quarta-feira, 12 de março de 2014

COMPUTERWORLD: Falta de conhecimento de empresas reduz adoção de ERP na nuvem

Principais razões para o declínio são desconhecimento sobre ofertas na cloud, risco e medo de quebra de segurança aponta estudo da Panorama Consulting.

Qualquer tipo de projeto que envolva sistemas corporativos contempla risco. Estudo mais recente conduzido pela consultoria norte-americana Panorama Consulting mostra que 54% dos projetos de ERP ficaram acima do orçamento inicial, contra 53% do estudo publicado em 2013. Já os atrasos de execução saltaram de 61 % para 72% na variação anual.



Foram pesquisadas 192 empresas com faturamento anual entre 25 milhões e dois milhões de dólares. A boa notícia é que o custo médio dos projetos caiu drasticamente, de 7,1 milhões em 2012 para 2,8 milhões de dólares em 2013. Além disso, 66% dos entrevistados confessaram que conseguiram concretizar mais de metade dos benefícios esperados do projeto – o valor deste indicador aumentou 6% na variação anual. Apenas 9% disseram que obtiveram 81% ou mais dos benefícios previstos.

A maioria dos entrevistados apontou as “questões organizacionais” como as principais razões para os atrasos nos projetos. Trata-se de outra mudança relevante em relação ao último levantamento, no qual o “aumento da abrangência do sistema" ou a " expansão do tamanho original do projeto" eram os aspectos mais citado. É crucial que as empresas com projetos de ERP obtenham a cooperação dos empregados, para manterem a implantação em curso, diz a Panorama.

“Agora, mais do que nunca, os nossos resultados reforçam a importância da mudança organizacional e da gestão de processos de negócios e o seu impacto na duração implantação”, afirma o estudo.

Embora a maioria das empresas esteja satisfeita com com o seu ERP, "essa satisfação nem sempre indica que o projeto alcançou um ROI elevado", diz o relatório da Panorama. "O verdadeiro sucesso ERP é medido em benefícios, ganhos de eficiência e qualquer coisa que a organização considere importante quando a implementação começou. Com as organizações reduzam suas expectativas em relação aos benefícios reais do projeto, a satisfação é compreensivelmente fácil de obter", argumentam os autores do estudo.





Os principais motivos citados para a implementação de ERP foram "melhorar o desemprenho dos negócios" (15%), "obter melhor integrar os sistemas em vários locais" (14%), "melhor servir os clientes" (12%) e "assegurar a elaboração de relatórios de conformidade regulamentar (11%).


Cai a opção pelo ERP na nuvem
Em termos de fornecedores escolhidos, as soluções SAP são as mais frequentemente selecionadas, seguidas por soluções Oracle e Microsoft. A maioria dos inquiridos (86%) tem implementado ou está em processo de implementação de software ERP on-premise. Isto é um aumento significativo em relação ao ano passado, onde apenas 61% haviam implementado software local. Apenas 15% das organizações está implementando ERP na nuvem. Em comparação com o relatório do ano passado houve uma pequena queda na adoção de software ERP em nuvem: de 18% para 15%.



As maiores razões para a não adoção da nuvem, segundo os entrevistados, são a " falta de conhecimento sobre ofertas de nuvem" ( 45%) e o "risco / medo de quebra de segurança "(30%). Embora as ofertas de ERP em nuvem estejam crescendo, as organizações ainda se preocupam com o risco de violações.


Olhar Digital: Internet: 25 anos do WWW


Resumo: No dia 12 de março de 1989, Tim Berners-Lee criava o WWW que mudaria o mundo


Web 25 anos

Há 25 anos, numa pequena sala do CERN, Organização Europeia para Pesquisas Nucleares, um cientista chamado Tim Berners-Lee lançava as bases para uma das maiores revoluções da história da humanidade: a criação da World Wide Web, ou a WWW, como ficou conhecida quando se espalhou pelo mundo.

O CRIADOR

Sir Timothy Berners-Lee é um físico inglês, nascido em Londres em 8 de junho de 1955. Enquanto trabalhava para o CERN, uma das preocupações de Berners-Lee era em como preservar e difundir a informação que era gerada pelos experimentos: ele entendia que se essa informação pudesse ser facilmente acessada por mais cientistas, a velocidade das pesquisas poderia ser aumentada. Apoiando-se em ideias que já vinham sendo maturadas desde a década de 50 (o termo hipertexto, por exemplo, foi usado pela primeira vez por Ted Nelson pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial), Berners-Lee criou o conceito de uma matriz de informação. 

Ao invés de acessarmos as informações usando a lógica de uma árvore, ele imaginou que poderíamos acessar essas mesmas informações usando círculos e setas. Ou seja, as setas funcionam como os links que nos levam por diferentes lugares, para diferentes círculos de informação. Estava criado o conceito básico, que acabou evoluindo e se transformando na Web como conhecemos hoje.

O DOCUMENTO ORIGINAL

Talvez o mais surpreendente do primeiro documento proposto por Berners-Lee (que você pode conferir aqui) é que alguns dos conceitos - e até mesmo dos termos que se tornaram tão comuns hoje em dia - já estão lá: browsers, como programas de computador, hiperlinks (ou links) como maneiras de pular de um conjunto de infomações para outro, além, é claro, do termo WEB, que definiria boa parte da vida do final do século XX e desse começo de século XXI.

Quase dois anos depois, em 6 de agosto de 1991, Berners-Lee colocou no ar o primeiro site de internet, o info.cern.ch. Claro que este primeiro site era bastante rudimentar, exibia apenas texto e usava como servidor uma máquina NeXT. Infelizmente, não sobrou registro dessa página original. Uma versão de 1992 pode ser conferida no site do World Wide Web Consortium

Uma curiosidade é que os computadores NeXT eram fruto de uma empresa de mesmo nome criada por Steve Jobs no período em que ele esteve afastado da Apple. O propósito da NeXT era justamente criar computadores que atendessem a comunidade acadêmica. Mais tarde, boa parte do sistema operacional que comandava os computadores NeXT foi convertida no Mac OS, sistema operacional que viria a equipar os computadores da Apple.

25 ANOS DEPOIS

Passado um quarto de século, a Web é um dos grandes motores da economia moderna (basta lembrar que empresas como Google, Facebook ou Yahoo! simplesmente não existiriam). Mais que isso, a Web talvez seja a maior marca da evolução tecnológica que pode fazer a humanidade realmente mudar o patamar da história numa velocidade inédita. A Web já alcança bilhões mundo afora e transforma a vida de indivíduos, empresas e nações por onde passa, num processo que está apenas em sua infância. Para celebrar os 25 anos de Web, foi criado um site especial, que você pode conferir aqui. Nas redes sociais, a hashtag #web25 está sendo usada para celebrar a data. 

G1 - App de caronas estreia com mais de 6 mil motoristas cadastrados


Zaznu começa a operar no Brasil para valer a partir do Rio de Janeiro.
São Paulo será próxima a receber o app, que diz ser mais barato que táxi.

Helton Simões Gomes
Aplicativo brasileiro de caronas Zaznu chega aos
iPhones e entra em operação no Brasil a partir do
Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação/Zaznu)

O aplicativo brasileiro de caronas Zaznu estreou na App Store nesta terça-feira (11) e já pode ser baixado em iPhones e iPads. Com isso, a operação no Brasil começa para valer, a partir do Rio de Janeiro, onde 216 motoristas já têm registro ativo e estão prontos para dar caronas. Em todo o Brasil, no entanto, mais de 6 mil motoristas já se cadastraram. Já os interessados em pegar caronas passam dos 3 mil (Veja aqui).

Segundo Yohathan Faber, um dos cofundadores da empresa que desenvolve o aplicativo, o objetivo é criar mais opções de transporte. “O nosso negócio vai ajudar todo mundo. Traz benefício para o trânsito, para o passageiro, para o motorista, e até diminui a poluição.”

O Zaznu importa o modelo de pedir caronas pelo celular de um aplicativo famoso em San Francisco, na Califórnia, onde Faber e seu sócio moram. Presente em 24 cidades norte-americanas, o Lyft já é tido como responsável por reduzir a quantidade de carros nas ruas da cidade californiana e por empregar pessoas sem ocupação, mas que possuíam um veículo.

Por outro lado, também nos EUA, surge a discussão se o modelo de caronas vai acabar com os táxis. Por aqui, essa classe de trabalhadores já torceu o nariz para a novidade, argumentando que os motoristas que dão carona, na verdade, exercem a profissão sem autorização.

Até agora, o aplicativo, já disponível para celulares Android, estava em fase de testes. Com a chegada aos iPhones, começa a operação para valer. Apenas colhendo cadastros até então, registrou 6.382 motoristas em todas as 12 cidades sede da Copa do Mundo.

Com o aplicativo, tanto motoristas podem oferecer caronas como passageiros podem pedi-las. Mas antes, é preciso se registrar na plataforma do Zaznu. Nessa etapa, motoristas e “caronistas” seguem caminhos distintos.

Os interessados em dar caronas tem que preencher uma ficha e enviar documentos ao Zaznu, como carteira de motorista e de identidade, comprovante de residência e seguro do carro. A equipe responsável pelo app confere se o candidato tem passagens pela polícia, se mantém todos os documentos em dia e até checa a página do sujeito no Facebook. Depois disso, ocorre uma entrevista.
Aplicativo brasileiro de caronas Zaznu chega aos
iPhones e entra em operação no Brasil a partir do
Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação/Zaznu)

Já quem pleiteia se sentar no banco do passageiro se cadastra utilizando o perfil do Facebook e tem de fornecer o número do cartão do crédito. Segundo Faber, esses procedimentos são necessários para dar maior segurança a quem utiliza o aplicativo. “O nosso serviço é muito mais seguro do que o táxi. O cara que cadastra o cartão de crédito não vai entrar no seu carro e te assaltar.”

Para não configurar um serviço remunerado de transporte, os passageiros fazem uma doação, não um pagamento, diz Faber. “A gente usa o valor do quilômetro, que é a tabela do táxi, menos 20%, mas, se quiser, o usuário não precisa pagar nada”, afirma. Segundo a empresa, uma viagem no Rio, do Galeão ao Flamengo, que sairia por R$ 42,70 se feita em um táxi ficaria em R$ 37,70 pelo Zaznu. 

Após a viagem, é possível avaliar motorista e passageiro. Até o começo de abril, o Zaznu deve chegar a São Paulo. Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Florianópolis também devem receber o serviço.

Dentro de dois meses, uma nova atualização do aplicativo deve ser lançada, contendo uma ferramenta que tentará unir passageiros e motoristas com gostos similares. O aplicativo fará isso baseado nas preferências dos perfis do Facebook usados no cadastro. Para colocar no mesmo carro pessoas com gostos similares, o Zaznu vai considerar ainda se a distância entre elas não impeditiva.

INFO: Clima instável adia votação do Marco Civil na Câmara


Foto Pamp/flickr

A votação na Câmara dos Deputados do Marco Civil da Internet, espécie de Constituição da Web, será adiada mais uma vez para impedir que sua discussão seja contaminada pelo clima de tensão na base aliada, afirmaram nesta terça-feira líderes aliados e o próprio relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ).

A atual instabilidade, que tem como ator principal a segunda maior bancada da Câmara, o PMDB, poderia resultar na derrubada do parecer de Molon, ou na aprovação de um relatório substituto que ainda pode ser apresentado pela ala descontente com o governo.

"Alguns líderes da base acham que não é o momento ideal para se votar uma matéria tão importante para o país e que precisa ser aprovada", disse o relator a jornalistas após reunião de líderes da base aliada.

"O problema me parece que é do ambiente político. Não é do projeto em si", afirmou.

Na avaliação do líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), há votos suficientes na base para aprovar o projeto, apesar de uma ou outra divergência, mas o ambiente atual é desfavorável.

"Como há uma instabilidade aqui na Câmara, nós não podemos correr o risco de, por dissabores conjunturais, a gente colocar uma votação em risco... que deixa o Brasil a menor num tema que estamos sendo inclusive referência para outros países", disse Chinaglia.

A crise entre PMDB e PT estourou com a insatisfação da bancada com o encaminhamento da reforma ministerial pela presidente Dilma Rousseff.

O partido já vinha dando sinais de descontentamento com a presidente desde o início do seu mandato, por entender que a interlocução com o Palácio do Planalto e o espaço do partido no governo são insuficientes. O ritmo de liberação de emendas parlamentares também tem sido ponto de atrito.

Lideranças do PMDB da Câmara chegaram a articular um "blocão" informal com outros partidos da Casa, aproveitando o ambiente de insatisfação de parlamentares, para pedir melhoras na articulação política com o Planalto, liberação de emendas parlamentares e maior participação nas mudanças ministeriais promovidas pela presidente.

Antes mesmo das turbulências na base ficarem explícitas, o PMDB já se manifestava contra o Marco Civil, principalmente contra o ponto que determina a neutralidade da rede, princípio que determina às operadoras de telecomunicações que tratem todos os dados de maneira igualitária, sem distinção entre serviços online.

O Marco Civil da Internet, que tranca a pauta da Câmara desde outubro do ano passado, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet e pretende aumentar a segurança de dados na rede. A proposta ganhou importância após denúncias de que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) espionou dados de cidadãos, empresas e do próprio governo brasileiro.

Folha de S.Paulo: No 25º aniversário da Web, criador defende constituição global da internet


Apu Gomes/Folhapress
Tim Berners-Lee, criador da rede World Wide Web 
(www), durante a abertura do Campus Party 2009

JEMIMA KISS

O inventor da World Wide Web acredita que seja necessário criar uma carta magna on-line para proteger e cuidar da independência do meio que ele criou e dos direitos de seus usuários pelo mundo.

Sir Tim Berners-Lee disse ao "Guardian" que a Web tem estado sob crescente ataque de governos e empresas e que novas regras são necessárias para proteger o sistema "aberto e neutro".

Falando exatamente 25 anos depois que escreveu o primeiro rascunho da primeira proposta do que se tornaria a web, o cientista da computação disse: "precisamos de uma constituição global –uma carta de direitos".

O plano de carta magna de Berners-Lee deve fazer parte de uma iniciativa chamada "a web que queremos", que exorta pessoas a criarem uma carta de direitos em cada país –uma afirmação de princípios que, ele espera, será apoiada por instituições públicas, autoridades governamentais e corporações.

"A menos que tenhamos uma internet aberta e neutra, e que possamos não nos preocupar com o que está acontecendo por debaixo dos panos, não poderemos ter governos transparentes, boa democracia, bom acesso à saúde, comunidades conectadas e diversidade cultural. Não é ingênuo pensar que possamos ter isso, mas é ingênuo pensar conseguiremos ficando de braços cruzados", diz.

Berners-Lee tem sido um crítico assumido dos esquemas de espionagem britânico e americano revelados pelos vazamentos de Edward Snowden sobre a NSA. À luz do que foi revelado, diz ele, as pessoas buscaram questionar como os serviços de seguranças são administrados.

Sua visão também ecoa sobre a indústria de tecnologia, que tem uma raiva particular dos esforços da NSA e do GCHQ (órgão de inteligência britânico) para minar a criptografia e as ferramentas de segurança – muitos especialistas dizem que tal postura é contra produtiva e está diminuindo a segurança de todos.

Princípios como privacidade, liberdade de expressão e anonimato responsável seriam abordados na carta magna. "Essas questões [da espionagem] nos pegaram de surpresa", diz Berners-Lee. "Nossos direitos estão sendo violados mais e mais por todos os lados, e o perigo é que nos acostumemos com isso. Então, quero usar o aniversário de 25 anos para que todos façamos isso, tomemos de volta as rédeas da web e definamos o que queremos para os próximos 25 anos".

A proposta de constituição da web também deve examinar o impacto das leis de direitos autorais assim e dos conflitos culturais e sociológicos que permeiam a ética da tecnologia.

Enquanto a regulação regional e as idiossincrasias culturais podem variar, Berners-Lee disse acreditar que um documento de princípios comum a todos poderia criar um padrão internacional para os valores da web aberta.

Ele é otimista e acredita que a campanha "a web que queremos" pode se popularizar, apesar da aparente falta de interesse do público geral nas histórias reveladas por Snowden.

"Eu não diria que as pessoas no Reino Unido estão indiferentes, eu diria que têm mais confiança em seu governo do que outros países. Têm a postura de 'nós votamos neles, então vamos deixá-los resolver o que fazer'".

"Mas precisamos que nossos políticos e advogados entendam de programação, entendam o que pode ser feito com um computador. Também precisamos rever muito da estrutura legal, das leis de direitos autorais –leis que põem pessoas na cadeia e que foram feitas para defender produtores de filmes. Nada disso foi feito para preservar o diálogo cotidiano entre indivíduos ou a democracia cotidiana que precisamos para que o país funcione." diz.

Berners-Lee também defendeu fortemente mudar um elemento chave e controverso da governança da internet, que removeria uma pequena mas simbólica parte do poder americano sobre a internet. Os EUA têm mantido seu contrato com a IANA, instituição que controla o nome dos domínios da internet, mas encaram uma pressão crescente desde o caso Snowden.

Ele diz: "A remoção da ligação explícita [da IANA] com o departamento de comércio dos EUA está atrasada há tempos. Os EUA não podem ter uma posição global no controle de algo que não é nacional. Há uma tendência no sentido dessa separação, mas é precisamos de uma abordagem que leve em conta as várias partes interessadas e em que governos e empresas sejam mantidos a certa distância".

Berners-Lee também reiterou sua preocupação de que a web seja "balcanizada" por países ou organizações que dividam o espaço digital para trabalhar sob as próprias regras –seja por motivos de censura, regulação ou comércio.

"Todos nós precisamos fazer parte desse futuro", diz, citando uma resistência à regulação de infrações de direito autoral.

Diz: "O principal é fazer as pessoas lutarem pela web e verem o mal que uma ela dividida pode fazer. Como qualquer sistema humano, a web precisa de políticas –e, claro, precisamos de leis nacionais– mas não podemos transformar a rede em uma série de silos nacionais".

Berners-Lee também apareceu nas Olimpíadas de Londres, em 2012, digitando as palavras "isso é para todos" em um computador no centro do estádio. Ele tem defendido firmemente os conceitos de abertura, inclusão e democracia desde que inventou a web em 1989, escolhendo não comercializar seu modelo. Rejeitando a ideia de que é inevitável que um meio tão poderoso seja controlado por governos e empresas comerciais, ele diz: "Só quando arrancarem os teclados de nossos dedos mortos e gelados".

Traduzido por BRUNO FÁVERO

COMPUTERWORLD: Tecnologia de 18 empresas brasileiras se destaca na CeBIT 2014


Entre estas, 12 são companhias e instituições públicas que participam de uma missão organizada pela Softex, Apex-Brasil e CNI.

Com o tema central “Datability”, a capacidade de trabalhar de forma sustentável e responsável com grandes quantidades de dados, começou ontem (10), em Hanover, na Alemanha, a CeBIT, o maior evento de Tecnologia da Informação e Comunicação do mundo. Visitada no ano passado por mais de 285 mil pessoas de 120 países, a CeBIT prossegue até a próxima sexta-feira, dia 14. O Brasil marca presença no local com 18 empresas de TI.

A participação brasileira na mostra pelo 15° ano consecutivo é mais uma iniciativa do projeto de promoção de exportações do setor de software e serviços de TI, desenvolvido em parceria pela Softex com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex-Brasil. Este ano, contou também com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Um país que tem a proposta de se posicionar como um player global, como é o caso do Brasil, precisa estar na CeBIT. Afinal, ela é a grande vitrine mundial do setor. O objetivo principal da participação das companhias nacionais no evento é a prospecção de novos negócios, a formação de parcerias e a realização de benchmarking de forma a ampliar a sua rede de relacionamento internacional”, explica Rubén Delgado, presidente da Softex, destacando que no ano passado a delegação brasileira retornou ao país com mais de 200 contatos de negócios realizados com executivos de 28 países.
Doze empresas e instituições públicas - Argotechno, Ativa Soluções, BXB Soft, CEITEC, Datacom, Inovare, JMMTech, K&D Tecnologia, Khomp, KNBS, Módulo, NL Informática, OpenCS, Pandorga London, prefeitura de Campinas, site Express, Tajo Tecnologia e Tradeforce – estarão presentes à mostra como expositoras do Pavilhão Brasil IT+ (Hall 06 – Pavilhão B04), que identifica internacionalmente o setor de TI brasileiro. 

Outras seis acompanharão o evento como prospectoras. 

O portfolio nacional inclui aplicações de segurança, industriais e customizadas; logística, aviação, gerenciamento remoto, de risco e de rede; telecomunicações e soluções móveis.

COMPUTERWORLD: Amazon passa a ofertar serviço Cloud Drive no Brasil


Rival do Dropbox e outras plataformas desse tipo, Cloud Drive é gratuito e permite upload de fotos, vídeos e arquivos digitais de forma geral.

A Amazon anunciou nesta terça-feira, 11/3, o lançamento do seu serviço de armazenamento Cloud Drive no Brasil.

Agora, os usuários do país podem usar a plataforma da empresa para fazer upload e armazenar fotos, vídeos e outros arquivos digitais na Amazon Cloud, nuvem da gigante norte-americana, e e acessá-los via Cloud Drive.

O serviço pode ser acessado via web pelo navegador ou por meio de aplicativos para computadores (PC ou Mac) ou aparelhos móveis, como smartphones e tablets.

Segundo a Amazon, o Cloud Drive é gratuito e os usuários ganham 5GB para armazenamento de forma automática ao fazer a inscrição.

Acesse o site oficial do Cloud Drive por esse link para saber mais sobre a plataforma recém-lançada no Brasil.

INFO: Ministério das Comunicações dará licenças pela internet


O ministro Paulo Bernardo assina nesta
quarta-feira, 12, portaria que vai detalhar os 
procedimentos

Com processos de pedidos de outorgas de rádio e TV encalhados há mais de 25 anos, o Ministério das Comunicações vai adotar o modelo digital para as novas solicitações de licenças de radiodifusão, a partir do próximo mês. O ministro Paulo Bernardo assina nesta quarta-feira, 12, portaria que vai detalhar os procedimentos para que a tramitação desses documentos passe a ocorrer por meio da internet, reduzindo em mais da metade o prazo para a aprovação de novos processos.

A estimativa do ministério é de que as pilhas de papéis acumulados nas prateleiras das áreas técnicas somem cerca de 20 mil processos referentes ao setor de radiodifusão - pedidos de licenças, mudanças societárias, solicitações para ampliação de potência ou alteração de localização de antenas, entre outros - além de mais 4 mil autos de fiscalização.

"A tramitação de toda essa papelada é lenta porque alguém precisa levar os documentos de um lado para o outro, tirar cópias, realizar buscas. O que teremos agora é uma mudança de paradigma", disse a secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica do ministério, Patrícia Ávila. De acordo com ela, a concessão de outorgas que hoje leva um ano para ser concluída poderá demorar quase seis meses.

A partir de quinta-feira, 13, os radiodifusores deverão se cadastrar no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) e, em 28 de abril, os primeiros processos digitais poderão ser protocolados. A partir de janeiro de 2015, a tramitação em papel de novos processos não será mais aceita.

Para Paulo Bernardo, o sistema vai possibilitar uma relação mais ágil, transparente e barata com os radiodifusores, principalmente os de pequeno porte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

INFO: Atendimento telefônico pela Anatel está inoperante


Getty Images

Criada para estimular a concorrência e proteger os direitos dos consumidores, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não consegue ouvir as reclamações de clientes de empresas de telefonia, internet e TV a cabo desde sexta-feira passada, dia 7. A Central de Atendimento Telefônico da agência reguladora, cuja principal função é justamente registrar problemas e pedidos de informações, está com problemas em seus telefones.

O consumidor que desiste de esperar na linha, que nunca atende, e vai pessoalmente registrar sua solicitação também sai frustrado. Nem mesmo a reclamação presencial pode ser registrada. Funcionários do serviço de atendimento instalado em Brasília, informaram hoje que o sistema está fora do ar desde segunda, 10.

Ironicamente, há menos de um mês a Anatel modificou as regras de atendimento ao consumidor e passou a exigir que as operadoras de telefonia invistam em tecnologias que permitam ao cliente cancelar o contrato sem que precise falar com um atendente. A regra entra em vigor no segundo semestre.

A Anatel admitiu haver falhas no serviço prestado pela empresa que opera sua Central de Atendimento Telefônico e informou que o funcionamento vem ocorrendo com capacidade abaixo do que era esperado. De acordo com a Anatel, a prestadora será substituída e uma nova contratada deve assumir as operações. O prazo para que isso ocorra, no entanto, não foi informado.

A agência admitiu também que problemas de infraestrutura de rede provocaram a interrupção entre 15h e 18h30 do sistema que registra as solicitações dos consumidores, afetando o atendimento telefônico, presencial e pela internet. De acordo com a agência, a situação foi normalizada. No entanto, até as 19h40, a reportagem tentou entrar em contato com o atendimento telefônico da Anatel. Nenhuma ligação foi atendida.

Ano passado, a Anatel registrou 7,67 milhões de atendimentos. A maioria (92,7%) pela Central de Atendimento Telefônico, 7 % pela internet, 0,11 % por atendimento presencial e 0,17 % por outros meios (inclusive cartas).

Companhias do segmento de telecomunicações foram as campeãs no ranking de reclamações registradas no Procon de São Paulo. Ano passado, foram 75.401, número bem acima das 66.618 registradas em 2012.

Folha de S.Paulo: Gilberto Gil e Marta Suplicy fazem campanha por projeto do Marco Civil


Reprodução/Avaaz.org 



PAULA REVERBEL

O ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, e a atual titular da pasta, Marta Suplicy, estão fazendo campanha pela aprovação do projeto do Marco Civil da Internet. Ambos apoiam uma iniciativa da ONG Avaaz, que organiza abaixo-assinados pela internet, para pressionar deputados e senadores a votarem e aprovarem o projeto, que fixa os princípios do uso da Internet no Brasil.

A petição on-line começou a ser enviada na segunda-feira (10) e conta com mais de 260 mil assinaturas. Gil aceitou ser o porta-voz da iniciativa da Avaaz, comonoticiou a coluna Painel, da Folha, na semana passada. A ONG está enviando, a 6 milhões de brasileiros, e-mails assinados pelo ex-ministro, pedindo apoio para a aprovação do projeto.

Ao falar do projeto nas redes sociais, Marta Suplicy divulga um vídeo produzido pelo Instituto Lula em novembro do ano passado. Nele, ela defende a aprovação do Marco Civil e critica as operadoras de telefonia, contrárias à aprovação do texto.

A todos que assinam a petição, página da Avaaz ainda exibe contatos dos gabinetes de nove deputados federais, além de seus perfis em redes sociais, para que as pessoas entrem em contato e exigam a aprovação to texto.

"A opocisão faz um blefe muito claro. Alguns podem até falar que vão votar com o PMDB e ameaçar derrubar, mas, individualmente, sabem que vão ter um prejuízo muito grande se votarem com os retrógrados, contra o Marco Civil", diz Michael Freitas Mohallem, diretor de campanhas da Avaaz.

Líderes da base aliada recomendaram nesta terça que o Palácio do Planalto desista de votar o Marco Civil nesta semana para evitar uma derrota. Mohallem discorda da orientação: "Essa conta simplificada de juntar o 'blocão' dos insatisfeitos com a oposição e achar que tem maioria é uma equação muito simplista."

REBELIÃO

O PMDB lidera uma rebelião no Congresso que promete apoiar medidas contrárias aos interesses do Planalto. Entre elas está a aprovação de uma comissão externa (com poderes bem mais restritos do que uma CPI) para investigar supostas irregularidades na Petrobras, além da convocação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, para responder aos questionamentos da oposição sobre o programa Mais Médicos.

Folha de S.Paulo: Android é alvo de 97% dos malwares para dispositivos móveis, diz empresa


Um relatório divulgado pela empresa de segurança digital F-SecureLabs indica que 97% dos ataques por malwares feitos em dispositivos móveis foram direcionados para o sistema operacional Android, do Google. O levantamento foi realizado ao longo de 2013.

Segundo a empresa, 804 novas famílias de malwares e variantes foram registradas no ano passado. Além do Android, apenas o Symbian, mantido pela Accenture, apresentou ameaças de acordo com o levantamento (3%).

De acordo com a consultoria Strategy Analytics, a plataforma respondeu, no mesmo ano, por cerca de 80% dos envios de smartphones às lojas.
Kim Hong-Ji/Reuters

Smartphones que usam Android foram alvo de 97%
das ameaças com malware

O principal método de distribuição do malwares continua sendo o download de aplicativos desconhecidos de lojas de terceiros. Os 10 países que mais registraram ameaças ao Android detectaram pouco mais de 140 mil malwares.

A Arábia Saudita apresentou o maior número de ataques com 42%. Em seguida aparece a Índia, com 33% dos registros. Nos países europeus, foram 15% e nos Estados Unidos, 5%.

Folha de S.Paulo: Empresa israelense lança aplicativo que monitora glicose no sangue


A startup israelense LabStyle Innovations lançou nesta terça-feira (11) um medidor de glicose para celulares que tem como objetivo ajudar diabéticos a monitorar o nível de açúcar no sangue.

Chamado de Dario, o medidor é plugado diretamente em um smartphone e tem um aplicativo que analisa e registra em tempo real as leituras de açúcar no sangue.
Divulgação

Dispositivo Dario informa índice de açúcar no sangue 
e pode ajudar diabéticos

O produto está sendo inicialmente lançado na Nova Zelândia, Itália, Austrália e Reino Unido. Ficará primeiramente disponível para os celulares da Apple e mais tarde para o sistema Android, do Google.

A LabStyle disse que estava buscando a aprovação de planos de saúde e especialistas até o fim de junho.

Segundo informações do site da empresa, o Dario vem com um pequeno medidor de glicose, assim como fitas e cartuchos descartáveis e uma agulha.

G1 - Twitter fica fora do ar para alguns usuários em todo o mundo


Algumas pessoas não conseguem publicar mensagens no serviço.
Empresa diz que tem cohecimento do problema e que trabalha na correção.

Twitter sai do ar nesta terça-feira (11) para usuários
de todo o mundo (Foto: Reprodução/Twitter)

O microblog Twitter apresenta instabilidade e está fora do ar para alguns usuários em todo o mundo nesta terça-feira (11). O problema afeta tanto a versão web do site, acessada no PC, em smartphones e em tablets quanto nos aplicativos do serviço para iOS e Android.

Em mensagem publicada na página de "status" do serviço, a empresa diz que tem conhecimento do problema e que "trabalha para corrigi-lo". Não há previsão para o serviço voltar ao normal.

Enquanto isso os usuários não conseguem publicar mensagens no Twitter, mas em alguns momentos é possível ver mensagens e fotos de outros usuários. A instabilidade, contudo, impede que esta ação seja realizada constantemente.

G1 - Google rebate acusação do MP de obstrução em caso de pornografia - notícias em Tecnologia e Games


Em blog, executivo diz que denúncia deixou empresa 'perplexa'.
MPF acusa dois diretores da companhia de atrapalhar investigação.

A denúncia do Ministério Público Federal, em São Paulo, (MPF) de que dois diretores do Googleestavam impedindo a investigação de casos de pornografia infantil deixou a companhia perplexa, afirmou Matt Sucherman, vice-presidente para assuntos jurídicos do Google, em mensagem publicada no blog corporativo da empresa nesta terça-feira (11).

“As alegações são ultrajantes –nenhum deles ajudou a disseminar material contendo abuso sexual de crianças ou desobedeceu ordens judiciais. Ambos trabalharam durante anos com o MPF para combater a pornografia infantil no Brasil”, escreveu Sucherman.

O Google diz que tem trabalhado há anos com autoridades públicas ao redor do mundo para impedir que pedófilos compartilhem fotos ilegais na web. “Aqui no Brasil, por exemplo, o Google forneceu informações ao Ministério Público Federal em milhares de casos diferentes, como parte de um acordo firmado em 2008”, escreve o executivo.

Como exemplos dos esforços do Google, o executivo cita a limpa da busca (evita que links direcionados a materiais de abuso sexual infantil apareçam nos resultados) e a detecção e remoção (imagens de abuso recebem uma “impressão digital” que avisa o Google todas as vezes que surge uma incidência na rede).

O executivo chamou ainda as acusações de “incompreensíveis”. No fim de fevereiro, a procuradoria pediu que a Justiça abrisse ações penais contra dois diretores do Google. Argumentou que eles cometeram o crime de desobediência.

Uma das diretoras do Google acusadas pelo Ministério Público é Fabiana Regina Siviero. Segundo a denúncia do MPF, assinada pelas procuradas da República Adriana Scordamaglia e Melissa Garcia Blagitz de Abreu e Silva, Fabiana foi a responsável pela maior parte dos atos de desobediência diante das ordens judiciais.

Segundo a entidade, desde 2010, a diretora demorou para fornecer as informações solicitadas e não deu maiores explicações. Além disso, ao fim do prazo de 180 dias, as informações que deveriam ser armazenadas eram apagadas, o que atrapalhava as investigações.

Já o outro diretor denunciado, André Zanatta de Castro, foi incluído na denúncia por não ter cumprido em duas oportunidades a ordem judicial de enviar dados referentes a um único perfil do Orkut. Segundo o MPF, um ano após receber a solicitação, Castro não havia enviado qualquer resposta sobre o pedido.

“Esperamos que essas acusações sejam rejeitadas para que nossos funcionários possam continuar a ajudar na luta contra a exploração sexual de crianças on-line”, conclui Sucherman.


Olhar Digital: Encriptação de dados torna usuário um alvo preferencial da NSA


Depois de Edward Snowden defender a criptografia como a melhor forma de dificultar a vida da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) em sua missão de espionagem global, o jornalista e ativista Glenn Greenwald fez uma ressalva. Utilizar esta prática faz com que o usuário acabe se tornando um alvo maior para a organização.

Falando na SXSW, em Austin, Greenwald cita que a agência considera que proteger seus dados é uma coisa suspeita. "Se você quer esconder deles o que você diz, isso deve significar que o que você diz é uma coisa ruim", afirmou o ex-repórter do jornal britânico Guardian, que ajudou Snowden a revelar o escândalo da NSA no ano passado.

Na segunda-feira, Snowden tratou a criptografia end-to-end como uma obrigação para a indústria de tecnologia. Torná-la padrão, e não apenas uma opção, dificultaria a vida da NSA em monitorar os usuários de internet. A ação requeriria um direcionamento de esforços da agência: em vez de vigiar o tráfego em massa, apenas algumas pessoas suspeitas seriam monitoradas.

Ele também sugeriu a encriptação de HDs, instalação de plugins contra rastreamento no navegador e o uso do Tor para navegação anônima. Contudo, essas ações podem trazer mais atenção da NSA para você, alertou Greenwald.

"Eles veem o uso de criptografia como evidência de que você é suspeito e podem voltar sua atenção para você caso você decida utilizar a ferramenta", afirmou.

O jornalista conta que o público normal vê a encriptação e outras técnicas básicas de segurança como complicadas. Como poucos as utilizam, os dados criptografados acabam chamando mais atenção da agência.

IDG Now!: Brecha em conexão segura permite roubar dados pessoais, diz estudo

Pesquisadores da Universidade de Berkeley desenvolveram uma técnica que governos e provedores de serviços de Internet poderiam usar para burlar conexões seguras e coletar dados.

Pesquisadores da Universidade de Berkeley, na Califórnia, desenvolveram uma técnica que governos e provedores de serviços de Internet (ISPs) poderiam usar para burlar as conexões seguras e coletar informações pessoais valiosas.

O "ataque análise" no tráfego HTTPS tem 89% de precisão em determinar quais páginas web uma pessoa visitou, de acordo com os pesquisadores. Tal rastreamento permitiu que os pesquisadores coletassem informações sobre condições médicas, orientação sexual, situação financeira e se a pessoa está envolvida em um processo de divórcio ou de falência.

O estudo analisou mais de 463 páginas carregadas em 10 sites líderes da indústria norte-americana amplamente acessados.

Páginas de cuidados com a saúde incluíam o da Mayo Clinic, Planned Parenthood e Kaiser Permanente. Páginas financeiras incluíam Wells Fargo, Bank of America e Vanguard. Sites de serviços jurídicos pertencentes à American Civil Liberties Union e à Zoom Legal, além de sites de streaming de vídeo, incluindo Netflix e YouTube.

Para o ataque funcionar, os bisbilhoteiros teria que ter a capacidade de visitar as mesmas páginas web que as vítimas, o que possibilitaria aos atacantes identificar padrões no tráfego criptografado que seriam o indicativo das diferentes páginas.

"Seria como se alguém desse a você uma bicicleta, mas a desmontou e embrulhou cada pedacinho individualmente", disse o coautor do estudo, Brad Miller, à CSO Online na segunda-feira (10). "Você notaria rapidamente que há dois pacotes maiores que se parecem com rodas, um quadro, e um outro que corresponde à corrente, etc."

"O mesmo acontece com uma página da Web. Porque vemos cada uma das partes serem entregues individualmente, acabamos tendo tanta informação que podem ser observadas sem descriptografar os pacotes que você muito provavelmente consegue identificar a página Web exata."

Os agressores também devem ser capazes de observar o tráfego da vítima, o que permite a eles combinar esses padrões de pacotes com os de páginas web em particular.

Os pesquisadores também desenvolveram uma defesa que envolvia reduzir a quantidade de informações de pacotes que um atacante poderia reunir. A técnica baixou a precisão da identificação de páginas web visitadas por pessoas de 89% para 27%.

Privacidade

A pesquisa tem implicações de privacidade importantes. Ser capaz de analisar a atividade do usuário em um site de saúde pode revelar problemas de saúde, o que poderia levar à discriminação ou poderia ser vendido para os anunciantes que desejam lançar produtos.

Monitorar o tráfego de sites poderia revelar divórcio, falência ou imigração, enquanto que analisar o tráfego em um site bancário pode fornecer informações sobre se uma pessoa tem filhos, se está em um relacionamento de longo prazo, ou se possui uma renda alta.

Qualquer companhia com acesso ao tráfego HTTPS, como ISPs e redes comerciais com pontos de acesso Wi-Fi poderiam coletar dados de usuários apesar da criptografia e vender essas informações a anunciantes, de acordo com o estudo.

Os empregadores poderiam monitorar as atividades dos funcionários enquanto eles estão na rede corporativa, independente de eles estarem usando um dispositivo pessoal ou corporativo.

E, finalmente, os governos poderiam achar as informações coletadas úteis para encontrar criminosos e punir dissidentes políticos ou pessoas que desafiam os censores, segundo o estudo.

Na China, por exemplo, a empresa de mídia social Sina puniu recentemente mais de 100 mil usuários em suspensão de contas e advertência pública ocasional por violar as diretrizes do governo para o uso da Internet.