segunda-feira, 15 de outubro de 2012

INFO: Telefônica venderá divisão de call center por US$ 1,3 bilhão



Madri - A espanhola Telefonica está vendendo sua empresa de call center Atento para a companhia norte-americana de private equity Bain Capital por cerca de 1 bilhão de euros (1,3 bilhão de dólares), incluindo suas dívidas, enquanto luta para reduzir seus empréstimos.

O grupo de telecomunicações está tentando reduzir uma pilha de dívidas de 57 bilhões de euros (74 bilhões de dólares) e preservar um cobiçado grau de investimento, em um momento em que seu país de origem, afetado pela crise financeira, enfrenta pressão para buscar um resgate internacional.

A Telefonica tem procurado um comprador para a Atento, que possui mais de 152 mil funcionários, desde o ano passado, quando arquivou um projeto listagem em bolsa por não obter interesse suficiente.

A Bain, que foi co-fundada pelo candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano Mitt Romney, fechou o acordo na sexta-feira - o seu primeiro na Espanha - por um valor de pouco mais de 1 bilhão de euros, incluindo a dívida de 175 milhões de euros da Atento.

Entrentanto, a transação inclui 110 milhões de euros em financiamentos da Telefonica, significando que o grupo de telecomunicações levará pouco menos de 1 bilhão de euros pela venda.

Outros empréstimos de bancos espanhois, mexicanos e brasileiros apoiraram a aquisição da Bain, disse uma fonte próxima à situação.

O negócio inclui um acordo de nove anos pelo qual a empresa de call center continuará provendo serviços para a Telefonia. Mais de 50 por cento dos negócios da Atento estão com a Telefonica, e outros 9 por cento estão com o segundo maior banco da Espanha, o BBVA.

A Bain está interessada na forte presença da Atento na América Latina, e procurará expandir sua base de clientes, disse a fonte.

G1 - Ministério institui programa para acelerar empresas de software


Portaria foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (15).
Programa tem como objetivo estimular empresas de tecnologia.


O Ministério da Ciência e Tecnologia publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira (15) portaria em que institui programa de apoio a empresas iniciantes de produção de software e de serviços de tecnologia da informação.

O programa, chamado de "Start-Up Brasil", tem por objetivos "fortalecer os setores científico, tecnológico e econômico do país, (...) em especial o de software e serviços de tecnologias da informação".

O texto não dá detalhes sobre orçamento de investimento nos projetos selecionados, mas afirma que o programa quer estimular "por meio do empreendedorismo, a ampliação da base tecnológica, a consolidação de ecossistemas digitais e o surgimento de um ambiente favorável a pesquisa, desenvolvimento e inovação".

O Start-Up Brasil integra o Programa Programa TI Maior, voltado ao estímulo de desenvolvimento de software no Brasil e lançado pelo governo em agosto. O programa tem investimento previsto de 500 milhões de reais até 2015, dos quais 40 milhões para as empresas iniciantes, segundo informações da Agência Brasil.

Folha: 4G no Brasil ficará restrito, no início, a apenas 50% da área de seis capitais

JULIO WIZIACK

Em junho de 2013, quando a seleção de futebol estrear na Copa das Confederações, o Brasil entrará na era da internet móvel 4G. As operadoras de telefonia têm até abril para começar a vender o serviço, que, no início, será para poucos --não pelo preço, mas pela cobertura.

Em sua estreia, o 4G estará disponível em, no máximo, 50% da área urbana das seis sedes do torneio (Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Salvador e Rio), totalizando cerca de 10 mil antenas.

Editoria de Arte/Folhapress 

Quem vinculou a implantação da rede 4G ao torneio de futebol foi o governo, dentro dos preparativos de infraestrutura para o Mundial de 2014. Por isso, São Paulo, que não sedia a Copa das Confederações, não é prioridade agora e pode demorar ainda mais para receber o 4G.

Para especialistas do setor ouvidos pela Folha, as 10 mil antenas não são o suficiente, pois, para cobrir a mesma área de uma antena 3G, é preciso três ou quatro antenas 4G --por isso a oferta do novo serviço será tão limitada.

Apesar da área restrita, a rede 4G nacional oferecerá os mesmos recursos das disponíveis no exterior: velocidade de transmissão de dados até 15 vezes superior à do 3G. O que significa, por exemplo, poder assistir a partidas de futebol ao vivo pelo celular sem as interrupções e os engasgos típicos do 3G brasileiro.

Na semana passada, durante a feira de telecomunicações Futurecom, no Rio, as teles anunciaram o início da construção das redes 4G que, nesta primeira etapa, aproveitarão a estrutura já existente --uma torre com equipamento 3G também terá o 4G.

A TIM é a única ainda em fase de negociação, mas anunciou que está prestes a fechar contratos.

A Claro e a Oi já fazem testes fechados do serviço, em redes experimentais em Campos do Jordão (SP), Paraty (RJ), Búzios (RJ) e Brasília, no caso da Claro, e no bairro do Leblon, no caso da Oi.

Somados, os investimentos das quatro operadoras devem chegar a R$ 4 bilhões nessa primeira fase de implantação do 4G, sem contar os R$ 2,9 bilhões já gastos com as licenças do serviço, leiloadas em junho passado.

Editoria de Arte/Folhapress 

QUANTO VAI CUSTAR?

As operadoras começam agora a fechar o modelo de negócio e desejam lançar os planos 4G no Carnaval. A Folha apurou que está em estudo a viabilidade de planos 4G pelo preço do 3G com quantidade de dados definida (em torno de 20 Mbytes).

O presidente da TIM Fiber, Rogerio Takayanagi, disse que o custo unitário da transmissão em 4G já é praticamente o mesmo do 3G. "Mas ainda estamos estudando os modelos", disse. Na Europa, o 4G custa mais em planos com velocidades de 50 Mbps e 100 Mbps, mas, em muitos casos, há restrição de dados.

Folha: Aparelhos 4G começam a chegar ao Brasil

ALEXANDRE ARAGÃO

Com a rede 4G programada para estar disponível em pelo menos seis cidades até abril do ano que vem, as principais fornecedoras de celulares começam a se mexer para lançar aparelhos a tempo.
Até agora, somente a Motorola pôs à disposição um aparelho compatível com a rede, o Razr HD. Um modem 4G da Hawuei também já pode ser comprado na Claro.

Tyrone Siu - 28.ago.2012/Reuters 
Celular da ZTE compatível com redes 4G; 
opções de aparelhos devem aumentar em 2013 

Além dessas marcas, só a Samsung confirma um lançamento compatível com o 4G: o Galaxy S 3 LTE deve chegar até dezembro.

Procuradas, Nokia, LG e Sony dizem estudar possibilidades, mas não têm lançamentos confirmados para este ano. As empresas possuem aparelhos compatíveis sendo vendidos em outros países.

A versão do Lumia 900, da Nokia, disponível no mercado americano é compatível com a rede. O design do aparelho, no entanto, é idêntico ao do vendido no Brasil, que não tem 4G. Outros dois lançamentos estão previstos para novembro nos EUA.

A LG, por sua vez, oferece oito opções de celulares com acesso 4G aos norte-americanos. Há alternativas mais baratas, com versões antigas do sistema operacional Android.

Apresentado em janeiro, durante a feira CES --em Las Vegas--, o primeiro celular 4G lançado pela Sony no mercado norte-americano foi o Xperia Ion, que chegou às lojas no fim de junho.

IPHONE 5

Homologado pela Anatel na semana passada e promessa de boas vendas para o Natal deste ano, o iPhone 5 não funcionará na rede 4G implantada no Brasil.

O problema decorre da faixa de frequência reservada no país para o 4G, que atuará na faixa de 2,5 GHz.

A Apple produz três tipos de iPhone 5 --dois otimizados para operadoras dos EUA (AT&T e Verizon) e um para o resto do mundo--, que funcionam somente em frequências que variam de 850 MHz a 1,9 GHz, fora do espectro utilizado no Brasil.

O problema enfrentado no Brasil não é único. Em alguns países europeus, como Espanha, Itália e França, o aparelho da Apple também não será capaz de se conectar à rede 4G --que funciona nesses locais nas faixas de 800 MHz e 2,6 GHz.

INFO: Site falso rouba dados de fãs de Counter Strike

Por Felipe Zmoginski, de INFO Online

Um golpe antigo pegou muitos fãs desavisados

São Paulo - Um grupo de crackers criou uma falsa versão do popular site americano de jogos Gamekeyz para atrair os fãs de Counter Strike para um golpe online.

Nos últimos dias, milhares de usuários em todo o mundo, inclusive no Brasil, receberam e-mails com um link promocional supostamente organizado pelo site legítimo Gamekeyz. No endereço eletrônico, os usuários eram convidados a preencher um cadastro e, em troca, ganhar 500 senhas de acesso para jogar Counter Strike online.

Para receber a senha, os jogadores tinham que clicar um botão que os direcionava para uma página comercial ou para um site onde deviam responder uma pesquisa. Em troca da falsa promessa de licenças para o jogo, os usuários forneciam ali seus dados mais sensíveis, como e-mail, senhas e número de cartão de crédito.

A fraude foi descoberta pela empresa de segurança Bit Defender. Segundo a companhia, estes dados podem alimentar bancos de dados utilizados em novas fraudes ou ataques de phising.

Os sites que falsificaram identidades oficiais sempre vão acompanhados de uma oferta tentadora para os fãs dos games. É uma técnica antiga e, pelo que parece, funciona, pois a Bitdefender vem observando muitas mudanças e reinvenções nestas fraudes que são frequentes em datas próximas à estreia de um game, um filme e outro produto muito esperado.

No período de lançamento, os jogadores não levam em conta as más intenções de outros internautas. Ansiosos por experimentar o jogo, ficam menos atentos e fornecem informações que em qualquer outra circunstância não divulgariam na internet, avalia a empresa de segurança.

IT Careers: Huawei e Inatel fecham parceria de certificação profissional



A Huawei escolheu o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) para ser a primeira instituição credenciada no Brasil para treinar profissionais que desejam possuir a Certificação HANA - Huawei Authorized Network Academy (Certificado de conhecimento Huawei – em português). O anúncio foi feito na semana passada, durante a Futurecom 2012.

A parceria vai prover a instalação de modernos laboratórios para realização de cursos de instrução a manuseio de equipamentos Huawei. O treinamento terá 60 horas de duração e aulas inicialmente presenciais, aplicadas por meio de um simulador das tecnologias desenvolvidas pela empresa. A escolha do Inatel como parceiro para implementação do programa foi estratégica, já que o instituto possui 47 anos de experiência em ensino, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias.

“Hoje damos um grande passo unindo academia e indústria em prol do desenvolvimento tecnológico e social do país. Por meio deste convênio, o Inatel passa a ser uma academia Huawei, isso traz mais um avanço para a nossa instituição e mais uma contribuição do Inatel no desenvolvimento das telecomunicações e da Tecnologia da Informação, pois levaremos capacitação e formação a profissionais de todo Brasil”, disse o diretor do Inatel, Marcelo Marques de Oliveira.

O certificado Huawei foi desenvolvido pela matriz da empresa na China há três anos, desde então, o programa vêm sendo um sucesso na Ásia, Oriente Médio, África e outras regiões. “A Huawei entende que o volume de profissionais especializados em TIC deve acompanhar o crescimento das telecomunicações. A demanda por mão de obra qualificada para a área no Brasil é notória, e acreditamos ser uma ótima oportunidade de inserir, em parceria com o Inatel, o certificado HANA”, afirma o vice-presidente da Huawei, João Pedro Flecha de Lima.

Para participar do curso, não é necessária graduação na área, porém, os profissionais devem ter conhecimentos prévios em tecnologia da informação e comunicações. A primeira turma terá início em 2013 e as inscrições serão abertas através do site do Inatel Competence Center – ICC (http://www.inatel.br/icc). Os primeiros módulos serão referentes à rede de dados e LTE – HCDA and HCNA-LTE.

COMPUTERWORLD: Mais de 70 milhões acessam internet de casa ou do trabalho no País


Segundo o Ibope Nielsen, se considerados todos os locais de acesso, número de internautas no Brasil chega a 83,4 milhões


A internet no Brasil cresceu 7,2% no segundo trimestre de 2012, em comparação ao mesmo período de 2011. Agora, são 83,4 milhões de brasileiros com acesso à rede, de acordo com o Ibope Nielsen Online. Realizada a cada trimestre, a pesquisa considera os seguintes locais de acesso: domicílios, ambiente de trabalho, instituições educacionais (escola, universidade, faculdade etc.) e quaisquer outros locais públicos como bibliotecas, Lan Houses e cibercafés.

Em outro acompanhamento, realizado exclusivamente em residências e ambientes de trabalho, o mês de agosto contabilizou 70,9 milhões de pessoas com acesso à rede, dos quais 50,6 milhões estiveram ativos no período.

No ranking das categorias mais acessadas, lideram os sites de buscas, portais e comunidades (redes sociais e blogs). Juntos, esses sites foram visitados por 46 milhões de internautas.

O tempo médio de conexão dos internautas às comunidades foi de 9h53, maior média registrada entre as categorias. Em seguida, aparecem os jogos online, com 2h57; as mensagens instantâneas, com 2h50; e os acessos a e-mails, com 2h25.

G1 - Tecnologia usa o corpo humano para transferir arquivos entre aparelhos


Foto pode ser enviada de celular para PC apenas com o toque das mãos.
Com a tecnologia chamada Connected Me, corpo funciona como um cabo.
Laura BrentanoDo G1, no Rio

Jesper Rhode mostra como é possível transferir
uma foto do celular para a TV apenas com a mão
(Foto: Laura Brentano/G1)

A Ericsson apresentou durante a Futurecom, no Rio de Janeiro, uma tecnologia que usa o corpo humano para passar arquivos digitais de um aparelho para outro.

Chamada “Connected Me”, a tecnologia permite que uma foto seja enviada de um celular para um computador apenas com o toque das mãos. “Imagine que seu corpo é parte de uma rede – capaz de transmitir informações, imagens e códigos – apenas ao tocar em um objeto”, diz a companhia.

“A transferência é feita na hora que faço o contato. Nosso corpo funciona como uma antena. Emitimos e recebemos sinais eletrônicos do ar o tempo inteiro. E é essa propriedade do corpo que usamos no ‘Connected Me’”, explica Jesper Rhode, diretor de inovação da Ericsson América Latina. De acordo com a companhia, o corpo funciona como um circuito elétrico e pode ser usado na transferência como um cabo.

“O usuário incorpora uma informação digital para passar adianta”, explica Rhode. Como parte da tecnologia, cada dispositivo deve estar equipado com um pequeno circuito eletrônico. “O Connected Me poderia estar no celular. Digamos que eu decidi incorporar no meu aparelho informações sobre mim. Se um amigo também tem essa tecnologia, quando eu o cumprimentar, as informações serão passada para ele apenas pelo toque”, acrescenta Rhode.

“A tecnologia é conhecida há um tempo. A Ericsson apenas melhorou as propriedades, aumentando a capacidade de transmitir mais informações. Agora, estamos disponibilizando a tecnologia para as empresas que queiram criar aparelhos com ela”, disse Rhode.

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Pequeno circuito eletrônico nos dispositivos 
ajuda na transferência de arquivos 
(Foto: Laura Brentano/G1)

IDG Now!: Seis bilhões de pessoas no mundo têm celulares, diz estudo


Preço de serviços de tecnologia de informação e comunicação diminuiu 30% mundialmente, o que teria contribuído para o aumento do consumo


De acordo com novos dados divulgados pela União Internacional de Telecomunicações (ITU), seis em cada sete pessoas no mundo possuem um celular.

Os países em desenvolvimento já representam grande parte do crescimento móvel. O relatório The Measuring the Information Society de 2012, aponta que países como Brasil, Gana, Quênia, Ruanda e Arábia Saudita, estão entre os que mais mostraram esforços para sair do chamado "fosso digital", e representaram um total mundial de seis bilhões de assinantes móveis até o final de 2011 - sendo que um terço dessas pessoas seriam indivíduos localizados na China e na Índia.

O motivo para esse grande aumento seria a queda nos preços dos dispositivos. Segundo o relatório, o valor de compra para serviços de tecnologia de informação e comunicação (recursos como internet, Wi-Fi, telefonia móvel, TV por assinatura, computadores pessoais, entre outros) diminuiu 30% mundialmente entre os anos de 2008 e 2011. O destaque maior vai para os serviços fixos de banda larga, onde os preços médios tiveram uma drástica queda de 75%.

"Durante o ano passado, os serviços de banda larga móvel cresceram 40% globalmente e 78% nos países em desenvolvimento", disse a ITU, em um comunicado. "Existe atualmente duas vezes mais assinaturas de banda larga móvel que fixa em todo o mundo."

Outro ponto interessante foi o crescimento da banda larga em serviços móveis. Nos países emergentes, esse serviço ficou mais acessível, e pacotes ficaram mais vantajosos que pagar por serviços de banda larga fixa. Segundo a análise, espera-se que a banda larga móvel promova uma explosão de uso da Internet - que, até o final de 2011, representou 32% da parcela mundial e 24% de países em desenvolvimento.

Olhar Digital: Interação digital entre amigos supera a presencial, segundo estudo

Interação digital entre amigos supera a presencial, segundo estudo

Mesmo assim, maioria diz que "cara a cara" é importante para demonstrar sentimentos



Estudo revela que dois terços das interações entre amigos já não acontece no tradicional “cara a cara” e sim por algum meio eletrônico. A pesquisa feita pelo Docmail entrevistou mais de 2 mil adultos que declararam que ainda há amigos com quem eles apenas conversam pelo Facebook.

Até mesmo o uso de ligações telefônicas está caindo em desuso. 40% dos entrevistados afirmaram que, além de não terem visto um amigo pessoalmente, também não conversaram com eles via celular no último mês. Em média, os entrevistados mandam 140 mensagens de texto, interagem 72 vezes no Facebook e enviam cerca de 40 emails mensais.

45% dos entrevistados afirmaram que, graças à tecnologia, permanecem em contato fixo com amigos com quem mais conversam digitalmente e que as conversam costumam ser contínuas.

Apesar dos números, segundo o DailyMail, quando trata-se de expressar algum sentimento ou agradecer algo, as pessoas ainda dizem que preferem fazer isso pessoalmente. 

INFO: Esqueceu a senha? Não faz mal

Por Bruno Ferrari, da Exame

Germano Lüders/Exame
Agência do Bradesco, em São Paulo: a palma 
da mão substitui o cartão no saque nos caixas eletrônicos

São Paulo - Há uma contradição curiosa do mundo moderno: quanto mais se tem acesso a tecnologias criadas para facilitar a vida dos seres humanos, mais é preciso gastar a memória (do cérebro, não a do computador) para guardar um incontável número de senhas. Faça os cálculos: o banco pede uma senha para o cartão de débito e outra para acessar a internet.

Há uma senha para o cartão de crédito, para o e-mail pessoal e o do trabalho. Se quiser uma passagem aérea ou fazer supermercado online, lá está ela novamente. Mas há boas notícias para quem se sente refém desses códigos secretos. A era dos passwords está chegando ao fim.

A responsável pelo feito é a nova geração de sistemas de controle de identidade baseados em biometria, que substituem as letras e os números pela verificação de partes do corpo. Segundo um estudo da consultoria americana Global Industry Analysts, o faturamento desse mercado deverá triplicar nos próximos cinco anos, chegando a 17 bilhões de dólares.

Um bom parâmetro para medir o potencial dessa tecnologia é o interesse das instituições financeiras. Neste ano, os principais bancos brasileiros estão dando seu maior passo em direção ao uso da biometria para substituir senhas numéricas. Por enquanto, quem lidera a corrida é o Bradesco, que investiu um total de 80 milhões de reais em sistemas de reconhecimento.

O banco tem hoje 90% de sua base de 34 000 caixas eletrônicos no país com sensores que reconhecem a palma da mão. Até o final de outubro, metade dos 26 milhões de correntistas do Bradesco já poderá aposentar o cartão do banco nas transações feitas nos caixas de autoatendimento.

No lugar do código armazenado no chip do cartão, o sistema usará as veias da mão como senha. “É a maior mudança na forma como as pessoas sacam dinheiro desde a chegada do caixa eletrônico ao Brasil, em 1982”, diz Candido Leonelli, diretor executivo do Bradesco.

Entusiasmado com as novidades, o banco está testando para seu call center um sistema de reconhecimento de clientes baseado na frequência da voz, algo já usado pela Bell, maior operadora de telecomunicações do Canadá.

Presente na corrida tecnológica, o Itaú instalou leitores de impressão digital em 6 000 caixas eletrônicos e pretende ter 100% de suas agências com a tecnologia até o final de 2013 (o banco anunciou investimentos de 700 milhões de reais em canais de atendimento, mas não revela o valor aplicado em biometria). No Banco do Brasil, o plano é ter 5 000 terminais com leitores biométricos até o final deste ano.