segunda-feira, 24 de março de 2014

INFO: Procura por Sisutec aumenta quase 40% em relação a 2013


A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (24) que mais de 1 milhão de inscrições de jovens que terminaram o ensino médio foram feitas no Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). Eles disputam uma das 291 mil vagas em 122 cursos técnicos.

“Isso significa que a procura por cursos técnicos foi, nesta edição do Sisutec, quase 40% maior que no ano passado. Os jovens percebem que quanto mais bem formados, maiores são suas chances de conseguir um bom emprego.”

Dilma também destacou que o governo federal investiu R$ 14 bilhões no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) que já tem 6,1 milhões de matrículas. Do total, 1,7 milhão de matrículas são em cursos técnicos de nível médio. O restante se refere a cursos de qualificação profissional, com duração menor, de até quatro meses. “Nossa meta é, nesses três anos e meio de existência do programa, chegarmos a 8 milhões de brasileiros matriculados no Pronatec.”

A presidenta ressaltou que 1 milhão dessas matrículas foram feitas pelos beneficiários do Programa Brasil sem Miséria, que recebem o Bolsa Família. “O Pronatec/Brasil sem Miséria é uma verdadeira porta dessas pessoas ao mundo do trabalho. Estamos, de fato, investindo muito na educação profissional.”

Dilma informou, no programa semanal Café com a Presidenta, que há cursos do Pronatec sendo oferecidos em mais de 4 mil cidades em todos os estados. De acordo com ela, a maioria do público desses cursos é formada por mulheres: elas respondem por seis em cada dez matrículas.

Segundo a presidenta, todos os cursos do Pronatec são gratuitos e oferecidos pelos institutos federais de educação tecnológica e profissional, pelas escolas do Sistema S (Senai, Senac, Senat e Senar) e pelas escolas técnicas estaduais. São 220 cursos técnicos e 646 de qualificação profissional.

CIO: Big Data: como analisar informações com qualidade


Hoje, com a análise de dados Implícitos e Explícitos, é possível entender muito do seu negócio, do mercado, do hábito de consumo dos seus clientes, tendências e sim, sair na frente
Rodolfo Ohl *

A Internet tem se tornado o local onde uma massiva quantidade de dados é gerada a cada dia. Isto é Big Data, não apenas um conceito abstrato criado pelo universo de Tecnologia da Informação, mas uma forte tendência de crescimento da pulsante atividade digital. E

m um minuto, mais de 2 milhões de buscas são feitas no Google, e mais de US$ 250 milhões são gastos por consumidores. Usuários do Twitter enviam mais de 100 mil tweets. Na SurveyMonkey, recebemos mais de 50MB de dados novos de nossos clientes neste tempo.

E o que fazer com toda essa informação? Hoje, com a análise de dados Implícitos e Explícitos, é possível entender muito do seu negócio, do mercado, do hábito de consumo dos seus clientes, tendências e sim, sair na frente com isso.

Os Dados Implícitos e suas funcionalidades 
Big Data é composto por dois diferentes tipos de dados: os Implícitos e os Explícitos. Dados implícitos são aqueles coletados sem que necessariamente se tenha a anuência das pessoas durante um processo de análise. Por este fato, pode carregar consigo uma conotação sombria – muitas vezes apelidada de “Big Brother”, “Big Oil” e “Big Government”, por exemplo.

Com estes dados, as empresas passam a conhecer os hábitos de seus clientes e, desta forma, muitas vezes, conseguem prever suas próximas ações. Cada bloco de dado disponível está sendo destrinchado e esmiuçado para posterior análise. Os maiores varejistas, das cadeias de supermercados aos bancos de investimentos, têm uma área de “análise preditiva”, focada não apenas em entender os hábitos de compras dos consumidores, mas também seus hábitos pessoais, buscando assim uma forma mais eficiente de comunicar e vender para eles.

Apesar da coleta de Dados Implícitos ser a mais utilizada, pelo fato de que as informações podem ser obtidas em grande escala, você nunca saberá se suas predições estão corretas. Isto porque eles são baseados na coleta passiva dos hábitos e comportamentos das pessoas. E é exatamente por isso que não são 100% à prova de falhas.

Com esse tipo de dados, não é possível para qualquer varejista saber se uma avó está comprando um presente de aniversário para seu neto ou para si própria. Da mesma forma, este varejista não consegue saber se você está comprando um livro para você ou como presente para um amigo. E, independentemente do quão genial seja o analista, ele nunca conseguirá sugerir uma música certa sem PERGUNTAR para a pessoa se determinado ritmo lhe agrada. Sendo assim, a dica é: apenas pergunte. O simples ato de formular uma pergunta específica nos leva para os Dados Explícitos.

E os Dados Explícitos? Como eles podem ajudar nos seus negócios? 
Historicamente, Dados Explícitos custam caro e demandam muito tempo para serem apurados. Estes são os motivos por que tradicionalmente os Dados Implícitos acabam recebendo uma grande relevância nas análises de Big Data. Entretanto, a tecnologia tem mudado isto. A internet permite que as empresas obtenham Dados Explícitos em grande escala, por meio de uma variedade de plataformas. Isto está dando poder aos consumidores e esclarecimento às companhias. Quando você responde uma pesquisa, avalia um negócio, dá um “curtir” em uma marca, escreve uma resenha sobre um restaurante, um livro ou um serviço, você está contribuindo para gerar Dados Explícitos.

Um exemplo disto é o que ocorreu com a Ford antes da crise financeira, quando os dados sobre vendas de carros do tipo SUV demonstraram que a grande demanda por esta categoria continuaria nos Estados Unidos. Entretanto, a Ford teve a “clarividência” em apostar no investimento em carros menores e econômicos. Como? A empresa coletou feedback dos consumidores e usou estes dados em adição às informações de vendas para desenvolver seus novos carros e planejamentos. Esta decisão foi provavelmente o motivo da Ford não precisar de ajuda governamental, o que aconteceu com a maioria das montadoras durante o período.

A grande verdade é que Dados Implícitos e Explícitos devem trabalhar juntos, complementando-se. Na SurveyMonkey, usamos ambos para executar e otimizar nosso negócio. Os Dados Implícitos que analisamos incluem, por exemplo, número de perguntas realizadas, número de pesquisas diárias, pacotes de preços, conversão de planos gratuitos em pagos, entre outros. Estas informações são cruzadas com dados conseguidos por meio de pesquisas, referentes a satisfação do cliente, cancelamento de plano ou feedback sobre o produto.

Para se ter uma ideia do tipo de escala de que estamos falando, na SurveyMonkey, recebemos diariamente em todo o mundo 70GB de novos dados, 2 milhões de respostas e 20 milhões de questões respondidas. Isto é Big Data. Dados Explícitos em grande escala. Isto tem nos ajudado a prever de forma mais assertiva o que acontecerá em nossos negócios.

Usar apenas um tipo de dados é perigoso. Verifique os Dados Implícitos e os Dados Explícitos. Analise seus dados, mas não se esqueça de perguntar “Por quê?”. Dados Implícitos são o “O quê”. Dados Explícitos são o “Por quê”. Um sempre será importante para sustentar o que se extrai do outro.

(*) Rodolfo Ohl é country manager da SurveyMonkey

Folha de S.Paulo: Novos apps e sites 'automatizam' leitura dinâmica; conheça


YURI GONZAGA

Que tal ler este texto, que na velocidade média de leitura levaria dois minutos, em 26 segundos? É o que oferecem recém-lançados aplicativos e sites que imitam a técnica de leitura dinâmica.

A empresa americana Spritz fez barulho ao apresentar seu software no fim do mês passado por prometer livros lidos em algumas dezenas de minutos, e mensagens finalizadas em segundos. Como? Ao exibir as palavras de um texto em sequência ultrarrápida e no mesmo lugar.

Isso torna desnecessário o movimento dos olhos e suprime a "vocalização" mental, que desaceleram a leitura.

A técnica, conhecida como RSVP (apresentação visual rápida e em série), não é novidade, mas o Spritz –que lançou na sexta passada uma versão para programadores– é pensado especificamente para telas diminutas.

O benefício no caso desses dispositivos se estende também ao manuseio. "Um relógio inteligente exibindo todos os seus e-mails é um ótimo exemplo de uso do Spritz", diz à Folha o fundador e executivo-chefe da empresa, Frank Waldman.

A proposta, segundo ele, é acelerar tarefas "mundanas", rotineiras, para sobrar tempo para outras –ler um livro calmamente, como sugere.

A Samsung anunciou que embutirá o Spritz no smartphone Galaxy S5 e no relógio Gear 2 –serão anunciados no Brasil na quarta. Mas já é possível experimentar a técnica em análogos.

"Com telas menores, poderemos ajudar as pessoas a lerem ainda mais rápido e em qualquer lugar", diz Matt Bischoff, criador do aplicativo para iPhone Velocity, que também usa RSVP.

NA PRÁTICA

Para o professor de leitura dinâmica Juarez Angelo Lopes, do Instituto IOM, o software leva a uma leitura parecida com a que ensina aos seus alunos, mas com a vantagem de dispensar um guia físico, como mão ou lápis. "Achei ótimo, mas infelizmente nem tudo que lemos está em formato digital", diz.

Pedro César Sant'Anna, escriturário de cartório, conta que, depois de um curso de leitura dinâmica, chega a absorver mil palavras por minuto –taxa que é tida como um limite físico, quatro vezes superior à normal.

Apresentado a uma ferramenta equivalente ao Spritz, ele disse que a sensação é "idêntica". "Só que mais confortável. O nível de compreensão também foi parecido."

Um problema desse tipo de exibição é a velocidade fixa, segundo Rodrigo Roux, advogado do escritório Derraik e Menezes. A profissão é a que mais busca aprender a leitura dinâmica, segundo Lopes.

"Acaba atrapalhando um pouco, porque normalmente dou mais atenção a trechos e menos a outros", diz Roux.

O professor de psicologia Keith Rayner, da Universidade da Califórnia em San Diego, disse em entrevista à NBC que a compreensão da técnica é "muito limitada" para textos mais longos.

Abaixo, experimente ler esta reportagem em diferentes velocidades -300 palavras por minuto, um pouco acima da considerada normal, 500 ppm, 750 ppm e 1.000 ppm, esta tida como a máxima possível.

Folha de S.Paulo Alguma coisa está fora da ordem na internet


Ronaldo Lemos

É curioso, mas o termo "internet", que evoca modernidade, está ficando velho. Em breve, falar que "acessou a internet" vai soar como alguém que diz que ouviu um disco na eletrola. Depois de 25 anos de acesso comercial, o período de encantamento com a "nova" tecnologia começa a ficar para trás.
As razões são muitas. Uma é que a rede caminha para se tornar pano de fundo, infraestrutura, tal como o sistema elétrico. Com isso, a diferença entre conexão e desconexão deixa de fazer sentido.

Claro que o desafio da inclusão digital continuará (como continua para a eletricidade), mas o serviço de acesso à rede será considerado como mais um serviço essencial.

Outra questão é o desencantamento. Como em toda nova tecnologia, há um excesso de expectativas, que depois acabam frustradas. A internet mudou o mundo, mas não exatamente como se esperava que fosse mudar.

Esse desencantamento chega agora ao Vale do Silício. A revista "Wired" publicou artigo fulminante sobre o tema, chamado "O Vale do Silício precisa perder sua arrogância ou corre o risco de ser destruído".

Outro sinal de revolta é o ácido manifesto "First Things First 2014", assinado por 500 designers e programadores, chamando a atenção para problemas éticos da tecnologia. Em suas palavras: "Alguns de nós emprestamos nossos talentos para iniciativas que abusam dos direitos humanos, da lei e da privacidade, colocando vidas em risco. Estamos negando a nossas profissões o potencial de gerar um impacto positivo".