Mostrando postagens com marcador Youtube. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Youtube. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

G1: YouTube avisa se música usada em vídeo é protegida por direito autoral

YouTube avisa se música usada em vídeo é protegida por direito autoral
 
Plataforma do Google informa se faixa pode resultar na retirada do vídeo.
Antes, consequência de uso indevido só era conhecida com o vídeo no ar.
YouTube passa a avisar de música usada em vídeo infringe direitos autorais.  O YouTube criou um recurso para avisar produtores de conteúdo o que pode acontecer se utilizarem músicas protegidas por direitos autorais em vídeos publicados na plataforma do Google. A novidade foi anunciada nesta segunda-feira (8).

Chamada de “Content ID”, a ferramenta atua no ato do upload do vídeo. Caso possua trilha sonora, a música utilizada é identificada a partir de uma pesquisa na livraria de áudios do YouTube. A partir daí são mostradas informações se é possível utilizar aquele título em todo o mundo, se é possível exibir anúncios no vídeo e, principalmente, se os proprietários dos direitos autorais da obra podem entrar com recursos para inviabilizar sua utilização no vídeo.

“Até agora não havia como saber o que poderia acontecer se você usasse uma faixa específica até que você subisse o vídeo”, afirmou Tim Grow, diretor do YouTube, em post do blog direcionado a publicadores de conteúdo.

O YouTube informa ainda que se o desejo do produtor de conteúdo é ganhar dinheiro com seu vídeo, é possível baixar sons e outros efeitos sonos da livraria da própria plataforma. Essas faixas não têm restrições e são gratuitas, diz o site. 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Olhar Digital: Facebook para de reproduzir vídeos do YouTube


Olhar Digital: Facebook para de reproduzir vídeos do YouTube:



O Facebook decidiu interromper a reprodução de vídeos de outras plataformas, como YouTube, Vimeo e Vevo. A partir de agora, os usuários são redirecionados em outra guia para os sites ou aplicativos de origem - o mesmo acontece com as notícias postadas na rede social.

De acordo com o Facebook, a medida visa melhorar a experiência: "os vídeos sempre funcionam melhor na plataforma nativa”, justifica. Nada muda em relação à audiência, e as visualizações continuam a ser contabilizadas normalmente.

Embora negue, o Facebook tenta avançar sobre o rival YouTube. Segundo a rede social, 31 milhões de brasileiros veem pelo menos um vídeo por dia na plataforma, o que acirra a disputa com o site do Google por um mercado que não para de crescer.

Os usuários receberão a atualização gradualmente.


Fonte:"Olhar Digital: Facebook Para De Reproduzir Vídeos Do YouTube." Olhar Digital. Accessed December 5, 2014. http://olhardigital.uol.com.br/noticia/facebook-para-de-reproduzir-videos-do-youtube/45557.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

R7: Gangnam Style obriga Google a alterar algoritmo do YouTube Por

Gangnam Style obriga Google a alterar algoritmo do YouTube
 Rafael Silva
O clipe da música Gangnam Style, do cantor coreano PSY, foi o primeiro vídeo do YouTube a alcançar a incrível marca de 2 bilhões de visualizações – possivelmente pelo fator grudento da música. E esta semana ele alcançou outra marca, e essa deu um pouco mais de dor de cabeça para os programadores do site. O vídeo ultrapassou 2.147.483.647 visualizações – o número é importante por que, pelo menos até esse clipe alcançar a fama, este era o máximo de visualizações que um vídeo no YouTube poderia ter.

O valor 2.147.483.647 não foi escolhido arbitrariamente como o máximo que o contador do YouTube pode exibir. Na verdade este é o máximo que uma variável inteira sinalizada de 32 bits pode conter – e foi este tamanho que os programadores do YouTube escolheram para ela ao criar o site. Eles achavam que nenhum vídeo no site chegaria a ultrapassar essa marca, mas ontem foi exatamente o que aconteceu com o Gangnam Style.
Por isso, o YouTube se viu obrigado a mudar a variável no algoritmo do site, fazendo ela aceitar valores de até 64 bits. Além da mudança no algoritmo, o YouTube também aproveitou para incluir um easter egg no vídeo. Agora, quando o usuário passa o mouse acima do contador, os números vão rodar como numa daquelas máquinas de cassino e mostrar um número negativo, que é exatamente o que aconteceria se as alterações não fossem feitas e o contador continuasse exibindo o número armazenado na integram.

Para quem ficou curioso, assim como eu, uma variável de 64 bits no contador do YouTube agora significa que vídeos podem ter até 9.223.372.036.854.775.807 visualizações antes dos programadores do site precisarem atualizar o código novamente. Felizmente para os funcionários do Google, deve demorar um pouco mais para um vídeo ultrapassar a marca dos 9 quintilhões de visualizações. 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

G1: Youtuber expulso de evento por causa de fãs diz que faculdade é plano B

Rafael Lange, o Cellbit, faz vídeos de games para 490 mil seguidores.
Jovem conta que risadas e gritos são naturais: 'me considero um palhaço'.
Na pequena Carazinho (RS), o jovem de 17 anos Rafael Lange é só mais um estudante recém-formado no ensino médio. Em seu canal de games no YouTube, porém, a história é outra. O apelido "Cellbit" assume o controle e faz piadas e caretas para uma audiência oito vezes maior que a população da sua cidade. O alcance é tão grande que o youtuber chegou a ser expulso da feira Brasil Game Show (BGS) 2014 por causa da aglomeração de fãs. E, por enquanto, ele não pensa em se dedicar a outra coisa. "É o que amo e vou até o final. Pretendo fazer uma faculdade só para ter aonde ir caso tudo dê muito errado", diz.

Cellbit cria vídeos sobre games para o YouTube e está entre os mais populares do Brasil. Segundo o G1 apurou, um youtuber com entre 500 mil e 1 milhão de inscritos pode ganhar de R$ 6 mil a até R$ 50 mil por mês, contando apenas a receita gerada por anúncios. Além do sucesso na web, muitos deles fazem a cabeça da garotada na vida real, mobilizando milhares de jovens que querem tirar uma foto ou conversar com o ídolo da internet.

Seguido por mais de 490 mil pessoas só no YouTube, Rafael vive uma rotina de contrastes. Em sua cidade, é anônimo como a maioria dos outros 60 mil habitantes. Raramente sai de casa. "Não tem muita coisa para fazer. Não tem nem cinema". Mas basta aparecer em um evento de games ou cultura nerd para que a popularidade obtida com seus vídeos, cheios de piadinhas e editados com suas melhores reações a jogos como "Garry's Mod", se manifeste.

Para ele, o alvoroço de fãs acontece porque os youtubers acabam se tornando íntimos dos seus seguidores. "Alcanço um grande público. Muitos atingem milhões todos os dias. Quando você acaba dando sua opinião sobre um assunto para milhares de pessoas, consegue influenciar bastante. E como a gente sempre deixa tudo muito pessoal, o público se sente quase como um amigo. Todo mundo quer lembrar do momento em que encontrou quem eles gostam". 
Nem por isso esses acontecimentos deixam de ser surpreendentes. Morador do interior do RS, Rafael diz que raramente consegue ir a algum evento e que, por isso, é sempre uma surpresa ver "a quantidade de gente que gosta de mim. É realmente assustador". Mesmo assim, ele descarta qualquer tipo de status em relação à fama de internet. "Eu estive dos dois lados. Já fui muito fã. Comecei porque acompanhava um canal gringo e queria aprender a editar que nem eles. E agora trabalho com isso. Mas não acho que a gente seja celebridade. Essa palavra é muito forte", opina.

Palhaço do YouTube
Esse lado pop de Rafael, no entanto, só surgiu com o canal no YouTube. Ele conta que, antes disso, não tinha muitos amigos e quase não conversava na escola. "Sempre fui tímido. Ficava em casa o dia inteiro jogando videogame. Só ia para as aulas e voltava. O YouTube acabou resolvendo isso para mim. Com o tempo, fiquei mais extrovertido".

Assim como o sueco Felix Kjellberg, o "PewDiePie", canal do YouTube com mais inscritos (32 milhões), a especialidade de "Cellbit" é gravar caras e bocas enquanto joga. Isso significa (muitos) gritos agudos, gargalhadas histéricas e palavrões. O resultado costuma ser engraçado, mas os desatentos podem não entender nada do que está sendo falado.

"Na verdade, é bem natural. O que eu sempre falo é: quando você está gravando, tem que ser você 'vezes 10'. Tem que aumentar, falar para fora, falar alto, para a galera te ouvir. Nisso, você se acostuma ao seu tom de voz e, quando acontece algo surpreendente, acaba dando um berro. Às vezes eu grito tanto que até tomo um susto na edição", brinca. Nós também. "Respeito muito o conteúdo informativo, mas o meu estilo sempre foi entreter. Sempre gostei de ter essa resposta, de fazer uma piada e as pessoas rirem. Me considero um palhaço".

Prazo para dar lucro
Rafael pretende se dedicar exclusivamente ao seu canal por pelo menos mais um ano. Depois, pensa em cursar publicidade em paralelo com seu trabalho. "Não acho que seja válido largar tudo para fazer vídeo na internet. Mas também não acho que isso tudo vá acabar tão rápido. No Brasil, tem muita gente que acha errado ganhar dinheiro com o YouTube".

Para Andréa Lange, mãe de "Cellbit", a decisão do filho obviamente preocupou no início. Por isso, eles estabeleceram um prazo para que a atividade começasse a ter retorno financeiro, o que já acontece. "Sinto que fui um pouco dura com ele, mas acredito que essa pressão fez com que ele se empenhasse muito", diz. "Só quem acompanha um youtuber diariamente sabe o que isso exige. São horas de gravação, horas editando. É um trabalho como outro qualquer. Ver isso como uma brincadeira ou 'trabalho fácil' é, no mínimo, injusto".

Ela conta ainda que quer ver seu filho cursando uma faculdade e que está em negociação para que isso aconteça. "O mercado de trabalho exige um diploma. Claro que me preocupo com a possibilidade de ele, por algum motivo, deixar de ser youtuber e não ter uma formação. Mas, sinceramente, hoje não consigo imaginar o Rafael em outra profissão. Ele é um youtuber e me orgulho muito disso".

Folha de S.Paulo:YouTube fecha acordo com gravadoras independentes para licenciar músicas


O YouTube fechou acordo para licenciar músicas de milhares de gravadoras independentes representadas pela agência de direitos autorais Merlin, abrindo caminho para lançar um serviço de música por assinatura que concorrerá com Spotify, Deezer e Beats Music, da Apple.

Pessoas próximas ao assunto afirmam que o acordo foi assinado recentemente, após meses de negociação acirrada, e que o lançamento deve ocorrer em semanas.

O YouTube, controlado pelo Google, já fechara com as três grandes gravadoras: Universal, Sony e Warner. Mas, para ter um catálogo completo, precisava da Merlin, que representa 20 mil selos independentes e inclui artistas como Adele e Arctic Monkeys.

"Um dos últimos obstáculos importantes para levar o serviço ao mercado foi removido", disse Mark Mulligan, analista da Midia Research.
Valerie Macon - 24.fev.13/AFP 

A consultoria prevê que o faturamento mensal com as assinaturas chegue a US$ 500 milhões em um ano -o mercado de música gravada gira US$ 15 bilhões por ano.

O novo serviço permitirá aos usuários ouvir música e assistir a vídeos sem interrupções publicitárias mediante o pagamento de uma taxa mensal, além de armazenar música na memória cache para ouvir mais tarde off-line.

A empreitada deve mudar a relação do YouTube com a indústria musical. A plataforma, com 1 bilhão de usuários, era vista como meio de promover artistas, e não como fonte autônoma de receita.

Desde que foi adquirido pelo Google, em 2006, o YouTube pagou mais de US$ 1 bilhão à indústria da música em acordos de licenciamento.

O valor é apenas metade do que o serviço sueco Spotify, com uma base de 12,5 milhões de assinantes, pagou em direitos autorais até hoje.

G1: 'Não confio na internet', diz youtuber mascarado com 1,8 milhão de fãs

'Não confio na internet', diz youtuber mascarado com 1,8 milhão de fãs
 Bruno Araujo 
Zangado usa disfarce de 'V de Vingança' em vídeos de games no YouTube.
Formado em engenharia, youtuber divide tempo entre as duas profissões.

É com uma máscara de Guy Fawkes, aquela do filme "V de Vingança", símbolo das manifestações que tomaram o Brasil em junho de 2013, que Thiago "Zangado" se apresenta para seu 1,8 milhão de fãs no YouTube. Sem nunca ter mostrado publicamente o rosto desde que passou a postar vídeos de games na web, há cinco anos, conta que o motivo para começar a gravar foi a vontade de protestar. No caso, contra um jogo ruim. Seu anonimato segue até hoje. No entanto, por questões de privacidade. "Não confio na internet", conta.

Zangado cria vídeos sobre games para o YouTube e está entre os mais populares do Brasil. Segundo o G1 apurou, um youtuber com entre 500 mil e 1 milhão de inscritos pode ganhar de R$ 6 mil a até R$ 50 mil por mês, contando apenas a receita gerada por anúncios. Além do sucesso na web, muitos deles fazem a cabeça da garotada na vida real, mobilizando milhares de jovens que querem tirar uma foto ou conversar com o ídolo da internet.

Mais velho que a maioria dos youtubers e formado em Engenharia Civil, "Zangado" diz que fala com propriedade. Apesar de seus vídeos terem "gameplays", que é quando a pessoa grava e comenta o que está jogando, o rapaz de 27 anos tenta adotar um tom informativo como atrativo do canal. Críticas e referências a outros jogos, filmes e livros surgem junto da ação. O vídeo em que ele discute se vale a pena (ou não) dar uma chance à série de terror "Resident Evil" foi visto quase 2 milhões de vezes.
"Para você fazer uma pessoa sentar e assistir a um vídeo de 3 minutos, é difícil. Mas quando você olha no meu canal, tenho vídeo de 1h 40. Como você acha que consigo fazer 700 mil pessoas pararem para me ver falando no YouTube?", questiona. "Eu busco referências, faço analogias, é uma coisa muito profunda. Eu fiz um vídeo do jogo 'Vampire: The Masquerade - Bloodlines' e em parte dele ensino a jogar RPG de mesa. Fiz vídeo do novo jogo do 'Alien' e falei dos filmes 'Alien'", responde.

Não é só vídeo
Por mesclar um pouco mais de conteúdo – "é uma monografia sobre um jogo toda vez" – ao clima informal da internet, o youtuber mascarado chega a comparar seu formato ao de um professor de cursinho. "Se ele fica só na explicação, a cabeça do moleque some e se transporta para outro lugar. Se faz informação e piada, o moleque presta atenção e fica com o professor".

Parece que funciona. Ao todo, os vídeos de "Zangado" somam 144 milhões de visualizações no YouTube. Em eventos, é um dos mais assediados pelos fãs e chega a ser escoltado por seguranças. Sobre esse status de celebridade, entende que o público "passa muito tempo na frente do computador e acaba criando um laço", mas acredita que sua atitude em relação a eles é um diferencial.

"Quem não conhece meu canal pode achar 'por que eles gostam do Zangado, esse bosta só faz vídeo'. Só que elas não têm noção do que é responder mensagens sobre problemas que não tem absolutamente nada a ver com games. É moleque que perdeu a mãe, terminou com a namorada", explica. "Antigamente, eu respondia todo mundo. Hoje, não dá. Acumula, e quem for insistente consegue falar comigo".

O peso da palavra
É essa natureza mais aberta da internet o motivo que faz com que "Zangado", que pede para não divulgar seu nome completo ou a cidade onde mora, siga sem revelar o rosto. "As pessoas se expõem demais no Facebook, Twitter, Instagram. Se alguém quiser te rastrear e te pegar, ela pega". Mas ele confessa que, antes da febre das redes sociais, a timidez e o medo de ser zoado pelos colegas falaram mais alto na hora de pensar em anonimato.

"Eu era estudante de engenharia e não queria que ninguém visse e ridicularizasse. As pessoas gostavam, mas os vídeos não eram muito bons, eu falava errado", conta. "Então um amigo comprou uma máscara de R$ 1 no camelô. Enquanto eu fui o 'Zangado' amador, eu usei essa máscara. Quando as coisas começaram a crescer e passaram a enxergar que a minha palavra tinha peso, vi que era a hora de buscar uma figura com mais presença".

Apesar dessa quase obsessão em falar algo significativo, "Zangado" deu o pontapé em seu canal para esbravejar. O culpado é o game de ação "Golden Axe: Beast Rider". "Fiquei com tanta raiva que quis fazer um vídeo para falar mal dele". Hoje, porém, ele afirma que "ter algo a mais" é obrigatório para "não ser substituído". "O que eu não quero é que alguém tenha a sensação de ter gastado vida me assistindo", resume. Ele cutuca quem "grita do início ao fim", caso comum em muitos gameplays. "A molecada cresce e deixa de gostar. Ele grita hoje, amanhã tem um cara que grita mais alto".

Data e hora para acabar
Mas o caso de "Zangado" destoa da maioria dos youtubers. Com 27 anos, ele divide seu tempo entre os vídeos de games e a engenharia civil: trabalha na empresa do pai. Essa condição faz com que ele não veja motivo em deixar seu emprego, apesar de dizer que conseguiria se sustentar com o canal.

"Tenho a liberdade de não ir um dia, sair mais cedo, porque meu pai sabe do outro trabalho. Se eu não trabalhasse para ele, não daria conta". Mesmo assim, "Zangado" diz que viver do YouTube é algo "que tem data e hora para acabar". "Na internet, cada ano riscado é uma vitória. O público muda, pessoas enjoam. Eu vejo molecada falando 'meu sonho é ser youtuber'. É complicado. Um diploma ninguém tira de você".

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Folha de São Paulo: Gamers e feministas se enfrentam ao redor do caso 'gamergate'; entenda

Gamers e feministas se enfrentam ao redor do caso 'gamergate'; entenda

Yuri Gonzaga

Do término problemático de um namoro a ameaças de morte, passando por questionamentos de alguns sites jornalísticos. O #gamergate, como outras mobilizações que nasceram e se desenrolaram nas redes sociais, é uma mescla de fatos e interpretações.

Desde que o ex-namorado de uma desenvolvedora de jogos americana, chamada Zoe Quinn, divulgou em um site a história do relacionamento deles em que citava uma suposta traição dela com um crítico de games, em agosto, o movimento não parou de crescer em notoriedade –e em número de facetas.

Os "gamergaters", adeptos dessa mobilização, dizem que há uma conspiração entre a imprensa especializada em videogames e alguns desenvolvedores, como Quinn. Os críticos rebatem.

"Os gamers acreditam que alguém virá tirar os brinquedos deles", diz Leigh Alexander, que escreveu um artigo no "Gamasutra" que acarretaria a perda de um grande anunciante desse site, a Intel. A empresa foi pressionada pelos "gamergaters" a tanto.

Para Alexander, a fachada de crítica aos sites de videogame esconde o caráter misógino, de discriminação contra as mulheres, da cultura de jogos eletrônicos.

É a mesma opinião da universitária Marina Rocha Ciavatta, 21, que se considera gamer e trabalha esporadicamente com jogos eletrônicos. "A mulher vem perdendo o medo de se expor e, para um meio tão misógino quanto esse, isso é chocante."

Nos games, diz, a caracterização da mulher como uma figura ora frágil, ora demasiado sensualizada, é fruto da imagem que têm os desenvolvedores, em grande parte homens, apesar de isso estar mudando, em sua opinião. "Precisamos de personagens reais, não ideias."

VIOLÊNCIA

Quinn, assim como outra desenvolvedora, Brianna Wu, e uma crítica de games on-line, Anita Sarkeesian, foram ameaçadas de morte nos últimos meses, alegadamente em consequência da eclosão do movimento gamergate.

Sarkeesian cancelou uma palestra na Universidade de Utah no dia 15 depois de ter recebido por e-mail uma ameaça de atentado.

Alex Lazara - 17.jan.13/Associated Press
Anita Sarkeesian, do canal Feminist Frequency no YouTube, em fliperama de Minneapolis, Usando pseudônimos, internautas divulgaram que uma das contas no Twitter responsáveis por outras ameaças feitas a Sarkeesian seria de um brasileiro, Mateus Prado Sousa.

Sousa é dono de um site em que publicou vários artigos que criticam a ativista. Ele nega ter feito as ameaças e afirma que está investigando com seus advogados os autores da acusações.

Ele afirma que Sarkeesian é moralista ao criticar a sensualização da mulher nos jogos. "Ela quer censura", disse à Folha. "Anita não é apenas feminista, é moralista. O feminismo se torna um problema quando vira moralismo."

Para a historiadora Ana Bourg, 25, que diz jogar regularmente e que já colaborou com o desenvolvimento de games, o incentivo para a entrada no segmento pode ser um passo para a igualdade.

"Acho também que deveria haver canais de denúncia melhores", diz. "Há toda uma cultura machista que mantém as mulheres segregadas nesse meio. As mulheres são uma parte muito grande do público gamer e nerd, mas muitas preferem não se identificar virtualmente para evitar assédio."

BRASIL

Coordenadora da Abragames (Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais), Eliana Russi diz que o quadro de dominância masculina atual tende a mudar, em parte por causa de um novo processo de criação dos games.

"Está deixando de ser só das carreiras tecnológicas e demandando cada vez mais designers, roteiristas", diz.

Segundo Russi, cerca de 30% das equipes de desenvolvedoras de jogos são mulheres, enquanto, nos cargos de direção, essa porção cai para aproximadamente 15%.

Camila Malaman, 33, da produtora Webcore, diz não ter sofrido com discriminação de gênero "assumidamente", mas que teve problemas com um funcionário que, segundo ela, não aceitava ordens feitas por uma mulher.

"O número de mulheres em empresas maiores [de tecnologia] ainda é baixo", diz. "Nossa geração já nasceu acostumada e aceitando [o machismo], está interiorizado, por isso acho que demora mais para mudar."

MODERAÇÃO

Alguns argumentam que houve uma reação exacerbada contra o gamergate por causa dos episódios de ameaça.

Vozes mais neutras, como o da acadêmica feminista Chrstina Hoff Sommers no canal no YouTube do AEI (Instituto de Empreendedorismo Americano), foram duramente criticadas depois de pedir mais equilíbrio nas críticas à mobilização.

Cathy Young, autora de livros sobre feminismo, escreveu que vê misandria (ódio pelos homens, em oposição a misoginia) em algumas críticas de games feitas por feministas e na maneira como está sendo retratado o caso do gamergate.

A Mozilla, desenvolvedora do Firefox, emitiu um pedido de desculpas depois de ter defendido que o gamergate "tinha dois lados".

*

LINHA DO TEMPO

16 de agosto
Um ex-namorado da desenvolvedora de games americana Zoe Quinn divulga um extenso relato do processo de término do relacionamento deles, que incluía uma longa lista de supostas traições, incluindo uma com um jornalista especializado em games, Nathan Grayson.

Grayson havia feito uma reportagem citando Quinn no site para o qual escreve, o "Kotaku", o que gerou uma onda de revolta on-line

19 de agosto
Quinn publica carta em que relata ter recebido ameaças de morte e que fotos em que aparecia nua haviam sido divulgadas na internet, assim como informações privadas suas e de amigos seus

20 de agosto
Em meio à onda de comentários sobre o caso na internet, o "Kotaku" divulga um texto aos leitores, em que o diretor do site admite o relacionamento amoroso entre Quinn e Grayson, mas que isso não havia causado um conflito de interesses

27 de agosto
O ator Adam Baldwin (conhecido por "Nascido para Matar", de Stanley Kubrick) usa pela primeira vez a hashtag "#gamergate" no Twitter, clamando por maior transparência no jornalismo de videogames. O termo cunhado faz alusão ao escândalo Watergate, que derrubou o presidente dos EUA Richard Nixon nos anos 70

No mesmo dia, uma jornalista que faz vídeos contra o machismo em videogames, Anita Sarkeesian, divulga que havia recebido ameaças de morte que a fizeram sair de casa

28 de agosto
Dez sites jornalísticos, entre eles quatro especializados em games, publicam artigos opinativos em que declaram "a morte do gamer" e criticam o machismo do meio dos entusiastas por jogos eletrônicos e o dos apoiadores do gamergate

Setembro
Internautas organizam uma ação para enviar e-mails a anunciantes dos sites que publicaram conteúdo contra o movimento gamergate para que as empresas cancelassem os anúncios; o WikiLeaks publica uma série de tuítes em apoio ao movimento e contra corrupção na imprensa

17 de setembro
O site "Breitbart" revela uma lista de e-mails privada em que jornalistas de videogame americanos discutem "a formatação de atitudes em relação a notícias no segmento" e "sobre o que fazer cobertura e o que ignorar"

1º de outubro
A Intel remove seus anúncios do site "Gamasutra", um dos que participaram da cruzada contra o gamergate

11 de outubro
A desenvolvedora Brianna Wu divulga que estava recebendo ameaças de morte, supostamente pelos "gamergaters", adeptos da iniciativa

15 de outubro
Anita Sarkeesian cancela  uma palestra em uma universidade em Utah (EUA) após ameaças de um ataque a tiros. A ameaça, por e-mail, não mencionava jogos eletrônicos ou a hashtag, mas ela foi atribuída a seguidores do movimento

30 de outubro
Sarkeesian vai ao programa de TV de Stephen Colbert, nos EUA, e diz que o movimento tem como fachada a revolta de consumidores, mas que não passa de terror contra mulheres envolvidas com games

7 de novembro
A desenvolvedora Blizzard se pronuncia contra a faceta violenta do movimento, dizendo que ela prejudicava a imagem dos jogadores. Dois dias antes, a Mozilla havia pedido desculpas por ter escrito a favor de ver os dois lados do #gamergate, de maneira semelhante à Adobe, dias antes 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

G1: Youtube Space chega ao Brasil para produzir vídeos

Youtube Space chega ao Brasil para produzir vídeos
Instalações em São Paulo serão a quinta do site no mundo.
Mais de 30 mil pessoas participaram de 450 oficinas e criaram 6mil vídeos.

O site de compartilhamento de vídeos Youtube aliou-se a uma ONG de educação audiovisual para trazer ao Brasil sua iniciativa Youtube Space, que pretende promover, em solo brasileiro, a produção de vídeos e a formação na área.

As instalações em São Paulo serão o quinto escritório do Youtube Space no mundo, depois de Los Angeles, Londres, Tóquio e Nova York, destacou nota de imprensa do escritório brasileiro do Google, empresa americana dona da popular plataforma de vídeos.

Mais de 30 mil pessoas em todo o mundo já participaram de 450 oficinas e mais de 6 mil vídeos foram produzidos desde que a primeira destas iniciativas foi instalada, acrescentou o Google.

O projeto funciona com oficinas onde pessoas, instituições ou marcas donas de um canal no Youtube terão equipamentos de produção e edição para desenvolver vídeos para suas contas. Também serão instruídos em técnicas audiovisuais.

O requisito é que tenham pelo menos mil assinantes de seus conteúdos.

Para isso, o Youtube aliou-se à ONG Instituto Criar, que existe há dez anos e forma jovens de classes baixas em oficinas ligadas à TV e ao cinema.

Os alunos da ONG e os criadores do Youtube no Brasil terão acesso "a modernos equipamentos audiovisuais, treinamentos e cursos", destacou a nota do Google.

O Youtube Space ainda não foi inaugurado. O Brasil é um dos líderes no uso das redes sociais. 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

IdgNow: YouTube abre estúdio gratuito para produção de vídeos em São Paulo



Montado em parceria com o Instituto Criar, espaço também vai oferecer cursos e treinamentos em audiovisual. Iniciativa começou em 2012.
O YouTube anunciou nesta segunda-feira, 27/10, o lançamento de um espaço especial em São Paulo para a criação de vídeos para a plataforma. O anúncio oficial aconteceu por meio do blog do Google, que é dono do YouTube desde 2006.

Chamado de YouTube Space, o local voltado para apoiar a comunidade de criadores de clipes para a plataforma segue um modelo adotado desde 2012 pela empresa em outras quatro cidades: Los Angeles, Nova York, Londres e Tóquio.

Como o Brasil é o segundo país no mundo em número de acessos no YouTube, nada mais lógico que essa iniciativa também desembarcasse por aqui.

Parceria com ONG

Por aqui, o espaço do YouTube vai atuar em parceria com o Instituto Criar, que é dono do espaço físico em que o Space está instalado na capital paulista. Fundado em 2003 por Luciano Huck, a organização sem fins lucrativos tem foco em formar jovens de baixa renda em áreas técnicas da produção para TV e cinema.

Pelo acordo, os alunos da ONG, assim como criadores do YouTube no país, poderão utilizar gratuitamente os recursos disponibilizados no local, incluindo equipamentos modernos para produção e edição de conteúdo. Além disso, o YouTube Space de SP oferecerá treinamentos e cursos específicos para a área de produção audiovisual.

Como vai funcionar


De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, inicialmente o espaço será aberto apenas para convidados - o lançamento para o público geral deve acontecer no fim de novembro. A reserva dos equipamentos que o criador vai querer usar será feita pela web, ao acessar o site com as suas credenciais.

Números


No total, os YouTube Spaces espalhados pelo mundo já receberam mais de 30 mil pessoas, que participaram de aproximadamente 450 workshops e produziram nada menos que 6 mil vídeos.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

G1:Google considera liberar Gmail e YouTube para crianças, dizem jornais


Atualmente, menores de 13 anos não podem criar contas nos serviços.
Medida seria motivada por pais que já criam perfis on-line para os filhos.
Google considera permitir que crianças criem
conta no YouTube
O Google está considerando liberar a criação de contas em seus serviços para crianças com idade inferior a 13 anos, segundo reportagens de jornais dos Estados Unidos. Os pais, por sua vez, teriam controle sobre a forma como eles seriam utilizados.

Empresas de internet como Google e Facebook não oferecem seus serviços para menores de 13 anos, mas é difícil rastrear usuários que se inscrevem usando nomes falsos. A lei dos EUA de proteção on-line infantil, a Coppa, impõe rígidos controles sobre a coleta e o uso de dados de crianças.

Segundo o "Financial Times", uma pessoa familiarizada com o assunto afirma que o Google está trabalhando em uma versão do YouTube para jovens e considera outros serviços para crianças, como o Gmail.

O esforço do Google é parcialmente motivado pelo fato de que alguns pais já estão tentando criar contas para seus filhos e a empresa quer tornar o processo mais fácil e em conformidade com as regras, disse o " The Wall Street Journal", citando uma pessoa familiarizada com o esforço.

A iniciativa do Google foi relatada pela primeira vez pelo site de notícias de tecnologia The Information.

O porta-voz do Google Peter Barron recusou-se a comentar sobre o que ele chamou de "rumores e especulações".

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

INFO: YouTube afirma que Brasil é o segundo país em consumo de vídeos do portal

INFO:YouTube afirma que Brasil é o segundo país em consumo de vídeos do portal

youtube
A gerente de parcerias estratégicas do YouTube, Amy Singer, afirmou que os brasileiros formam o segundo mercado consumidor de vídeos na internet, o que mostra um fortalecimento do mercado online no país.

Durante o 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, Singer não detalhou a quantidade de acesso da população brasileira, mas revelou que o YouTube faz uploads de 100 horas de vídeo por minuto, o que tem ganhado mais força por causa de parcerias com canais informativos que hospedam seus conteúdos nele.

É o caso da empresa americana Vice Media, que criou o canal Vice News, um dos mais recentes meios jornalísticos não convencionais.

"Este novo canal está crescendo mais rapidamente, porque abarca um conceito de 'não barreiras', novos formatos e nova maneira de interagir com as pessoas", classificou Singer.

A gerente do canal líder global em vídeos de internet comentou ainda que existe interesse mundial em narrativas diferentes para conteúdos informativos, desde que sejam mais "próximas" e menos "editadas".

Além dela, representantes da Vice Media, que está formando uma equipe no Brasil, falaram sobre a força das plataformas digitais como ferramentas para criar novas narrativas para fatos noticiosos e histórias com a interação do público que está online.

"Acabou-se o foco em longos documentários, mas também não vamos competir com o imediatismo e fazer notícias em vídeos curtos. Nosso conteúdo é global e as pessoas nos ajudam a fazê-lo", contou o editor chefe da Vice, Jason Mojica, durante sua palestra.

Para Mojica, o público não é uma "entidade monolítica", mas quer experimentar informação por diversos canais, desde que seja verdadeira e com identidade.

Na era da 'Big Data' ou do grande processamento de dados dispostos na rede, outro representante do Vice News, Sterling Proffer, alertou que isso não deve gerir as decisões editoriais de uma empresa, já que servem apenas como parâmetros.

Para Proffer, vive-se um período de "Face News", em que especialmente o público jovem se informa através da timeline do Facebook, a rede social preferida dos brasileiros, e não dos jornais impressos e portais de empresas jornalísticas.

Com uma metáfora gastronômica, Proffer ressaltou que os internautas vivem em uma realidade de banquete farto, onde não precisam de garçons para servi-los, pois preferem montar seu próprio prato.

"As pessoas escolhem um buffet self-service de notícias, em que servem-se de uma coletânea de notícias de fontes diferentes", opinou.

* Diferente do que foi informado antes pela agência de notícias EFE, o Brasil não ocupa a primeira posição de consumo de vídeos no YouTube, mas a segunda. O texto foi atualizado às 15h51

Fonte: "YouTube afirma que Brasil é o segundo país em consumo de vídeos do portal."INFO. N.p., n.d. Web. 1 Aug. 2014. <http://info.abril.com.br/noticias/internet/2014/07/youtube-afirma-que-brasileiros-sao-maiores-consumidores-de-videos-no-portal.shtml>.