segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Insight: Internet 4G pode chegar, mas para poucos

Insight: Internet 4G pode chegar, mas para poucos

Governo trabalha para ter tecnologia na Copa e nas Olimpíadas, mas usuários de pré-pagos não devem sentir mudanças
O Globo - 26/02/2012

BRASÍLIA. A banda larga móvel de altíssima velocidade (4G), que será licitada em maio, é apontada como um grande avanço da tecnologia, permitindo o acesso a voz e conteúdo multimídia com velocidade dez vezes superior à internet móvel (3G), utilizada hoje nos smartphones e nos tablets. O governo considera fundamental que o serviço 4G esteja funcionando durante os grandes eventos esportivos, principalmente na Copa do Mundo, mas esse novo sistema está muito longe de transformar o dia a dia da maioria dos brasileiros, que usam celulares pré-pagos como instrumento de trabalho e em substituição ao telefone fixo.

Para a consultora jurídica da ProTeste, Flavia Lefèvre, os grandes beneficiários do 4G serão as empresas e as classes A e B. As demais camadas da população não terão acesso ao serviço 4G - que permite acessar, além de voz, chamadas de vídeo, conteúdo multimídia, jogos e navegação com grande rapidez - porque os preços serão muito altos.

- O pequeno consumidor mal fala no celular. A média da recarga do cartão do celular é de R$ 5 - destaca.

O ex-ministro das Comunicações Juarez Quadros, sócio-diretor da Orion Consultores, tem a mesma opinião. O típico usuário do serviço será quem tem conta pós-paga, de maior poder aquisitivo, e o mercado corporativo. Para a grande maioria da sociedade, a internet 4G não terá qualquer influência, admite. Entretanto, Quadros não descarta totalmente a possibilidade de o serviço 3G ficar mais barato, por uma questão de concorrência. Os consumidores que usam esse serviço hoje devem migrar para o 4G, mas ele não se arrisca a fazer qualquer projeção de queda de preço.

- O preço do serviço 4G chegará alto ao país, e os aparelhos também serão mais caros (entre R$ 1.500 a R$ 1.800) - destaca o vice-presidente da Anatel, Jarbas Valente.

Ele acredita que haverá uma contrapartida para as classes menos favorecidas, porque o preço da assinatura mensal do pacote 3G (voz e dados), hoje em torno de R$ 60, terá uma queda de 50% até 2014 com a implantação da tecnologia 4G.

Redução dos preços só virá com o tempo

A nova rede também deverá desafogar a banda larga 3G

BRASÍLIA. Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, aposta que, com o tempo e maior volume de vendas, os preços da nova tecnologia cairão, inclusive para pacote de serviços que será oferecido pelas operadoras. Tude destaca que hoje já existem planos pré-pagos 3G bem baratos, na base de R$ 0,50 por dia.

Para ele, o serviço 4G terá um papel importante para o sistema de banda larga móvel no país, porque, além de aumentar a velocidade, ajudará a descongestionar as redes 3G utilizadas pela maioria dos internautas. A banda larga móvel cresceu 99,3% no ano passado frente a 2010, com mais 20,5 milhões de novos acessos.

A licitação da faixa de frequência 2,5 gigahertz (GHz), que será usada para o serviço 4G, está prevista para maio, com edital lançado em abril. Uma das principais exigências é que as sedes da Copa das Confederações e da Copa do Mundo tenham o serviço até o fim de 2013.

No mesmo edital serão divulgadas as regras para a licitação da faixa de 450 MHz, que levará a banda larga para a área rural. Neste caso, a empresa que ofertar o menor preço ao consumidor vencerá o leilão. A Anatel espera que o valor fique em torno de R$ 60 mensais para os serviços de voz e dados, mesmo preço praticado em áreas urbanas. Cerca de 8,3 milhões de pessoas vivem em área rural.

Os moradores das grandes cidades serão os primeiros a desfrutar da tecnologia 4G. O novo sistema vai reforçar as comunicações de voz e dados, principalmente nas regiões metropolitanas, onde a rede 3G está congestionada. Mas o funcionamento do serviço depende da instalação de muitas torres e estações, o que exigirá grandes investimentos por parte das operadoras.

Ex-diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o professor José Leite Pereira Filho explica que a frequência de 2,5 GHz é considerada muito alta, por isso a necessidade de reforçar a rede no Rio e em São Paulo:

- A velocidade cai onde há muita gente conectada.

Para criar competição no leilão da tecnologia 4G, o governo quer atrair cinco empresas que já operam no país com o sistema 3G: Sky, Vivo, Oi, Claro e Nextel. Mas grupos estrangeiros também poderão explorar o serviço. Os principais fornecedores de equipamentos são Ericsson, Nokia-Siemens, Huawei e ZTE.

O governo estuda oferecer à população de baixa renda uma internet móvel com preço acessível, mas o programa apelidado de "Banda Larga no Bolso" ainda não tem nenhuma perspectiva de ser implantado. Pelas previsões, o projeto não será concluído antes de um ano.

Para obter uma redução significativa no valor do serviço, o governo teria de abrir mão de parte dos tributos recolhidos pelas empresas. A proposta é que estas fiquem isentas dos tributos, mas reduzam as tarifas para os usuários.

Insight: Banda larga terá R$ 70 bi até Olimpíada

Insight: Banda larga terá R$ 70 bi até Olimpíada



Expectativa do governo é que desoneração de impostos, de R$ 6 bi, aumente em 35% o investimento em redes

Medida atende a pedido de teles para expandir o plano nacional de internet rápida ao longo de cinco anos
Folha de São Paulo - 25/02/2012

O governo Dilma decidiu que será de R$ 6 bilhões, ao longo de cinco anos, a desoneração de impostos para estimular as empresas de telecomunicações a investir na expansão de suas redes de fibra óptica e de rádio. A medida atende a pedido das teles para o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga).

Com o estímulo, o governo espera que as empresas ampliem seus investimentos em redes para banda larga em 35% até 2016, ano da Olimpíada no Rio. A projeção de investimento para o período passou para R$ 70 bilhões.

A medida provisória, que sairá em março, valerá para todos os projetos de construção de redes. Isso inclui equipamentos, como roteadores e servidores, a obra civil e o material de construção. O pacote prevê o fim da cobrança de PIS/Cofins, de 9,65%, e a redução do IPI, de 15% para 3%, para oito modelos de rede, móveis e fixas.

A cada ano, deixará de ser arrecadado R$ 1,2 bilhão das empresas do setor. A medida veio após barganha das teles diante das metas definidas pelo governo no PNBL. "Estamos dando um estímulo. Agora, as teles têm de cumprir as metas, como levar a banda larga a todo país", disse o ministro Paulo Bernardo (Comunicações).

Até o ano passado, a internet popular, a R$ 35, definida dentro do PNBL, chegou a 1,2 milhão de pessoas. O ministro lembra que as teles vão ter de garantir não somente a expansão de suas redes para aumentar o número de assinantes de internet de banda larga, mas também melhorar a qualidade.

Para receberem o benefício, as teles terão de apresentar projetos, que deverão contemplar a redução das desigualdades regionais, a modernização das redes, a massificação do acesso e o incremento da indústria nacional.

Segundo o secretário de Telecomunicações, Maximiliano Martinhão, projetos restritos a grandes centros urbanos, bem servidos de banda larga, não serão aceitos.

"Com esses incentivos, as teles vão ter de melhorar a qualidade de seus serviços", afirmou, lembrando que, em 2013, elas vão ter de cumprir, no mínimo, 50% do que prometem de sinal de banda larga e 70% na média. Hoje, é comum entregar só 10% da velocidade contratada.

O governo prevê que uma das grandes demandas das empresas será por projetos de redes de acesso de fibra óptica, visando, além da banda larga, a TV a cabo.

As teles estão de olho nesse filão após a aprovação da nova lei que destravou o setor. O governo estima que o mercado de TV paga deve duplicar em cinco anos. O outro grande foco das empresas será fortalecer suas redes para a tecnologia 4G, que promete velocidades de conexão dez vezes maiores. O leilão dessa faixa de frequência está marcado para o mês de abril.

Insight: Satélite de R$ 716 mi não terá licitação

Insight: Satélite de R$ 716 mi não terá licitação



Folha de São Paulo - 25/02/2012

O governo definiu que a compra do satélite de R$ 716 milhões para atender ao Plano Nacional de Banda Larga e às comunicações militares será feita sem licitação.

O decreto que pede a dispensa, alegando segurança nacional, foi finalizado pelos ministérios das Comunicações, da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Defesa.

O satélite geoestacionário (que tem esse nome porque fica "parado" em relação a um ponto da Terra) tem previsão de lançamento em 2014. Ele será construído por uma empresa a ser formada por Telebrás (49% do capital) e Embraer Defesa (51%), que vem sendo chamada informalmente de EmbraSat.

O governo repassará à EmbraSat o dinheiro para a compra dos componentes do satélite no exterior e sua montagem ("integração"), a ser feita no Brasil.

Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o objetivo é que o satélite tenha pelo menos um "pequeno índice de nacionalização" e que a empresa integradora absorva tecnologia na montagem -e possa produzir outros satélites no futuro com maior quantidade de componentes nacionais.

COMPUTERWORLD: A difícil arte de priorizar projetos de TI


COMPUTERWORLD: A difícil arte de priorizar projetos de TI

A governança deve ajudar a direcionar e apoiar os requisitos do negócio, deixando de ser um mecanismo para dizer não.

BETH STACKPOLE, DA COMPUTERWORLD (EUA)

27 de fevereiro de 2012


Como gestor de tecnologia de ponta na Aspen Skiing Compan durante os últimos 16 anos, Paul Major aperfeiçoou a arte de manter várias bolas no ar.

Responsável por todas as iniciativas de TI que suportam quatro estâncias das montanhas do Colorado e amplo portfólio de hotéis, lojas de varejo e locação, o gerente aprendeu a ajudar sua equipe, de 20 funcionários de campo; Ele sabe priorizar as solicitações para manter o 3,4 mil funcionários da empresa felizes do ponto de vista técnico. Ultimamente, porém, o malabarismo ficou muito mais intenso, diz o executivo.

As tecnologias móveis e sociais, grupo comandado por Major, têm bombardeado o gestor constantemente com pedidos de novos projetos. Um executivo lê sobre um app móvel legal em uma revista de bordo, ou durante uma conversa informal sobre tecnologia que a caixa de e-mail de Major lotar.

"Temos hoje uma enorme quantidade de demanda de TI para novas tecnologias que não seguem a trajetória normal de TI", diz Major. "Você não pode simplesmente ter mil pedidos aleatórios chegando, para tecnologias muito novas e não testadas. É preciso uma voz de sanidade sobre o que estas tecnologias vão fazer e qual é a estratégia de longo prazo."

Major é contra o que muitos departamentos de TI estão enfrentando. A alta na demanda nas organizações para as tecnologias móveis, sociais e de análise adiciona trabalho extra ao da TI tradicional. "O yin-yang do clima econômico não ajuda - os orçamentos de tecnologia são pequenos e as empresas parecem pouco propensas a aumentar a equipe . Além disso, trabalhadores qualificados nas novas tecnologias são escassos", afirma.

No auge da hegemonia de TI, gestores como Major teriam mais tempo para manter as prioridades sob controle. Os gerentes das áreas de negócios socilitariam o uso de novas tecnologias e, em seguida, entrariam na fila para conseguir o que eles precisavam da TI. Hoje, os usuários finais podem aproveitar o poder da nuvem para seguirem em frente se perceberem algum atraso da área de TI.

"Os modelos formais e mecanismos de priorização não funcionam mais", diz David Cearley, vice-presidente do instituto de pesquisas Gartner. "A priorização não pode ser feita de forma isolada do negócio. Precisa acontecer em estreita parceria com a empresa."

Nesse cenário, a TI está sentindo a pressão para ser mais ágil em seus métodos de entrega, mais flexível na priorização de projetos, e mais experiente na avaliação de retorno sobre o investimento (do inglês ROI) - tudo para que possa trabalhar com, e não contra, as necessidades de negócio.

Prós e contras para os negócios

O consumo de TI, em particular, está impulsionando mudanças radicais não só no que a TI precisa priorizar, mas também na forma como ela interage com outras unidades de negócios para entregar esses projetos.

Não só é preciso descobrir como administrar, adquirir, apoiar e criar aplicativos móveis, como também repensar toda a experiência de computação do usuário final em torno dos dispositivos móveis, de acordo com Cearley.

Como os recursos não são infinitos, diz ele, a gestão de TI precisa reformular o seu papel para tornar-se mais que um corretor de serviços de TI, trabalhando em conjunto com o negócio para compreender as principais prioridades e funcionar como um facilitador, não como um gargalo para a implementação da nova tecnologia.

Por exemplo, em vez de derrubar um pedido de uma aplicação móvel por questões de segurança, a responsabilidade da área de TI é a de ajudar a empresa a entender os riscos fundamentais e destacar as tecnologias disponíveis para mitigar riscos.

"Ser pró-ativo significa ajudar a empresa a entender como as novas tecnologias como o celular podem impactar o negócio", explica ele. "A governança não pode ser o mecanismo de dizer não. Governança deve ser o mecanismo para ajudar a direcionar e apoiar os requisitos do negócio."

É uma directiva na Aspen Skiing que Major está levando a sério. Com uma avalanche de dispositivos pessoais aparecendo no trabalho e a demanda quase universal entre os empregados por aplicações móveis que possam suportar serviços ao cliente como a emissão de bilhetes e o aluguel de esqui, Major decidiu montar um comitê executivo para introduzir novas tecnologias e apresentar exemplos de estudo de caso, encorajando feedback e colaboração para começar a fazer a criatividade fluir.

Balanço da carteira de projetos

Além de envolver negócios diretamente no processo de priorização, Major está começando uma nova estratégia para frear o que ele diz ser um número insustentável de projetos no pipeline de TI.

Ele trabalha com um grupo estratégico de seis representantes divididos igualmente entre TI e finanças. A equipe realiza entrevistas com altos funcionários de toda a empresa para identificar os projetos solicitados ao seu departamnto que fujam às atribuições tradicionais da área - nada tão complexo como um novo sistema de Business Intelligence (BI) ou tão simples como a compra de um novo mouse.

Os projetos são classificados para encontrar oportunidades de reuso e de acordos de licenciamento otimizados. "A ideia é ver a um nível elevado o que estamos fazendo, descobrir onde queremos estar em 18 meses, e depois classificar projetos por horas de trabalho, custos, riscos e prioridades", diz Major. "Se pudermos extrair da lista cinco ou dez projetos bem fundamentados, podemos apresentá-los à liderança executiva e obter financiamento que garanta a execução de cada um deles."

Aplicativos de uma nova maneira

Na Catalina Marketing, os novos aplicativos móveis e os projetos de BI são tão centrais para a empresa que todos estão ansiosos para trabalhar em sintonia com a TI para fazer lobby junto à alta administração para apoiar o desenvolvimento.

"Como resultado, a Catalina tem 250 pessoas no departamento de TI que receberam um cheque em branco para trazer os recursos necessários para começarem a fazer o trabalho que precisa ser feito", explica Eric Williams, ex-CIO da empresa, que presta serviços de marketing para clientes nas indústrias de varejo e da área de saúde.

"As equipes de vendas nas diferentes unidades de negócios deixam claro para o CEO onde precisamos estar", diz Williams, que se aposentou em dezembro passado.

O alto nível de envolvimento das partes interessadas também levou TI a repensar seu processo de desenvolvimento, passando a adotar uma abordagem mais ad hoc quando as equipes de TI passam a integrar o pessoal de marketing ou das áreas de negócios para o desenvolvimento mais rápido de um aplicativo móvel - às vezes em questão de dias em vez de semanas ou mesmo meses.

"É uma integração muito mais coesa do desenvolvimento do produto que eu já vi no passado", diz Williams.

A Northern Kentucky University também ajustou seu processo de priorização para um sistema mais aberto, em que as solicitações são feitas a partir de comitês consultivos formados por professores, alunos e funcionários, de acordo com Timothy Ferguson, reitor adjunto de Tecnologia da Informação e CIO da universidade.

Quando chega a hora de realmente desenvolver novos projetos de mobilidade ou de mídia social, o executivo tem acesso um recurso exclusivo: os alunos da universidade do programa de tecnologia da informação que foram criados sobre essas novas plataformas. "Eles cresceram com essa tecnologia, estão conectados", explica Ferguson.

Atualmente, Ferguson conta com cinco ou seis estudantes desenvolvedores que trabalham 25 horas por semana em novos projetos. Até agora, tem sido uma situação ganha-ganha: os alunos estão ensinando aos seus colegas de TI muito sobre tecnologias emergentes. Já os funcionários tradicionais estão ajudando os alunos a compreenderem o que é preciso para escrever aplicativos back-end, bem como questões importantes em aplicativos empresariais, como a autenticação e a segurança.

Sem metodologias formais para a priorização e governança pró-ativa, os departamentos de TI correm o risco de serem marginalizados. É um grande risco que nenhum CIO está disposto a assumir.

INFO: Para cumprir metas, teles terão benefício de R$ 6 bi

INFO: Para cumprir metas, teles terão benefício de R$ 6 bi

Por Cauã Taborda, de INFO Online

Sábado, 25 de fevereiro de 2012




São Paulo - O Governo Federal fechou um acordo com as grandes operadoras de banda larga no Brasil para oferecer seis bilhões de reais em incentivos fiscais para as companhias cumprirem suas metas de universalizar o acesso à web no país e melhorar a qualidade da conexão à internet.

A informação foi publicada na edição de hoje da Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, as teles pressionaram o governo pela redução tributária por ao menos cinco anos.

Neste período, as empresas que construírem ou melhorarem suas redes poderão deixar de recolher parte do IPI (alíquota cairá de 15% para 3%) e terão isenção de PIS e Cofins que, juntos, somam 9,65% ao custo da construção de novas redes.

A medida é um incentivo para que empresas do setor de telecomunicação invistam na expansão de redes de fibra ótica e rádio. A desoneração é um pedido das teles para cumprirem as metas estipuladas no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

Com esse incentivo, o governo espera que as empresas ampliem em 40% seus investimentos para redes de banda larga até 2016. A projeção de investimento para o período, segundo a reportagem, passou para 70 bilhões de reais nos próximos cinco anos.

Toda cadeia que envolve a construção de redes, como obras, material de construção e equipamentos, será beneficiada pela medida provisória que sairá em março. Com a medida, o governo deixará de arredar 1,2 bilhão de reais por ano.

IDG Now: Esqueça a Y: Geração C é a mais conectada, afirma Nielsen



IDG Now: Esqueça a Y: Geração C é a mais conectada, afirma Nielsen



Esqueça a Y: Geração C é a mais conectada, afirma Nielsen
Computerworld/US
Publicada em 27 de fevereiro de 2012

Usuários com idade entre 18 e 34 anos, de acordo com instituto, são os que mais adquirem produtos tecnológicos e acessam redes sociais.


Parece que a Geração C superou você e qualquer usuário mais velho no quesito conexão, redefinindo o consumo de mídias digitais. De acordo com pesquisa do instituto Nielsen Wire, os norte-americanos com idade entre 18 e 34 anos gostam mais de seus dispositivos online do que qualquer outra faixa etária.

Eles respondem por 23% da população do país, mas possuem expressiva participação entre os usuários mais experientes em segmentos relacionados à tecnologia social e digital. Na hora de assistir a vídeos online, por exemplo, sua fatia é de 27% sobre todos que têm esse hábito, atrás apenas da geração anterior – entre 35 e 49 anos – cuja participação está em 28%.

Quanto às visitas a redes sociais e blogs, a Geração C é responsável por 27% do total. É também a com maior participação no mercado de tablets (33%) e smartphones (39%).

Leia mais: 26% dos internautas com mais de 65 anos acessam redes sociais nos EUA

“Por possuir e utilizar tantos dispositivos esse grupo é único, e representa um desafio para profissionais do marketing e produtores de conteúdo”, diz o estudo. “A Geração C é engajada e há novas maneiras de atingi-la”.

Muitas podem se surpreender com o resultado por esperar que os jovens estariam no topo. Eles, afinal, são os que adotam novidades mais rápido e as ensinam aos mais velhos, certo?

Bem, esta teoria tem sido colocada à prova nos últimos anos. Em 2009, um levantamento da iStrategyLabs mostrou que, enquanto o número de universitários no Facebook caiu nos seis meses anteriores, a quantidade de pessoas com mais de 55 aumentou 513%.

Não foi um tiro único, diga-se. No segundo trimestre deste mesmo ano, a audiência de internautas acima de 35 anos cresceu 23% em relação ao mesmo período de 2008.

Folha.com - Colunistas - Evgeny Morozov - A internet precisa indenizar suas vítimas - 27/02/2012

Folha.com - Colunistas - Evgeny Morozov - A internet precisa indenizar suas vítimas - 27/02/2012:



O grande paradoxo da internet atual é que a web parece cada vez menos ordeira, no exato momento em que as companhias de tecnologia decidiram pregar as virtudes da ordem e do controle.

O Facebook serve como exemplo: recentemente, foi apanhado ainda hospedando fotos que usuários haviam pedido que fossem excluídas três anos atrás, enquanto um defeito em seu sistema de segurança permitia acesso público às fotos privadas de seu fundador, Mark Zuckerberg. Outro exemplo é o grupo de hackers Anonymous, que continua a divulgar informações pessoais sobre cidadãos privados e autoridades governamentais, com o objetivo de expressar grandes princípios políticos (ou como simples diversão). Há também a popular rede social Path, que recentemente foi flagrada transferindo conteúdo dos celulares de seus usuários para seus servidores.

Por sorte, o Path ao menos tomou algumas precauções de segurança. Sem elas, as agendas de contatos de seus 2 milhões de usuários já poderiam ter sido adquiridas pelo Anonymous. Isso não só representaria um ataque à privacidade dos usuários como poderia macular suas reputações. Afinal, quem pode saber que informações embaraçosas eles armazenam em seus celulares? Algo semelhante aconteceu no passado: em 2010, o Google estragou o lançamento do Google Buzz ao revelar os nomes dos contatos de e-mail mais frequentes de seus usuários --o que dificilmente serviu para melhorar a reputação do serviço.

O que se pode fazer? Uma solução seria tornar a web um lugar menos anônimo, para que seja possível rastrear e punir as ações de organizações como o Anonymous. Outra seria aceitar que desastres como esses são inevitáveis e manter o foco em administrar bem a reputação pessoal on-line. Diversas "start-ups" já vêm alardeando sua capacidade de rebaixar informações desfavoráveis sobre um usuário a posições menos visíveis em uma lista de retorno de buscas. O serviço pode custar milhares de dólares, o que criaria uma nova disparidade digital entre ricos e pobres.

A terceira solução, mais popular, é aceitar o chamado "direito de ser esquecido" --um direito tão ambíguo que nem mesmo seus proponentes costumam conseguir defini-lo. Em sua forma mais fraca, é questão de bom senso: os usuários deveriam ter a capacidade de excluir qualquer informação sobre si mesmos que tenham inserido em serviços on-line. Na forma mais forte --sob a qual usuários poderiam excluir informações pessoais em sites de terceiros ou serviços de busca--, é uma solução pouco realista e excessivamente restritiva.

No entanto, o "direito de ser esquecido" pouco fará para mitigar fiascos como o do Google Buzz ou o do Path, quanto menos regulamentará as ações do Anonymous. Embora possa servir para limitar a distribuição de informações divulgadas inadvertidamente, não consolará os usuários cuja reputação já tenha sido prejudicada pela distribuição inicial da informação. Às vezes, basta vislumbrar uma informação comprometedora para que danos sejam causados; o "direito de ser esquecido" pode fazer com que informações desse tipo desapareçam da internet --mas não fará com que sejam esquecidas pelos amigos ou parceiros de negócios da parte ofendida.

Eis uma solução mais elegante: precisamos de um sistema de seguro compulsório contra desastres on-line. Pois a revelação acidental de uma informação on-line não passa de um desastre on-line --um feroz tsunami artificial capaz de destruir uma reputação da mesma forma que um tsunami real destruiria uma casa.

Assim, caso o Facebook se esqueça de excluir a foto que um usuário achou ter apagado anos atrás, ou o Google divulgue acidentalmente toda a lista de contatos dele --e, mais importante, se o usuário for capaz de provar que isso lhe causou danos verificáveis (por exemplo, um ex-namorado maluco começou a perseguir uma usuária on-line por conta disso), a pessoa teria direito a compensação monetária.

Então caberia a ela decidir se aceita o dinheiro e começa uma vida nova na rede ou se usará os serviços de uma das "start-ups" mencionadas acima para reparar sua reputação on-line. E as quantias não precisam ser modestas; já que apenas uma pequena proporção de usuários sofre danos reais com revelações como essas, um pequeno pagamento mensal de todos os usuários bastaria para levantar fundos substanciais a serem usados na ajuda a quem de fato esteja com problemas.

O esquema tem muitas vantagens. Acima de tudo, ele não interfere na maneira pela qual a internet funciona. Não existe necessidade de eliminar o anonimato on-line ou de criar uma estrutura sofisticada de censura, algo que o "direito de ser esquecido" requereria. Segundo, ele oferece às vítimas dos tsunamis da informação ao menos um resquício de compensação adequada. Seria o fim das promessas vagas de que "isso não voltará a acontecer"; as vítimas receberiam dinheiro vivo. Terceiro, seria uma forma de nivelar o jogo no que tange o acesso aos serviços de proteção à reputação on-line e promoveria o ideal de igualdade --porque não seriam mais apenas os ricos que seriam capazes de pagar milhares de dólares para reparar suas reputações.

O mais importante é que o sistema preserva o espírito de inovação da internet. As companhias de internet não precisariam reformular seus modelos de negócios a fim de acomodar as demandas mais exóticas associadas ao "direito de ser esquecido". Da mesma forma, usuários comuns que já estejam sentindo certa paranoia quanto às suas reputações não precisariam excluir todas as suas contas da internet nem teriam de virar eremitas digitais. Mesmo que o Anonymous revele todos os fatos conhecidos sobre suas vidas, eles receberiam ao menos alguma compensação monetária.

Esse seguro de reputações on-line não é uma panaceia, claro --não deveria substituir o Estado de Direito como ferramenta primária de promoção do interesse público. Empresas descuidadas com os dados de seus usuários ainda deveriam ser processadas e multadas. Mas um esquema de seguros como esse ofereceria algum consolo àqueles de nós que se viram lançados aos confins mais kafkianos da internet.

Por que tornar o sistema compulsório? As pessoas que não usam a internet não deveriam ser isentas? Infelizmente, uma pessoa não precisa usar a internet para ter sua privacidade invadida por ela. Alguém pode ser identificado em uma foto embaraçosa no Facebook sem saber coisa alguma sobre o Facebook. Da mesma forma, quando o Anonymous ataca os bancos de dados on-line de agências do governo, todo cidadão se torna uma possível vítima.

É claro que, como acontece com toda proposta inovadora, existem centenas de detalhes a resolver. Mas esses não representam desafios intransponíveis. De fato, algumas seguradoras --entre as quais gigantes como a AIG-- já oferecem a seus clientes empresariais "seguros de reputação" semelhantes ao seguro para vítimas da internet. O necessário agora seria torná-los acessíveis e úteis para os indivíduos, resolvendo algumas das questões mais prementes.

Por exemplo, medir ou mesmo definir o que constitui "dano" a uma reputação on-line pode ser complicado. Mas a crescente quantificação de nosso status social na web --onde somos definidos e avaliados com base nos amigos que temos online-- pode em breve tornar essa tarefa mais fácil.

Além disso, deveríamos evitar a criação de um risco moral, ou seja, dar aos usuários incentivos para distribuir fotos embaraçosas de si mesmos na internet com o objetivo de receber indenização por isso no futuro. Ao mesmo tempo, também será um desafio garantir que os indivíduos em risco --aqueles que têm contas genuínas em múltiplas plataformas de internet-- não sofram discriminação ou tenham de pagar demais às seguradoras. Mas esse princípio de seleção adversa pode ser superado caso o programa de seguros seja administrado pelo governo.

Da perspectiva da inovação, seria possível afirmar que os interesses da sociedade são servidos quando temos grande número de usuários testando o maior número possível de novos serviços da internet. Portanto, conferir a eles o seguro on-line mais abrangente pode até mesmo representar um objetivo digno, na arena da política pública.

Não avaliar os benefícios de esquemas de seguros como o proposto e ao mesmo tempo abraçar slogans populistas vagos tais como o "direito de ser esquecido" é orientar indevidamente uma política de internet. Uma política de internet inteligente, por outro lado, deveria se ocupar com a maximização do "bem-estar de informação" e fazer seu melhor para criar e defender um "Estado de bem-estar da informação". Uma rede de segurança digital poderia tornar a internet mais humana sem prejudicar a inovação.

Gizmodo Brasil: Google patenteia método de busca: desenhe G para Google

Gizmodo Brasil: Google patenteia método de busca: desenhe G para Google

Por Andrew Tarantola e Felipe Ventura
26-02-2012



Fazer uma busca através do Google em seu dispositivo móvel com touchscreen pode ficar bem mais fácil: apenas desenhe G para Google.

De acordo com o Patently Apple, o Google desenvolveu e recebeu a patente para uma função de busca: você desenha um G minúsculo na touchscreen e, sem tirar o dedo da tela, circula o conteúdo a ser buscado no Google. É como se você escrevesse GO em um gesto contínuo, com a letra O circulando o que você quer procurar.

Se você quiser usar a Wikipédia em vez do Google, é só escrever W em vez de G, e circular o conteúdo a ser buscado – o mesmo vale para outros serviços de busca. Se sua tela for pequena demais pra fazer esse gesto grande, o Google pensou nisso: digite a letra G em cima do conteúdo, como na imagem 4A acima. E se o aparelho não souber exatamente o que você circulou com seu gesto, ele exibe um menu com as possíveis opções – então você escolhe o que buscar.

Como esta é uma patente, não sabemos quando – ou mesmo se – a função será implementada no Android, mas queremos vê-la em breve. Se você quer ver mais detalhes de como o gesto contínuo funciona, visite o link a seguir: [Patently Apple via Ubergizmo]