quarta-feira, 4 de julho de 2012

TI Bahia.com - O portal de tecnologia da bahia:Prodeb e Abep reúne diretores Administrativos e Financeiros de Entidades Estaduais de TIC

TI Bahia.com - O portal de tecnologia da bahia:

Prodeb e Abep reúne diretores Administrativos e Financeiros de Entidades Estaduais de TIC



Salvador, 4 de julho de 2012 - Diretores e representantes de empresas estatais de processamento de dados de todo o Brasil participam, nos dias 05 e 06 de julho (quinta e sexta-feira), no Hotel Vila Galé Salvador (Salvador/Bahia), da 87ª Reunião do Fórum de Diretores Administrativos e Financeiros da Abep. O encontro, uma realização da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep), através da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), é o palco principal para a interação entre as empresas estatais de TI do país.

Segundo Álvaro Ferreira dos Santos, presidente da Prodeb, este é um fórum importante para o debate de informações estratégicas sobre novas oportunidades de avanço nas áreas de gestão administrativa/financeira do setor de Tecnologia da Informação. “Além disso, representantes de empresas fornecedoras, parceiras e patrocinadoras de ações da Abep também participarão das palestras, apresentando suas soluções de mercado”, destaca Álvaro Ferreira dos Santos.

Destaques:

A agenda de trabalho será aberta às 9h, com a presença de autoridades locais e a participação dos diretores comerciais das empresas Tecnoset e Exceda, Neilton Valença e Saulo Miranda, que vão desenvolver os temas: “TI com resultados visíveis” e “Proteja seu site contra ataques distribuídos”. A tarde, os temas propostos serão "Gestão da Educação no Governo", "Identidade Digital: aspectos sobre informações e documentos eletrônicos de Governo" e "Redes sem fio de alto desempenho", a serem desenvolvidos por Cláudio Gomes, coordenador de Vendas da empresa Techne; Ricardo Francia, gerente de Soluções e Projetos em Identidade Digital da empresa Serasa Experian e por Leonardo Paim, diretor Comercial da empresa Vertotech.

Um dos destaques entre as palestras, é a presença do Ouvidor Geral do Estado da Bahia, Jones Carvalho, que na manhã da sexta-feira (06) fala sobre a Lei de Acesso a Informação e o software desenvolvido no Estado para fortalecer a Ouvidoria como um instrumento de participação e de gestão de Governo. "A ouvidoria é o órgão que possui o maior conjunto de informações relacionadas à administração pública brasileira, com grande experiência no diálogo com os cidadãos. A partir da reformulação do Sistema de Ouvidoria e Gestão Pública (TAG), na verdade o software responsável por todo o atendimento e a tramitação interna das manifestações, o objetivo é aumentar o nível de resolubilidade das manifestações registradas ao fornecer indicadores e relatórios que orientem os gestores no desenvolvimento de projetos e correções de pontos fracos em cada setor", explicou Jones Carvalho.

COMPUTERWORLD: Tecnologia brasileira para bancos ganha prêmio nos EUA


Vencedoras foram as desenvolvedoras RedDrummer e PayChief que apresentaram suas soluções no evento Financial Technology Insight, em Boston.

O Brasil venceu três dos quatro prêmios concedidos pelos organizadores do Financial Technology Insight, maior encontro de TI para o setor financeiro dos Estados Unidos, realizado em Boston. As ganhadoras foram as desenvolvedoras de software RedDrummer e PayChief.

A RedDrummer voltou para o Brasil com o prêmio “The Best in Show" e "The Most Innovative Technology”. O júri considerou a apresentação do conceito “Conversations = Transations” conduzida pelo chief executive officer da companhia, André Vellozo, a mais eficiente e clara envolvendo uma solução inovadora.

Já a PayChief solução de autorização de transações para plataformas móveis, recebeu o prêmio "The Best Presentation". Mauricio Ghetler, diretor da emporesa, demonstrou no evento as facilidades de uso da solução para compras a partir de um anúncio veiculado em uma revista, transações financeiras ou acesso a informações pessoais de forma rápida e segura por smartphone. A PayChief é resultado de uma joint venture firmada entre a MGS e a RedDrummer

As duas empresas foram aos Estados Unidos para apresentar a tecnologia Brasileira com apoio da Associação para a Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex). Durante dois dias, elas tiveram a oportunidade de apresentar detalhes de suas soluções em palestras e reuniões com executivos responsáveis pela implantação de novos processos na área de Tecnologia da Informação (TI).

“A conquista dessas premiações atesta a excelência e o caráter inovador das soluções brasileiras para o setor financeiro e comprova a sua aderência às demandas dos principais mercados mundiais”, avalia Djalma Petit, diretor de mercado da Softex.

TI INSIDE Online: Relator divulga parecer sobre marco civil da internet nesta quarta


O relator do projeto de lei do marco civil da internet (PL 2126/11), deputado Alessandro Molon (PT-RJ), vai divulgar nesta quarta-feira, 4, no site e-democracia, seu parecer sobre a proposta. Ele ainda vai receber sugestões até a sexta-feira, 6, às 18 horas. A votação do relatório final na Comissão Especial da Câmara dos Deputados será marcada na próxima semana.
Para ajudar na construção do relatório, a comissão promoveu sete audiências públicas e seminários, em seis capitais do país. “A própria internet também foi utilizada para incentivar a participação popular neste debate. Além do espaço disponibilizado para discussão no site e-democracia, também surgiu, de forma espontânea, a hashtag #marcocivil nos micro blogs Twitter e Identi.ca, por meio das quais recebemos incontáveis contribuições, algumas delas terminaram por integrar o relatório”, assinalou.
Se aprovado na comissão especial, o projeto do marco civil da internet seguirá para votação em plenário. As informações são da Agência Câmara. 

Wireless Mundi: ENTREVISTA - Vânia lúcia Ribeiro Vieira " Lei do Acesso: agora, é construir uma nova cultura."


Lei do Acesso: agora, é construir uma nova cultura.

Em vigor desde o dia 16 de maio, a Lei do Acesso à Informação demanda uma nova atitude por parte dos funcionários públicos. Agora, todo documento é público. Só estão cobertos pelo sigilo os casos previstos na própria Lei.

A Lei do Acesso à Informação, que entrou em vigor no dia 16 de maio deste ano, inaugurou uma nova e importante etapa na democracia brasileira. A transparência das informações e o amplo acesso a elas por qualquer cidadão dá qualidade ao exercício da cidadania, amplia o controle do Estado e limita os desmandos e a corrupção.

Mas o caminho para o cidadão fazer valer os seus direitos estabelecidos na Lei não é simples. Nesta entrevista à Wireless Mundi, Vânia Lúcia Ribeiro Vieira, diretora de Prevenção da Corrupção da Controladoria-Geral da União (CGU), relata que vencer a barreira da resistência cultural do servidor a fornecer as informações é um processo longo, como mostra a experiência de países que editaram leis semelhantes há muito mais tempo. Mas ela se mostra otimista com os resultados obtidos até agora e com o que se pode esperar para o futuro.

Mas tudo vai depender muito, como explica, do comportamento da sociedade. Ela tem que se organizar e criar formas de fiscalizar o cumprimento da Lei por estados e municípios, já que a CGU só tem competência para fiscalizar o cumprimento da Lei do Acesso à Informação em âmbito federal. Os estados e municípios podem estabelecer seus próprios órgãos de controle, da mesma forma que cabe a eles definir as punições para os funcionários que não cumprirem a Lei.

Wireless Mundi – Do seu ponto de vista, o que significa, para o Brasil, a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação? O que podemos construir, governos e cidadãos, para o país, a partir dela?

Vânia Lúcia Ribeiro Vieira – A entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação significa um importante passo para a consolidação democrática do Brasil e também para o sucesso das ações de prevenção da corrupção no país. Além disso, incrementa a participação popular e o controle social das ações governamentais, permitindo ao brasileiro que exerça sua cidadania e cobre seus direitos de forma legítima.

O cidadão bem informado tem melhores condições de conhecer e acessar outros direitos essenciais, como saúde, educação e benefícios sociais. O Estado, por outro lado, é obrigado a se estruturar para prestar informações de forma célere aos cidadãos, o que, de certo modo, impulsiona uma melhoria na gestão pública.

WM – A Lei de Acesso à Informação entrou em vigor no dia 16 de maio. Já é possível fazer um balanço de como está sua regulamentação pelos três poderes? E a participação dos cidadãos, está dentro das expectativas?

Vânia – Logo depois que entrou em vigor, fechamos a semana com 5.500 pedidos do público em geral, pessoas físicas e jurídicas.

WM – Vocês estavam esperando um volume desse porte?

Vânia – Eu acho que sim. A gente tinha uma expectativa de que na primeira semana da Lei em vigor a gente tivesse, de fato, um número maior de pedidos até porque existia já uma expectativa, uma espera muito grande da sociedade brasileira em torno dessa Lei. A gente sabe que grande parte desses pedidos, hoje, está sendo feita por jornalistas, então há interesse desse público muito específico, que de certa forma nos ajuda a promover a Lei de Acesso, disseminar sua existência.

Hoje, o campeão de demanda é a Susep (Superintendência de Seguros Privados). Não tenho elementos suficientes para dizer o porquê, mas acredito que existia uma demanda não atendida, mas também pode ser de setores empresariais que já se relacionam com a empresa e que já estão se valendo da Lei. O segundo é o INSS, o que indica, de fato, o uso da Lei pelo cidadão. E o terceiro é Banco Central. Neste caso também, embora ainda não tenhamos elementos para fazer essa análise, nos parece que há certa participação maior por parte do setor privado.

WM – Alguns países da América Latina já têm uma lei de acesso à informação, cada um à sua maneira. Em alguns, não houve avanço porque a sociedade não usou a Lei. A CGU tem instrumentos legais para que essa legislação cole no Brasil?

Vânia – Essa é uma das competências legais que são atribuídas a CGU, ou seja, promover o uso da Lei, mobilizar e capacitar cidadãos para que eles possam, de fato, exercer esse direito de acesso à informação. Nós temos plena consciência dessa grande responsabilidade, de que a gente possa de fato fazer com que as pessoas se apropriem desse direito.

WM – Para a cidadania, para o brasileiro, qual é principal vantagem/conquista que esta Lei traz? Qual o divisor de águas?

Vânia – Eu acho que esta Lei avança muito no sentido de estabelecer regras e procedimentos para o exercício do direito de acesso à informação. Até então, o que a gente tinha no Brasil eram leis que regulamentavam o sigilo; agora, a gente tem uma Lei que regulamenta o acesso. E regulamentar o acesso é exatamente estabelecer essas regras de quem pode pedir, quem é obrigado a dar, em que prazo e quais as consequências pelo descumprimento desses procedimentos. Então, é de fato um arcabouço, um conjunto de normas que visam garantir o exercício desse direito.

Talvez, uma das grandes novidades seja exatamente o fato de que o cidadão não precisa justificar por que ou para que ele quer ter acesso àquela informação, como acontecia anteriormente. Nós rompemos com isso [a necessidade de justificar a motivação] com a Lei de Acesso à Informação. Não há mais que se falar em interesse, em justificativa. O raciocínio da lei é inverso, a lógica é inversa. Se a informação não está classificada como sigilosa e não se trata de informação de caráter pessoal, ela é automaticamente pública e acessível a qualquer um.

WM – Há algum limite na liberação das informações? Algumas empresas alegam que, quando a relação é privada, o Estado não poderia liberar as informações...

Vânia – O decreto que regulamenta a Lei já trouxe alguns parâmetros importantes para a definição desse limite. Primeiro, é importante observar que aquilo que é passível de ser classificado como sigiloso, já está previsto na própria Lei. Nós temos um rol taxativo. Só podemos classificar de sigilosa as informações que se enquadram em uma daquelas hipóteses previstas na Lei.

WM – Por exemplo?

Vânia – Segurança do Estado, segurança da sociedade, inteligência, auditorias e investigações em andamento, estabilidade econômica e financeira, relações diplomáticas. A Lei brasileira segue exatamente os padrões internacionais no que tange a hipótese de sigilo. Além disso, também é importante destacar que a Lei de Acesso à Informação não revogou sigilos previstos em legislações específicas. O que significa que os sigilos comercial, industrial, bancário, fiscal, profissional estão todos mantidos.

WM – E o salário dos funcionários?

Vânia – O salário é uma questão interessantíssima. A própria presidenta determinou, no decreto do Executivo, a divulgação do salário do Executivo federal exatamente por entender que remuneração de servidores não se enquadra no conceito de informações pessoais protegidas pelo sigilo, que são a intimidade e a privacidade. É uma discussão que eventualmente nós poderemos ter no judiciário, se houver recurso por parte de funcionários ou suas entidades.

Nós já temos precedentes nesse sentido, lembrando que a Prefeitura de São Paulo foi o primeiro órgão a divulgar remuneração e houve reação, contestação no judiciário em primeira e segunda instância. A prefeitura perdeu, teve que deixar de divulgar, mas depois a ação chegou ao Supremo [Tribunal Federal] que mandou divulgar. É uma questão ainda em aberto no judiciário porque essa decisão do Supremo não é definitiva. Era uma liminar.

WM – De que forma essa lei afeta ou orienta as legislações estaduais e municipais, qual sua expectativa em relação a isso?

Vânia – A Lei de Acesso à Informação é de âmbito nacional. Então, ela se aplica a todos os poderes em todas as esferas federativas. O que estados e municípios precisam fazer é regulamentar aqueles pontos que dependem de regulamentação. São aspectos administrativos da aplicação da Lei, como, por exemplo, qual é o órgão que vai funcionar, no âmbito de cada estado e de cada município, como instância recursal. A lei prevê que, no caso federal, é a CGU. Isso também vale para autoridade competente para classificar as informações. No âmbito federal isso já foi previsto. Mas são pontos muito específicos da Lei, que na maioria dos seus dispositivos é de autoaplicação. Vários estados e municípios, a partir da data em que a lei entrou em vigor, já editaram os seus decretos de regulamentação. Alguns estados entenderam que, ao invés de mandar projeto de lei para as assembleias legislativas, bastava um decreto do governador. São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia fizeram isso.

WM – Você acha que os estados e municípios estão preparados para se adequar a esta Lei, tanto do ponto de vista dos sistemas de informática como do ponto de vista cultural?

Vânia – É claro que esta Lei, com o excessivo rigor que ela impõe, o prazo extremamente exíguo – são apenas vinte dias prorrogáveis por mais dez para entregar a informação –, pressupõe que essa informação esteja organizada para saber onde encontrá-
la. Não é um trabalho trivial. A gente sabe que, em muitos países, o tempo de preparação dos governos para implementação das normas foi muito maior do que o nosso. Só para você ter um exemplo, enquanto nós tivemos seis meses para nos preparar, o Reino Unido teve cinco anos. E aqui a gente ainda teve essa questão de aplicar a Lei ao mesmo tempo nas três esferas de governo, sem distinguir municípios maiores e menores.

É um desafio muito grande. Não podemos também nos esquecer de que a Lei inovou em estabelecer a internet como meio prioritário de divulgação das informações. A Lei previu um conjunto mínimo de informações que deverão estar necessariamente nos sites dos órgãos e entidades públicos, com exceção de municípios com menos de dez mil habitantes. Eles podem divulgar as informações por outros meios. Essa foi a única exceção.

WM – De que forma a CGU vai se certificar de que os municípios estão cumprindo a Lei, vai criar um comitê de fiscalização?

Vânia – Na verdade, nós não temos competência para certificar, nós não acompanhamos o processo de implementação da Lei pelos estados e municípios e pelos outros poderes, judiciário, legislativo e Ministério Público. A competência da CGU é restrita para o executivo federal.

Assim, vai caber à própria sociedade acompanhar o cumprimento da Lei nos estados e municípios. É isso que vemos nos outros países, a própria sociedade se organiza e desenvolve ferramentas, metodologias para fazer esse tipo de acompanhamento.

WM – A Lei prevê algum tipo de punição, se as determinações não forem cumpridas?

Vânia – Sim. Prevê a responsabilização do servidor e essas punições são rigorosas. Mas nos casos dos estados e municípios, eles vão ter que regulamentar sua própria punição. Isso é uma coisa que a Lei nacional não poderia resolver, porque seria um confisco de competência.

WM – Há ainda resistências culturais em relação a dar o acesso à informação. Você acha que no Executivo federal isso está bem resolvido ou ainda há problemas? Quais seriam esses focos?

Vânia – É praticamente impossível a gente falar que nós já estamos imunes a resistências culturais. Isto porque, pela própria experiência comparada, os países que já têm esse tipo de lei há anos, até hoje não dizem que todos os problemas e resistências culturais já foram superados. Ao contrário, todos os especialistas com quem conversamos afirmaram que o problema cultural é o maior desafio a ser vencido, quando se fala em acesso a informação. E é natural, a gente vem de uma lógica
da própria formação do Estado, de você ter na origem da criação o autoritarismo, informação é sempre vista como poder, e outras coisas desse tipo. Então a gente vai inevitavelmente enfrentar esse tipo de problema.

Agora, como é que se vence esse tipo de problema? Vence com determinação e com vontade, inclusive com vontade política. E o que nós temos visto no âmbito do executivo federal, desde a entrada em vigor da lei, é que há uma nítida, uma clara intenção e determinação – e ai eu posso dizer da própria presidenta – de que essa lei deve ser vista como prioritária e de que deve ser cumprida.

Então, desde o início do ano – a Lei foi sancionada em 18 de novembro – em dezembro ainda nós já estávamos trabalhando e preparando todos os órgãos do governo federal para aplicar a Lei. Hoje, acho praticamente impossível você chegar a qualquer órgão da Esplanada, em qualquer entidade federal que as pessoas não estejam sabendo dessa lei.

WM – Houve um orçamento específico para informatização dos órgãos?

Vânia – Na verdade, não houve nenhuma previsão orçamentária para isso. O que é que aconteceu? Os órgãos, as entidades, inclusive empresas, todos tiveram que trabalhar para readequar os sites na internet para dar o que a gente chama de transparência ativa.

Você já deve ter visto os sites, todos têm um banner padrão que foi estabelecido, que dá acesso a uma página específica sobre acesso à informação, informações mínimas e tudo o mais. Então, nós nos dedicamos muito a essa questão da transparência ativa que todos têm que atender.

WM – Você acha que é esse o caminho que estados e municípios devem percorrer?

Vânia – Eu acho que sim, porque, pela nossa experiência, quando o governo como um todo se organiza para espontaneamente, proativamente, dispo-
nibilizar informações na internet de forma mais simples, mais fácil e compreensiva possível, a tendência é de que a demanda seja reduzida. Se as pessoas conseguem encontrar a informação na rede, é óbvio que elas não vão pedir a informação por outros meios. Mas temos que estar preparados também para atender aos pedidos pontuais. E para isso, você deve saber que a CGU desenvolveu um sistema eletrônico único e centralizado para todo o governo federal.

WM – É por meio desse sistema que vocês podem fazer uma radiografia de como está andando a aplicação da Lei?

Vânia – Exatamente. Monitorar e saber como andam os pedidos. Neste primeiro momento, como existe uma expectativa alta, inclusive da própria imprensa, a gente tem divulgado balanços quase diários sobre o número de pedidos, mas o que a Lei efetivamente prevê é a divulgação de um relatório anual. Inclusive esse relatório será encaminhado oficialmente ao Congresso Nacional, com toda a análise.

Folha de S.Paulo: Brasil cai de 7º para 39º em ranking global de eficiência de inovação


HELTON SIMÕES GOMES

De 2011 para 2012, o Brasil perdeu 32 posições --caiu do 7° lugar para o 39° lugar-- na lista de eficiência do Índice Global de Inovação, elaborado pelo Insead (instituto europeu de ensino) e pela Wipo (Organização Mundial de Propriedade Intelectual). O indicador foi divulgado nesta terça-feira na Suíça.

No ranking geral, que mede a produção de inovação sem distinguir as diferenças no nível de desenvolvimento econômico dos países, o Brasil caiu 11 posições, passando do 47° para o 58º lugar.

O Índice Global é feito desde 2007, a partir de 82 indicadores de mercado de 142 países.

CRITÉRIOS

A lista de eficiência em inovação considera quanto o país produz em inovação (os chamados "outputs") a partir de estímulos (os "inputs") dados pelo governo, pela indústria e também pelo meio acadêmico.

Dessa forma, são ponderados fatores que sustentam o ambiente de inovação, tais como educação, solidez das instituições econômicas e infraestrutura.

Para essa classificação de eficiência em inovação, são considerados também registro de patentes, receita com propriedade intelectual e exportação de alta tecnologia.

CRIATIVIDADE

O responsável pela queda do Brasil na lista de eficiência em inovação foi o indicador de criatividade. Nesse quesito, o país foi listado em 54º lugar (em 2011, era o 12º).

A queda foi puxada pelo cenário pouco propício à criação de novos modelos de negócio e de marcas globais, na avaliação realizada pelo índice.

O ambiente de negócio pouco favorável e a defasagem da educação superior podem explicar problemas na expansão de atividades criativas no Brasil, afirmam especialistas consultados pela Folha.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress 

Secom: Governo lança manual de segurança da informação




O Governo do Estado lança, nesta quarta-feira (4), o Manual do Modelo de Gestão da Segurança da Informação, disponibilizado na internet. O documento oficializa o prazo de até três anos para que órgãos e entidades da administração pública se adequem às normas de segurança.

São mais de 100 páginas com os procedimentos que os gestores de tecnologia da informação devem adotar em suas rotinas de trabalho. De acordo com o Comitê de Gestores de Tecnologias de Informação e Comunicação do Estado da Bahia (Fortic), responsável pela elaboração do texto, as orientações sobre Segurança da Informação garantem o andamento das atividades finalísticas. 

A coordenadora da Assessoria de Gestão Estratégica de Tecnologias da Informação e Comunicação (Agetic) da Casa Civil, Rejane Coutinho, explica que o manual é a ferramenta que padronizará os cuidados adotados pelos gestores de TI com a informação. “Uma ação de governo não pode parar por causa de uma pane no sistema de informações, ou um incêndio, por exemplo. Com o manual, teremos métodos para diminuir vulnerabilidades e planejar ações”, diz.

LAI

Para atender o interesse do cidadão em relação à informação pública, o documento contribui para um processo estruturado e gerenciado dos retornos encaminhados. Segundo o Fortic, a aplicação do tratamento e a proteção dos dados do governo impactam positivamente na disponibilização deles, cumprindo a Lei de Acesso a Informação (LAI). “É preciso garantir que todos os aspectos relacionados à informação sejam seguros. Se o cidadão solicita um dado, o gestor de TI deve garantir o processo de segurança, certificando que, por exemplo, um hacker não faça “invasões” e altere a resposta encaminhada pelo governo”, completa a coordenadora.

Histórico

Em 2008, o governo iniciou o trabalho de aumentar o conhecimento e a consciência interna sobre os procedimentos de Segurança da Informação, constituindo grupo específico de trabalho no Fortic. Com o amadurecimento dos estudos, foi criada a Política de Segurança da Informação, publicada em decreto no ano de 2011. No ano seguinte, foram criadas 16 Normas Técnicas. Hoje, o manual consolida e regulamenta os cuidados com a informação dentro do governo.

TI INSIDE Online: Projeto poderá obrigar teles a criar planos sem franquia de uso


Na próxima quarta-feira, 4, a comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado poderá aprovar o PLS 340/2008, que obriga as concessionárias de serviços de telecomunicações a oferecerem planos alternativos aos usuários, com preços baseados somente no consumo medido do serviço.
O projeto, de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), será apreciado pela CCT na forma do substitutivo do relator Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Pelo texto, “é obrigatória a oferta de planos alternativos cuja estrutura tarifária contemple apenas valores associados ao consumo medido do serviço, resguardada a cobrança por serviços de instalação e de manutenção corretiva nas dependências do usuário”.
Antes de ser encaminhada para análise da Câmara dos Deputados, a matéria será apreciada ainda pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), em decisão terminativa. Com informações da Agência Senado. 

A TARDE: CCJ aprova nova regra de ICMS ao comércio eletrônico




 


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na terça-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras do ICMS para o comércio eletrônico no País. O texto apoiado por todos os senadores da comissão ficou mais abrangente: as mudanças vão valer para toda forma de comércio não presencial que destine bens e serviços a um consumidor final localizado em outro Estado. Na prática, a proposta reparte entre Estados de origem e de destino o ICMS nas vendas pela internet e em outros tipos de vendas não presenciais.

A matéria seguirá para votação em plenário, o que pode ocorrer, caso haja acordo das lideranças partidárias, já na sessão da quarta-feira. Se aprovado pelo Senado, o texto será apreciado pela Câmara dos Deputados.

A nova regra faz com que os Estados de destino fiquem com a maior parte do ICMS dessas transações comerciais. Atualmente, no comércio eletrônico, todo o imposto é recolhido pelo Estado de origem. Os senadores da bancada de São Paulo, Estado que mais perde com as alterações, concordaram com as mudanças após vários meses de negociações.

No seu voto, o líder do PMDB e relator da PEC, Renan Calheiros (PMDB-AL), acolheu emendas apresentadas pelos senadores Cyro Miranda (PSDB-GO), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Lídice da Mata (PSB-BA). Foram essas propostas que aumentaram as possibilidades de comércio não presencial e incluíram as expressões "pessoas físicas" e "pessoas jurídicas" de forma a garantir que não haja diferenças de tributação entre ambas.

"A justificativa de não se diferenciar a pessoa física da jurídica, contida em todas as emendas acima, é a de que não há sentido em fazer tal distinção, pois isso deixaria o ônus aos Estados consumidores", afirmou Renan, em seu parecer.

A CCJ também acolheu uma mudança, em que haverá duas formas para o recolhimento do imposto. A arrecadação corresponde à diferença entre a alíquota interna e a interestadual do ICMS. Na primeira hipótese, caberá ao destinatário recolher o imposto quando este for o contribuinte. Pela segunda forma, caberá ao remetente, quando o destinatário não for o responsável pelo recolhimento.

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), elogiou a "feliz interpretação" do relator, que possibilitou a todos os Estados o direito ao imposto. O presidente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE), fez coro aos parlamentares da comissão, que pediram agilidade na apreciação da matéria. "Determino, de ofício, o encaminhamento da proposta para o plenário", disse, logo após a aprovação.

A PEC tinha sido enviada ao plenário no início de junho, mas, como recebeu emendas, teve de voltar obrigatoriamente para a CCJ para ser apreciada.

TI INSIDE Online: Relatório de transparência do Twitter revela pedidos de remoção de conteúdo


O Twitter divulgou seu primeiro relatório de transparência sobre pedidos de remoção de conteúdo nesta segunda-feira, 2. A exemplo do Google, que publica periodicamente os dados sobre controle de informações na rede, a rede de microblogs apresentou o ranking de países com o maior número de solicitações no primeiro semestre. O site passou a permitir restrição local de publicações em janeiro deste ano.
Os Estados Unidos encabeçam a lista, com 679 pedidos de retirada de twitts do ar, envolvendo 948 perfis na rede. Destes, 75% foram totalmente ou parcialmente atendidos. O Japão também apresentou um alto índice – 98 pedidos, 20% deles parcialmente deferidos e 147 perfis afetados. O Brasil, ao contrário do relatório do Google, não apresentou índice elevado de pedidos de remoção – registrou menos de dez solicitações desse tipo, nenhuma atendida.
Ao todo, foram 3.378 pedidos de retirada de conteúdos por infrações de direitos autorais entre janeiro e junho deste ano, 38% deles efetivamente bloqueados pela rede de microblogs. 


TI INSIDE Online: Gastos mundiais com publicidade móvel devem triplicar até 2015


Os gastos dos anunciantes com publicidade móvel atingirão US$ 7,1 bilhões nos próximos três anos, o triplo na comparação com os US$ 2,4 bilhões previstos para este ano, segundo relatório da Juniper Research. Segundo a consultoria, o crescimento será impulsionado pelo maior uso da mídia móvel para publicidade, aliado ao aumento no uso de aplicativos.

O levantamento aponta ainda que, até 2017, os investimentos em publicidade em mensagens (SMS) devem aumentar oito vezes. Nos próximos cinco anos, a América do Norte e a Europa serão responsáveis por 60% dos gastos com publicidade móvel.
Segundo a autora do estudo, Charlotte Miller, a publicidade móvel dá a oportunidade aos anunciantes atingirem os consumidores em um nível mais pessoal do que qualquer outro tipo de publicidade. “Criar uma imersiva e divertida experiência para atrair a atenção do consumidor é essencial para os anunciantes que querem tirar proveito do aumento maciço no uso de aplicativos móveis", ressalta. 

TI INSIDE Online: Comércio eletrônico cresce no Brasil e aumentam os problemas


Pertencentes ao grupo de comércio eletrônico B2W Companhia Global de Varejo, os sites Americanas.com, Submarino e Shoptime correram sério risco de ter suas atividades suspensas em São Paulo em março. O Procon-SP anunciou a punição, válida por 72 horas, para todos os sites da empresa, que ficariam proibidos de comercializar qualquer produto no estado de São Paulo. Motivo: o excessivo número de reclamações em razão de problemas com os produtos adquiridos. Foram 6.233 queixas só em 2011, a maioria por falta de entrega ou defeito do item adquirido. Até o começo de abril deste ano esse número já passava de 600.
A determinação – que passaria a valer no dia seguinte – incluía uma multa de R$ 1,744 milhão. Em nota, o diretor executivo da entidade paulista, Paulo Arthur Góes, chamou a situação de “um descaso, um desrespeito ao consumidor”. Segundo ele, foram feitas várias tentativas de diálogo com a empresa, mas os problemas persistiram.
Em novembro do ano anterior, o órgão de defesa do consumidor já havia determinado a suspensão das vendas da empresa, mas a B2W recorreu. “Verificamos que, apesar da existência de processos administrativos e das multas, o problema não só persistiu, como aumentou”, disse à época a diretora do Procon-SP, Andrea Sanchez, referindo-se ao aumento de 246% do número de reclamações entre 2010 e 2011.
Para a punição anunciada em março não caberia recurso, mas os advogados da empresa foram rápidos e conseguiram na Justiça, no mesmo dia 14 de março, uma liminar suspendendo a decisão do órgão de defesa do consumidor. O juiz encarregado do caso, Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, disse que a suspensão causaria à B2W “danos de difícil reparação”. No entanto, a decisão nega que haja prejuízo ao consumidor, uma vez que a penalidade pode ser mantida ao final do processo judicial.
A empresa justificou o pedido de liminar dizendo que trabalhou para reduzir o número de problemas de entrega, e que a quantidade de reclamações caiu 71,6% entre janeiro e fevereiro de 2012, comparadas ao mesmo período do ano anterior. O Procon anunciou que iria recorrer da decisão.
Mercado potencial
Apesar dos problemas, o mercado brasileiro de e-commerce é um dos mais promissores do mundo. O T-Index 2015 Projection, levantamento que determina a penetração do comércio online nas principais economias da mundo, coloca o país na quarta posição no ranking, com crescimento de 43,3% e participação global de 4,3%, atrás apenas da China (com share de 18,8%), EUA (16,8%) e Japão (4,9%). Atualmente, o Brasil é o sétimo maior mercado do setor. Segundo a projeção, o avanço brasileiro acontecerá em especial graças a crise econômica sofrida pelos países no topo da lista. Além do Brasil, outros emergentes apresentarão crescimento constante. A Rússia, por exemplo, que atualmente ocupa a oitava colocação do mercado (2,9% de participação), terá aumento de 27,5%. A Índia crescerá 26,6%.
Para a e-bit, a consultoria especializada em varejo on-line, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 18,7 bilhões no ano passado, 26% mais que em 2010. Foram 9 milhões de novos consumidores – 61% da classe C –, que gastaram em torno de R$ 350 em cada compra. Os produtos mais vendidos foram eletrodomésticos, informática, eletrônicos, cosméticos e moda, nesta ordem. Para este ano, a empresa espera que o setor continue crescendo no mesmo ritmo, mesmo com a influência negativa do cenário internacional, que inclui crise na Europa, redução no ritmo de crescimento chinês e a baixa atividade da economia americana. Isso porque o governo federal vem reduzindo a taxa básica de juros com frequência, na tentativa de incentivar a atividade econômica dentro do país.
Até o fim deste ano, a e-bit espera que o comércio eletrônico nacional atinja faturamento de R$ 23,4 bilhões, 25% mais que em 2011. Só no primeiro semestre, período em que historicamente acontecem 45% das vendas do ano, são esperados R$ 10,4 bilhões. Um terreno bastante fértil.
Como fazer?
As vantagens da loja virtual sobre a física – e que de certa forma explicam o sucesso desse tipo de atividade – incluem a maior variedade de produtos e a facilidade para encontrá-los, além da comodidade de poder acessar o estabelecimento a qualquer momento. Além disso, na web é possível pesquisar e comparar preços, parcelar a compra em mais vezes sem juros e ter mais opções de pagamento.
No entanto, alerta o professor da e-Commerce School e consultor em comércio eletrônico pela GS Ecommerce, Gustavo Santos, nesta modalidade de varejo não há relação física com o produto ou serviço. O que torna fundamental a boa formulação do conteúdo do site para prender a atenção do visitante. O especialista alerta que o excesso de oferta reduz a atenção do usuário, que simplesmente fecha a página sem comprar nada.
“A persuasão é fundamental, pois o consumidor precisa confiar no site”, diz Santos. Ter certificações e selos de segurança visíveis na página é importante para passar essa sensação de segurança, além de garantir as transações financeiras.
A especialização também pode ser um diferencial, principalmente no caso das pequenas e médias empresas, que geralmente atuam em nichos. Demonstrar autoridade pode consolidar a empresa em segmentos específicos. “As pequenas empresas podem concorrer com as grandes não em quantidade e variedade de estoque, mas em qualidade. Isso conquista o consumidor”, pondera Santos.
Para Arnaldo Korn, diretor presidente do portal Pagamento Já, especializado em transações seguras via web, o empresário interessado em abrir um e-commerce deve planejar a empreitada cuidadosamente. A ferramenta mais importante é o plano de negócios, que deve determinar o que será vendido, a montagem da loja, a identificação da concorrência e os aportes iniciais. “Planejar nunca foi uma atividade muito bem exercida pelo empreendedor brasileiro”, diz Korn. “Talvez por isso o Sebrae aponte um insucesso na casa dos 53% para as micro e pequenas empresas nos 3 primeiros anos de vida”.
Além disso, indica o especialista, é importante conhecer os sistemas de gerenciamento de e-commerce, incluindo marketing digital, ferramentas de otimização e monitoramento de tráfego, três itens básicos e essenciais.
Outro ponto importante: a divulgação. É necessário um plano de marketing e divulgação para incluir o site nos principais mecanismos de busca, seja naturalmente ou pagando por isso. Ações em redes sociais e em outros sites, além do apoio de uma assessoria de imprensa, também são importantes para tornar a loja mais conhecida.
As tentativas de ataque e fraudes contra o portal são outro ponto a ser considerado. Serviços de pagamento com sistema antifraude são recomendados. “A fraude, principalmente na venda com cartões de crédito, pode acarretar grande prejuízo à loja virtual, levando ao seu fechamento.”
O monitoramento de tráfego – feito através de ferramentas como o Google Analytics, por exemplo – pode prevenir o fracasso de um administrador que não visualiza os acessos que recebe, bem como os resultados de campanhas de marketing, e que assim acaba “tomando decisões, na maioria das vezes erradas, baseadas em suposições”, diz Korn.

Atendimento é outra palavra de ordem. O cliente, mesmo em uma loja virtual, é de carne e osso, e precisa ser atendido em caso de dúvida ou problemas. Ele também vai querer saber onde está o pedido que fez. “Um bom canal de comunicação com o cliente transmite credibilidade.”
Por último, e não menos importante, fica o planejamento logístico. Segundo Korn, esse assunto é responsável por “80% dos desconfortos e demandas jurídicas entre a loja e o consumidor”. Portanto, um planejamento detalhado do sistema de logística da loja é fundamental. “O negócio virtual é tão ou mais real do que qualquer outro e oferece certos riscos de investimentos. Infelizmente no Brasil, 60% das lojas virtuais fecham antes de completar um ano de vida”, pondera o especialista. 

Folha de S.Paulo: Tempestade de verão prejudica serviços de computação em nuvem

QUENTIN HARDY - "NEW YORK TIMES

Na noite de sexta-feira, uma tempestade de relâmpagos no Estado da Virgínia derrubou parte do Amazon Web Services, o serviço de computação em nuvem da Amazon, que fornece recursos de armazenagem e computação a centenas de companhias. Sites conhecidos como Netflix, Pinterest e Instagram ficaram fora do ar por horas. Os consumidores tinham pouca informação sobre o que estava acontecendo, e não sabiam se seus dados armazenados estavam seguros.

Kevin Lamarque/Reuters 

Homens tentam consertar cabos de energia em vizinhança de Virginia, EUA, após tempestade 

A interrupção destacou a crescente exposição de empresas e consumidores a riscos imprevistos e paralisações muito prejudiciais, à medida que aderem à nuvem. Também representou um sério revés para a porção que mais cresce no mercado de mídia, empresas iniciantes de redes sociais que conquistam milhões de usuários aparentemente do dia para a noite.

Além de computadores, tablets e celulares inteligentes conectados à Internet, dos quais as pessoas dependem todos os dias, consumidores e empresas agora se conectam à Internet por meio de inúmeros outros aparelhos, de automóveis e eletrodomésticos a monitores de serviços de infraestrutura e câmeras de vigilância. A qualidade dos serviços em nuvem e sua capacidade de resistir a perturbações imprevistas terão efeito cada vez mais sobre a economia mais ampla.

A Amazon construiu um negócio altamente lucrativo de computação em nuvem, com uma lista de clientes como a Intercontinental Hotels, Fox Entertainment, Unilever e Spotify, além, de 187 agências governamentais e centenas de pequenas empresas iniciantes em busca dos serviços de computação mais baratos.

Nenhum desses grandes clientes registrou perturbações de serviços. Embora não se saiba se estavam usado a central de processamento da Amazon que foi paralisada pela tempestade, analistas dizem que a paralisação causou preocupação renovada quanto a depender dos serviços de computação em nuvem.

"As empresas avaliam a questão em termos de confiabilidade, geralmente", disse Mike Chui, pesquisador sênior da McKinsey & Company. Os grandes clientes da Amazon, disse, "têm a oportunidade de dar forma ao mercado e impor demandas que melhoram os produtos. Eles pressionarão por melhoras".

Também contarão com outra opção de fornecedor. Na quinta-feira, o Google anunciou que ofereceria serviços de computação via Internet por metade do preço da Amazon.

A paralisação do final de semana aconteceu depois que uma tempestade de raios resultou em queda de energia na central de processamento da Amazon Web Services no norte da Virgínia, que abriga milhares de servidores. Por motivos que a Amazon não havia conseguido determinar até o domingo, o gerador de reserva da central também falhou.

A Amazon anunciou em comunicado ao meio-dia do sábado que havia restaurado seus serviços "para a maioria dos clientes prejudicados, e continuamos trabalhando para restaurar os serviços dos demais clientes", acrescentando que "revelaremos mais detalhes sobre o acontecido nos próximos dias". A companhia não acrescentou novas informações.

Essa foi a segunda falha importante dos equipamentos da Amazon na mesma região. Em abril de 2011, um problema na rede da Amazon em uma central de processamento próxima derrubou diversos aplicativos e sites muito procurados, como o Reddit e o Quora, por quase um dia.

É fato que a Amazon Web Services mostrou mais resistência que a maioria das empresas de infraestrutura atingidas pela tempestade, que deixou mais de quatro milhões de domicílios e empresas sem energia na costa leste dos Estados Unidos. No domingo, alguns usuários do Instagram na região de Washington já podiam trocar fotos via celular antes que a eletricidade e água potável de suas casas voltassem a funcionar.

A Netflix, como a Pinterest e Instagram, não respondeu a pedidos de comentários no domingo. A Netflix conseguiu restaurar seus serviços em cerca de duas horas. Muitos outros clientes da Amazon, entre os quais as pequenas empresas iniciantes que respondem pela maior parte de seus usuários, não reportaram problemas, mas talvez tenham corrido para garantir a segurança de seus sistemas.

"Estávamos no escritório de noite, jogando um videogame que caiu; foi quando recebemos uma notificação de que nossos sistemas estavam começando a travar", disse Benjamin Coe, fundador da Attachments.me, uma empresa iniciante de San Francisco que conecta anexos de e-mail a centrais de armazenagem online. "Tínhamos capacidade sobressalente em nosso sistema, já desde o começo do projeto, mas enfrentamos falhas em duas áreas, o que dificultou que a terceira continuasse funcionando".

Coe disse que ficou acordado até as quatro da manhã para resolver o problema. É esse o preço, ele disse, de trabalhar a baixo preço com um serviço que permite que sua companhia de seis funcionários atenda a milhões de usuários, que ele disse serão compreensivos quanto a paralisações breves.

"Para um produto de consumo fornecido gratuitamente, existe a compreensão genérica de que haverá falhas ocasionais", disse. "Se estivéssemos operando um avião ou algo assim, isso seria inadmissível".

A capacidade de enfrentar falhas é há muito parte dos recursos de qualquer sistema de computação, mas como no caso de muitos outros aspectos da computação em nuvem não existe um padrão de referência para determinar as necessidades de proteção contra desastres. Muitas empresas iniciantes parecem optar por não bancar os serviços duplicados que a Amazon oferece a custo adicional, e incluem troca de dados entre as centrais da Amazon na costa leste e costa oeste dos Estados Unidos.

Empresas maiores também estão optando pela nuvem, mas agora podem passar a considerar a Amazon Web Services como fornecedora complementar, e não primária.

"Cerca de 15% de nossos clientes mantêm dados conosco em nuvem, mas em três anos essa proporção pode chegar a 75%", disse Carl Bass, presidente-executivo da Autodesk, importante produtora de software de projeto. A maior parte dos dados estão armazenados em servidores da Amazon, por enquanto, ele disse, mas a empresa está estudando a possibilidade de gerenciar um serviço em nuvem próprio, para permitir que os clientes usem recursos baratos de computação em nuvem para gerar grande número de simulações de projeto.

"O custo inicial deve chegar aos US$ 10 milhões, e provavelmente continuaremos a usar a Amazon Web Services para os trabalhos pesados", disse. "Precisaremos de ferramentas para computação infinita".

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Folha de S.Paulo: Loja de aplicativos da Apple ganhará seção de comidas e bebidas


A Apple vai lançar uma seção de comidas e bebidas para a App Store, sua loja de aplicativos, segundo o site "MacStories".

Aplicativos listados em uma seleção de culinária
feita pela Apple 

A empresa enviou e-mails a desenvolvedores explicando a novidade e afirmou que aplicativos que se encaixam na categoria serão automaticamente transferidos para ela.

A seção nova vai incluir aplicativos que ajudam os usuários a cozinhar, a fazer bebidas e a encontrar novos locais para comer e beber, mas não vai englobar aplicativos de dieta, de compras ou de jogos relacionados a comida.

Atualmente, aplicativos de gastronomia são listados na categoria "Estilo de vida".

IDG Now!: Apple encerra disputa e paga US$ 60 milhões pela marca iPad na China


Acordo finalizou briga judicial que se arrasta desde 2010; Proview argumentou que nunca havia vendido nome "iPad" à companhia de Cupertino
Marca iPad na China agora pertence
oficialmente à Apple
De acordo com uma corte chinesa, a Apple concordou em pagar 60 milhões de dólares para a Proview, dona da marca iPad na China. A atitude faz parte de um acordou com a pequena empresa chinesa, que tentou banir as vendas do tablet no país. 

O tribunal da província de Guandong anunciou o acordo no início desta semana, e afirmou que a disputa legal entre as empresas chegou ao fim. Assim que o pagamento foi efetuado, as autoridades do país transferiram a marca “IPAD” para a companhia de Cupertino. 

A batalha judicial se arrasta desde 2010 (ano no qual o tablet foi lançado), porém a Apple garantia que havia comprado a marca na China em 2009. A Proview, empresa de telas de computador que enfrenta um possível processo de falência, argumentou no entanto que a companhia nunca havia oficialmente vendido a marca, e pediu para que as autoridades locais impedissem a venda do iPad no país devido a infração de marca registrada. 

A Proview chegou a pedir 400 milhões de dólares no acordo com a Apple, para que pudesse quitar seus débitos. Oito bancos já assumiram os bens da Proview, porém a companhia ainda deve 180 milhões de dólares. Li Su, representante da consultoria dos oito bancos, afirmou que, inicialmente, a Apple queria pagar apenas alguns milhões pela marca, entretanto, com o passar do tempo, a empresa negociou com boa fé e percebeu que a disputa levaria muito tempo nas cortes chinesas, a não ser que um acordo fosse firmado. O representante não deu informações de como os 60 milhões do acordo serão gastos. 

Folha de S.Paulo: Amazon compra empresa que produz mapas on-line em 3D, diz site

Aplicativo de mapas da UpNext 

Depois de Google e Apple terem anunciado o uso de imagens em terceira dimensão para seus serviços de mapas on-line, a Amazon, que fabrica o tablet Kindle Fire, também pode estar entrando no mercado,segundo o site GigaOM.

A gigante de comércio on-line teria comprado a UpNext, empresa que produz mapas 3D para iOS, Android e para o próprio tablet da Amazon.

Atualmente, o Kindle Fire não tem um serviço de mapas próprio nem inclui GPS.

O preço da aquisição, de acordo com o GigaOM, não foi divulgado.

INFO: UE processa França por baixos impostos sobre e-books



Bruxelas - O executivo da União Europeia tomou ação legal contra França e Luxemburgo na última terça-feira por aplicar taxas de juros reduzidas sobre a venda de livros eletrônicos, o que é, segundo o órgão, considerado incompatível com as regras da UE.

Desde janeiro, França e Luxemburgo aplicaram impostos sobre o valor acrescentado (VAT, na sigla em inglês) reduzidos sobre a venda de e-books, de 7 por cento e 3 por cento, respectivamente. Sob as leis da UE, governos podem aplicar taxas VAT reduzidas a uma lista limitada de bens e serviços que inclui livros, mas atualmente não ebooks.

"Essa situação cria sérias distorções de competição para o detrimento de operadores nos outros 25 países-membro, já que livros eletrônicos podem ser facilmente adquiridos num país-membro que não é o país de residência do consumidor", disse a Comissão Europeia em nota.

Ebooks são publicações digitais que devem ser lidas em celulares e outros aparelhos eletrônicos como o Kindle, da Amazon, ou o iPad, da Apple.

A Comissão disse que considerará a possibilidade de inlcuir ebooks na lista de bens elegíveis para VATs reduzidos, mas não pretende fazer propostas legislativas até o final de 2013.

França e Luxemburgo têm um mês para responder à Comissão e justificar suas regras. Se o executivo do bloco não estiver satisfeito com a resposta, ele pode levar os países ao Tribunal Europeu de Justiça, que, em última instância, pode levar à imposição de multas.

IDG Now!: Google anuncia encerramento do iGoogle e outros produtos


Empresa continua política de fechar ferramentas que não são fundamentais para o negócio ou que se tornaram obsoletas
Juan Carlos Perez, IDG News Service


O Google anunciou que irá descontinuar o Mini enterprise e, até 2013, o iGoogle, como parte de mais um lote de encerramento de produtos.

Após o co-fundador Larry Page assumir o posto de CEO em abril do ano passado, o Google começou a eliminar produtos que não eram fundamentais para o seu negócio ou que se tornaram obsoletos, impopulares ou redundantes. Mais de 30 foram eliminados.

No topo desta mais recente está o Google Mini, lançado em 2005 como uma opção menor e mais barata do Search Appliance.

O Mini, assim como seu primo mais sofisticado, é um hardware carregado com o software de busca do Google e projetado para ser instalado nas instalações do cliente, será descontinuado em 31 de julho.

O Mini teve boa aceitação, mas sua funcionalidade é mais bem fornecida por outros produtos da empresa, como o Search Appliance e serviços hospedados na nuvem, como o Site Search e Commerce Search, escreveu Matt Eichner, gerente geral de Pesquisa Global da Empresa, no blog.

"Vamos, naturalmente, continuar a fornecer suporte técnico a clientes durante seus contratos", escreveu.

Também chega ao fim o Google Talk Chatback, que permite aos editores web inserir um widget do Google Talk em seus sites para se comunicar com os visitantes. Esse produto está "ultrapassado" por isso vai ser desligado - os sites estão sendo incentivados a usar a barra do Meebo.

O Google Vídeo, fechado para uploads desde meados de 2009, terá seus vídeos restantes transferidos para o YouTube "até o final do inverno" (verão, nos EUA), e seus usuários terão até 20 de agosto para migrar, apagar ou baixar seu conteúdo.

Também indo para o cadafalso é o iGoogle, homepage personalizada da empresa. Lançado em 2005, o iGoogle será encerrado em 1 de novembro de 2013, que dá aos usuários cerca de 16 meses "para ajustar ou exportar seus dados."

"Com aplicativos modernos que funcionam em plataformas como Android e Chrome, a necessidade do iGoogle acabou", escreveu.

Finalmente, o Google em breve irá eliminar seu App de pesquisa no Symbian, para se concentrar na busca prestada via navegadores móveis.