quarta-feira, 7 de novembro de 2012

INFO: Câmara pode votar hoje Marco Civil da internet


Brasília – O Plenário da Câmara pode votar hoje (7) três projetos de lei que regulamentam o uso da internet no Brasil. Dois deles tratam da punição de crimes cibernéticos (PL 84/99 e PL 2793/11) e o outro é a proposta de marco civil da internet (PL 2126/11, apensado ao PL 5403/01).

Apresentado pelo governo, o Marco Civil é uma espécie de Constituição da internet, com princípios que devem nortear o uso da rede no Brasil, direitos dos usuários e obrigações dos provedores do serviço.

“Existe um entendimento entre governo e a oposição no sentido de votar em conjunto, para ir à sanção da presidente da República, as três propostas”, explica o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

Segundo Eduardo Azeredo, o acordo não previa inicialmente a votação do marco civil da internet diretamente no Plenário, e sim primeiramente na comissão especial que analisa a proposta. “Mas vamos buscar um entendimento, porque finalmente se chegou à compreensão de que é necessária uma legislação específica sobre crimes cibernéticos”, disse Azeredo, que relatou o PL 84/99 no Senado e na Comissão de Ciência e Tecnologia.

Segundo o deputado, os dois projetos (PL 84/99 e PL 2126/11) que tratam de crimes na internet são complementares.

Crimes cibernéticos

Em tramitação há treze anos no Congresso, o PL 84/99 inclui novos crimes no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), como o de usar dados de cartões de crédito ou débito obtidos de forma indevida ou sem autorização. O texto equipara essa prática ao crime de falsificação de documento particular, sujeito à reclusão de um a cinco anos e multa. Outra novidade é a previsão de que mensagens com conteúdo racista sejam retiradas do ar imediatamente, como já ocorre atualmente em outros meios de comunicação, seja radiofônico, televisivo ou impresso.

O PL 2793/11, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), também inclui novos tipos penais, como ter acesso a e-mails e informações sigilosas, com pena prevista três meses a dois anos de prisão, além de multa.

A pena será a mesma para quem vender ou divulgar gratuitamente esse material. Já aprovado pela Câmara e modificado no Senado, o projeto pode ajudar a resolver situações como a violação do computador da atriz Carolina Dieckman que resultou na divulgação de suas fotos pessoais na internet. “Da parte da oposição, assim como votamos o projeto no Senado na semana passada, devemos colaborar com a votação na Câmara”, disse Azeredo.

Marco civil 

O relator do marco civil, deputado Alessandro Molon, afirmou que manterá basicamente o mesmo substitutivo apresentado na comissão especial, com alguns ajustes de redação, “para atender as demandas dos mais diversos segmentos da sociedade, inclusive do governo”.

Um dos pontos a ser ajustado deverá ser o artigo que trata da neutralidade de rede. Esse princípio, contido no marco civil, estabelece que todo pacote de dados que trafega na internet deverá ser tratado de maneira isonômica, sem discriminação quanto ao conteúdo, origem, destino, terminal ou aplicativo.

“O texto exato desse dispositivo ainda está sendo estudado, mas não haverá nenhum retrocesso na proteção da neutralidade de rede, que considero o coração do projeto”, disse Molon. Conforme explicou o relator, se não houver neutralidade da rede, o conteúdo que vai chegar mais rapidamente ao usuário será aquele da empresa que eventualmente tenha celebrado acordo comercial com o provedor de conexão.

O deputado Eduardo Azeredo afirmou que, para a proposta ter apoio da oposição, a redação do artigo que trata da neutralidade de rede terá que ser modificada. “Todos defendem a neutralidade da rede, mas a redação não pode inviabilizar a Lei de Concorrência”, destacou Azeredo.

De acordo com o substitutivo de Molon, o princípio deverá ser regulamentado por decreto, ouvido o Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br) – órgão que inclui representantes do governo, do setor empresarial, do terceiro setor e da comunidade científica e tecnológica. No texto original, do governo, não há menção ao CGI.

MacWorld: 290 mil aplicativos Android são de "alto risco", diz pesquisa



Quase 75% dos mais de 400 mil aplicativos para Android examinados na loja online Google Play representam riscos de segurança para usuários do sistema operacional, de acordo com uma nova pesquisa.

A fornecedora de segurança Bit9 categorizou esses apps como "questionável" ou "suspeito", porque eles poderiam conseguir acesso a informações pessoais para coletar dados de GPS, chamadas ou números de telefone e muito mais depois que o usuário concediam "autorização" para o app. "Você tem que dizer 'sim', caso contrário a aplicação não funciona", destacou o CTO da Bit9, Harry Sverdlove.

Jogos, entretenimento e aplicativos de papel de parede, em especial, parecem querer coletar esses dados, mesmo que suas funções tenham pouco uso direto para eles.

A Bit9 enfatizou que isso não significa necessariamente que estes aplicativos são malwares, por si só, mas podem causar danos se comprometidos, porque os usuários deram permissão para tanto.

Sabe-se que existe 600 mil aplicativos no Google Play e, segundo Sverdlove, a Bit9 agora esta a compilar um banco de dados de "reputação" de aplicativos Android. A empresa também vai fazer o mesmo processo com outras lojas de aplicativos, incluindo os da Apple e da Amazon, a fim de criar produtos de segurança móvel que podem proteger os usuários com base no risco de pontuação de apps.

Abordagens baseadas na reputação tornaram-se comumente usadas em toda a indústria de segurança para proteger os usuários da Web, por exemplo, contra sites infectados por malware - e agora há interesse em aplicar procedimentos semelhantes para analisar o risco associado a aplicativos móveis.
A Bit9 categorizou esses aplicativos como "questionável" e "suspeito" do Google Play da seguinte forma: 
42% acessa dados de localização GPS, e estes incluem apps de papeis de parede, jogos e utilitários; 
31% acessa chamadas ou números de telefone; 
26% acessa dados pessoais, como contatos e e-mails; 
9% cobram por permissões de uso. 

Em seu relatório, a Bit9 descreveu sua metodologia como rastrear o Google Play em busca de informações detalhadas sobre os 412 mil aplicativos móveis, incluindo desenvolvedor, popularidade, avaliação do usuário, categoria, número de downloads, permissões solicitadas e preço.

Dos 412 222 apps Android avaliados, a empresa afirma que mais de 290 mil deles acessam pelo menos uma informação de alto risco, 86 mil acessam cinco ou mais e 8 mil aplicações acessam 10 ou mais permissões "sinalizadas como potencialmente perigosas."

A Bit9 definiu o nível de risco de acordo com graus relativos a invasão de privacidade e o conjunto de características do aplicativo - talvez a capacidade de limpar os dispositivos ou modificar configurações de sistemas.

O estudo também incluiu uma pesquisa com 138 profissionais de TI responsáveis ​​por segurança móvel para mais de 400 mil usuários em suas organizações. Constatou-se que:
78% acham que os fabricantes de celulares não focam o suficiente em segurança, mas 71% permitem que o funcionário leve seu próprio dispositivo para acessar a rede da organização; 
Apenas 24% implementam alguma forma de monitoramento de app ou controlam a concessão de visibilidade em dispositivos dos funcionários; 
84% acham que o iOS é "mais seguro" que o Android e 93% dos entrevistados permitem que dispositivos iOS acessem sua rede. Apenas 77% permitem o uso de dispositivos Android e, surpreendentemente, 13% dizem permitir Android rooted (com privilégios de dono do sistema) ou iPhones desbloqueados (jailbreak) em suas redes; 
96% dos que permitem o uso de dispositivos pessoais também permitem que os funcionários acessem e-mails utilizando o dispositivo, enquanto 85% permitem apenas o acesso a dados de calendário da empresa. 

Folha de S.Paulo: Microsoft poderá cobrar por vídeos identificando número de espectadores


Uma patente da Microsoft, emitida nos EUA na última quinta (1º), descreve uma técnica de distribuição e cobrança de conteúdo audiovisual baseando-se no número de pessoas que se encontram à frente de uma tela.

O método poderia cobrar uma taxa extra ou penalizar clientes que aluguem conteúdo - como seriados - para visualização individual e o "empreste" a outra pessoa, diz o registro.

Pessoas usam o Microsoft Kinect, dispositivo que pode 
passar a ser usado para cobrança de conteúdo de vídeo.

É provável que, caso a empresa venha a utilizar a tecnologia de "detecção de consumidor", empregue o Kinect, um acessório do videogame Xbox que é equipado com câmeras e que detecta movimentos e expressões para acionar jogos.

Por meio da plataforma Xbox Live, a Microsoft distribui filmes, música e seriados --serviço não disponível no Brasil.

Solicitada em abril do ano passado por meio do USPTO (órgão americano responsável por propriedade intelectual no país), a patente foi inicialmente divulgada pelo site "GeekWire".

Em um outro registro na entidade, datado de setembro do ano passado, a Microsoft mostra planos de usar o Kinect para deduzir a idade das pessoas à frente do dispositivo.

G1: Google confirma verificação de aplicativos maliciosos no Android 4.2



O Google confirmou, em uma entrevista ao site Computerworld, que a nova versão do Android, a 4.2, traz uma função para verificar a presença de códigos maliciosos nos aplicativos instalados no celular – um "antivírus" para o sistema. Outra novidade é a notificação que o usuário recebe caso algum app tente enviar mensagens de texto (SMS) para números "premium", aqueles que automaticamente cobram um determinado valor além do custo da mensagem na conta do cliente.

O recurso de verificação de aplicativos foi confirmado por Hiroshi Lockheimer, vice-presidente de engenharia do Android no Google. O recurso é ativado assim que o usuário tenta instalar um aplicativo fora da loja "Google Play" e pede a permissão do usuário para verificar os aplicativos instalados "pela presença de comportamento prejudicial".

Já havia boatos de que o Google estava preparando a função de segurança. Os rumores surgiram depois que um novo arquivo de instalação do Google Play trouxe internamente diversas linhas de texto relacionadas ao recurso.

O Google anunciou em fevereiro que utiliza um filtro na loja Google Play para remover aplicativos indesejados. No entanto, diferente do iPhone e do Windows Phone, o Android permite que aplicativos fora de qualquer "loja" sejam instalados. Esse comportamento, chamado de "sideloading", dá mais liberdade ao usuário, mas também permite que vírus sejam disseminados, normalmente disfarçados de outros aplicativos.

A tela em que o internauta autoriza as permissões requisitadas pelo app também foi modificada, permitindo uma visualização mais simples do que será acessado pelos aplicativos.

A notificação de SMS "premium", por sua vez, tem como objetivo dificultar a ação de códigos maliciosos que enviam silenciosamente esse tipo de mensagem, aumentando a conta do dono do telefone e permitindo que criminosos faturem. Os números de SMS "premium" são reservados por empresas que oferecem algum "serviço" aos usuários, mas criminosos têm registrado esses números para oferecer serviços pouco úteis e criar pragas digitais que interagem com esses números, tornando a atividade lucrativa.

IDG Now: Excessivo detalhamento do Código de Defesa do Consumidor para tratar e-commerce preocupa



A garantia de privacidade e segurança das transações feitas pela internet, o direito à informação sobre o período de validade da oferta e o prazo de entrega do produto são alguns pontos específicos do e-commerce que o projeto de lei 281/2012, do Senado, propõe incluir no Código de Defesa do Consumidor, em revisão. Outra questão é a regulamentação do spam.

A atualização do Código de Defesa do Consumidor (CDC) incluindo os princípios gerais da relação entre fornecedor e consumidor em transações feitas pela internet foi tema de audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (6/11), no Senado.

Os participantes concordaram com a atualização, mas divergiram sobre o grau de detalhamento no tratamento do e-commerce por parte do CDC.

Na avaliação do representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Guilherme Rosa Varella, o CDC é uma lei eficaz por adotar princípios gerais. Mas, em sua opinião, para manter a eficácia, o novo código deve manter tal linha e acrescentar dispositivos que protejam de fato o consumidor, até no que se refere ao envio de ofertas e propagandas por e-mail. Varella defende que o CDC explicite que o envio desse tipo de publicidade seja feito apenas para os consumidores que optem por isso. Hoje, acontece o contrário – o consumidor recebe a publicidade sem ter solicitado e precisa recusar para não receber mais.

Já vice-presidente de Estratégia da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Leonardo Augusto Palhares, considera um “desafio” melhorar o texto em vigor. Na opinião dele o CDC não deve focar situações pontuais do relacionamento fornecedor-consumidor, mas se manter como norma de princípios gerais. Deve abordar os princípios de proteção do consumidor e não tanto como fazer isso.

Segundo à Agência Senado, o excessivo detalhamento do código também preocupou o representante do Procon-SP, Renan Bueno Ferraciolli, para quem o tratamento minucioso pode gerar risco de o texto ficar obsoleto precocemente.

Integrante da comissão de juristas que elaborou o anteprojeto de atualização do CDC, Roberto Augusto Pfeiffer disse não ter dúvida da necessidade de atualização do código para tratar do comércio eletrônico, que já faturou R$ 20 bilhões no primeiro semestre de 2012, 20% superior ao do mesmo período em 2011.

Na opinião do jurista, o e-commerce está se tornando o principal meio de comércio, o que exige aprimoramento da legislação. Até porque, o crescimento dos negócios pela internet também gerou um aumento das reclamações, ressaltou. Os órgãos de proteção ao consumidor receberam em média 86% a mais de queixas e, no caso de sites de compras coletivas, esse índice teve aumento de 400%.

Hoje as lojas virtuais já são regidas pela mesma legislação de comércio aplicada às lojas físicas no que diz respeito ao Código de Defesa do Consumidor. Então porque muitos advogados defendem a atualização do CDC com a inclusão de cláusulas específicas de e-commerce? Para evitar que a norma em vigor continue a ser aplicada em situações onde existe uma lacuna legal de forma análoga a situações onde existe a regulamentação.

Entre as situações específicas não cobertas pela regulamentação atual estão a garantia de segurança nas transações, a preservação do sigilo das informações dos e-consumidores, o exercício do “direito de arrependimento” em operações fora do estabelecimento do fornecedor, e o dever do lojista informar com clareza as condições contratuais na aquisição de bens e serviços pela internet.

Olhar Digital: Chrome recebe atualização com opção antirrastreamento



O Google disponibilizou nesta terça-feira, 6, a nova versão estável do seu navegador, o Chrome. O browser, que chega à edição 23, terá como principal novidade o suporte ao recurso Do Not Track, que dá ao internauta a opção de não ser rastreado enquanto navega pela rede.

O recurso já estava presente na versão para desenvolvedores do navegador do Google, desde setembro, mas só foi liberado para o público geral nesta terça-feira. Utilizando este sistema, o usuário envia um 'pedido' aos sites para que não utilizem seus dados.

O DNT já havia sido adotado no Internet Explorer, Mozilla Firefox, Opera e Safari. No Chrome, o sistema vem desabilitado e cabe ao usuário ativá-lo.

Apesar de incluir a novidade no navegador, o Google procura uma forma alternativa ao DNT para garantir a privacidade do usuário. Em post em seu blog oficial, a empresa afirma que "a eficácia dos pedidos dependem de como os sites e serviços respondem a ele."

Além disso, segundo o post, a versão de Windows ganhou aceleração via GPU para decodificação de vídeos, o que deve aliviar o processador e, consquentemente, economizar bateria dos notebooks. O Google afirma que, em seus testes, a bateria chegou a durar até 25% a mais com esta opção ligada. 

UOL Notícias: Câmara pode votar nesta quarta propostas que regulamentam uso da internet no Brasil


Deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) informou que 
governo e oposição farão esforço conjunto para aprovar
 projetos sobre internet no Brasil. 

O Plenário da Câmara poderá votar nesta quarta-feira (7), às 9h, três projetos de lei que regulamentam o uso da internet no Brasil. Dois deles tratam da punição de crimes cibernéticos (PL 84/99 e PL 2793/11) e o outro é a proposta de marco civil da internet (PL 2126/11, apensado ao PL 5403/01). Apresentado pelo governo, o marco civil é uma espécie de Constituição da internet, com princípios que devem nortear o uso da rede no Brasil, direitos dos usuários e obrigações dos provedores do serviço.

“Existe um entendimento entre governo e a oposição no sentido de votar em conjunto, para ir à sanção da presidente da República, as três propostas”, explica o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). “O presidente Marco Maia deve colocar em votação amanhã os três projetos sobre internet”, confirmou o relator da proposta de marco civil, deputado Alessandro Molon (PT-RJ). “É desejo de o presidente Marco Maia deixar como legado a aprovação da primeira lei geral brasileira sobre internet, o marco civil, que dará segurança jurídica para essa área no Brasil”, completou.

Segundo Eduardo Azeredo, o acordo não previa inicialmente a votação do marco civil da internet diretamente no Plenário, e sim primeiramente na comissão especial que analisa a proposta. “Mas vamos buscar um entendimento, porque finalmente se chegou à compreensão de que é necessária uma legislação específica sobre crimes cibernéticos”, disse Azeredo, que relatou o PL 84/99 no Senado e na Comissão de Ciência e Tecnologia. Segundo o deputado, os dois projetos (PL 84/99 e PL 2126/11) que tratam de crimes na internet são complementares.
Crimes cibernéticos

Em tramitação há treze anos no Congresso, o PL 84/99 inclui novos crimes no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), como o de usar dados de cartões de crédito ou débito obtidos de forma indevida ou sem autorização. O texto equipara essa prática ao crime de falsificação de documento particular, sujeito à reclusão de um a cinco anos e multa. Outra novidade é a previsão de que mensagens com conteúdo racista sejam retiradas do ar imediatamente, como já ocorre atualmente em outros meios de comunicação, seja radiofônico, televisivo ou impresso.

O PL 2793/11, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), também inclui novos tipos penais, como ter acesso a e-mails e informações sigilosas, com pena prevista três meses a dois anos de prisão, além de multa. A pena será a mesma para quem vender ou divulgar gratuitamente esse material. Já aprovado pela Câmara e modificado no Senado, o projeto pode ajudar a resolver situações como a violação do computador da atriz Carolina Dieckman que resultou na divulgação de suas fotos pessoais na internet. “Da parte da oposição, assim como votamos o projeto no Senado na semana passada, devemos colaborar com a votação na Câmara”, disse Azeredo.

Marco civil

O relator do marco civil, deputado Alessandro Molon, afirmou que manterá basicamente o mesmo substitutivo apresentado na comissão especial, com alguns ajustes de redação, “para atender as demandas dos mais diversos segmentos da sociedade, inclusive do governo”.

Relator do projeto do Marco Civil, Alessandro Molon 

Um dos pontos a ser ajustado deverá ser o artigo que trata da neutralidade de rede. Esse princípio, contido no marco civil, estabelece que todo pacote de dados que trafega na internet deverá ser tratado de maneira isonômica, sem discriminação quanto ao conteúdo, origem, destino, terminal ou aplicativo. “O texto exato desse dispositivo ainda está sendo estudado, mas não haverá nenhum retrocesso na proteção da neutralidade de rede, que considero o coração do projeto”, disse Molon. Conforme explicou o relator, se não houver neutralidade da rede, o conteúdo que vai chegar mais rapidamente ao usuário será aquele da empresa que eventualmente tenha celebrado acordo comercial com o provedor de conexão.

O deputado Eduardo Azeredo afirmou que, para a proposta ter apoio da oposição, a redação do artigo que trata da neutralidade de rede terá que ser modificada. “Todos defendem a neutralidade da rede, mas a redação não pode inviabilizar a Lei de Concorrência”, destacou Azeredo.

De acordo com o substitutivo de Molon, o princípio deverá ser regulamentado por decreto, ouvido o Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br) – órgão que inclui representantes do governo, do setor empresarial, do terceiro setor e da comunidade científica e tecnológica. No texto original, do governo, não há menção ao CGI.

Inovação: Criado um laser do tamanho de um vírus


Em cima, os nanolasers, individualmente do tamanho 
de um vírus. Embaixo, as estruturas em formato de laço, 
que funcionam como antenas para a luz de bombeamento. 

Nanolaser

Pesquisadores norte-americanos descobriram uma maneira de fabricar lasers individuais do tamanho de uma partícula de vírus.

O melhor de tudo é que os componentes funcionam a temperatura ambiente.

Isso abre caminho para que esses nanolasers sejam integrados em circuitos fotônicos à base de silício, circuitos ópticos e biossensores.

A miniaturização dos componentes eletrônicos e fotônicos é fundamental para a fabricação de computadores mais rápidos e sistemas de armazenamento de dados de maior densidade.

E o laser, um elemento-chave para a transmissão de informações não poderia ser exceção.

"Fontes de luz coerente em escala nanométrica são importantes não só para explorar fenômenos em pequenas dimensões, mas também para a viabilização de componentes ópticos com dimensões que possam superar o limite de difração da luz," disse Teri Odom, da Universidade Northwestern, coordenadora da pesquisa.

Nanolaser plasmônico

A inovação foi possível graças a um trabalho anterior da equipe, que revelou como construir dímeros de nanopartículas em um formato em laço, similar ao nó de uma gravata.

Agora eles usaram esses dímeros como cavidade onde a luz fica refletindo continuamente até gerar o laser.

Essas nanoestruturas metálicas permitem a emissão controlada dos plásmons de superfície - oscilações coletivas de elétrons.

Quando se trata de confinar a luz, os plásmons não possuem limites fundamentais em termos de dimensão, o que significa que os lasers plasmônicos podem superar o índice de difração da luz.

O resultado é um nanolaser ainda menor do que o menor laser semicondutor do mundo, apresentado por uma equipe internacional de físicos há alguns meses.

Múltiplos canais

Segundo os pesquisadores, a utilização da geometria em laço tem duas vantagens significativas sobre experimentos anteriores com lasers plasmônicos.

A primeira é que a estrutura é bem definida e bem formada, gerando um efeito antena que cria um ponto de concentração electromagnética em um volume muito preciso, de dimensões nanoscópicas.

A segunda é que a estrutura individual apresenta "perdas" metálicas mínimas devido à sua geometria discreta.

"Nós também descobrimos, de forma surpreendente, que, quando dispostos em uma matriz, os ressonadores 3-D em formato de laço podem emitir luz em ângulos específicos de acordo com os parâmetros da rede", disse Odom.

Isso abre a possibilidade de que os nanolasers sejam integrados de forma muito densa, operando de forma controlada em múltiplos canais.

Folha de S.Paulo Mercado: Ataques cibernéticos causam perdas de US$ 2,1 bilhões a empresas



Os crescentes ataques de cibercriminosos a empresas de diferentes países provocaram perdas de US$ 2,1 bilhões nos últimos dezoito meses.

Os dados são de um relatório da RSA, divisão de segurança da multinacional de tecnologia EMC, que mostra o avanço do número de ataques de phishing - quando os criminosos tentam descobrir informações confidenciais de consumidores e clientes na web.

Segundo a pesquisa, o número de ataques desse tipo cresceu 19% no primeiro semestre deste ano em relação ao último semestre de 2011.

De janeiro a setembro deste ano, foram contabilizados 594,7 mil iniciativas de phishing.

O Brasil responde por 4% do total de empresas atacadas em setembro, atrás somente de Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, com 29%, 10% e 5% do volume de marcas atingidas pelas fraudes.

Um dos principais motivos para o aumento do volume de ataques é a adoção das redes sociais, diz o diretor da divisão técnica da RSA para a América Latina e Caribe, Marcos Nehme.

"Os criminosos veem a mídia social como uma maneira fácil de obter informações pessoais, sem que as pessoas percebam que é uma ação criminosa", explica.

"O fator confiança, muito presente nas redes sociais, é algo fundamental no ataque de phishing."

BRASIL EM DESTAQUE

De acordo com um estudo da Microsoft, citado no relatório da RSA, em 2010, o phishing realizado por meio das redes sociais correspondia a 8,3% do total de ataques.

No final do ano passado, essa participação subiu para 84,5%.

Segundo Nehme, a pesquisa também mostra como o Brasil tem se tornado cada vez mais um alvo para os criminosos.

Hoje o quarto país mais "atacado", há um ano o Brasil sequer aparecia na lista, diz o especialista.

"O Brasil está crescendo e se torna mais exposto. A tendência é que isso aumente ainda mais, com eventos como Olimpíada e Copa do Mundo, que põem o país em evidência."