segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

G1: Câmara deve votar Marco Civil da Internet mesmo sem apoio do PMDB


Partido tomou 'decisão política' de rejeitar projetos que 'trancam' a pauta.
Previsão é começar votação nesta terça, após sucessivos adiamentos.


Mesmo sem avanços na negociação do governo com o PMDB, o Marco Civil da Internet deve começar a ser votado nesta semana no plenário da Câmara. A intenção dos peemedebistas, que compõem a segunda maior bancada da Casa, é votar contra o texto. Desde outubro do ano passado, o projeto "tranca" a pauta porque tramita em caráter de urgência constitucional determinada pela Presidência da República.

Depois de uma série de adiamentos, a expectativa era que a matéria fosse apreciada na última terça-feira (11). Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, chegaram a se reunir com os líderes da base aliada na Câmara para reforçar o interesse do governo na aprovação. No entanto, os líderes optaram por deixar a votação para a semana seguinte, devido à falta de consenso.

Líder do governo na Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), acredita que, mesmo com a oposição do PMDB, não é mais possível adiar a votação. Ele destacou a necessidade de aprovar a matéria antes da conferência internacional que será realizada no país em abril para tratar de governança na rede mundial de computadores.

“Não temos novidade em termos de negociação. O PMDB vem se posicionando dessa maneira desde o final de 2012 e isso não mudou. A posição histórica é essa e achamos difícil haver mudança de posição na terça-feira [dia previsto para o início da votação]. Mas vai ter um encontro internacional e não temos por que não votar”, disse Chinaglia.

O Marco Civil da Internet é uma espécie de Constituição para a rede mundial de computadores. Estabelece normas gerais de utilização, como direitos dos usuários e obrigações de prestadores de serviços na web. O governo começou a cobrar a aprovação do texto em 2013, após denúncias de que o serviço de inteligência norte-americano espionou mensagens de autoridades, empresas estatais e órgãos governamentais brasileiros.

De acordo com o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), o partido não se opõe integralmente ao texto do Marco Civil da Internet, mas manterá o voto contrário por uma “posição política” contra os projetos que trancam a pauta.

“Se o governo quiser negociar, procura e negocia. O governo é que não quer. A gente tomou uma posição política para destrancar a pauta”, declarou.

No último dia 12, a bancada do PMDB na Câmara decidiu votar contra todos os projetos que tramitam em regime de urgência constitucional e, por isso, "trancam" a pauta da Casa. A decisão foi tomada uma semana após a bancada decidir não indicar novos nomes para comandar ministérios no governo Dilma Rousseff.

Na última quinta-feira, ao falar da intenção de votar o marco nos próximos dias, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse considerar “insustentável” que a pauta do Legislativo fique trancada devido à urgência determinada pelo governo federal. Em 2013, Alves chegou a solicitar ao governo a retirada da urgência da matéria.

“O que não queremos manter, que está insustentável, é a pauta trancada por urgências constitucionais. Isso depõe contra a atividade legislativa, que não pode, portanto, realizar seu trabalho”, disse.

De acordo com Alves, caso o texto do marco civil seja derrubado, o projeto será apresentado novamente pela própria Câmara, mas com urgência regimental – sem a necessidade de passar pelas comissões e sem trancar a pauta do plenário.
O relator do projeto do Marco Civil da Internet,
deputado Alessandro Molon (PT-RJ), lê relatório em
plenário (Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

Relatório
Na última quarta-feira, o relator do Marco Civil na Internet, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), leu em plenário o seu relatório sobre o projeto.

O relatório estabelece mecanismos para garantir a privacidade de usuários da rede e a liberdade de expressão. Desde novembro, Molon fez alterações no texto na tentativa de adequar a proposta ao interesse do governo, de prestadores de serviço na web, de entidades da sociedade civil e dos próprios parlamentares.

Um dos pontos mais polêmicos é a neutralidade da rede. O item determina que as empresas provedoras de internet não poderão oferecer planos de acesso com distinção de conteúdo, que só permitam aos usuários utilizar, por exemplo, e-mail, redes sociais ou vídeos. A crítica do PMDB a este aspecto é que a determinação impede a venda de pacotes de dados com diferentes velocidades de internet.

Molon acrescentou trecho que impede a interferência no modelo de negócio das empresas, para continuar sendo autorizada a venda de velocidades de internet diferentes.

Outro item polêmico prevê que um decreto poderá obrigar a instalação de data centers de empresas de internet no país, a fim de assegurar que dados de usuários fiquem guardados no Brasil.

"Há manifestação de um único partido [o PMDB] em relação à neutralidade, mas todos os demais manifestaram apoio ao relatório. Alguns poucos têm divergências em relação aos data centers. Mas tirando essa questão, a grande maioria é a favor do relatório como está", declarou o relator.

Privacidade
O Marco Civil determina que o sigilo das comunicações dos usuários da internet não pode ser violado. Provedores de acesso à internet serão obrigados a guardar os registros das horas de acesso e do fim da conexão dos usuários pelo prazo de um ano. Isso, no entanto, deve ser feito em ambiente controlado, com preservação da intimidade, honra e imagem dos envolvidos. A disponibilização dos registros só pode ocorrer mediante ordem judicial.

O texto também garante que conteúdos publicados na internet que possam ferir a honra de indivíduos podem ser levados a juizados especiais, a fim de que sejam retirados do ar com mais celeridade.

Provedores de internet podem ser responsabilizados pela publicação, por terceiros, de conteúdos de nudez e sexo que não tenham a autorização dos participantes. A responsabilização só ocorrerá, no entanto, se o conteúdo não for retirado após notificação feita pelo ofendido ou seu representante legal.

Fonte: Néri, Felipe . "Câmara deve votar Marco Civil da Internet mesmo sem apoio do PMDB." Política. N.p., n.d. Web. 17 Feb. 2014. <http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/02/camara-deve-votar-marco-civil-da-internet-mesmo-sem-apoio-do-pmdb.html>.

INFO: Google adquire startup SlickLogin de identificação segura



O Google adquiriu a startup israelense SlickLogin, desenvolvedora de um sistema de identificação através de som inteligente para ser usado como um possível substituto de senhas ou outros sistemas de identificação. As informações são do site Mashable.

Em comunicado oficial no site da empresa, os israelenses expressaram animação pelo negócio. “Hoje nós estamos anunciando que a equipe está se juntando ao Google, uma empresa que compartilha nossas crenças fundamentais, de que o login deve ser fácil em vez de frustrante, e a autenticação eficaz, sem ficar no caminho. Ficamos contentes em trabalhar com uma empresa que está empenhada em fazer uma internet mais segura”. 

Os sócios Or Zelig, Eran Galili e Ori Kabeli só começaram a desenvolver seu produto em agosto do ano passado. A empresa só foi fundada no final de dezembro de 2013. De acordo com analistas, a startup irá se juntar ao centro de pesquisa e desenvolvimento do Google em Israel, onde fará parte de uma equipe que vem trabalhando em segurança e tecnologia de autenticação.

A aquisição do Google vem em meio a uma onda de investimentos no segmento de segurança de Internet. Na semana passada, o gigante de buscas adquiriu Incapsula e Skyfence que são startups de segurança na nuvem. 

Os valores da transação ainda não foram revelados. 

Fonte: Néri, Felipe. "Google adquire startup SlickLogin de identificação segura." INFO. N.p., n.d. Web. 17 Feb. 2014. <http://info.abril.com.br/noticias/mercado/2014/02/google-adquire-startup-slicklogin-de-identificacao-segura.shtml>.

G1: Tecnologia promete facilitar a vida de cegos em Sorocaba


Equipamento que escaneia textos e transforma em sons tem uso gratuito.
Uma das quatro máquinas disponíveis em SP está na cidade.

Uma das máquinas disponíveis no estado se encontra em Sorocaba (SP) (Foto: Jéssica Pimentel / G1)

Encontrar livros de poesias, histórias e até revistas é uma tarefa considerada fácil hoje em dia; mas, para os deficientes visuais ter acesso a esse tipo de informação é um verdadeiro desafio. Isso porque a quantidade de edições de livros transcritos para o Braille, sistema utilizado universalmente na leitura e na escrita por pessoas cegas, ainda é muito pequena. O último censo nacional das bibliotecas públicas, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, mostrou que apenas 9% das bibliotecas tinham acervo em Braille.


Mas, uma novidade promete facilitar e tornar as bibliotecas mais acessíveis para quem não consegue enxergar: São equipamentos que conseguem escanear um livro e transformar cada palavra em som. A ‘voz do equipamento’ possui até nomes: 'Raquel' para o idioma português e 'Ivo' para o espanhol. O aparelho é considerado um dos mais modernos no segmento, com controle de volume e de velocidade. A equipe de reportagem do G1 testou e conseguiu ouvir o soneto de Fidelidade de Vinícius de Moraes (veja o vídeo).

Na biblioteca do Sesc, em Sorocaba (SP), há uma das quatro máquinas disponíveis no estado de São Paulo. Para a bibliotecária responsável, Tatiana Amorim, o aparelho poderia ser utilizado por mais pessoas, mas muita gente ainda não sabe que o recurso está disponível gratuitamente. “Muitas pessoas acabam achando que é preciso pagar ou ter algum conhecimento técnico, mas a máquina pode ser usada por qualquer um”, explica.

Fabiano é deficiente visual e acredita que o aparelho pode mudar sua vida (Foto: Jéssica Pimentel / G1)

Um dos usuários do serviço é o instrutor de informática Fabiano Lopes. “Eu utilizo o equipamento muitas vezes para ler uma conta, poe exemplo. Muitas pessoas deveriam ter acesso, mas não é algo fácil. A boa notícia é que facilita nossas vidas”, conta.

Dona Maria testou a lupa que amplia as letras e
aprovou (Foto: Jéssica Pimentel / G1)

A máquina também converte o texto digitalizado para o Braille. O professor da linguagem em ‘pontinhos’, Claudinei Nunes, conta que para quem é acostumado com outro tipo de recurso, o sistema ainda é inovador, mas que é possível aprender. “Eu já sou acostumado com o Braille há muito mais tempo. É mais fácil para levar para casa, mas ao mesmo tempo é mais limitado. Essa máquina pode até mudar nossas vidas”, conta.

Outra novidade é uma espécie de lupa eletrônica que amplia as palavras e facilita a leitura de quem tem baixa visão. O fundo da tela e as letras podem mudar de cor para ajudar ao leitor. A aposentada Maria José Duarte têm dificuldade para enxergar letras pequenas. Ela testou o equipamento e, animada, comemorou a experiência. “Muito bom poder ler melhor. Em casa gostaria de ler a bíblia, mas não consigo. Desse jeito fica muito mais fácil”, comenta.

Para quem quiser testar e usufruir o equipamento que está no Sesc de Sorocaba, basta ir até a unidade, que fica na rua Barão de Piratininga, 555, no Jardim Faculdade. Mais informações pelo telefone (15) 3332-9933.

Para a bibliotecária Tatiane Amorim, falta conhecimento para incentivar o uso (Foto: Jéssica Pimentel / G1)

Fonte: "Tecnologia promete facilitar a vida de cegos em Sorocaba." Sorocaba e Jundiaí. N.p., n.d. Web. 17 Feb. 2014. <http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2014/02/tecnologia-promete-facilitar-vida-de-cegos-em-sorocaba.html>.

Folha de S.Paulo: Hackers roubam dados pessoais de usuários do Kickstarter



Hackers invadiram os servidores do Kickstarter, plataforma de financiamento colaborativo, e roubaram dados pessoais como senhas, e-mails, números de telefone e endereços de alguns usuários.

O ataque aconteceu na quarta-feira (12) e o número total de vítimas não foi revelado.

O alerta foi dado pelo próprio presidente do serviço, Yancey Strickler, em um e-mail disparado aos usuários.

"Oficiais da lei entraram em contato com o Kickstarter e avisaram que hackers haviam ganhado acesso não autorizado a informações de nossos clientes. Dados de cartão de crédito de qualquer espécie não foram acessados", escreveu Strickler.

O executivo sugeriu que os usuários redefinam todas as senhas –inclusive as credenciais do Facebook, se o usuário utilizar o login da rede para acessar o Kickstarter.

A brecha de segurança utilizada pelos criminosos já foi resolvida, segundo Strickler. "Estamos muito tristes com o que aconteceu. Este incidente é frustrante e perturbador. Estamos trabalhando em conjunto com a aplicação da lei e fazendo tudo em nosso poder para evitar que isso aconteça novamente", completou o executivo.

Fonte: "Folha de S.Paulo." Hackers roubam dados pessoais de usuários do Kickstarter. N.p., n.d. Web. 17 Feb. 2014. <http://www1.folha.uol.com.br/tec/2014/02/1413076-hackers-roubam-dados-pessoais-de-usuarios-do-kickstarter.shtml>.

Folha de S.Paulo: Falha no Instagram expõe usuários privados por pelo menos seis meses




O Instagram pode ter violado a privacidade de milhares de usuários. A "Forbes" afirma que durante seis meses o serviço apresentou uma falha que permitia que fotos de perfis privados ficassem expostas. O serviço de fotos confirmou a informação e afirmou que o problema foi resolvido.

O Instagram, porém, não tem informações de quantas contas foram afetadas. Usuários de iOS e de Android podem ter sido vítimas.

O desenvolvedor Christian Lopez diz ter recebido uma quantia superior a US$ 10 mil por ter relatado o problema ao Facebook em agosto do ano passado, pelo programa de recompensa a quem aponta bugs nos serviços da empresa. Contudo, a brecha só foi fechada no dia 4 deste mês.

O grande catálogo de apps do Android está fazendo outros sistemas operacionais se renderem. Segundo o site "The Verge", a Microsoft está considerando permitir que apps para Android rodem no Windows e no Windows Phone.

Da mesma maneira, o Tizen, novo sistema operacional móvel da Samsung, pode chegar ao mercado e encontrar tecnologias de terceiros que permitam sua compatibilidade com Android.

O BlackBerry 10 permite que aplicativos do Android sejam instalados a partir de um arquivo APK.

The color project Instalação de vídeo transforma imagens de lugares exóticos do Google Earth em mosaicos dinâmicos.






ATRASADA
Na quinta passada, a Motorola enviou convite a jornalistas para um evento no fim de fevereiro com Dennis Woodside, executivo-chefe. Detalhe: ele havia anunciado sua saída da Motorola algumas horas antes.

VENDAS
A Microsoft anunciou que o Windows 8 atingiu 200 milhões de licenças vendidas. Com um ano no mercado, o Windows 7 tinha atingido a marca de 240 milhões.

XAVECO
Nas Olimpíadas de inverno, em Sochi, um dos maiores vencedores é o Tinder, app de paquera. O "US Weekly"afirma que o serviço é um sucesso entre os atletas em busca por algo mais que medalhas.

MAPA
A Ubisoft revelou que pretende lançar cinco games em 2014, incluindo "Just Dance", "The Crew" e "Watch Dogs". Dois títulos não foram revelados, mas especula-se que um deles seja "Assassin's Creed 5".

Folha de S.Paulo: Facebook lidera nº de denúncias na web brasileira, mostra estudo



Reflexo de sua popularidade no país, o Faceboook atingiu o topo das denúncias de crime na internet feitas no Brasil em 2013. A rede social abrigou 30% das páginas denunciadas no ano passado.

O levantamento é da ONG Safernet, especializada em segurança na rede, por meio da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. A página reúne estatísticas de sete entidades que possuem canais on-line para acusações anônimas.

A Folha teve acesso exclusivo aos números.

Foram denunciadas 16.672 páginas únicas hospedadas pelo Facebook. O salto é de 47,5% em relação ao ano anterior (11.305). No mesmo período, a base de usuários mensais ativos avançou de 61 milhões de pessoas para 83 milhões, alta de 36%.

Até 2012, a liderança do ranking era do Orkut, posição ocupada pela rede do Google desde 2006, quando os números passaram a ser registrados. Em seu último ano no topo, o Orkut concentrou 32% das denúncias, enquanto o Facebook, o segundo colocado, tinha 20%.

Em 2013, a ordem se inverteu, e o serviço do Google ficou na vice-liderança com 19%, ou 10.373 denúncias. Houve queda de 42% nos casos envolvendo o Orkut.

Embora seja esperado que a rede social mais popular também ocupe a liderança de denúncias, a troca de posição entre Facebook e Orkut demorou a acontecer. Desde setembro de 2011 a empresa de Mark Zuckerberg é a preferida dos brasileiros.

Além de Facebook e Orkut, outros serviços com elementos sociais completam o topo do ranking. YouTube (3%), Twitter (2%) e Ask (1%) aparecem entre os 5 primeiros.

Apesar de ser um termômetro, é importante ressaltar que nem tudo o que é denunciado à central é crime –a Safernet não apura quantas denúncias tornam-se processos.

Os dados do site não excluem casos em que a denúncia é falsa ou vazia. Alguém pode, por exemplo, denunciar uma página sem conteúdo ilícito só para prejudicar um terceiro.

RACISMO

No Brasil, o tipo de crime mais denunciado ainda é a pornografia infantil. Foram 80.195 denúncias em 2013. Mas isso não se aplica ao Facebook, cujo crime mais reportado é o racismo, com 6.811 casos. A pornografia infantil aparece em segundo, com 4.830 notificações.

Para Thiago Tavares Nunes de Oliveira, presidente da Safernet, os usuários ficam menos expostos no Facebook, e assim denunciam menos.

"Há duas razões para isso: eles implantaram filtros de detecção de imagem, que bloqueia a foto antes mesmo de ser carregada", afirma.

A situação é inversa à do Orkut, que ainda é atormentada com denúncias de pornografia infantil (4.704 denúncias). O crime de apologia e incitação a crimes contra a vida aparece em segundo lugar (1.718 denúncias).

Fonte: Romani, Bruno. "Folha de S.Paulo."Facebook lidera nº de denúncias na web brasileira, mostra estudo. N.p., n.d. Web. 17 Feb. 2014. <http://www1.folha.uol.com.br/tec/2014/02/1412277-facebook-lidera-n-de-denuncias-na-web-brasileira-mostra-estudo.shtml>.

Inovação Tecnológica: Abelhas ciborgues carregam mochilas com sensores


O "sensoriamento de enxame" vai permitir detectar riscos de biossegurança. [Imagem: CSIRO]

Insetos robóticos

Os insetos ciborgues já causaram alguma polêmica, sobretudo quando foram usados para brincadeiras.

Agora, cientistas australianos estão equipando milhares de abelhas com "mochilas eletrônicas", transformando-as em autênticos sensores vivos.

O objetivo é monitorar os insetos com vistas a melhorar seu trabalho de polinização em culturas comerciais e tentar elucidar o mistério da chamada "Desordem do Colapso das Colônias", uma condição que vem dizimando colônias de abelhas em várias partes do mundo.

Quem está por trás do experimento é um brasileiro, Paulo de Souza, atualmente trabalhando no instituto CSIRO.

"Cerca de um terço da comida que comemos depende de polinização, mas as populações de abelhas melíferas em todo o mundo estão caindo por causa do ácaro Varroa e da Desordem do Colapso das Colônias," disse Paulo.

Para agir, ele e sua equipe estão instalando circuitos de 2,5 x 2,5 milímetros em 5.000 abelhas, e soltando-as de volta na natureza.

Os sensores são etiquetas RFID, que podem funcionar sem baterias, para sobrecarregar menos os insetos. [Imagem: CSIRO]

Os sensores são etiquetas RFID, cujos dados são coletados quando as abelhas ciborgues passam nas proximidades dos vários pontos de checagem distribuídos pelos pesquisadores.

Dos pontos de coleta, as informações são enviadas a uma central onde os dados dos sensores são usados para construir um modelo tridimensional, permitindo a visualização das rotas dos insetos através da paisagem - é o que Paulo chama de "sensoriamento de enxame".

"As abelhas são insetos sociais que retornam ao mesmo ponto e operam segundo uma programação muito previsível. Qualquer mudança no seu comportamento indica uma mudança em seu ambiente. Se pudermos modelar seus movimentos, poderemos reconhecer muito rapidamente quando sua atividade apresentar variação, e poderemos identificar a causa. Isso nos ajudará a entender como maximizar sua produtividade, bem como monitorar qualquer risco de biossegurança," disse o Dr. Paulo de Souza.

Paulo é formado em física pela Universidade Federal do Espirito Santo, e atualmente colabora com a NASA na coleta de dados dos robôs Spirit eOpportunity, que estão em Marte.

Fonte: "Abelhas ciborgues carregam mochilas com sensores." Abelhas ciborgues carregam mochilas com sensores. N.p., n.d. Web. 17 Feb. 2014. <http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=abelhas-ciborgues&id=010180140217>.

Uol: Com ascensão de smartphones, iPod corre risco de "extinção"

Com ascensão de smartphones, iPod corre risco de "extinção"



  • Imagem de 2005 mostra o iPod Classic em loja oficial da Apple em Palo Alto, na Califórnia (EUA)
Todo encanto um dia acaba. E a bola da vez no mercado de tecnologia são os revolucionários  iPods, da Apple. Lançado em 2001, o produto virou sinônimo de tocador de música pelo design e simplicidade. No entanto, os resultados do último trimestre de 2013 (temporada de Natal) do toca-MP3 não foram nada bons: a empresa vendeu 6 milhões de aparelhos, comparados a 12,6 milhões em 2012.
Apesar da queda nas vendas, desde 2009 a Apple já está ciente de que os próprios produtos da marca acabariam matando o iPod. "Esperamos que nossos tocadores MP3 tenham suas vendas reduzidas com o tempo, pois estamos nos canibalizando com produtos como o iPod Touch e o iPhone", disse Peter Oppenheimer, diretor de operações financeiras da Apple, durante apresentação de resultados a investidores em junho daquele ano.

EVOLUÇÃO DE VENDA DE IPODS ANO A ANO


  • iPod estreou em 2001; após consolidação do mercado de smartphones, venda caiu.  Dados obtidos por meio da soma de unidades vendidas divulgada pela Apple a cada trimestre
O problema da "canibalização" não é algo específico do iPod, mas de toda a categoria de tocadores portáteis de música. Por que comprar um tocador, sendo que essa é apenas uma das múltiplas funções de um smartphone?
"De uns quatro anos para cá, cada vez mais pessoas estão comprando smartphones", disse Camila Santos, analista da consultoria de mercado GFK. Para ela, um dos fatores determinantes para a redução massiva da venda de tocadores é o barateamento dos telefones inteligentes.
A título de curiosidade, os preços de tocadores multimídia podem variar em varejistas entre R$ 50 e R$ 1.600. Um smartphone, dependendo das configurações, tem preços que começam em R$ 260 e podem chegar até R$ 3.600.

  • iPod nano (16 GB) custa R$ 759; com valor, é possível comprar um smartphone intermediário
Segundo a analista, caso não haja alguma mudança significativa na área de tocadores, essa categoria pode não se sustentar na competição com os smartphones. De acordo com dados da GFK, o mercado de tocadores portáteis no Brasil teve uma redução de 50% nas vendas em 2013, enquanto o de smartphones cresceu 92,3%. – a companhia não divulga números absolutos.
  • Reprodução/Instagram/claudinhastoco
    Blogueira de moda Cláudia Stoco, 26, comprou, recentemente, um iPod shuffle para ouvir música enquanto pratica exercícios
Com esse cenário, o mercado de portáteis tende a ser algo voltado para fãs ou fins específicos. "O usuário que gosta muito de tocador vai continuar comprando, pois ele já teve uma boa experiência com essa categoria. Mesmo assim, esse dispositivo acaba sendo de uso secundário," disse.

Mercado de nicho

As razões que envolvem a compra de um tocador multimídia portátil são diversas. Na maioria das vezes tem relação com um uso específico ou apego por parte do usuário. Recentemente, por exemplo, a blogueira de moda Cláudia Stoco, 26, comprou um iPod shuffle, da Apple, durante uma viagem internacional.
"Decidi comprar para ouvir música somente na academia. O iPhone 5s é grande para a pulseira que costumo usar e estava com receio de estragar o aparelho. Além disso, às vezes gosto de correr na rua e não acho muito seguro sair por aí com um celular pendurado no braço", afirmou.
Usuário antigo de iPod, o designer gráfico Marko Mello, 32, prefere usar o tocador portátil ao smartphone pelo armazenamento robusto. Ele é dono de um iPod Classic de 160 GB – o iPhone com mais espaço para arquivos é o de 64 GB.
  • Arquivo Pessoal
    Designer gráfico Marko Mello, 32, teve iPod antes de smartphone e afirma que não tem aparelho melhor que o tocador portátil pela capacidade
"É um aparelho sensacional. Não conseguiria centralizar minhas músicas no iPhone pela falta de capacidade. No iPod cabe dez vezes mais arquivos, pois não há aplicativos ocupando espaço", disse.
Mesmo assim, diz, ele mantém algumas playlists de música em seu iPhone para ouvi-las durante as corridas que faz.


Pesa ainda contra a maioria dos tocadores digitais a ascensão de serviços de assinatura de música, como Rdio e Deezer. Essas plataformas, a partir de uma mensalidade, permitem que o usuário ouça música de forma ilimitada. Porém, para pode escutar os arquivos, é necessário que o dispositivo se conecte à internet. Tarefa fácil para os smartphones e algo impossível para quase todos os tocadores.
Fonte: "Com ascensão de smartphones, iPod corre risco de "extinção" - Notícias - Tecnologia." Com ascensão de smartphones, iPod corre risco de "extinção" - Notícias - Tecnologia. N.p., n.d. Web. 17 Feb. 2014. <http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/17/com-ascensao-de-smartphones-ipod-corre-risco-de-extincao.htm>.

Olhar Digital: Alemanha e França querem criar uma internet europeia


(Foto: Business Insider)

Autoridades da Alemanha e França abriram as discussões sobre a criação de uma internet europeia para evitar que as comunicações dos países tenham de passar pelos Estados Unidos.

A chanceler alemã, Angela Merkel, viajou para trocar ideias sobre isso com o presidente francês, François Hollande, nesse sábado, 15, segundo informou a agência Reuters.

"Acima de tudo, conversaremos sobre provedores europeus que ofereçam segurança para nossos cidadãos, para que ninguém tenha que enviar e-mails e outras informações através do Atlântico", disse a chanceler. "Ao invés disso, seja possível construir uma rede de comunicação dentro da Europa."

Os países buscam alternativas ao domínio norte-americano sobre a internet, principalmente após as revelações de que a NSA (Agência de Segurança Nacional) andava espionando o mundo todo pela rede. Até o celular de Angela Merkel foi grampeado.

Fonte: "Alemanha e França querem criar uma internet europeia." Olhar Digital. N.p., n.d. Web. 17 Feb. 2014. <http://olhardigital.uol.com.br/pro/noticia/

Folha de S.Paulo: Ninguém mais será anônimo nas ruas




Você vai a uma festa cheia de pessoas que parecem interessantes. Quem são elas? Um jeito de descobrir é perguntar para os amigos. Outro vai ser usar aplicativos como o Nametag, desenhados para o Google Glass.

Você aponta os óculos conectados do Google para alguém e bingo! O app mostra quem é, seu perfil em redes sociais e até mesmo se a pessoa tem registros criminais.

De acordo com o fundador da empresa, Kevin Tussy: "O Nametag vai transformar a paquera on-line e off-line em uma atividade muito mais segura e propiciar mais informações sobre as pessoas que estão a nossa volta".

Traduzindo: estamos caminhando rapidamente para um mundo em que ninguém mais será anônimo no espaço público. Nosso "login" para entrar nas redes sociais vai ser nosso próprio rosto. E não vai ter "logout", exceto se você andar mascarado.

Como essa perspectiva incomoda organizações e pessoas preocupadas com a privacidade (incluindo este colunista), o caminho para isso se disseminar vai ser árduo, mas não impossível.
O Nametag só exibe perfis de pessoas que voluntariamente se cadastraram no aplicativo. Ou seja, para eu poder ser identificado, tenho de me cadastrar.

Como tudo na internet, assim que os usuários perceberem as vantagens do cadastro (como ganhar descontos em lojas que reconhecem automaticamente o seu rosto), vão deixar a ideia de privacidade de lado e seguir em frente.

O Google anunciou que não vai aceitar aplicativos de reconhecimento facial no Google Glass. Com isso, o Nametag está por ora banido. A questão é saber até quando.

Fonte: Lemos, Ronaldo. "Folha de S.Paulo."Ninguém mais será anônimo nas ruas. N.p., n.d. Web. 17 Feb. 2014. <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/2014/02/1412283-ninguem-mais-sera-anonimo-nas-ruas.shtml>.