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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

G1: WhatsApp adota criptografia para proteger mensagens em trânsito

WhatsApp adota criptografia para proteger mensagens em trânsito
Recurso já foi integrado à versão de Android do aplicativo de bate-papo.
Edward Snowden é um dos apoiadores do projeto que evita espionagens.

Recurso de mensagem lida causou polêmica entre
usuários do WhatsApp 
Uma ferramenta que evita que as mensagens enviadas pelo aplicativo WhatsApp sejam espionadas foi anunciada nesta terça-feira (18) por empresas vinculadas ao setor. Apoiado por Edward Snowden, o projeto criptografa todo o conteúdo trocado pelo app enquanto ele viaja pela internet.

A empresa Open Whisper Systems anunciou uma aliança com o Facebook, dono do WhatsApp, com a finalidade de usar um protocolo de textos seguros (TextSecure) para codificar mensagens em trânsito e escondê-las de olhares indiscretos. O WhatsApp confirmou o anúncio à agência France Presse, mas se recusou a fazer mais comentários.

"O WhatsApp merece enormes elogios por dedicar um tempo considerável e um esforço a este projeto", indicou a Open Whisper Systems em nota publicada em um blog. "Embora estejamos ainda no começo desta implementação, achamos que isto já representa o maior desenvolvimento da comunicação criptografada na história".

O TextSecure é ativado automaticamente, pois está incluído por padrão na versão mais recente do WhatsApp para smartphones Android, onde são trocados bilhões de mensagens todos os dias, informou a Open Whisper.

De acordo com a Open Whisper, "o co-fundador do WhatsApp, Brian Acton, e a equipe de engenheiros do WhatsApp trabalharam incrivelmente nisto".

Ao participar da conferência South By Southwest, no começo deste ano, Edward Snowden, ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), apoiou as ferramentas de criptografia criadas pela Open Whisper.

Snowden se conectou à conferência pela internet da Rússia, onde segue refugiado após vazar informações sobre a vigilância em nível mundial por parte da NSA.

Em outubro, o Facebook completou a compra por US$ 22 bilhões do aplicativo para celulares WhatsApp, usada por 600 milhões de pessoas. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Info: iPhone 6 dá um nó na cabeça dos espiões da NSA

Diogo Max
O iPhone 6 tem deixado muita gente intrigada.

Tudo por que ele pode ficar torto com facilidade, se colocado no bolso traseiro do usuário.

Mas uma outra característica do smartphone da Apple (e esta mais relevante) está passando despercebida: ele é o primeiro aparelho que, de fato, atrapalha a vida dos espiões da NSA, após as revelações do ex-agente Edward Snowden. 

Segundo o jornal The New York Times, o iPhone 6 é capaz de criptografar e-mails, fotos e contatos usando um algoritmo complexo criado pelo próprio usuário do smartphone.

E o que de fato deixa os analistas da NSA de cabelo em pé é o seguinte: a Apple não possui a chave para abrir esses dados e nem vai mais guardá-los.

Ou seja, caso a Apple receba uma ordem da justiça ou de uma agência de espionagem para entregar os dados, a resposta será bem clara: agora os espiões vão ter que se entender com o próprio usuário do smartphone.

E quanto tempo leva para NSA decodificar os dados de um iPhone 6?

A Apple diz que é por volta de 5 anos e meio.

Mas analistas ouvidos pelo New York Times falam que a empresa da maça não tem ideia da velocidade dos computadores da NSA.

Se por um lado, essa medida de segurança reforça a privacidade dos usuários, por outro ela pode ajudar terroristas a executarem seus planos no sigilo.

E isso é o que mais preocupa as autoridades nos Estados Unidos.

Uma fonte de um órgão de segurança, citado pelo jornal americano, comparou essa característica do iPhone 6 a um seguinte anúncio:

"Veja como evitar vigilância – mesmo a vigilância legal".

Uma lei aprovada pelo congresso americano, em 1994, exige que empresas do setor desenvolvam seus sistemas para que sejam interceptados, caso haja uma ordem da justiça ou das agências de segurança do país.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Info: NSA tem novo programa de guerra cibernética, diz Snowden


A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos dispõe de um programa informático capaz de contra-atacar automaticamente hackers, sem nenhuma intervenção humana, afirmou o ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden.

Segundo Snowden, hoje refugiado na Rússia, este antivírus, conhecido como "MonsterMind", é uma arma duvidosa: em caso de ataques de hackers contra interesses americanos, permite agir automaticamente contra o computador que abriga o endereço no qual o ataque se originou, mesmo quando estas represálias não estão bem fundamentadas, explicou em uma longa entrevista à revista Wired divulgada nesta quarta-feira.

Estas são as primeiras revelações públicas sobre a existência deste programa. De acordo com Snowden, este tipo de resposta automática gera problemas, já que os hackers habilidosos fazem seus ataques se passarem por endereços eletrônicos de fachada. O MonsterMind agirá, então, em represália contra este endereço de fachada, em vez de buscar os verdadeiros culpados.

"Você pode ter alguém na China, por exemplo, que lança um ataque através da Rússia. E então (podemos) nos encontrar contra-atacando um hospital na Rússia", lamentou Snowden.

Snowden também declarou durante a entrevista que o programa é uma ameaça à privacidade porque exigiria virtualmente o acesso a todas as comunicações privadas provenientes do exterior para residentes nos Estados Unidos.

"O argumento é que a única maneira que temos de identificar estes fluxos de tráfego malicioso e de responder a eles consiste em analisar todos os fluxos de tráfego", declarou à Wired.

Na mesma entrevista, o ex-consultor disse que foram comentários desonestos do chefe da inteligência americana que o levaram a divulgar à imprensa os documentos sobre segurança nacional.

Afirmou que estava abalado há anos com as atividades da NSA, mas que tomou a decisão depois de ter lido em março de 2013 que o chefe da inteligência, James Clapper, havia dito a uma comissão do Senado que a NSA recolhia, de maneira não deliberada, informação de milhões de americanos.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Info: The Washington Post revela que NSA espiona mais os cidadãos comuns do que suspeitos


A agência americana de interceptação das comunicações, NSA, vigia com muito mais frequência os usuários comuns da internet do que os suspeitos estrangeiros apontados como alvos da espionagem, revelou no sábado o jornal The Washington Post.
O jornal baseou sua matéria em uma análise que realizou ao longo de quatro meses com dados eletrônicos interceptados pela NSA e fornecidos pelo ex-consultor desta agência, Edward Snowden.

Segundo o The Washington Post, nove em cada 10 titulares de contas da base de dados "não eram alvos de vigilância, mas ficaram presos na rede que a agência havia lançado buscando outra pessoa". Estas pessoas eram usuários comuns de internet, tanto nos Estados Unidos quanto em outros países.

O estudo se baseou em 160.000 e-mails e conversas de mensagens instantâneas, assim como em 7.900 documentos tomados de mais de 11.000 contas na internet, interceptados durante o primeiro mandato do presidente americano Barack Obama (2009-2012).
Quase metade dos arquivos obtidos "continham nomes, endereços de e-mails e outros detalhes que a NSA indicou como pertencentes a cidadãos americanos ou residentes" no país.

Ainda que a NSA tenha ocultado ou "minimizado" mais de 65.000 referências para proteger a privacidade dos americanos, o jornal encontrou outros 900 endereços de e-mail que não estavam ocultos e que poderiam estar associados a americanos ou residentes.

O The Washington Post também encontrou material que a NSA conservava e que seus analistas consideravam inútil. Citou, como exemplo, "histórias de amor e separações, relações sexuais ilícitas, crises mentais, conversões políticas e religiosas, ansiedade financeira e esperanças frustradas".

No entanto, alguns arquivos incluem "descobertas de certo valor para a inteligência".
Embora o jornal tenha decidido não divulgar muita informação "para não interferir nas operações em andamento", afirmou que inclui "revelações sobre um projeto nuclear, um acordo de jogo duplo com um aparente aliado, uma calamidade militar que ocorreu com uma potência inimiga e a identidade de intrusos perigosos em redes informáticas americanas".

Na semana passada o The Washington Post informou que todos os países, com exceção de quatro - Inglaterra, Canadá, Austrália e Nova Zelândia - eram considerados alvos válidos de espionagem pela NSA.

Esses quatro países formam parte do grupo "Five Eyes" (Cinco Olhos), com o qual os Estados Unidos mantêm relações de cooperação muito estreitas em matéria de inteligência.
Snowden, um ex-consultor da NSA de 30 anos, recebeu asilo temporário na Rússia em agosto do ano passado depois de abalar a inteligência americana com uma série de vazamentos sobre vigilância maciça realizada pela agência americana em seu país e resto do mundo.


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Info: Biden garante a Dilma que internet será "um meio muito mais seguro"


O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi recebido nesta terça-feira pela presidente Dilma Rousseff, a quem disse ter dado garantias de que a Casa Branca "trabalha" para transformar a internet em "um meio muito mais seguro".

A reunião privada entre Biden e Dilma, em Brasília, foi o primeiro contato de alto nível entre os governos desde que, em meados do ano passado, o ex-analista da NSA Edward Snowden denunciou que os Estados Unidos espionou as comunicações pessoais da presidente, de ministros e de empresas brasileiras.

"Queremos transformar a internet em um meio muito mais seguro", garantiu Biden em uma breve declaração aos jornalistas na sede da Embaixada dos EUA em Brasília após o encontro com Dilma.

Biden explicou que teve uma "conversa muito franca" com a presidente sobre a espionagem e que detalhou as medidas que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, adotou depois de Snowden ter revelado o alcance global das agências de inteligência americanas.

Entre elas, citou que a Casa Branca ordenou realizar um "minucioso exame" sobre essas atividades e que "estendeu a todo o mundo a proteção da vida privada que as leis dos Estados Unidos garantem a seus cidadãos".

Ninguém do governo brasileiro comentou o resultado da visita de Biden, que chegou ao país ontem para assistir a partida de estreia da seleção americana contra Gana, ontem em Natal.

Por causa das denúncias de Snowden, que não foram negadas pelo governo dos Estados Unidos, Dilma suspendeu uma visita de Estado prevista à Washington em outubro.

A presidente também promoveu um debate sobre a espionagem na ONU, que terminou em dezembro com a adoção de uma resolução que reafirmou "o direito à privacidade" na internet, e convocou a uma conferência global, realizada em abril em São Paulo.

Nessa conferência, representantes de governos e da sociedade civil de 85 países defenderam estabelecer o direito à privacidade como um dos "princípios fundamentais" para a futura governança na rede.

Em uma aparente referência a essas iniciativas, Biden comentou que o Brasil "demonstrou liderança" em relação ao propósito da comunidade internacional de garantir os direitos de todos os usuários de internet e por estabelecer um sistema de governança global para a rede.

Em um agrado ao Brasil, Biden afirmou que os Estados Unidos decidiram "iniciar um processo para desclassificar os documentos sobre a atividade de seus agentes durante a ditadura" (militar brasileira 1964-85).

"Hoje entregamos alguns desses documentos, que serão colocados à disposição da Comissão da Verdade", que busca esclarecer as violações dos direitos humanos ocorridas durante o regime militar, declarou o vice-presidente dos Estados Unidos.

Segundo Biden, Estados Unidos e Brasil são "duas democracias muito fortes, com uma grande convergência de valores, e devem superar o passado para se concentrarem no futuro".

Nesse sentido, afirmou que o comércio bilateral alcançou ano passado US$ 100 bilhões, "um número que pode dobrar" caso aumente a cooperação em diversas áreas, e citou energia, ciência e a tecnologia, entre outras.

"Existe um potencial enorme para ampliar nossa sociedade", disse Biden, que seguiu viagem paraa Colômbia, segunda escala de uma viagem pela América Latina que inclui visitas à República Dominicana e à Guatemala.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Folha de S. Paulo: Gigantes da internet desafiam NSA

DAVID E. SANGER E NICOLE PERLROTH

Engenheiros do Google trabalham no que se tornou a nova corrida armamentista da tecnologia moderna: dificultar ainda mais a invasão de seu sistema pela Agência de Segurança Nacional (NSA) e por serviços de inteligência.

O Google está vedando o quanto antes as rachaduras que foram reveladas por Edward Snowden e que a NSA explorou. A empresa está criptografando mais dados enquanto transfere servidores e ajuda clientes a codificarem seus e-mails.

Facebook, Microsoft e Yahoo! estão dando passos semelhantes.

Depois de anos de cooperação com o governo, o objetivo é deter Washington –bem como Pequim e Moscou. A estratégia também busca manter os negócios no exterior, em países como Brasil e Alemanha, que ameaçaram confiar dados apenas a provedores locais.

O Google, por exemplo, está instalando seus próprios cabos de fibra óptica sob os oceanos, projeto que começou como um esforço para cortar custos, mas que agora tem um propósito a mais: garantir que a empresa terá mais controle sobre o tráfego de dados de seus clientes.

Um ano depois das revelações de Snowden, a era da cooperação silenciosa chegou ao fim. Operadoras de telecomunicações dizem que estão recusando pedidos para fornecer dados que não estejam previstos pela lei.
Richard Drew - 5.jun.14/Associated Press 

Antigo técnico da NSA, Snowden participa de evento organizado pela ONG Electronic Frontier Foundation e realizado em Nova York por videoconferência
Mas os governos estão contra-atacando. A gigante de telefonia móvel Vodafone informou no começo do mês que um "reduzido número" de governos em várias partes do mundo exigiu meios para acessar diretamente suas redes de comunicação, um nível de vigilância que provocou indignação entre defensores da privacidade.

A Vodafone recusou-se a identificar os países por receio de colocar seus negócios e funcionários em risco nesses lugares. Mas a empresa revelou que alguns países diziam que "agências relevantes e autoridades" locais tinham "acesso permanente às comunicações dos clientes" da Vodafone "por meio de seu próprio link direto".

A empresa também disse que teve que ceder a algumas solicitações feitas por governos em obediência às leis nacionais. De outra forma, disse, poderia perder sua licença para operar em certos países.

Eric Grosse, diretor de segurança do Google, disse que o próprio comportamento da NSA provocou esse momento. "Estou disposto a ajudar puramente pelo lado defensivo da coisa", disse em referência aos esforços de Washington para alistar o Vale do Silício em esforços de cibersegurança.

Em Washington, autoridades reconhecem que agora é muito mais difícil executar programas secretos, porque empresas norte-americanas de tecnologia, por receio de perder clientes internacionais, estão reforçando suas redes e negando pedidos que antes aceitavam em silêncio.

Robert Litt, conselheiro-geral do Departamento de Inteligência Nacional, que supervisiona todas as 17 agências de espionagem norte-americanas, disse que é "um prejuízo inquestionável para a nação que as empresas estejam perdendo a vontade de cooperar legalmente e voluntariamente" com os serviços de inteligência dos EUA.

Ele disse que "cedo ou tarde haverá alguma falha de inteligência e as pessoas vão se perguntar por que as agências de inteligência não foram capazes de proteger a nação".

As empresas dizem que, se isso acontecer, é culpa do próprio governo e que as agências de inteligência, em sua busca por uma ampla coleta de dados, minaram a segurança da rede para todos.

Muitos destacam um episódio em 2012, quando pesquisadores de segurança russos descobriram uma ferramenta de espionagem do governo, chamada Flame, em computadores iranianos. Acredita-se que o sistema Flame, que aproveita uma falha nos sistema operacionais da Microsoft, foi produzido, pelo menos em parte, por agências de inteligência dos EUA. As companhias argumentam que outros podem ter se aproveitado desse defeito.

Temerosa de que tal fato diminua a confiança em seus sistemas, a Microsoft irá até o final do ano "lacrar" todos os seus produtos, incluindo o Hotmail e o Outlook.com, com uma criptografia de 2.048 bits, proteção mais forte e bem mais difícil de ser derrubada.

Bradford Smith, conselheiro-geral da Microsoft, disse que o grupo está instalando "centros de transparência" no exterior para que especialistas técnicos de governos estrangeiros possam inspecionar o código-fonte da companhia. Isso permitirá que governos estrangeiros tenham a certeza de que não existem "portas dos fundos" que permitiriam a bisbilhotagem por agências de inteligência dos EUA. O primeiro centro desse tipo está sendo instalado em Bruxelas.

Empresas de hardware como a Cisco, que fabrica roteadores e computadores, viram seus produtos como tema frequente das revelações de Snowden, e seus negócios caíram de forma constante em regiões como Ásia, Brasil e Europa no último ano.
Justin Tallins - 20.mai.14/AFP 
Logotipo da Vodafone em estabelecimento comercial de Londres
A empresa ainda está com dificuldades para convencer clientes estrangeiros de que suas redes estão protegidas dos hackers - e livre de "portas dos fundos" instaladas pela NSA. O frustrante, dizem as companhias, é que é praticamente impossível provar que seus sistemas não seriam invadidos pela NSA.

Até o ano passado, as empresas de tecnologia eram proibidas de identificar as solicitações de dados feitas pelo governo dos Estados Unidos, conforme prevê a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira. Mas, em janeiro, Google, Facebook, Yahoo! e Microsoft fecharam um acordo com a administração Obama para divulgar o número desse tipo de solicitações em grupos de mil.Como parte do acordo, as companhias concordaram em arquivar seus processos no Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira.

"Não estamos correndo para nos esconder", disse Joe Sullivan, diretor de segurança do Facebook.

"Acreditamos que o processo precise ser transparente para que as pessoas possam avaliar os meios apropriados para lidar com esse tipo de coisa."

terça-feira, 10 de junho de 2014

Olhar Digital: Android pode ganhar recurso para identificar aparelhos próximos


O Android pode ganhar em breve, possivelmente em sua nova versão (4.5) um recurso chamado Nearby, que permitirá a aparelhos próximos se comunicarem de forma livre. Será possível compartilhar informações com amigos próximos ou receber ofertas ao entrar em uma loja, por exemplo.
Conforme o Android Police, é provável que ele seja anunciado em um futuro próximo, o que poderia acontecer no Google I/O, em 25 de junho. A conferência com desenvolvedores sempre trás novidades do sistema operacional e o Nearby provavelmente deve dar as caras como um dos novos recursos.

Não há muitos detalhes sobre as possibilidades da ferramenta, mas uma alternativa citada pela publicação é a criação de lembretes ativados ao se encontrar com alguma pessoa. Por exemplo: ao chegar perto de sua mãe, o celular pode lembrá-lo de perguntar sobre como está o cachorro, por exemplo.

O celular usaria o microfone para descobrir coisas próximas, mas também ativará o Wi-Fi e o Bluetooth eventualmente. A captação sonora poderá ser a chave para o recurso, com cada celular emitindo uma frequência sonora específica e inaudível para os ouvidos humanos (mas possivelmente enlouquecendo os cachorros). No entanto, sempre há questões de privacidade envolvidas, já que o Google estaria abrindo seu microfone para ouvir os arredores.

A preocupação teria chegado à empresa, que teria como plano receber os sons captados, processá-los e reenviar as informações para o celular do usuário, sem que os aparelhos tenham acesso à gravação. No entanto, a desconfiança com relação a NSA é eterna, já que os vazamentos de Edward Snowden determinam que a agência tem acesso aos servidores da empresa.

De qualquer forma, o recurso tornaria o smartphone ainda mais “smart”, permitindo a comunicação com outros aparelhos sem intervenção humana. Se o Google conseguir driblar os grandes problemas de privacidade envolvidos no assunto, é possível que o recurso seja interessante.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Documento ultrassecreto revela 'base de espionagem' britânica

Altieres Rohr

Acordo entre governo e jornal ocultou informação, diz site.
Infraestrutura de espionagem também é mantida pelo setor privado.
O site de tecnologia britânico "The Register" publicou esta semana informações sobre uma base de espionagem ultrassecreta mantida pelo GCHQ, a agência de inteligência ou "NSA" do Reino Unido. Informações sobre as instalações estavam em documentos vazados por Edward Snowden, mas um acordo entre o governo e o jornal "The Guardian" teria proibido as informações de serem publicadas.

A base, chamada de OPC-1 ("Overseas Processing Centre -1", ou "Centro de Processamento Exterior - 1", em português), ou ainda pelo codinome CIRCUIT ("circuito") se localiza na costa norte de Omã, grampeando diversos cabos de fibra ótica que passam pelo estreito de Ormuz. A base faz parte de uma operação com três instalações britânicas na região, que levam os codinomes "TIMPANI", "GUITAR" e "CLARINET" (timbales, guitarra e clarinete, em português).

A construção da base foi realizada em parceria com o governo de Omã para interceptar comunicações de satélite, inicialmente. Antes de monitorar cabos de fibra ótica, ela era usada no programa de interceptação conhecido como "Echelon".

Além de instalações fora do país, o governo britânico ainda teria parcerias com as empresas de telecomunicação BT e Vodafone para interceptar cabos que chegam ao país. De acordo com o "The Register", 18 cabos diferentes estariam sendo monitorados. Segundo a publicação, as empresas recebem "milhões de libras" todos os anos pelo auxílio que prestam ao governo.

De acordo com o "The Register", essas informações são classificas como "Strap 3" e "Strap 2", ou "faixa 3" e "faixa 2", acima de "top secret". Em um acordo, o jornal "The Guardian", onde trabalhava o jornalista Glenn Greenwald, teria se comprometido a publicar apenas informações até "faixa 1".

Vodafone admite interceptação sem ordem judicial
A empresa de telecomunicação britânica Vodafone publicou nesta quinta-feira (5) um relatório detalhando solicitações do governo para realizar grampos em seus clientes. Os números são divididos por país, mas em diversos casos o número não existe, porque a empresa não está autorizada a divulgá-lo.

O país com mais grampos foi a Itália, com 605.601 grampos. Não há números para o Brasil, pois a empresa não atua em território brasileiro. No Reino Unido, país de origem da empresa, a companhia não tem autorização para divulgar os números.

Além dos números, a Vodafone publicou um documento explicando as obrigações legais que a companhia possui em cada país. Em algumas regiões, a companhia nem sequer é obrigada a fornecer meios de interceptação legal para o governo.

O relatório admite, ainda, que o governo possui acesso direto à rede de telefonia em alguns países. Nesses casos, uma autorização judicial para a realização de grampos não é necessária e a interceptação ocorre sem o conhecimento da empresa de telecomunicação. A empresa não informou em quais países isso ocorre.

De acordo com a empresa, os governos deveriam tomar a iniciativa para aumentar a transparência nas atividades de interceptação. Em alguns países, como a Índia, não há nenhum número, nem do governo e nem da empresa, sobre interceptações.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

G1 - EUA interceptam aparelho exportado para instalar software espião

G1 - EUA interceptam aparelho exportado para instalar software espião 

Novo documento mostra foto da equipe em ação.Informação foi publicada em livro de Glenn Greenwald, 'No Place to Hide'.
Imagem publicada em livro de Glenn Greenwald faz parte de documento secreto vazado por Edward Snowden (Foto: Reprodução/NSAImplant)

A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) intercepta exportações de equipamentos de rede, como roteadores e servidores, para instalar softwares espiões ou "implantes", no termo usado pela agência.

Já conhecida, a informação foi documentada em uma foto tirada em 2010 e publicada no livro "No Place to Hide" (Sem Lugar para se esconder), escrito pelo jornalista Glenn Greenwald e publicado nesta terça-feira (13) nos Estados Unidos.

A imagem da esquerda mostra os técnicos da NSA abrindo a embalagem de um roteador da marca Cisco - tipo de equipamento comum usado por empresas e provedores de internet para gerenciar suas redes ou a conexão com a internet. A foto na direita mostra uma "load station" (estação de carregamento), exclusivamente usada para realizar o "implante" no equipamento. As descrições das fotos fazem parte do próprio documento.

Segundo o texto, depois que as encomendas são interceptadas, elas são redirecionadas para um "local secreto", onde a instalação do software espião é feita. Em seguida, o equipamento é novamente empacotado e enviado ao destinatário original.

A instalação de softwares espiões em sistemas chave para o funcionamento da rede permite que a NSA tenha uma "porta dos fundos" para acessar esses sistemas, mesmo sem conhecimento de uma falha de segurança específica que poderia permitir esse acesso.

Segundo um "catálogo" da NSA já divulgado pelo "Spiegel Online", alguns dos implantes são peças adicionais incluídas nos equipamentos. Em outros casos, o software de controle (firmware) do hardware é alterado para dar o acesso à NSA.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

IDG Now: Jornalista Glenn Greenwald revela mais documentos da NSA em novo livro


Já à venda na Amazon, obra relembra primeiros contatos do jornalista com o ex-funcionário da CIA, Edward Snowden, responsável por vazar esquema de espionagem.

Cerca de um ano após ter revelado o esquema de espionagem da NSA, o jornalista Glenn Greenwald está lançando um livro sobre a Agência Nacional de Segurança dos EUA.

Chamado de No Place to Hide: Edward Snowden, the NSA and the US Surveillance State, foi lançado hoje, 13/5, nos EUA e traz mais documentos sobre a NSA vazados pelo ex-funcionário da CIA, Edward Snowden, que ficou mundialmente conhecido com o caso.

Na obra, o jornalista que trabalhava para o The Guardian e chegou a morar no Brasil fala sobre seus primeiros contatos com o Edward Snowden e todo o desenrolar da história, que começou divulgando o programa de espionagem PRISM e acabou causando grande barulho.

O livro já está à venda na Amazon.com tanto na versão impressa quanto digital.