segunda-feira, 28 de abril de 2014

G1: Ataque usa brecha que afeta todas as versões do Internet Explorer


Microsoft confirma falha que atinge versões 6, 7, 8, 9,10 e 11 do navegador.
Empresa investiga o problema para poder soltar correção.

A Microsoft confirmou a descoberta de uma nova vulnerabilidade que atinge as versões 6, 7, 8, 0, 10 e 11 do navegador Internet Explorer, ou seja, um quarto do mercado global de navegadores.

Usando a brecha, um hacker pode criar um site que instala um vírus no computador caso a página seja acessada pelo Internet Explorer. O vírus executado terá a mesma permissão do usuário logado, podendo realizar qualquer tarefa que o usuário tenha permissão, como ler e apagar dados pessoais.

A FireEye, que descobriu o ataque, não informou de que forma as páginas maliciosas estão sendo enviadas para as vítimas. Para burlar proteções de segurança do navegador que teriam impedido o funcionamento da falha, o código de ataque faz uso do plugin do Flash.

"Por enquanto os ataques estão concentrados em algumas poucas vítimas e explorando apenas as versões 9 a 11 do Internet Explorer. Mas é bem provável que esse ataque em breve seja explorado diariamente na web", afirma Altieres Rohr, colunista de segurança digital do G1.

Em sua página de segurança, a Microsoft não listou o Windows XP, que perdeu o suporte da empresa no dia 8 de abril, nem como sistema vulnerável nem como sistema afetado. Ainda não se sabe se usuários do XP receberão assistência para a falha grave.

A empresa disse que vai investigar o caso antes de publicar uma correção para a falha.

CIO: Marco Civil e a Computação em Nuvem

Mauricio Cascão *

Se o acesso discriminasse perfis de tráfego ou de aplicações, a oferta de serviços em nuvem estaria comprometida tanto na qualidade quanto na diversidade de provedores
Após 3 anos tramitando na Câmara dos Deputados, e com passagem relâmpago pelo Senado, foi sancionado, no último dia 22 de abril de 2014, o Marco Civil da Internet.

Uma espécie de constituição para o ambiente virtual, o documento tem a neutralidade, privacidade e liberdade de expressão em seu alicerce. A neutralidade de rede garante que todos os fluxos de dados devem ser tratados de forma igual. A privacidade dos usuários na Internet foi instituída, e a remoção de conteúdo somente pode ser feita com ordem judicial, garantindo assim a liberdade de expressão. Aspectos essenciais, amplamente debatidos nos últimos meses, que foram aprovados a tempo para da abertura da NETmundial em São Paulo.

Alicerces do Marco Civil e da Computação em Nuvem
Como fica a computação em nuvem? Se o Marco Civil tem no seu alicerce no tripé neutralidade, privacidade e liberdade de expressão, pode-se dizer que a tríplice da computação em nuvem seria: acesso via internet, arquitetura x86 e elasticidade.

No entanto, o Marco Civil, pela aprovação dos termos da neutralidade de rede, impede diferenciação na qualidade/velocidade do acesso em função do tipo de tráfego gerado, ou da aplicação acessada. Corretíssimo!

Computação em nuvem não existe sem Internet. Nuvem pública e Internet são da mesma família. Se o acesso discriminasse perfis de tráfego ou de aplicações, a oferta de serviços em nuvem estaria comprometida tanto na qualidade quanto na diversidade de provedores.

Temas Controversos e Vantagens aos Clientes
A guarda dos dados em datacenters brasileiros, tema tão debatido, acabou sendo retirado do documento, transformando-se em uma diretriz para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na forma de um “estímulo à implantação de centros de armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados no País...”. O tema é controverso.

A aplicação hospedada em território brasileiro tem vantagens práticas para o cliente. A primeira é a garantia que em caso de controvérsias será adotado o foro brasileiro.

A segunda vantagem é a própria privacidade dos dados assegurada pelo Marco Civil, em que a quebra de sigilo somente pode ser feita com ordem judicial. Nos Estados Unidos não funciona assim, desde o incidente de 11 de setembro e a promulgação do Ato Patriota.

Outro benefício é o uso de aplicações residentes em território nacional que têm menor latência e, consequente, melhor experiência de uso para os clientes brasileiros.

Mais acertos
Outras formalizações do Marco Civil também são corretas e não representam ônus para os provedores sérios, como a obrigatoriedade dos provedores de aplicação guardarem os “registros de acesso” por 6 meses, e “a responsabilidade por danos de terceiros” ser admissível somente se o provedor de aplicações não tomar as medidas técnicas cabíveis, após notificado judicialmente.

O escândalo internacional do caso Snowden foi catalizador na aprovação do Marco Civil, mas, felizmente, o documento final ficou bastante razoável e o Brasil deu um importante passo na regulamentação da Internet.

Que venham outros passos no rumo e no tempo certo!

Info: Governo americano criou diversos serviços de microblogs pelo mundo, diz jornal

Governo americano criou diversos serviços de microblogs pelo mundo, diz jornal
Gabriel Garcia

De acordo com o New York Times, o objetivo era promover o debate político em regiões politicamente instáveis
O governo dos Estados Unidos operou diversos serviços de redes sociais pelo mundo, com objetivo de promover um fórum para debates de dissidentes políticos.

Os programas, instalados no Paquistão, Afeganistão, Quênia, entre outros países, eram similares ao ZunZuneo, uma espécie de Twitter criado pelo governo americano que teve cerca de 40 mil usuários em Cuba.
O programa cubano, operado pela Agencia de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos, foi revelado pela Associated Press no começo de abril. O serviço foi desativado em 2012, após o governo considerar que ele não conseguiria se auto-sustentar.

Os novos programas foram revelados por oficiais do governo de Barack Obama na última sexta-feira, de acordo com informações do jornal The New York Times. No Afeganistão e no Paquistão, esses serviços eram administrados pelo Departamento de Estado.

O programa paquistanês, chamado de Humari Awaz (Nossas Vozes, em português), era desenvolvido junto com o governo do Paquistão e empresas de telecomunicações do país. Porém, o serviço também foi desativado, como seu similar cubano.

Outro serviço no Quênia, chamado de Yes Youth Can (Sim Jovens Podem), ainda está ativo, de acordo com a reportagem do jornal americano.

Os alvos dos outros serviços são desconhecidos, mas autoridades afirmam que o governo americano planeja começar programas similares na Nigéria e no Zimbagwe.

As agencias governamentais americanas decidiram implantar esse tipo de programa após a Primavera Verde, em 2010, quando diversas ditaduras em países árabes foram derrubadas após movimentos surgidos em redes sociais.

Computer Wold: Empresas brasileiras destinam 7,5% da receita para TI

Edileuza Soares

Estudo da FGV revela um leve crescimento do índice de investimento para essa área, que em 2012 era de 7,2% do faturamento líquido. Bancos permanecem como os que mais aplicam em tecnologia.

Os investimentos com TI em empresas brasileiras representaram um leve crescimento em 2013. No ano passado, o índice destinado da receita líquida para essa área foi de 7,5%, ante 7,2% em 2012. 

Para 2014, estima-se que esse percentual aumente para 8%, dependendo da conjuntura econômica e do impacto dos eventos, que acontecerão no País, como Copa do Mundo e eleições. Se a seleção brasileira conquistar o Hexa, alguns negócios devem avançar com reflexo no uso maior da tecnologia. 

As conclusões são da 25ª pesquisa anual realizada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) que acaba de ser divulgada, em São Paulo.

Os dados se baseiam em um levantamento realizado com 2,3 mil organizações de grande e médio porte, o que representa 68% das maiores companhias do Brasil. O professor Fernando Meirelles, coordenador da pesquisa, avalia que o índice apontado nesta edição da pesquisa é o dobro do constatado há 14 anos. 

Apesar do leve crescimento dos gastos com TI, Meirelles ressalva que os investimentos em TI aumentam de acordo com o segmento da economia. Alguns estão mais avançados e outros nem tanto. É o caso do comércio e indústrias. O primeiro destinou em 2013 um percentual de 3,3% do faturamento líquido para tecnologia da informação. O segundo aplicou um pouco mais, ou seja, 4,6% da receita em informatização de seus processos.

O segmento financeiro continua entre os que mais aplicam nessa área, com destinação em 2013 de 10,7% da receita para tecnologia, devido a característica dos negócios do setor, apoiado em automatização.

Outro termômetro de que os bancos estão à frente nos investimentos de TI são os gastos médios por usuário. A pesquisa da FGV revela que, na média, companhias gastam por ano aproximadamente R$ 26,5 milhões por funcionário que fazem uso de teclado/computador. Já no setor financeiro esse valor é mais que o dobro e chega a R$ 57,1 milhões.

Comparação com outros mercados 

Apesar de o estudo da FGV revelar aumento dos investimentos de empresas brasileira em TI, Meirelles avalia que as companhias do País estão atrás do índice de informatização das norte-americanas, com exceção dos bancos. 

Nos EUA, a média de investimentos na área em 2013 foi de 12% da receita líquida. Já na Europa, segundo estatísticas da pesquisa, o percentual é em torno de 15%.

O professor da FGV avalia avanço dos investimentos em TI no Brasil, mas afirma que a pressão em alguns segmentos por automatização nem sempre é motivada para melhoria da gestão dos negócios, mas por exigência do governo federal, que cada vez mais pede o cumprimento de obrigações acessórias tributárias em formato digital.

"Muitas das pequenas e médias empresas só se informatizam por causa da lei", constata Meirelles, mencionando exigências como da nota fiscal eletrônica (NF-e) e do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital). 

Agora a obrigação do eSocial deverá gerar uma nova corrida das empresas para investimentos em TI para que possam entregar informações no formato solicitado pelo governo federal.

O estudo da FGV traz uma radiografia de como as empresas estão usando a TI. O relatório revela os sistemas de gestão empresarial (ERP)s, banco de dados, ambientes operacionais e outras ferramentas informatizadas mais utilizadas pelas companhias, apontando como está a preferência dos fornecedores no setor corporativo.