quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Folha de S.Paulo: Ligação de celular refeita não gera nova cobrança a partir de hoje



A partir desta quarta-feira (27), se uma ligação de celular for interrompida por qualquer motivo e o cliente fizer uma nova chamada em até dois minutos, ela será considerada continuação da primeira.

A regra vale para usuários de todas as operadoras de telefonia móvel, em ligações tanto para telefones fixos quanto celulares, sem limite de chamadas sucessivas - desde que refeitas entre os mesmos números de origem e de destino no intervalo máximo de 120 segundos.

Para quem paga valor fixo por ligação, as chamadas sucessivas serão consideradas uma só e apenas a primeira será cobrada.

Para quem paga a ligação por tempo, o tempo de todas as chamadas sucessivas será somado e será feita uma única cobrança.

A decisão foi publicada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em 27 de novembro, vale para todos os planos oferecidos por todas as operadoras e entrou em vigor hoje.

TIM INFINITY

A medida foi criada pela superintendência de serviços móveis da Anatel e fazia parte dos planos da agência que regula o setor de telecomunicações no país para minimizar os prejuízos aos clientes das teles, que reclamam da baixa qualidade do serviço.

Ela foi divulgada uma semana após ter vindo à tona relatório que acusava a TIM de interromper de propósito chamadas feitas no plano Infinity , no qual o usuário é cobrado por ligação - e não por tempo.

RELATÓRIO

Segundo o documento, a Anatel monitorou todas as ligações da operadora entre março e maio de 2012, em todo o Brasil, e comparou as quedas das ligações de clientes do plano Infinity com os "não Infinity".

A conclusão foi que a TIM "continua 'derrubando' de forma proposital as chamadas de usuários do plano". O relatório apontava que o índice de queda de ligações no plano Infinity era quatro vezes superior ao dos demais usuários.

R$ 4,3 MILHÕES POR DIA

"Sob os pontos de vista técnico e lógico, não existe explicação para a assimetria da taxa de crescimento de desligamentos [quedas de ligações] entre duas modalidades de planos", dizia o relatório.

Um cálculo feito mostrava que as quedas geraram faturamento extra de R$ 4,3 milhões à operadora em apenas um dia. Segundo o relatório, a operadora "derrubou" 8,1 milhões de ligações em 8 de março.

DEFESA DA OPERADORA

Durante as investigações, a TIM informou que a instabilidade de sinal era "pontual" e "momentânea". Ela citou dados fornecidos à própria Anatel para mostrar que houve redução, e não aumento, das quedas de chamadas - as informações, no entanto, foram contestadas no relatório da agência.

A Anatel disse que a TIM alterou a base de cálculos e excluiu do universo de ligações milhares de usuários com problemas para dizer que seus indicadores estavam dentro do exigido.

INVESTIGAÇÃO INDEPENDENTE

Em 12 de novembro, três meses após a denúncia, a operadora informou oficialmente ao mercado que uma avaliação independente contratada pela empresa não indicou "formas propositais ou intencionais" para desconexões de suas chamadas móveis.

A avaliação realizada pela Ericsson constatou que a taxa de queda de chamadas em 8 de março foi de 2,09%, "em linha com o resultado de 2,04% gerado internamente pela TIM". O dado foi confirmado pela consultoria independente PwC (PricewaterhouseCoopers).

Codigo Fonte: Operadoras brasileiras precisam iniciar planejamento para Copa e Olimpíadas imediatamente



O Brasil tem um grande desafio pela frente: o país precisa oferecer uma boa estrutura de redes de telefonia móvel para os grandes eventos esportivos que estão prestes a acontecer no país - a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Para enfrentar esse desafio, porém, as operadoras precisarão encontrar soluções para oferecer os melhores serviços pelos menores preços. Uma dessas soluções, chamada de Key Event Experience, foi apresentada pela Ericsson na Mobile World Congress.

O diretor de Banda Larga para a América Latina da companhia, Clayton Cruz, afirma que, na verdade, tudo é apenas uma questão de preparação.

- Pode-se fazer um planejamento de quanto tráfico será gerado em determinado evento, onde esse tráfego será gerado. Pode não ser apenas no local, mas no caminho até esse local - afirmou o executivo, que comandou os projetos das Olimpíadas de Londres, e do Rock in Rio 2011.

Cruz afirma que estudos prévios de eventos com essas proporções dão a dimensão exata da infraestrutura que será necessária instalar. Ele afirma que já está em contato com as operadoras brasileiras, para que elas entendam o que precisa ser feito.

- Planejar uma rede, implementar alterações e otimizar não se faz em uma semana, às vezes meses. Ainda temos tempo, desde que o trabalho comece já - afirmou Cruz.

A grande solução da companhia para este tipo de evento é o "Cell on Wheels", algo como "células sobre rodas", que são bases móveis, que podem ser deslocadas de acordo com a necessidade.

Clayton Cruz acredita que o "Cell on Wheels" vai preencher lacunas em eventos massivos, pois em geral, grandes eventos não possuem problemas de cobertura, mas sim de capacidade das redes.

- Estamos vendo uma nova atitude dos usuários com a massificação dos smartphones, que consome mais dados da rede. E isso precisa ser levado em conta - afirmou.

TI INSIDE: Operadoras móveis precisam buscar parcerias para chegar na nuvem



O desafio é gigantesco: preparar empresas que tradicionalmente só vendem conectividade para prestarem serviços em nuvem. Isso, em um ambiente em que as redes enfrentam a pressão do crescente tráfego de dados e exigem investimentos pesados. Esse é o momento complicado vivido pelos operadores de telefonia celular e retratado com um certo tom de preocupação no Mobile World Congress, que aconteceu esta semana em Barcelona. A razão para algum receio é simples: hoje, quem inova e quem domina o mercado de aplicativos e conteúdos digitais são as empresas de Internet. As operadoras de rede vendem, essencialmente, o tráfego dos bits pela infraestrutura.

"As operadoras estão essencialmente grandes demais para conseguir inovar nesse ambiente", disse Joachin Horn, CTIO da operadora Tele2, que tem cerca de 35 milhões de clientes e opera em 11 países da Europa. Para ele, a oferta de serviços em cloud é um risco para as empresas, porque envolve um aprendizado em uma área que elas não atuam, mas também é uma oportunidade para recolocá-las no jogo dos conteúdos. "O segredo é oferecer o básico, fazer tudo de forma mais padronizada possível, porque assim o risco de errar é menor", disse.

Enquanto usuárias de aplicações em cloud, Horn disse que os sistemas de uma operação de telecomunicações são muito atrelados à rede e é difícil separar as duas coisas.

Kevin Johnson, CEO da Juniper, acredita que as operadoras de rede estão em uma posição importante para explorar o negócio de serviços em nuvem por terem domínio de uma parte crítica, que é a infraestrutura. "A rede é o core de uma operação em cloud". As oportunidades são grandes, diz ele. Hoje o mercado de cloud para empresas já passa de US$ 30 bilhões e no segmento pessoal é ainda maior, da ordem dos R$ 220 bilhões, se somar publicidade online, comércio eletrônico e transações financeiras.

Parcerias

Drew Houston, fundados da Dropbox, empresa de armazenamento de conteúdos em nuvem, disse que o grande diferencial dos inovadores que já estão atuando no desenvolvimento de aplicações e conteúdos cloud é o foco. "Isso não há como as operadoras terem. Por isso o caminho é o das parcerias. Depois que passamos a nos aliar a outros desenvolvedores de aplicativos (que usam o Dropbox como ferramenta de compartilhamento e armazenamento), fabricantes de handsets (que embarcam o aplicativo e oferecem capacidade em nuvem como diferencial) e operadoras, nossa base de usuário dobrou em apenas 12 meses", diz. Os números da Dropbox são impressionantes: 100 milhões de usuários, mais de 1 bilhão de arquivos transferidos ao dia. 

Folha de S.Paulo: Comissão Europeia promete investir 50 milhões de euros em tecnologia 5G

A Comissão Europeia vai investir € 50 milhões (cerca de R$ 130 milhões) para impulsionar a tecnologia de telefones celulares de quinta geração (5G), afirmou na terça-feira (26) a vice-presidente dessa instituição da União Europeia, Neelie Kroes, no MWC (Mobile World Congress).

Neelie apresentou o plano europeu para as conexões sem fio dos próximos anos, por meio do qual a comissão potencializará o desenvolvimento da tecnologia sucessora do 4G, colocando a Europa no topo da indústria de telefonia móvel mundial.

"Quero que a Europa seja a pioneira na tecnologia 5G, com base em pesquisas feitas no continente e que, além disso, seja geradora de empregos", disse Neelie.

A vice-presidente defendeu ainda a criação de um mercado único digital europeu que permitiria contemplar o espectro do continente "como um todo" e serviria para facilitar o acesso aos serviços e tornar a vida dos cidadãos mais cômoda graças à tecnologia móvel.

Neelie Kroes fala durante evento sobre lei de meios 
de comunicação, na França. 

EMPREENDEDORISMO

No MWC também foi apresentado o UnX, a primeira comunidade de âmbito ibero-americano criada para oferecer aos empreendedores digitais uma plataforma na qual podem aprender e compartilhar suas conquistas e experiências.

Essa iniciativa começou com um teste-piloto no último mês de outubro na Espanha e agora chega ao outro lado do Atlântico para a toda a América Latina, com conteúdo em espanhol e português.

Os membros do UnX poderão trocar experiências e conhecimentos profissionais e ter acesso de forma totalmente gratuita a um catálogo de cursos por meio da internet desenvolvidos por professores de prestígio.

Entre outras novidades, a Telefónica anunciou o acesso a internet por banda larga móvel combinando a tecnologia wi-fi com a rede de quarta geração LTE e a 3G num futuro próximo.

O fabricante japonês de celulares Fujitsu vai chegar ao mercado europeu em junho com o Stylistic S01, um smartphone específico para pessoas idosas.

INFO: Novos gadgets surgem por causa de redes rápidas



As redes, quer de banda larga móvel de altíssima velocidade, Wi-Fi, ou uma combinação de ambas, estão adicionando atrativos aos novos produtos móveis, em um momento no qual a evolução no design de smartphones e tablets está desacelerando.

O smartphone mais rápido do planeta, novos "phablets" - com tamanho intermediário entre um celular e um tablet - e tablets pequenos otimizados para vídeos e para operar múltiplos aplicativos em redes 4G de telefonia móvel são os principais destaques no Mobile World Congress, em Barcelona.

As redes agora permitem que milhões de outros aparelhos, de cafeteiras a bicicletas, se tornem "inteligentes".

A fabricante de chips Qualcomm, por exemplo, mostrou uma casa conectada na qual um smartphone pode ser usado para ligar uma cafeteira, e os alto-falantes tocam um som quando você entra na sala, porque detectam o celular no seu bolso.

Inovações como essas são possibilitadas pela AllJoyn, uma estrutura de software de fonte aberta compatível com os sistemas operacionais móveis Android, Windows e iOs, que permite que aparelhos se comuniquem uns com os outros diretamente, sem necessidade de um servidor.

"Estamos fazendo da Internet uma combinação contínua entre o mundo físico e o digital", disse Brian Spencer, engenheiro do centro de inovação da Qualcomm.

O grupo de telecomunicações norte-americano AT&T, enquanto isso, vai adicionar a casa e o carro dos usuários aos contatos de seus smartphones.

O Digital Life é um produto que permite que um usuário automatize e monitore sua casa remotamente, e substitui a Verizon Communications como parceiro do sistema de conexão online OnStar usado nos carros da General Motors.

Glenn Lurie, presidente de empreendimentos emergentes da AT&T, anunciou que o próximo passo seria unir os dois produtos, criando um ecossistema inteligente dedicado às necessidades do indivíduo.

"Quando minha mulher chega de carro em casa e abre a porta da garagem, a casa vai saber que ela chegou, destrancará a porta e acionará o termostato; o futuro será assim", disse Lurie.

PRÓXIMA GRANDE NOVIDADE

Enquanto isso, os aparelhos vestíveis são a próxima grande tendência na conexão, dizem observadores do setor. O Google mostrou no YouTube, na semana passada, alguns dos recursos do Google Glass, um óculos que permite que o usuário veja informações e grave vídeos.

A Apple, enquanto isso, está testando o design de um aparelho inteligente semelhante a um relógio de pulso, produzido com vidro curvo, de acordo com uma reportagem do jornal New York Times.

Em Barcelona, muitos dos aparelhos vestíveis tinham funções de controle da saúde.

Um monitor de açúcar no sangue está em uso por ciclistas, e os dados são enviados em tempo real a um smartphone Sony Xperia preso ao guidão. As leituras podem ser enviadas a um médico, por meio de uma conexão móvel segura.

O aparelho será usado por uma equipe de diabéticos que fará uma viagem de bicicleta de Bruxelas a Barcelona no mês que vem, segundo Adam Denton, o organizador da viagem.

A maioria dos smartphones e tablets novos exibidos no evento, porém, não mostram novidades ante o formato de tela de toque popularizado pela Apple e pela Samsung Electronics.

A Huawei se destacou dos concorrentes ao enfatizar a velocidade de conexão de seu principal modelo de smartphone, o Ascend P2, enquanto a japonesa NEC adotou uma abordagem nova quanto à forma dos smartphones ao oferecer um modelo com tela frontal e traseira que, desdobradas, resultam em um tablet com tela de 5,6 polegadas.

Olaf Swantee, presidente-executivo do grupo de telecomunicações britânico EE, disse que as redes mais rápidas estavam mudando a maneira pela qual as pessoas usam seus aparelhos e os projetos dos fabricantes para seus novos modelos.

"A miniaturização era a grande tendência, anos atrás, mas agora que os clientes podem fazer muito mais com suas telas, estamos vendo uma maximização do tamanho das telas pelos fabricantes, e não uma minimização".

G1: Ataque sofisticado que usou falha no Reader atacou usuários no Brasil


Exemplo de postagem no Twitter que pode ser 
lido pela praga para executar comandos nos 
sistemas infectados.

A fabricante de antivírus Kaspersky Lab e o laboratório CrySys divulgaram nesta quarta-feira (27) relatórios que descrevem mais um ataque sofisticado e direcionado a alvos específicos usando um vírus até então desconhecido. O ataque infectou sistemas em 23 países, sendo um deles o Brasil, mas o nome das organizações atacadas não foi revelado.

O vírus foi batizado de "Miniduke" por semelhanças ao vírus de espionagem Duqu, também usado em ataques direcionados e sofisticados. Não há como dizer, porém, se os dois ataques foram realizados pelo mesmo grupo.

A sofisticação do ataque começa na brecha de segurança usada para infectar os sistemas. Os hackers enviaram documentos PDF preparados cuidadosamente e, segundo a Kaspersky, com conteúdo altamente relevante para as vítimas. Quando abertos, os documentos exploravam uma falha dia zero (sem correção) no Adobe Reader. Essa falha é a mesma que foi identificada pela empresa FireEye na metade de fevereiro.

Depois, o vírus instalado no sistema faz uma verificação para saber se o computador atende a alguns requisitos. Feito isso, ele instala um software programado em Assembly - uma linguagem de programação de baixo nível, com comandos diretos ao processador, o que gera um código rápido e pequeno. Em apenas 20 KB, a praga consegue se comunicar com um servidor de controle e baixar códigos e executar comandos remotos no sistema alvo.

Além de altamente eficiente, o código também inclui funções destinadas a dificultar a análise do programa malicioso. De acordo com a Kaspersky, a programação é "old school", ou seja, diferente das pragas digitais modernas, que chegam a ter vários megabytes de tamanho.

Para encontrar os endereços dos servidores de controle, o código busca por usuários específicos no Twitter. Lá, tuites deixados pelos invasores trazem um código, que é decodificado pelo vírus. Caso o Twitter esteja bloqueado, o vírus é capaz de encontrar o mesmo código em buscas no Google. Qualquer arquivo baixado pelo vírus tem a extensão GIF e traz uma imagem válida, com o código adicional escondido.

A Kaspersky Lab conseguiu acesso a um dos servidores de controle, identificando um total de 59 vítimas espalhadas por 23 países: Bélgica, Brasil, Bulgária, República Tcheca, Geórgia, Alemanha, Hungria, Irlanda, Israel, Japão, Letônia, Líbano, Lituânia, Montenegro, Portugal, Romênia, Rússia, Eslovênia, Espanha, Turquia, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos

IDG Now!: Empresa usa "impressão digital" de dispositivo para bloquear ataques



A Juniper Networks lançou um pacote de produtos e serviços de segurança para proteger redes corporativas, afirmando que quando se trata de medidas defensivas, ataques podem ser melhor prevenidos determinando o que ela chama de "impressões digitais" (fingerprinting) dos dispositivos, em vez de bloquear com base somente em endereços IP.

"Simplesmente não é prático ou eficaz se concentrar em bloquear endereços IP", disse o vice-presidente e gerente geral de segurança da Juniper, David Koretz.

Em uma estratégia para diferenciar a empresa de seus concorrentes, a Juniper atualizou a sua linha para proteção de aplicações Web, anti-DDoS e Serviços SRX Series Gateways para identificar um ataque por meio de um método diferente do tradicional.

Koretz argumenta que fingerprinting é muito mais eficaz e preciso na prevenção de ataques, e acrescenta que serviços de análise de reputação com base no endereço IP não valem a pena.

Quando uma invasão em curso é detectada, o sistema Juniper irá capturar uma ampla gama de dados sobre o dispositivo invasor, pegando a "impressão digital" dele e o bloqueando no futuro.

Além disso, as informações sobre o fingerprinting daquele equipamento serão compartilhadas entre aparelhos Juniper e outros por meio de um serviço em nuvem chamado Spotlight Junos Secure em nome de todos os clientes cadastrados.

Bloquear ataques baseados em endereços IP é um método tradicional, mas essa tática tem seus inconvenientes - especialmente quando os servidores proxy são comumente usados para garantir anonimato dos funcionários, ressalta Koretz.

A nova estratégia da Juniper parece ter recebido apoio de clientes. O vice-presidente sênior e CIO da Revlon, David Giambruno, disse em uma declaração que ele vê os novos produtos como "um passo na direção certa", porque "as proteções atuais precisam evoluir além dos bloqueios baseados em IP para a prevenção definitiva de ataques."

TI INSIDE: Tecnologia Liquid App, da NSN, deve ser testada em estádio brasileiro



A principal novidade trazida pela Nokia Siemens Networks ao Mobile World Congress deste ano foi a tecnologia chamada de Liquid App. Trata-se, em essência, de uma tecnologia de distribuição em que o servidor onde ficam armazenados os conteúdos está localizado na ponda da rede, junto à estação base (BTS) de acesso móvel. Com isso, o tráfego gerado em função da demanda daquele conteúdo fica restrito ao acesso final de rádio, entre a antena e o handset do usuário, sem impactar o backhaul e o core da operadora. A tecnologia é, em essência, bastante simples, pois consiste em um módulo ligado à BTS com uma grande capacidade de armazenamento, e um sistema de controle instalado junto aos demais controles da operadora. Segundo o CTO da Nokia Siemens Networks do Brasil, Wilson Cardoso, a tecnologia abre uma nova possibilidade para as operadoras, capilarizando o conceito de CDN (Content Distribution Network), essencial em redes de banda larga, até o acesso final móvel. Além disso, para sites remotos, onde o backhaul depende de links de rádio ou satélite, o Liquid App ajuda a economizar tráfego. Também é uma aplicação que faz sentido para distribuição de conte'dos regionais, projetos governamentais que impliquem a distribuição de grandes quantidades de conteúdos regionalmente e também para publicidade móvel, já que a solução permite cruzar informações sobre os usuários que estão em determinadas células ou regiões com os conteúdos que possam ser exibidos para estes usuários.

Mercado de CDNs

Outra aposta da NSN é que a tecnologia ajude a aliviar a rede em ambientes de grande concentração e uploads, como estádios de futebol, em que conteúdos filmados ou fotografados tendem a ser compartilhados imediatamente. "Em vez do conteúdo trafegar em toda a rede, ele vai para o módulo do Liquid App e de lá, aos poucos, ele é transmitido para o restante da rede, sem que o usuário precise esperar", diz Cardoso.

Uma das primeiras implementações do Liquid App, ainda em caráter experimental, será durante a Copa das Confederações em Recife. Segundo o executivo da NSN, a ideia é ter essa tecnologia disponível em dias de jogos, com grande concentração de pessoas, para que sejam feitas distribuições de conteúdos específicas para esse público e também para absorver o tráfego de upload. Cardoso não revela a operadora parceira. 

INFO: MEC quer dar acesso ao livro digital até 2015



Em 2013, a estudante Beatriz Aguiar ingressou no 1º ano do ensino médio em uma escola particular de Brasília. Além de todas as mudanças já esperadas para o período, mais uma: o material escolar agora não ocupa mais do que o espaço de um tablet na mochila. Por quatro parcelas de R$ 277 ela comprou as obras que serão usadas e atualizadas durante o período letivo. O Ministério da Educação (MEC), planeja, para os próximos anos, dar acesso a esse material aos alunos da rede pública.

Consta no edital para os livros a serem distribuídas em 2015 pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) a inscrição de obras multimídia, que reúnam livro impresso e digital. Eles deverão ter vídeos, áudios, animações, infográficos, mapas interativos, páginas da web e outros objetos que complementarão as informações contidas nos textos escritos. "Além de termos acesso aos textos, temos outros recursos para ajudar no aprendizado, eu estou gostando muito", diz Beatriz. Nesta quarta-feira é comemorado o Dia Nacional do Livro Didático.

Segundo a pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Priscilla Tavares, "avaliações do ensino reportam que os alunos não frequentam a biblioteca por falta de interesse pela leitura. Por outro lado, além de atrair, essas obras têm alcance restrito: o aluno, em casa, pode não ter computador ou internet". Dados do Ibope Media mostram que no terceiro trimestre de 2012, 94,2 milhões de brasileiros, menos da metade (47,5%), tinham acesso à internet.

Priscilla afirma também que os meios digitais podem ajudar no desempenho dos estudantes ou atrapalhar.

Um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de 2007 concluiu que as escolas com acesso à internet têm maior eficiência, que se reflete no desempenho dos estudantes. O mesmo estudo mostrou que os laboratórios podem ser mal utilizados, levando ao pior desempenho por "alocar equivocadamente” o tempo dos estudantes. "Os alunos estão adaptados, têm maior convívio com os meios digitais, mas muitos professores não têm esse conhecimento. O recurso audiovisual é bom quando se sabe usar", diz a pesquisadora.

Tablets - Para melhorar o acesso, o MEC já distribuiu 382.317 tablets. A meta é chegar a 600 mil até o final deste ano. Na primeira etapa os equipamentos serão destinados a professores de escolas de ensino médio. Apenas o Amapá e o Maranhão não aderiram ao programa. Estão previstos conteúdos de domínio público, outros disponibilizados pelo MEC e pela Khan Academy. Por ano, o ministério investe cerca de R$ 1 bilhão pelo PNLD.

De acordo com o presidente Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), o setor busca o aperfeiçoamento na área para atender à demanda cada vez maior. Ele explica, no entanto, que os preços não devem sofrer muitas alterações: "É possível que fique mais barato com a eliminação da cadeia de custo do papel. No entanto, surge outra cadeia, que envolve hospedar a obra em algum servidor para acessá-la pela internet entre outros. No fim, trocam-se alguns custos por outros".

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara defende um modelo já adotado nos Estados Unidos, o chamado Recursos Educacionais Abertos (REA), por meio do qual o governo compra os direitos autorais das obras. Isso permitiria que os professores tivessem acesso facilitado não apenas a uma obra por disciplina (como ocorre pelo PNLD), mas a todas as disponibilizadas pelo MEC.

"O professor pode usar 20, 30 obras, variando em cada aula como achar melhor". O REA consta no Projeto de Lei 1513/2011, em tramitação na Câmara dos Deputados. A Abrelivros adianta que caso o modelo passe a vigorar, deverá ser cobrado um valor adequado à disponibilização do conteúdo.

TI INSIDE: Receita mundial do setor móvel não acompanhará crescimento de acessos



O mercado móvel global continua em ritmo forte de crescimento, mas já é possível identificar uma desaceleração para os próximos anos. Segundo pesquisa da GSMA com a A.T. Kearney divulgada durante a Mobile World Congress, em Barcelona nesta semana, o número de acessos vai crescer 42,6% entre 2012 e 2017, ao passo que a receita do setor de telecomunicações móveis aumentará 25%. São dados de uma pesquisa complexa e detalhada que apontam para uma necessidade urgente de otimização de infraestrutura e espectro.

As conexões globais somaram 6,8 bilhoes em 2012 e deverão subir para 9,7 bilhões em 2017, um crescimento médio anual (CAGR) de 7,6%. Apesar de forte, é um resultado inferior ao registrado entre 2008 e 2012, quando o aumento médio era de 13,7%. Mas ainda é uma explosão de conexões.

Segundo o estudo, o salto acontece porque as tarifas on-net levam usuários a terem mais de um SIMcard e porque um mesmo usuário contará com mais de um dispositivo conectado. Tanto que a proporção crescerá de 2,1 SIMcards por pessoa para 2,5 em 2017 no mundo. Além disso, o aquecimento do mercado de comunicação máquina-a-máquina (M2M, que responderá por 13% de todas as conexões em 2017 contra apenas 4% em 2013) adiciona ainda mais acessos ao número total.

O número de assinantes no mundo subirá de 3,2 bilhões em 2012 para 3,9 bilhões em 2017, o que representará 80% da população adulta global. Juntas, as regiões da América Latina e da África serão responsáveis por 20% do total de conexões no período, representando 595 milhões de novas conexões. A razão para o grande crescimento nessas regiões é a queda de preços, aumento do poder aquisitivo, falta de alternativas economicamente viáveis (como linhas fixas) e investimento de operadoras móveis em infraestrutura em áreas rurais.

A penetração de acessos por habitante varia de 142% na Europa em 2012 para 72% na África, enquanto na América Latina é 118%. Em quatro anos, essa taxa subirá para, respectivamente, 214%, 97% e 155%.

Já a proporção global entre acessos pré-pagos e pós-pagos é de 77% e 23%, respectivamente. Na América Latina, essa relação é de 80% e 20%, enquanto na América do Norte há uma taxa muito maior de pós-pagos: 75%, contra apenas 25% de pré-pagos.

Impacto no setor

As receitas do setor (incluindo operadoras, fornecedores, fabricantes etc) no mundo deverão acumular US$ 9,1 trilhões entre 2013 e 2017. O crescimento anual médio das receitas é de 5%, saindo do US$ 1,6 trilhão registrado em 2012 para US$ 2 trilhões em 2017. Mas haverá uma discrepância entre as receitas para operadores de rede e o crescimento da utilização por conta da queda nos preços. O ARPU (receita média por usuário) tem caído 8% ao ano em média, chegando a US$ 14 anuais. As principais reduções são na África (queda de 10%) e Europa (declínio de 7%). Considerando apenas a receita média por assinante (ARPS), a queda é atenuada para CAGR de 4%.

A contribuição do ecossistema móvel para o produto mundial bruto (PMB, ou seja, a soma de produto interno bruto de todos os países) é de US$ 10,5 trilhões no acumulado entre este ano e 2017. A contribuição para os cofres públicos é de US$ 2,6 trilhões no mesmo período, como resultado das aquisições de espectro e impostos. A pesquisa afirma que a infraestrutura para serviços móveis agora é tão importante para a economia de um país quanto é a rede elétrica ou de transporte e que, por isso, é fundamental um comprometimento financeiro estruturado de maneira justa e previsível para sustentar o setor.

A A.T. Kearney diz que novas tecnologias e algorítmos de codificação conseguirão compactar ainda maior capacidade para o espectro existente, mas como é um bem limitado, as frequências disponíveis não serão capazes de suportar o crescimento indefinidamente. Por conta disso, a firma diz que o dividendo digital "precisa ser liberado para (a telefonia) móvel", mas de forma cautelosa para que sua utilização seja planejada com antecedência, garantindo a capacidade de acordo com a demanda futura. 

COMPUTERWORLD: Para RSA, segurança inteligente é a única forma de se proteger contra ataques



Os últimos anos marcaram um expressivo aumento nos ataques a empresas. Até organizações tecnologicamente avançadas como Apple e RSA foram invadidas. A lição aprendida pela RSA, divisão de segurança da EMC, foi que somente segurança inteligente pode proteger das ameaças. O modelo detecta e lida com desafios rapidamente minimizando os problemas causados pelos cibercriminosos.

“Segurança inteligência está se tornando realidade, não é mais um sonho. Organizações devem entender o risco e quem elas precisam proteger”, diz Art Coviello, presidente-executivo da RSA. 

Ele explica que a RSA faz isso a partir da análise de grandes quantidades de dados, mas o quadro também demanda conhecimento dos profissionais para operar sistemas e compartilhamento de informações entre a indústria de segurança, discurso que o executivo vem pregando desde a abertura do RSA Conference, que acontece de 25 de fevereiro a 1º de março em San Francisco, nos Estados Unidos.

Segundo ele, a RSA troca informações com Microsoft, Juniper Netoworks e outras fabricantes do setor para ajudar empresas a entender ameaças externas e contribuir para que elas tomem medidas imediatas.

O executivo reconhece que as companhias não estão totalmente preparadas para abraçar o modelo de segurança inteligente, mas há um trabalho de conscientização em curso que está contribuindo para que esse cenário mude. “Elas precisam melhor entender os riscos e implementar tecnologias orientadas para Big Data”, aconselha.

(*) A jornalista viajou a San Francisco, nos Estados Unidos, a convite da RSA

    INFO: Tatuagem eletrônica monitora sinais cerebrais



    O professor de bioengenharia Todd Coleman da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, criou uma tatuagem eletrônica. Ela é capaz de monitorar os sinais cerebrais dos pacientes.

    Coleman criou sensores ultrafinos e flexíveis que podem ser colocados na pele temporariamente. Eles conseguem monitorar a atividade cerebral e evitar que os pacientes tenham que fazer alguns exames médicos, como o eletroencefalograma. Por ser um método de interação entre o cérebro e a máquina de forma pouco invasiva e com a transmissão de dados sem fio, o aparelho foi apelidado de tatuagem eletrônica.

    O dispositivo é feito de camada de poliéster plástico. Isso permite que ele possa acompanhar o movimento natural da pele humana e ter boa durabilidade. Ele tem menos de 0,1 milímetro de espessura, ou seja, é fino como um fio de cabelo e fica imperceptível quando gruda no corpo.

    Dentro dele fica um circuito com células solares. Elas captam os sinais elétricos das ondas cerebrais e sensores térmicos para monitorar a temperatura da pele, além de detectores de luz, que analisam os níveis de oxigênio no sangue.

    O objetivo de Coleman com sua criação é impedir que a interface cerebral fique restrita a laboratórios. Isso porque o sistema tem potencial para ser usado como uma ferramenta de interação social ou para operar máquinas e sistemas à distância com o poder da mente.

    Eles também podem ser aplicados em outras partes do corpo, como garganta ou membros para monitorar a atividade muscular de braços e pernas de atletas. Segundo Coleman, isso faz com que sensores captem sinais elétricos dos músculos da garganta para que as pessoas também se comuniquem por pensamento.

    quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

    Folha de S.Paulo: Por sinal melhor, governo tenta mediar acordo entre teles e estádios da Copa


    Visão geral do Castelão, o primeiro estádio da Copa-2014 
    a ser reinaugurado. 

    O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, afirmou que acredita em um acordo entre teles e os responsáveis pelos estádios que receberão jogos da Copa das Confederações e do Mundo para que o sinal de celular seja reforçado dentro das arenas.

    "A reunião foi produtiva, clima bom, mas não é uma reunião milagrosa. Se não houver acordo [entre estádios e teles], vamos voltar a sentar e discutir o assunto", disse Alvarez. "Nossos instrumentos legais [do Ministério das Comunicações] são limitados. Temos interesse que o cidadão tenha bom sinal, receba e envie imagens, faça ligações, mas é uma questão comercial".

    Para o secretário, ter o telefone funcionando dentro do estádio faz parte das expectativas "de todo e qualquer usuário em um evento histórico como esse".

    Por esse motivo, o governo decidiu intervir. Cezar Alvarez destacou que o governo vem intermediando acordos também em outras áreas, como em transportes, com taxistas, e hotelaria, com empresários do setor. "Estamos ajudando a acelerar esse acordo, mas somos expectadores de acordos comerciais."

    HISTÓRICO

    Para o Ministério das Comunicações o assunto ganhou mais destaque desde que o secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, criticou as falhas no sinal de celular dentro do estádio do Castelão, em Fortaleza (CE), em partida realizada em janeiro deste ano.

    Conforme antecipado pela Folha, as teles e os estádios ainda não conseguiram fechar acordo sobre aluguel de uma área onde serão instaladas antenas para reforçar o sinal de internet 3G, 4G e mesmo de voz dentro das arenas.

    Sem ampliar a infraestrutura, há risco de os torcedores que forem aos jogos da Copa das Confederações em junho deste ano fiquem incomunicáveis em diversos momentos ao longo da partida, segundo o Sindtelebrasil, sindicato das teles.

    O problema seria chamado de "efeito réveillon", porque as dificuldades de uso dos aparelhos móveis seria semelhante ao que já ocorre nas festas de fim de ano --quando as redes das operadoras ficam sobrecarregadas.

    "Precisamos de pelo menos 120 dias para colocação dos equipamentos dentro dos estádios. Está em cima do laço", disse o presidente do sindicato das operadoras, Eduardo Levy. O primeiro jogo da Copa das Confederações será em 15 de junho.

    ESTÁDIOS

    "Não fechamos nenhum contrato ainda, mas a situação está encaminhada", disse o executivo. Ele diz que Brasília, Fortaleza e Salvador estão com "sinal amarelo" e Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, em situação mais crítica, com "sinal vermelho".

    Apesar dos acordos estarem caminhando no Rio e em Recife, o atraso dos estádios é visto como um dos motivos para retardar a colocação das antenas para reforço do sinal de celular.

    Em Belo Horizonte, o impasse é sobre o valor que será pago para aluguel da sala em que será instalada a infraestrutura das empresas. Segundo o Sindtelebrasil, as negociações seguem em andamento.

    "Hoje não tratamos na reunião sobre as outras seis cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo. Mas acreditamos que resolvendo essas seis primeiras, da Copa das Confederações, as outras virão de carona", informou o sindicato.

    TELEBRÁS

    O secretário do Ministério das Comunicações disse que a reunião de hoje no Ministério dos Esportes, com representante das teles e prefeitos, tratou também de impasses na instalação de infraestrutura da Telebrás.

    A estatal tenta instalar em todos os estádios o sinal para transmissão das partidas para os canais de TV de todo o mundo. Questões de engenharia estavam pendentes, mas foram marcadas reuniões bilaterais, entre Telebrás e estádios, para resolver o problema.

    O Ministério das Comunicações não deixou pré-agendado novo encontro para tratar do andamento das ações discutidas hoje.

    Folha de S.Paulo: Com nova lei, Brasil tenta aumentar controle sobre o ciberespaço



    O Brasil está prestes a lançar sua primeira lei contra crimes na internet, em um esforço para proteger a lucrativa expansão do sistema bancário e do comércio eletrônico no país.

    Mas especialistas em segurança alertam que as penalidades são ainda muito suaves para resolver um problema que custa cerca de US$ 700 milhõespor ano para a indústria financeira local, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

    A partir de abril, os hackers brasileiros que agora aparecem em vídeos no YouTube cantando "o funk do cartão clonado" e que trafegam descaradamente com informações roubadas correm o risco de pegar entre três meses e dois anos de prisão.

    "O sentimento de impunidade hoje é muito grande", disse Fabio Assolini, analista de segurança online da Kaspersky Lab em São Paulo. "Os cibercriminosos brasileiros se sentem livres", acrescentou.

    Além de encarecer as operações bancárias, o roubo online ameaça o crescimento explosivo do comércio eletrônico no Brasil, um negócio de US$ 12 bilhões anuais, que recentemente atraiu a Amazon.com.

    Especialistas dizem que o Brasil finalmente está se movendo na direção certa, mas advertem que não há soluções imediatas para o maior ciberespaço da América Latina.

    "As coisas realmente começam a mudar quando os criminosos veem que acontecem prisões", disse Limor Kessem, uma analista de segurança online da RSA, unidade da EMC Corp, em Tel Aviv. "A lei é boa, mas as pessoas precisam ver ação", argumentou.

    "LEI CAROLINA"

    A anarquia na internet brasileira ganhou notoriedade no ano passado, quando a atriz Carolina Dieckmann foi chantageada por hackers que invadiram seu computador e roubaram dezenas de fotos pessoais, algumas delas nuas.

    Em um país que acompanha novelas com fervor religioso, o ultraje a uma estrela da TV foi a gota d´água. A "Lei Carolina Dieckmann" de criminalidade na internet foi aprovada em tempo recorde pela Câmara dos Deputados e sancionada em dezembro pela presidente Dilma Rousseff.

    A lei deve ajudar o Brasil a cair de posição no ranking mundial de algumas pragas cibernéticas, como spam, phishing, vírus e trojans.

    Segundo dados oficiais, as denúncias de ataques de phishing, um tipo de fraude em que os usuários de serviços financeiros são redirecionados para um site falso para roubar senhas e outros dados pessoais, subiram 95% em 2012.

    A RSA diz que o Brasil é a quarta maior plataforma de ataques de phishing do planeta, depois dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha.

    O que torna o Brasil tão atraente? Por um lado, a falta de regulamentação e, por outro, o crescimento sustentado da população online.

    Com apenas 48% dos seus 194 milhões de habitantes online e uma classe média emergente desesperada para se conectar, o Brasil é uma das novas fronteiras de negócios online e comércio eletrônico.

    Além disso, os brasileiros usam serviços bancários online a níveis de países desenvolvidos: 46% das contas bancárias no Brasil são operadas pela Internet, o dobro da média da América Latina e um nível próximo ao dos Estados Unidos.

    O setor bancário diz que reduziu em 7% as perdas com fraude eletrônica em 2012, principalmente por meio de sistemas de autenticação mais rigorosos.

    A Febraban saudou a nova lei, mas quer mais.

    "Tenho certeza de que no futuro essas penas terão de ser revistas, porque o perigo desses crimes é maior do que o que está descrito na lei", disse Marcelo Câmara, diretor de prevenção de fraudes da Febraban.

    Convergência Digital: Teles querem que antenas sejam liberadas na metade do prazo



    Se ainda há divergências a serem superadas para garantir a cobertura de telecomunicações dentro dos estádios da Copa das Confederações – e, em certa medida, também da Copa do Mundo, mas nesse caso há mais tempo – tampouco há tranquilidade no lado de fora das arenas. As teles pediram nesta terça-feira, 26/2, que as licenças para novas antenas sejam expedidas muito mais rapidamente.

    “Há necessidade de acelerar o processo de licenciamento das antenas de 4G. As empresas dizem que é preciso reduzir à metade o prazo médio de aprovação de licenças para dar conta da preparação para a Copa”, afirmou o secretario executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez.

    As empresas calculam que será preciso instalar 9.566 novas antenas para atender a demanda das 12 cidades-sede da Copa do Mundo – sendo que seis dessas cidades devem estar prontas para a Copa das Confederações, em junho deste ano. Significa garantir 9,5 mil licenças para a instalação dos equipamentos.

    “Em 2011 conseguimos instalar 9 antenas por dia. Em 2012, o ritmo acelerou para 16 antenas por dia, mas ainda precisamos mais agilidade para dar conta do que será preciso instalar”, diz o diretor executivo do sindicato nacional das teles – Sinditelebrasil – Eduardo Levy. Nas contas do sindicato, o ritmo precisa dobrar, para 30 ERBs por dia.

    As teles têm compromissos para garantir cobertura nas redondezas dos estádios onde serão disputados os jogos – sem falar nas obrigações assumidas no leilão da faixa de 2,5 GHz, que implicam em garantir cobertura em pelo menos 50% dos municípios onde haverá jogos. Parte disso, aqueles onde haverá Copa das Confederações, tem que estar pronto até abril deste ano. As outras seis cidades – que completam as 12 da Copa do Mundo de 2014 – devem estar prontas até dezembro.

    “É evidente que tem que acelerar, e que o compromisso dos prefeitos de tramitar em 60 dias vai ter que ser cumprido”, afirma Cezar Alvarez. Esse compromisso, no entanto, foi assumido há mais de um ano, junto ao comitê organizador da Copa do Mundo. Talvez por isso, as empresas ainda confiem em uma aprovação rápida da chamada Lei Geral das Antenas – proposta que estabelece um rito sumário para a expedição das licenças em todo o país.

    Segundo Alvarez, já existe um acordo na Câmara dos Deputados para que a tramitação seja rápida, a exemplo do que se viu no ano passado, quando o projeto foi aprovado no Senado Federal. “Há um acordo de lideranças na Câmara para dar tratamento conjunto nas comissões da Câmara”, diz o secretario executivo do Minicom. Assista as posições defendidas pelo secretário-executivo do Minicom, naCDTV, do Portal Convergência Digital.

    G1: Operadoras enxergam riscos em cobertura dentro de estádios na Copa



    O secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, informou nesta terça-feira (26) que o governo está tentando mediar os acordos firmados entre operadoras de celular e a administração de estádios para garantir a instalação de infraestrutura de serviço dentro dos estádios das cidades-sede da Copa das Confederações.

    O secretário explicou que a 'mediação' feita pelo governo tem efeito limitado, pois os acordos comerciais envolvem especialmente a alocação do espaço para instalação de antenas e equipamentos voltados para a transmissão de sinal em ambiente fechados - conhecida no jargão técnico como 'cobertura indoor'.

    "Não está no memorando de entendimentos firmado com a Fifa, mas todos nós queremos o melhor hotel, o melhor transporte, o melhor taxi e o melhor sinal de telecomunicações para os espectadores dos jogos", afirmou Alvarez. Nesta terça-feira ele esteve em reunião no Ministério do Esporte com as operadoras e representantes dos governos das cidades que receberão os jogos.

    Por outro lado, o diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, que também participou da reunião com o governo, enxerga com preocupação a assinatura dos acordos em três cidades: Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife. "O sinal vermelho está aceso nessas três cidades", disse.

    Levy disse que o principal problema no Rio de Janeiro e Recife é o atraso na entrega dos estádios. "O risco é alto de não fazermos a cobertura indoor porque ainda não conseguimos entrar na sala de equipamentos". Segundo ele, são necessários 120 dias para fazer o projeto de engenharia e instalar os equipamentos. No caso de Belo Horizonte, a situação é ainda mais complicada porque envolve desentendimento sobre o preço de alocação do espaço de 200 metros quadrados necessário para instalar os equipamentos das operadoras.

    O diretor do sindicado informou que ainda falta assinar acordos comerciais com as administrações dos estádios de Brasília, Fortaleza e Salvador, mas as tratativas entre as partes têm evoluído. "Ainda temos que acertar detalhes, mas as negociações estão andando", afirmou.

    O secretário ressaltou que os compromissos assumidos pelo governo brasileiro envolvendo a entrega de infraestrutura de telecomunicações para o evento preparatório para a Copa do Mundo de 2014 serão cumpridos até o dia 30 de abril. O primeiro jogo da Copa das Confederações está previsto para ocorrer no dia 15 de junho.

    "A Fifa nos pediu inicialmente 60 dias de antecedência, que passou para 45 e hoje está em 30 dias", disse Alvarez. Segundo ele, é neste período que serão realizados os testes para conferir se a estrutura está funcionado. O compromisso assumido pelo governo envolve, inclusive, a estrutura que será fornecida pela Telebras para garantir as transmissões de jogo pela TV e ponto de acesso à internet para a organização do evento, sala de imprensa e centros de treinamento.

    TI INSIDE: Telefônica promete integração 4G e Wi-Fi em 2014



    As operadoras celulares do mundo todo estão investindo em redes Wi-Fi como complemento à sua cobertura celular, de maneira a descongestionar seu espectro licenciado. A Telefônica quer dar um passo além nesse sentido e implementar uma rede híbrida em que o cliente seja transferido de Wi-Fi para 4G e vice-versa sem notar a mudança, mesmo se estiver no meio de um streaming de vídeo ou de uma chamada telefônica. Trata-se de uma rede Wi-Fi evoluída e totalmente integrada à infraestrutura móvel da operadora. Além disso, a ideia é que o usuário não precise preencher um usuário e senha a cada vez que entrar na rede Wi-Fi: sua identificação será automática. Segundo o CTO global do grupo espanhol, Enrique Blanco, a operadora será a primeira a lançar uma rede convergente LTE/Wi-Fi com essas características, o que deve acontecer em 2014. "A Telefônica quer se transformar em um provedor de conectividade inteligente", disse o executivo, durante coletiva de imprensa no Mobile World Congress (MWC), em Barcelona.

    De acordo com Blanco, a decisão de investir em redes heterogêneas está relacionada à evolução do mercado e ao uso feito pelos consumidores. Atualmente, ele calcula que mais de 80% do tráfego de dados em smartphones e tablets dos clientes da Telefônica em alguns países passa por redes Wi-Fi. Além disso, todos os modelos de smartphones hoje em dia vêm com conectividade Wi-Fi.

    Em testes realizados na Espanha, a operadora concluiu que a integração funciona bem e ajudou a melhorar a conexão nas redes 3G e 4G. Mas reconhece que a autenticação automática é essencial para a convergência dessas redes e isso requer ainda uma padronização de mercado, que deve ficar pronta em 2014.

    VoLTE

    A Telefônica promete lançar serviços de voz sobre a rede 4G, o chamado VoLTE (Voice Over LTE), dentro de dois anos, quando o padrão de mercado estiver definido. Trata-se da transmissão de voz na forma de dados, pela rede LTE. Segundo Blanco, além da qualidade de áudio ser muito melhor, o tempo para completar uma chamada fica 20 vezes mais rápido, praticamente imperceptível para o usuário. Hoje, em redes 3G e 2G, em que a voz é transmitida por comutação de circuitos, a chamada é completada em aproximadamente três segundos ou mais.

    Demonstrações de VoLTE e da integração entre Wi-Fi e LTE estão sendo apresentadas no stand da empresa no MWC com equipamentos da Ericsson, Qualcomm, LG, Samsung e Sony.

    Chile

    A Telefônica anunciou que usará equipamentos da Samsung em sua rede 4G no Chile. Outro fornecedor que já havia sido divulgado é a Nokia Siemens Networks. 

    TI INSIDE: Custos e dificuldade de integração são os principais desafios para adoção da nuvem



    Embora seja tida como irreversível, a computação em nuvem ainda enfrenta muitas barreiras para sua adoção, segundo pesquisa realizada pela KPMG em parceria com a Forbes Insight. Para 33% dos executivos de empresas que usam a nuvem, os custos de implantação da tecnologia foram mais altos do que o esperado, sendo que parcela semelhante deles afirma que a integração dos serviços na nuvem à infraestrutura de TI existente foi especialmente difícil. Os dois problemas apontados vão na contramão dos principais argumentos para adesão ao cloud computing — o baixo custo e rapidez na implantação.

    O relatório também indica que, embora 26% dos profissionais ainda vejam a segurança como um desafio importante na adoção da computação em nuvem, parte deles reconhece que o fato de utilizar a nuvem deve melhorar a segurança, e não diminuí-la. Já para 18% dos entrevistados, a regulamentação do segmento é um desafio, enquanto somente 5,5% consideram globalmente a estrutura tributária como um desafio para a adoção da nuvem.

    Apesar das dificuldades, os executivos ainda acreditam que os benefícios superam quaisquer dificuldades iniciais. Eles descobriram que o redesenho de processos simultaneamente à adoção do novo modelo é fundamental para abordar as complexidades que frequentemente aparecem nas fases de implantação e operação da tecnologia.

    Questionados sobre os motivos que os levaram a adotar a nuvem (embora para quase metade dos entrevistados a redução de custos ainda seja a principal razão para tal), 28% disseram que a velocidade da migração para a nuvem foi importante, assim como o fato de a nuvem ter permitido a entrada rápida em novos mercados (27%) e a transformação dos processos de negócio (22%).

    A pesquisa aponta também que mais da metade das organizações já está trabalhando com a nuvem, sendo que 70% daquelas com experiência dizem que a tecnologia já melhorou a eficiência dos processos e promoveu significativa economia de custos.

    O estudo foi realizado no fim de 2012 com 674 altos executivos em organizações que usam a nuvem em 16 países, tais como Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Brasil, Canadá, China, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Israel, Itália, Japão e Reino Unido. 

    INFO: Estrelas de TI apoiam site de programação



    A Code.org, organização sem fins lucrativos, publicou hoje um vídeo com celebridades da tecnologia que defendem o ensino de programação nas escolas.

    O vídeo tem a presença de Bill Gates (Microsoft), Mark Zuckerberg (Facebook) e Jack Dorsey (Twitter). Nele, eles contam como foram as suas primeiras experiências com um computador.

    Segundo a Code.org, apenas uma em cada dez escolas americanas ensinam seus alunos a programar computadores. Se todas adotassem o ensino de programação, o país conseguiria aumentar o número de especialistas e, ainda, fortalecer o mercado americano – que, hoje, depende de muitas empresas indianas.

    A Code.org oferece aulas online de programação de graça. As aulas são para qualquer estudante que não tenha aulas de programação na escola. A organização também oferece filmes para auxiliar os professores nas aulas de programação nas escolas.

    Em troca das aulas, a Code.org pede doações para que possa continuar realizando seu trabalho.

    Jobs – O vídeo exibe profissionais da área de TI relatando que para programar não é preciso ser um gênio, basta dedicação. “Com o grande avanço da tecnologia temos computadores em todos os lugares, e aprender a programar é uma incrível e poderosa habilidade”, diz Hadi Partovi fundador da Code.org.

    Nem mesmo Steve Jobs ficou de fora do vídeo que usou uma de suas frases para chamar a atenção do público. “Todas as pessoas no mundo devem aprender a programar um software, porque isso te ensina a pensar.”

    Veja o vídeo abaixo:

    TI INSIDE: Empresa brasileira de apps une operações com companhia americana



    A brasileira I.ndigo, desenvolvedora de aplicativos para dispositivos móveis, uniu as operações com a Taqtile Mobility, empresa com sede em Seattle, nos EUA. Ela é conhecida por ter desenvolvido os softwares para smartphones e tablets para a campanha presidencial de Barack Obama, projeto que teve participação da I.ndigo.

    A fusão foi feita por meio da divisão da participação no capital da nova companhia formada, sem o aporte de recursos financeiros. A I.ndigo ficará com 50% da empresa e a Taqtile com a outra metade. Com isso, a equipe no Brasil que antes atendia cerca de 40% de projetos internacionais provenientes da Taqtile, deve aumentar seus esforços para que esse percentual chegue a 50%.

    A I.ndigo iniciou as atividades em 2008 e, embora já voltada para o segmento de mobilidade, ainda atendia alguns projetos de web. A partir do ano seguinte, ela passou a se concentrar apenas no desenvolvimento de apps para celulares. Conforme explica o sócio da I.ndigo/Taqtile, Danilo Toledo, atualmente a empresa possui aproximadamente 30 clientes no Brasil, entre eles os bancos Santander e Safra, a farmacêutica EMS e a seguradora Allianz. A empresa faturou R$ 10 milhões no ano passado, o que representa um crescimento de 300% em relação a 2011. Agora, com a fusão, a expectativa é dobrar o futramento até 2014.

    “Nosso diferencial é a equipe altamente capacitada e motivada. São cerca de 25 engenheiros de software, a maioria formados pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo [Poli-USP], ou seja, são pessoas disputadas por indústrias e empresas de grande porte”, conta Toledo. Segundo ele, a I.ndigo fornece incentivos como a distribuição de participação na empresa a toda a equipe. “Nosso primeiro contato com a Taqtile foi em 2009, por conta de um projeto para iPhone, o primeiro desenvolvido por nós, o qual conseguimos concluir com eficiência e em um terço do prazo. Essa e outras ações só foram possíveis pela cultura de inovação e motivação do nosso time”, ressalta o executivo.

    Em nota, o co-fundador e líder de produto da Taqtile, John Tomizuka, destacou a longa união com a I.ndigo. "Esta fusão é a formalização de uma parceria sólida que já existe. Temos trabalhado em estreita colaboração com a I.ndigo desde o início da Taqtile nos EUA. Este é simplesmente o próximo passo do nosso esforço em oferecer aos nossos clientes os melhores aplicativos e as melhores experiências digitais disponíveis em qualquer lugar”.