trás deste mundo transparente?”.

O desencanto do britânico passa longe da tecnofobia. Keen está no Twitter, usa iPhone, iPad e MacBook, passa dez horas por dia na internet e checa obsessivamente seu e-mail. Seu alvo nunca foi a tecnologia. É o que chama de "era do exibicionismo", que estaria forjando uma "geração sem mistério". Em entrevista ao site de Veja, Keen explica por quê.

- O que há de errado com as redes sociais?

Andrew Keen: Temo que a palavra "social" seja transformada em ideologia. Todas as últimas inovações digitais – de recursos musicais a soluções criativas – recebem obrigatoriamente o carimbo de social. Isso é preocupante. A internet deve sempre preservar a autonomia do indivíduo, atributo que não é respeitado por diversas plataformas. Os pensamentos originais só aparecerão quando as pessoas rejeitarem essa doutrina da multidão.

- Recentemente, o empresário Biz Stone (um dos fundadores do Twitter) previu que o futuro será "social".

Keen: Se isso for realmente verdade, é preocupante. Foi por esse motivo que escrevi meu segundo livro. Precisamos conquistar um espaço na web onde possamos nos proteger da multidão e desenvolver nossas próprias ideias. É preciso praticar mais a autocensura e limitar o número de publicações pessoais nas redes.

- Em seu livro, o senhor diz que as pessoas estão abrindo mão de suas informações pessoais. Por quê?

Keen: Vivemos a era do exibicionismo. Estamos desistindo dos nossos segredos. Chegamos ao mundo da transparência radical. Nossos perfis no Facebook, Twitter e Google+ são nossas vitrines. Hoje, riqueza corresponde a conectividade. Com esse comportamento extremamente narcísico, estamos virando marcas. Eu mesmo, por exemplo, sou o "anticristo da web".

- Esta "marca" o incomoda?

Keen: Não. É até agradável. Como um garoto judeu do norte de Londres, sempre cultivei a ambição de me tornar o anticristo de algo historicamente relevante. O que poderia ser mais significativo do que o Vale do Silício?

- As redes sociais podem realmente acabar com os segredos das pessoas?

Keen: Conseguimos saber os gostos e os anseios das pessoas só visitando seus perfis nessas redes. Podemos ter uma geração de pessoas sem mistérios. Meu conselho aos usuários da rede é mentir. Eu mesmo nunca digo a verdade em meu perfil no microblog. Se você me segue no Twitter, confesso: não terá condições de saber muitas coisas sobre mim.

- O senhor se considera pessimista?

Keen: Eu sempre fui uma pessoa otimista, mas não vivo de sonhos. Aponto os problemas das redes sociais. Não significa que eu seja avesso à tecnologia. Uso a internet diariamente por dez horas, tenho iPhone, iPad e Macbook e sou obcecado por e-mail. Tenho mais de 20.000 seguidores e reconheço: o século XXI será a era da internet. Só não tenho Facebook.

- Por quê?

Keen: Essa rede não é confiável. Ela apresenta um modelo de negócio nada desprezível, com a exposição de dados pessoais, como nome, cidade, idade, gênero, atividades, amigos mais próximos. Seus usuários não são clientes, mas produtos. É uma armadilha compartilhar informações nesse tipo de plataforma. Quanto mais você compartilha, mais a rede sabe sobre você, e mais você se transforma em um produto. O filósofo francês Michel Foucault estava certo: a visibilidade é uma armadilha.

- Qual é o futuro do conhecimento na internet?

Keen: O conhecimento será restrito e estará presente em ambientes fechados com sistemas de pagamento, como o do The New York Times, onde sei que a informação é confiável. Ambientes digitais em que exista livre acesso de distribuição e compartilhamento de conteúdo como a Wikipédia ficarão comprometidos. A elite (pessoas como eu) sempre terá acesso às informações mais confiáveis, mas as massas vão se submeter à 'ditadura da ignorância'. É como voltar à Idade Média – e isso não é uma perspectiva muito atraente.

The Next Web Latin America

Nos dias 22 e 23 de agosto, o Brasil sedia pela primeira vez uma das maiores conferências sobre internet em todo mundo. Andrew Keen é um dos nomes convidados para discutir os rumos dos negócios, tecnologia e cultura digital. Também participam Werner Vogels, executivo da Amazon, Michell Zappa, estrategista de tecnologias emergentes, entre outros.

Local: Espaço Armazém, Rua Jaguaré-Mirim, 164, São Paulo, SP

Preço: 1.200 reais

Data: 22 e 23 de agosto de 2012

IDG Now!: Assange pede a Obama o fim da "caça às bruxas" contra o site WikiLeaks


Da varanda da embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou, fundador defendendo seu site por "lançar luz sobre os segredos dos poderosos"

Dezenas de simpatizantes do WikiLeaks assistiam e aplaudiam do lado de fora à primeira aparição pública de Julian Assange, fundador do site Wikileaks, desde junho, quando ele se refugiou na Embaixada do Equador em Londres, na tentativa de escapar de um pedido de extradição à Suécia, onde é acusado por duas mulheres de abuso sexual.

Falando de uma sacada da embaixada equatoriana, Assange pediu aos governos, em especial o dos EUA, para parar a perseguição a denunciantes políticos. "Estou aqui hoje porque eu não posso estar aí com vocês, mas obrigado pela determinação e generosidade de espírito de vocês", disse Assange aos simpatizantes do WikiLeaks, durante a fala de 10 minutos dirigida a eles e, em especial, ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

"Peço que Barack Obama renuncie a essa caça às bruxas de investigar e processar o WikiLeaks", afirmou Assange, defendendo o seu site por "lançar luz sobre os segredos dos poderosos". Pediu também a libertação de Bradley Manning, o soldado americano que está preso e aguarda julgamento, sob acusação de ter passado segredos militares americanos ao WikiLeaks.

"Enquanto o Wikileaks estiver sob ameaça, a liberdade de expressão e a saúde de todas as nossas sociedades também estarão", disse o fundador do site, vestindo gravata marrom e camisa azul.

Na última quinta-feira, 17/8, Assange teve seu pedido seu pedido de asilo político do Equador aceito, mas a Grã-Bretanha não lhe deu um salvo-conduto para que pudesse viajar ao país latino-americano. Sendo assim, Assange está isolado na embaixada equatoriana, correndo o risco de ser preso pela polícia britânica caso deixe a representação diplomática.

Na quarta-feira o Ministério das Relações Exteriores britânico enviou um comunicado ao governo do Equador dizendo que a Grã-Bretanha estava "determinada" em cumprir sua obrigação de extraditar Assange à Suécia e que, de acordo com uma lei nacional, poderia "revogar a imunidade diplomática" da embaixada e prender o australiano no interior do prédio.

Protocolos internacionais estabelecem que territórios diplomáticos não podem ser violados pela polícia, a não ser que com a permissão do chefe da missão diplomática em questão.

Analistas afirmam que, se a Grã-Bretanha de fato violar a integridade da embaixada equatoriana, pode ser alvo de duras críticas internas e da comunidade internacional.

"Ouvi policiais (na embaixada), mas sabia que tinha testemunhas, que o mundo estaria assistindo", disse o fundador do WikiLeaks aos simpatizantes que o ouviam, em referência à possibilidade de a polícia britânica entrar na embaixada para prendê-lo.

Assange também agradeceu o Equador e citou nominalmente os países da OEA (Organização dos Estados Americanos), Brasil incluído, pedindo que eles "defendam o direito ao asilo" - isso porque a OEA realizará uma reunião, na próxima sexta-feira em Washington, para discutir o caso.

Horas antes do discurso, segundo a BBC, Baltasar Garzón, advogado de Assange, havia dito que seu cliente está "disposto a responder pelas acusações" que enfrenta na Suécia, mas quer "garantias" de que não será extraditado. Garzón também afirmou que o criador do WikiLeaks está "com espírito combativo" e "agradecido" ao povo equatoriano

UOL: Gato de internet: Wi-Fi compartilhado entre vizinhos pode render multa de até R$ 10 mil

Guilherme Tagiaroli
Compartilhamento de internet em locais que
ultrapassam os limites do imóvel do assinante é ilegal 

-A internet banda larga vem ficando cada vez mais acessível com o aumento da concorrência entre provedores – a partir de R$ 30 mensais, já é possível contratar o serviço. Mesmo com o barateamento, há casos de assinantes que acabam dividindo o sinal com o vizinho para receber uma ajuda de custo no pagamento do plano. No entanto, essa prática, que é ilegal, pode fazer o assinante pagar uma multa de até R$ 10 mil.

O estudante M.M, 21, mora em um condomínio habitacional popular em São Paulo e usa a internet de seu vizinho há quase três anos. “Ele tem um pacote de uma operadora e usa muito pouco a internet. Ele instalou um roteador, me deu uma senha e passou a dividir o sinal dele de 10 Mbps [Megabits por segundo] comigo por R$ 45 mensais”, explica. Caso o estudante optasse por fazer uma assinatura individual com a mesma velocidade, pagaria cerca de R$ 130.

PERIGOS DO COMPARTILHAMENTO

Compartilhar a internet com um vizinho pode ter o benefício de dividir os custos, porém há contrapartidas graves. Dependendo do uso, é normal que o link contratado fique mais lento (aliás, ele está sendo divido pelo número de pessoas que estão acessando).

Do ponto de vista de segurança, ao ceder a senha do Wi-Fi para uma pessoa, é possível, por exemplo, usar uma impressora que esteja na rede ou mesmo alterar arquivos. Além disso, caso alguém cometa algum crime (fraude bancária ou transmissão de arquivos de pedofilia), a primeira pessoa a ser investigada é a contratante do serviço de banda larga. 

De acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), quando um assinante monta uma rede Wi-Fi, ela não pode exceder o perímetro da residência. Além disso, o contratante do serviço não pode comercializá-lo com ninguém, independente de ter lucro ou não.

A fiscalização da Anatel para esse tipo de infração só ocorre mediante denúncia -- geralmente feita por uma das partes prejudicadas (a operadora, quando sente que está sendo lesada, ou vizinhos achem injusta a operação de compartilhamento). Em um dos raríssimos casos envolvendo pessoas físicas, um homem do Piauí, que compartilhava e cobrava o link de internet para três vizinhos, foi condenado a pagar uma multa de R$ 3 mil e teve seu roteador confiscado pela Anatel.
Valor do prejuízo

Nem todas as operadoras divulgam o valor da multa para o “gato de internet” no contrato de adesão, porém, das maiores do país, GVT e Vivo (necessário Adobe Reader para visualizar os contratos) informam que o assinante que comercializar o sinal pode pagar multa de R$ 5.000 e R$ 10 mil, respectivamente. Net e Oi Velox (necessário Adobe Reader para visualizar o contrato) não especificam valores, apesar de ratificarem no contrato que é ilegal compartilhar e comercializar internet.

“A preocupação dos provedores não é tanto com os usuários pessoa física, mas quando o compartilhamento gera um comércio”, explica Eduardo Neger, presidente da Abranet (entidade que representa os provedores de acesso).

Segundo Neger, a lei serve para evitar a ação de provedores clandestinos. É comum, sobretudo em lugares afastados de centros urbanos e que não têm grande infraestrutura, que pessoas ganhem dinheiro compartilhando internet. “Nessas situações vira caso de polícia, pois a concorrência com o provedor formal acaba sendo injusta, pois ele paga impostos e detém uma licença da Anatel.”

Depois de ser informado pela reportagem que a atividade que praticava é ilegal, o estudante M.M. se mostrou surpreso num primeiro momento, mas, em seguida, se justificou. “Conheço meu vizinho há 12 anos e a atividade que fazemos não é um negócio. Eu apenas o ajudo a pagar a fatura.” Além disso, ele comentou que essa é uma prática comum no lugar em que mora e que vários outros vizinhos já ofereceram compartilhamento a ele.

Por outro lado, Neger, da Abranet, pontua os problemas que a clandestinidade traz. “Acaba sendo uma economia boba por parte do usuário. Estando legal, o consumidor pode ter o direito de reclamar com a companhia ou mesmo ir ao Procon, quando o serviço não cumpre o prometido. Sem contar na velocidade do link que vai ser todo para ele.”

Folha: Novo aparelho troca o uso do mouse pelo movimento da mão

LEONARDO LUÍS

"É como o Kinect sob efeito de esteroides", disse David Pierce, jornalista do site americano "The Verge", sobre a tecnologia Leap Motion, depois de testá-la.

O Leap Motion, ainda em desenvolvimento nos EUA, é um aparelhinho do tamanho de um iPod que, conectado a um computador por uma entrada USB, mapeia os movimentos das mãos.


NÃO ME TOQUE 

É, segundo o fabricante, cerca de 200 vezes mais preciso do que dispositivos semelhantes no mercado e se adapta a uma gama de plataformas muito mais extensa.

Projetado para substituir o mouse e o toque em qualquer situação, ele é compatível com muito mais aplicativos e aparelhos do que o Kinect.

"Logo de cara, o Leap vai se comunicar com tecnologias já existentes para mouses e teclados, o que significa uma compatibilidade prévia profunda", diz Michael Buckwald, executivo-chefe do Leap Motion.

"Imagine fazer uma curva num carro sem usar o volante. As possibilidades são ilimitadas, porque o Leap é versátil o suficiente para se incorporar em uma vasta gama de produtos eletrônicos", propagandeia o executivo.

Tarefas básicas, como usar um sistema operacional ou navegar na internet movimentando as mãos e fazendo gestos, também serão possíveis com o dispositivo.

Inicialmente, ele será compatível com Windows (inclusive o 8, que será lançando oficialmente em outubro) e OS X, mas a empresa já trabalha para estender a abrangência a outros sistemas operacionais.
Leap Motion, aparelho que, conectado a um
computador por uma entrada USB, mapeia os
 movimentos das mãos

FOCO ÚNICO

Uma desvantagem em relação a outras tecnologias é que o Leap Motion não mapeia o corpo todo: é focado no movimento das mãos. Para esse fim, no entanto, é muito mais eficiente do que os concorrentes, diz Buckwald.

"Mapeamos as mãos com detalhe e sensibilidade excepcionalmente maiores do que qualquer outra tecnologia no mercado. E somos a única solução que mapeia todos os dez dedos individualmente em 3D."

O discurso de vendedor de Buckwald teve respaldo não só do site "The Verge" como também de outras publicações de tecnologia que puderam testar o produto.

Em maio, a revista "Wired" publicou uma reportagem intitulada "Por que o Leap é o melhor sistema de controle de gesto que nós já testamos". "É tão preciso que fomos capazes de desenhar círculos dentro de uma área de 1 cm²", afirmou a revista.

"A empresa alardeia a incrível baixa latência [resposta rápida] do sistema, e nós confirmamos que não houve demora alguma durante nosso teste", disse o site "Engadget", que considerou o Leap Motion "impressionante".

ENCOMENDAS

Até agora, mais de 26 mil desenvolvedores de 140 países diferentes solicitaram um modelo do aparelho. "Eles inventaram coisas que não imaginávamos. Aplicativos feitos especificamente para o Leap serão essenciais para disseminá-lo", diz Buckwald.

O Leap está em pré-venda por US$ 70 para todo o mundo, inclusive para o Brasil, no site leapmotion.com. Deverá chegar aos consumidores até fevereiro de 2013.

Editoria de Arte/Folhapress