quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Folha de S.Paulo: Ligação de celular refeita não gera nova cobrança a partir de hoje



A partir desta quarta-feira (27), se uma ligação de celular for interrompida por qualquer motivo e o cliente fizer uma nova chamada em até dois minutos, ela será considerada continuação da primeira.

A regra vale para usuários de todas as operadoras de telefonia móvel, em ligações tanto para telefones fixos quanto celulares, sem limite de chamadas sucessivas - desde que refeitas entre os mesmos números de origem e de destino no intervalo máximo de 120 segundos.

Para quem paga valor fixo por ligação, as chamadas sucessivas serão consideradas uma só e apenas a primeira será cobrada.

Para quem paga a ligação por tempo, o tempo de todas as chamadas sucessivas será somado e será feita uma única cobrança.

A decisão foi publicada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em 27 de novembro, vale para todos os planos oferecidos por todas as operadoras e entrou em vigor hoje.

TIM INFINITY

A medida foi criada pela superintendência de serviços móveis da Anatel e fazia parte dos planos da agência que regula o setor de telecomunicações no país para minimizar os prejuízos aos clientes das teles, que reclamam da baixa qualidade do serviço.

Ela foi divulgada uma semana após ter vindo à tona relatório que acusava a TIM de interromper de propósito chamadas feitas no plano Infinity , no qual o usuário é cobrado por ligação - e não por tempo.

RELATÓRIO

Segundo o documento, a Anatel monitorou todas as ligações da operadora entre março e maio de 2012, em todo o Brasil, e comparou as quedas das ligações de clientes do plano Infinity com os "não Infinity".

A conclusão foi que a TIM "continua 'derrubando' de forma proposital as chamadas de usuários do plano". O relatório apontava que o índice de queda de ligações no plano Infinity era quatro vezes superior ao dos demais usuários.

R$ 4,3 MILHÕES POR DIA

"Sob os pontos de vista técnico e lógico, não existe explicação para a assimetria da taxa de crescimento de desligamentos [quedas de ligações] entre duas modalidades de planos", dizia o relatório.

Um cálculo feito mostrava que as quedas geraram faturamento extra de R$ 4,3 milhões à operadora em apenas um dia. Segundo o relatório, a operadora "derrubou" 8,1 milhões de ligações em 8 de março.

DEFESA DA OPERADORA

Durante as investigações, a TIM informou que a instabilidade de sinal era "pontual" e "momentânea". Ela citou dados fornecidos à própria Anatel para mostrar que houve redução, e não aumento, das quedas de chamadas - as informações, no entanto, foram contestadas no relatório da agência.

A Anatel disse que a TIM alterou a base de cálculos e excluiu do universo de ligações milhares de usuários com problemas para dizer que seus indicadores estavam dentro do exigido.

INVESTIGAÇÃO INDEPENDENTE

Em 12 de novembro, três meses após a denúncia, a operadora informou oficialmente ao mercado que uma avaliação independente contratada pela empresa não indicou "formas propositais ou intencionais" para desconexões de suas chamadas móveis.

A avaliação realizada pela Ericsson constatou que a taxa de queda de chamadas em 8 de março foi de 2,09%, "em linha com o resultado de 2,04% gerado internamente pela TIM". O dado foi confirmado pela consultoria independente PwC (PricewaterhouseCoopers).

Codigo Fonte: Operadoras brasileiras precisam iniciar planejamento para Copa e Olimpíadas imediatamente



O Brasil tem um grande desafio pela frente: o país precisa oferecer uma boa estrutura de redes de telefonia móvel para os grandes eventos esportivos que estão prestes a acontecer no país - a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Para enfrentar esse desafio, porém, as operadoras precisarão encontrar soluções para oferecer os melhores serviços pelos menores preços. Uma dessas soluções, chamada de Key Event Experience, foi apresentada pela Ericsson na Mobile World Congress.

O diretor de Banda Larga para a América Latina da companhia, Clayton Cruz, afirma que, na verdade, tudo é apenas uma questão de preparação.

- Pode-se fazer um planejamento de quanto tráfico será gerado em determinado evento, onde esse tráfego será gerado. Pode não ser apenas no local, mas no caminho até esse local - afirmou o executivo, que comandou os projetos das Olimpíadas de Londres, e do Rock in Rio 2011.

Cruz afirma que estudos prévios de eventos com essas proporções dão a dimensão exata da infraestrutura que será necessária instalar. Ele afirma que já está em contato com as operadoras brasileiras, para que elas entendam o que precisa ser feito.

- Planejar uma rede, implementar alterações e otimizar não se faz em uma semana, às vezes meses. Ainda temos tempo, desde que o trabalho comece já - afirmou Cruz.

A grande solução da companhia para este tipo de evento é o "Cell on Wheels", algo como "células sobre rodas", que são bases móveis, que podem ser deslocadas de acordo com a necessidade.

Clayton Cruz acredita que o "Cell on Wheels" vai preencher lacunas em eventos massivos, pois em geral, grandes eventos não possuem problemas de cobertura, mas sim de capacidade das redes.

- Estamos vendo uma nova atitude dos usuários com a massificação dos smartphones, que consome mais dados da rede. E isso precisa ser levado em conta - afirmou.

TI INSIDE: Operadoras móveis precisam buscar parcerias para chegar na nuvem



O desafio é gigantesco: preparar empresas que tradicionalmente só vendem conectividade para prestarem serviços em nuvem. Isso, em um ambiente em que as redes enfrentam a pressão do crescente tráfego de dados e exigem investimentos pesados. Esse é o momento complicado vivido pelos operadores de telefonia celular e retratado com um certo tom de preocupação no Mobile World Congress, que aconteceu esta semana em Barcelona. A razão para algum receio é simples: hoje, quem inova e quem domina o mercado de aplicativos e conteúdos digitais são as empresas de Internet. As operadoras de rede vendem, essencialmente, o tráfego dos bits pela infraestrutura.

"As operadoras estão essencialmente grandes demais para conseguir inovar nesse ambiente", disse Joachin Horn, CTIO da operadora Tele2, que tem cerca de 35 milhões de clientes e opera em 11 países da Europa. Para ele, a oferta de serviços em cloud é um risco para as empresas, porque envolve um aprendizado em uma área que elas não atuam, mas também é uma oportunidade para recolocá-las no jogo dos conteúdos. "O segredo é oferecer o básico, fazer tudo de forma mais padronizada possível, porque assim o risco de errar é menor", disse.

Enquanto usuárias de aplicações em cloud, Horn disse que os sistemas de uma operação de telecomunicações são muito atrelados à rede e é difícil separar as duas coisas.

Kevin Johnson, CEO da Juniper, acredita que as operadoras de rede estão em uma posição importante para explorar o negócio de serviços em nuvem por terem domínio de uma parte crítica, que é a infraestrutura. "A rede é o core de uma operação em cloud". As oportunidades são grandes, diz ele. Hoje o mercado de cloud para empresas já passa de US$ 30 bilhões e no segmento pessoal é ainda maior, da ordem dos R$ 220 bilhões, se somar publicidade online, comércio eletrônico e transações financeiras.

Parcerias

Drew Houston, fundados da Dropbox, empresa de armazenamento de conteúdos em nuvem, disse que o grande diferencial dos inovadores que já estão atuando no desenvolvimento de aplicações e conteúdos cloud é o foco. "Isso não há como as operadoras terem. Por isso o caminho é o das parcerias. Depois que passamos a nos aliar a outros desenvolvedores de aplicativos (que usam o Dropbox como ferramenta de compartilhamento e armazenamento), fabricantes de handsets (que embarcam o aplicativo e oferecem capacidade em nuvem como diferencial) e operadoras, nossa base de usuário dobrou em apenas 12 meses", diz. Os números da Dropbox são impressionantes: 100 milhões de usuários, mais de 1 bilhão de arquivos transferidos ao dia. 

Folha de S.Paulo: Comissão Europeia promete investir 50 milhões de euros em tecnologia 5G

A Comissão Europeia vai investir € 50 milhões (cerca de R$ 130 milhões) para impulsionar a tecnologia de telefones celulares de quinta geração (5G), afirmou na terça-feira (26) a vice-presidente dessa instituição da União Europeia, Neelie Kroes, no MWC (Mobile World Congress).

Neelie apresentou o plano europeu para as conexões sem fio dos próximos anos, por meio do qual a comissão potencializará o desenvolvimento da tecnologia sucessora do 4G, colocando a Europa no topo da indústria de telefonia móvel mundial.

"Quero que a Europa seja a pioneira na tecnologia 5G, com base em pesquisas feitas no continente e que, além disso, seja geradora de empregos", disse Neelie.

A vice-presidente defendeu ainda a criação de um mercado único digital europeu que permitiria contemplar o espectro do continente "como um todo" e serviria para facilitar o acesso aos serviços e tornar a vida dos cidadãos mais cômoda graças à tecnologia móvel.

Neelie Kroes fala durante evento sobre lei de meios 
de comunicação, na França. 

EMPREENDEDORISMO

No MWC também foi apresentado o UnX, a primeira comunidade de âmbito ibero-americano criada para oferecer aos empreendedores digitais uma plataforma na qual podem aprender e compartilhar suas conquistas e experiências.

Essa iniciativa começou com um teste-piloto no último mês de outubro na Espanha e agora chega ao outro lado do Atlântico para a toda a América Latina, com conteúdo em espanhol e português.

Os membros do UnX poderão trocar experiências e conhecimentos profissionais e ter acesso de forma totalmente gratuita a um catálogo de cursos por meio da internet desenvolvidos por professores de prestígio.

Entre outras novidades, a Telefónica anunciou o acesso a internet por banda larga móvel combinando a tecnologia wi-fi com a rede de quarta geração LTE e a 3G num futuro próximo.

O fabricante japonês de celulares Fujitsu vai chegar ao mercado europeu em junho com o Stylistic S01, um smartphone específico para pessoas idosas.

INFO: Novos gadgets surgem por causa de redes rápidas



As redes, quer de banda larga móvel de altíssima velocidade, Wi-Fi, ou uma combinação de ambas, estão adicionando atrativos aos novos produtos móveis, em um momento no qual a evolução no design de smartphones e tablets está desacelerando.

O smartphone mais rápido do planeta, novos "phablets" - com tamanho intermediário entre um celular e um tablet - e tablets pequenos otimizados para vídeos e para operar múltiplos aplicativos em redes 4G de telefonia móvel são os principais destaques no Mobile World Congress, em Barcelona.

As redes agora permitem que milhões de outros aparelhos, de cafeteiras a bicicletas, se tornem "inteligentes".

A fabricante de chips Qualcomm, por exemplo, mostrou uma casa conectada na qual um smartphone pode ser usado para ligar uma cafeteira, e os alto-falantes tocam um som quando você entra na sala, porque detectam o celular no seu bolso.

Inovações como essas são possibilitadas pela AllJoyn, uma estrutura de software de fonte aberta compatível com os sistemas operacionais móveis Android, Windows e iOs, que permite que aparelhos se comuniquem uns com os outros diretamente, sem necessidade de um servidor.

"Estamos fazendo da Internet uma combinação contínua entre o mundo físico e o digital", disse Brian Spencer, engenheiro do centro de inovação da Qualcomm.

O grupo de telecomunicações norte-americano AT&T, enquanto isso, vai adicionar a casa e o carro dos usuários aos contatos de seus smartphones.

O Digital Life é um produto que permite que um usuário automatize e monitore sua casa remotamente, e substitui a Verizon Communications como parceiro do sistema de conexão online OnStar usado nos carros da General Motors.

Glenn Lurie, presidente de empreendimentos emergentes da AT&T, anunciou que o próximo passo seria unir os dois produtos, criando um ecossistema inteligente dedicado às necessidades do indivíduo.

"Quando minha mulher chega de carro em casa e abre a porta da garagem, a casa vai saber que ela chegou, destrancará a porta e acionará o termostato; o futuro será assim", disse Lurie.

PRÓXIMA GRANDE NOVIDADE

Enquanto isso, os aparelhos vestíveis são a próxima grande tendência na conexão, dizem observadores do setor. O Google mostrou no YouTube, na semana passada, alguns dos recursos do Google Glass, um óculos que permite que o usuário veja informações e grave vídeos.

A Apple, enquanto isso, está testando o design de um aparelho inteligente semelhante a um relógio de pulso, produzido com vidro curvo, de acordo com uma reportagem do jornal New York Times.

Em Barcelona, muitos dos aparelhos vestíveis tinham funções de controle da saúde.

Um monitor de açúcar no sangue está em uso por ciclistas, e os dados são enviados em tempo real a um smartphone Sony Xperia preso ao guidão. As leituras podem ser enviadas a um médico, por meio de uma conexão móvel segura.

O aparelho será usado por uma equipe de diabéticos que fará uma viagem de bicicleta de Bruxelas a Barcelona no mês que vem, segundo Adam Denton, o organizador da viagem.

A maioria dos smartphones e tablets novos exibidos no evento, porém, não mostram novidades ante o formato de tela de toque popularizado pela Apple e pela Samsung Electronics.

A Huawei se destacou dos concorrentes ao enfatizar a velocidade de conexão de seu principal modelo de smartphone, o Ascend P2, enquanto a japonesa NEC adotou uma abordagem nova quanto à forma dos smartphones ao oferecer um modelo com tela frontal e traseira que, desdobradas, resultam em um tablet com tela de 5,6 polegadas.

Olaf Swantee, presidente-executivo do grupo de telecomunicações britânico EE, disse que as redes mais rápidas estavam mudando a maneira pela qual as pessoas usam seus aparelhos e os projetos dos fabricantes para seus novos modelos.

"A miniaturização era a grande tendência, anos atrás, mas agora que os clientes podem fazer muito mais com suas telas, estamos vendo uma maximização do tamanho das telas pelos fabricantes, e não uma minimização".

G1: Ataque sofisticado que usou falha no Reader atacou usuários no Brasil


Exemplo de postagem no Twitter que pode ser 
lido pela praga para executar comandos nos 
sistemas infectados.

A fabricante de antivírus Kaspersky Lab e o laboratório CrySys divulgaram nesta quarta-feira (27) relatórios que descrevem mais um ataque sofisticado e direcionado a alvos específicos usando um vírus até então desconhecido. O ataque infectou sistemas em 23 países, sendo um deles o Brasil, mas o nome das organizações atacadas não foi revelado.

O vírus foi batizado de "Miniduke" por semelhanças ao vírus de espionagem Duqu, também usado em ataques direcionados e sofisticados. Não há como dizer, porém, se os dois ataques foram realizados pelo mesmo grupo.

A sofisticação do ataque começa na brecha de segurança usada para infectar os sistemas. Os hackers enviaram documentos PDF preparados cuidadosamente e, segundo a Kaspersky, com conteúdo altamente relevante para as vítimas. Quando abertos, os documentos exploravam uma falha dia zero (sem correção) no Adobe Reader. Essa falha é a mesma que foi identificada pela empresa FireEye na metade de fevereiro.

Depois, o vírus instalado no sistema faz uma verificação para saber se o computador atende a alguns requisitos. Feito isso, ele instala um software programado em Assembly - uma linguagem de programação de baixo nível, com comandos diretos ao processador, o que gera um código rápido e pequeno. Em apenas 20 KB, a praga consegue se comunicar com um servidor de controle e baixar códigos e executar comandos remotos no sistema alvo.

Além de altamente eficiente, o código também inclui funções destinadas a dificultar a análise do programa malicioso. De acordo com a Kaspersky, a programação é "old school", ou seja, diferente das pragas digitais modernas, que chegam a ter vários megabytes de tamanho.

Para encontrar os endereços dos servidores de controle, o código busca por usuários específicos no Twitter. Lá, tuites deixados pelos invasores trazem um código, que é decodificado pelo vírus. Caso o Twitter esteja bloqueado, o vírus é capaz de encontrar o mesmo código em buscas no Google. Qualquer arquivo baixado pelo vírus tem a extensão GIF e traz uma imagem válida, com o código adicional escondido.

A Kaspersky Lab conseguiu acesso a um dos servidores de controle, identificando um total de 59 vítimas espalhadas por 23 países: Bélgica, Brasil, Bulgária, República Tcheca, Geórgia, Alemanha, Hungria, Irlanda, Israel, Japão, Letônia, Líbano, Lituânia, Montenegro, Portugal, Romênia, Rússia, Eslovênia, Espanha, Turquia, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos

IDG Now!: Empresa usa "impressão digital" de dispositivo para bloquear ataques



A Juniper Networks lançou um pacote de produtos e serviços de segurança para proteger redes corporativas, afirmando que quando se trata de medidas defensivas, ataques podem ser melhor prevenidos determinando o que ela chama de "impressões digitais" (fingerprinting) dos dispositivos, em vez de bloquear com base somente em endereços IP.

"Simplesmente não é prático ou eficaz se concentrar em bloquear endereços IP", disse o vice-presidente e gerente geral de segurança da Juniper, David Koretz.

Em uma estratégia para diferenciar a empresa de seus concorrentes, a Juniper atualizou a sua linha para proteção de aplicações Web, anti-DDoS e Serviços SRX Series Gateways para identificar um ataque por meio de um método diferente do tradicional.

Koretz argumenta que fingerprinting é muito mais eficaz e preciso na prevenção de ataques, e acrescenta que serviços de análise de reputação com base no endereço IP não valem a pena.

Quando uma invasão em curso é detectada, o sistema Juniper irá capturar uma ampla gama de dados sobre o dispositivo invasor, pegando a "impressão digital" dele e o bloqueando no futuro.

Além disso, as informações sobre o fingerprinting daquele equipamento serão compartilhadas entre aparelhos Juniper e outros por meio de um serviço em nuvem chamado Spotlight Junos Secure em nome de todos os clientes cadastrados.

Bloquear ataques baseados em endereços IP é um método tradicional, mas essa tática tem seus inconvenientes - especialmente quando os servidores proxy são comumente usados para garantir anonimato dos funcionários, ressalta Koretz.

A nova estratégia da Juniper parece ter recebido apoio de clientes. O vice-presidente sênior e CIO da Revlon, David Giambruno, disse em uma declaração que ele vê os novos produtos como "um passo na direção certa", porque "as proteções atuais precisam evoluir além dos bloqueios baseados em IP para a prevenção definitiva de ataques."

TI INSIDE: Tecnologia Liquid App, da NSN, deve ser testada em estádio brasileiro



A principal novidade trazida pela Nokia Siemens Networks ao Mobile World Congress deste ano foi a tecnologia chamada de Liquid App. Trata-se, em essência, de uma tecnologia de distribuição em que o servidor onde ficam armazenados os conteúdos está localizado na ponda da rede, junto à estação base (BTS) de acesso móvel. Com isso, o tráfego gerado em função da demanda daquele conteúdo fica restrito ao acesso final de rádio, entre a antena e o handset do usuário, sem impactar o backhaul e o core da operadora. A tecnologia é, em essência, bastante simples, pois consiste em um módulo ligado à BTS com uma grande capacidade de armazenamento, e um sistema de controle instalado junto aos demais controles da operadora. Segundo o CTO da Nokia Siemens Networks do Brasil, Wilson Cardoso, a tecnologia abre uma nova possibilidade para as operadoras, capilarizando o conceito de CDN (Content Distribution Network), essencial em redes de banda larga, até o acesso final móvel. Além disso, para sites remotos, onde o backhaul depende de links de rádio ou satélite, o Liquid App ajuda a economizar tráfego. Também é uma aplicação que faz sentido para distribuição de conte'dos regionais, projetos governamentais que impliquem a distribuição de grandes quantidades de conteúdos regionalmente e também para publicidade móvel, já que a solução permite cruzar informações sobre os usuários que estão em determinadas células ou regiões com os conteúdos que possam ser exibidos para estes usuários.

Mercado de CDNs

Outra aposta da NSN é que a tecnologia ajude a aliviar a rede em ambientes de grande concentração e uploads, como estádios de futebol, em que conteúdos filmados ou fotografados tendem a ser compartilhados imediatamente. "Em vez do conteúdo trafegar em toda a rede, ele vai para o módulo do Liquid App e de lá, aos poucos, ele é transmitido para o restante da rede, sem que o usuário precise esperar", diz Cardoso.

Uma das primeiras implementações do Liquid App, ainda em caráter experimental, será durante a Copa das Confederações em Recife. Segundo o executivo da NSN, a ideia é ter essa tecnologia disponível em dias de jogos, com grande concentração de pessoas, para que sejam feitas distribuições de conteúdos específicas para esse público e também para absorver o tráfego de upload. Cardoso não revela a operadora parceira. 

INFO: MEC quer dar acesso ao livro digital até 2015



Em 2013, a estudante Beatriz Aguiar ingressou no 1º ano do ensino médio em uma escola particular de Brasília. Além de todas as mudanças já esperadas para o período, mais uma: o material escolar agora não ocupa mais do que o espaço de um tablet na mochila. Por quatro parcelas de R$ 277 ela comprou as obras que serão usadas e atualizadas durante o período letivo. O Ministério da Educação (MEC), planeja, para os próximos anos, dar acesso a esse material aos alunos da rede pública.

Consta no edital para os livros a serem distribuídas em 2015 pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) a inscrição de obras multimídia, que reúnam livro impresso e digital. Eles deverão ter vídeos, áudios, animações, infográficos, mapas interativos, páginas da web e outros objetos que complementarão as informações contidas nos textos escritos. "Além de termos acesso aos textos, temos outros recursos para ajudar no aprendizado, eu estou gostando muito", diz Beatriz. Nesta quarta-feira é comemorado o Dia Nacional do Livro Didático.

Segundo a pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Priscilla Tavares, "avaliações do ensino reportam que os alunos não frequentam a biblioteca por falta de interesse pela leitura. Por outro lado, além de atrair, essas obras têm alcance restrito: o aluno, em casa, pode não ter computador ou internet". Dados do Ibope Media mostram que no terceiro trimestre de 2012, 94,2 milhões de brasileiros, menos da metade (47,5%), tinham acesso à internet.

Priscilla afirma também que os meios digitais podem ajudar no desempenho dos estudantes ou atrapalhar.

Um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de 2007 concluiu que as escolas com acesso à internet têm maior eficiência, que se reflete no desempenho dos estudantes. O mesmo estudo mostrou que os laboratórios podem ser mal utilizados, levando ao pior desempenho por "alocar equivocadamente” o tempo dos estudantes. "Os alunos estão adaptados, têm maior convívio com os meios digitais, mas muitos professores não têm esse conhecimento. O recurso audiovisual é bom quando se sabe usar", diz a pesquisadora.

Tablets - Para melhorar o acesso, o MEC já distribuiu 382.317 tablets. A meta é chegar a 600 mil até o final deste ano. Na primeira etapa os equipamentos serão destinados a professores de escolas de ensino médio. Apenas o Amapá e o Maranhão não aderiram ao programa. Estão previstos conteúdos de domínio público, outros disponibilizados pelo MEC e pela Khan Academy. Por ano, o ministério investe cerca de R$ 1 bilhão pelo PNLD.

De acordo com o presidente Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), o setor busca o aperfeiçoamento na área para atender à demanda cada vez maior. Ele explica, no entanto, que os preços não devem sofrer muitas alterações: "É possível que fique mais barato com a eliminação da cadeia de custo do papel. No entanto, surge outra cadeia, que envolve hospedar a obra em algum servidor para acessá-la pela internet entre outros. No fim, trocam-se alguns custos por outros".

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara defende um modelo já adotado nos Estados Unidos, o chamado Recursos Educacionais Abertos (REA), por meio do qual o governo compra os direitos autorais das obras. Isso permitiria que os professores tivessem acesso facilitado não apenas a uma obra por disciplina (como ocorre pelo PNLD), mas a todas as disponibilizadas pelo MEC.

"O professor pode usar 20, 30 obras, variando em cada aula como achar melhor". O REA consta no Projeto de Lei 1513/2011, em tramitação na Câmara dos Deputados. A Abrelivros adianta que caso o modelo passe a vigorar, deverá ser cobrado um valor adequado à disponibilização do conteúdo.

TI INSIDE: Receita mundial do setor móvel não acompanhará crescimento de acessos



O mercado móvel global continua em ritmo forte de crescimento, mas já é possível identificar uma desaceleração para os próximos anos. Segundo pesquisa da GSMA com a A.T. Kearney divulgada durante a Mobile World Congress, em Barcelona nesta semana, o número de acessos vai crescer 42,6% entre 2012 e 2017, ao passo que a receita do setor de telecomunicações móveis aumentará 25%. São dados de uma pesquisa complexa e detalhada que apontam para uma necessidade urgente de otimização de infraestrutura e espectro.

As conexões globais somaram 6,8 bilhoes em 2012 e deverão subir para 9,7 bilhões em 2017, um crescimento médio anual (CAGR) de 7,6%. Apesar de forte, é um resultado inferior ao registrado entre 2008 e 2012, quando o aumento médio era de 13,7%. Mas ainda é uma explosão de conexões.

Segundo o estudo, o salto acontece porque as tarifas on-net levam usuários a terem mais de um SIMcard e porque um mesmo usuário contará com mais de um dispositivo conectado. Tanto que a proporção crescerá de 2,1 SIMcards por pessoa para 2,5 em 2017 no mundo. Além disso, o aquecimento do mercado de comunicação máquina-a-máquina (M2M, que responderá por 13% de todas as conexões em 2017 contra apenas 4% em 2013) adiciona ainda mais acessos ao número total.

O número de assinantes no mundo subirá de 3,2 bilhões em 2012 para 3,9 bilhões em 2017, o que representará 80% da população adulta global. Juntas, as regiões da América Latina e da África serão responsáveis por 20% do total de conexões no período, representando 595 milhões de novas conexões. A razão para o grande crescimento nessas regiões é a queda de preços, aumento do poder aquisitivo, falta de alternativas economicamente viáveis (como linhas fixas) e investimento de operadoras móveis em infraestrutura em áreas rurais.

A penetração de acessos por habitante varia de 142% na Europa em 2012 para 72% na África, enquanto na América Latina é 118%. Em quatro anos, essa taxa subirá para, respectivamente, 214%, 97% e 155%.

Já a proporção global entre acessos pré-pagos e pós-pagos é de 77% e 23%, respectivamente. Na América Latina, essa relação é de 80% e 20%, enquanto na América do Norte há uma taxa muito maior de pós-pagos: 75%, contra apenas 25% de pré-pagos.

Impacto no setor

As receitas do setor (incluindo operadoras, fornecedores, fabricantes etc) no mundo deverão acumular US$ 9,1 trilhões entre 2013 e 2017. O crescimento anual médio das receitas é de 5%, saindo do US$ 1,6 trilhão registrado em 2012 para US$ 2 trilhões em 2017. Mas haverá uma discrepância entre as receitas para operadores de rede e o crescimento da utilização por conta da queda nos preços. O ARPU (receita média por usuário) tem caído 8% ao ano em média, chegando a US$ 14 anuais. As principais reduções são na África (queda de 10%) e Europa (declínio de 7%). Considerando apenas a receita média por assinante (ARPS), a queda é atenuada para CAGR de 4%.

A contribuição do ecossistema móvel para o produto mundial bruto (PMB, ou seja, a soma de produto interno bruto de todos os países) é de US$ 10,5 trilhões no acumulado entre este ano e 2017. A contribuição para os cofres públicos é de US$ 2,6 trilhões no mesmo período, como resultado das aquisições de espectro e impostos. A pesquisa afirma que a infraestrutura para serviços móveis agora é tão importante para a economia de um país quanto é a rede elétrica ou de transporte e que, por isso, é fundamental um comprometimento financeiro estruturado de maneira justa e previsível para sustentar o setor.

A A.T. Kearney diz que novas tecnologias e algorítmos de codificação conseguirão compactar ainda maior capacidade para o espectro existente, mas como é um bem limitado, as frequências disponíveis não serão capazes de suportar o crescimento indefinidamente. Por conta disso, a firma diz que o dividendo digital "precisa ser liberado para (a telefonia) móvel", mas de forma cautelosa para que sua utilização seja planejada com antecedência, garantindo a capacidade de acordo com a demanda futura. 

COMPUTERWORLD: Para RSA, segurança inteligente é a única forma de se proteger contra ataques



Os últimos anos marcaram um expressivo aumento nos ataques a empresas. Até organizações tecnologicamente avançadas como Apple e RSA foram invadidas. A lição aprendida pela RSA, divisão de segurança da EMC, foi que somente segurança inteligente pode proteger das ameaças. O modelo detecta e lida com desafios rapidamente minimizando os problemas causados pelos cibercriminosos.

“Segurança inteligência está se tornando realidade, não é mais um sonho. Organizações devem entender o risco e quem elas precisam proteger”, diz Art Coviello, presidente-executivo da RSA. 

Ele explica que a RSA faz isso a partir da análise de grandes quantidades de dados, mas o quadro também demanda conhecimento dos profissionais para operar sistemas e compartilhamento de informações entre a indústria de segurança, discurso que o executivo vem pregando desde a abertura do RSA Conference, que acontece de 25 de fevereiro a 1º de março em San Francisco, nos Estados Unidos.

Segundo ele, a RSA troca informações com Microsoft, Juniper Netoworks e outras fabricantes do setor para ajudar empresas a entender ameaças externas e contribuir para que elas tomem medidas imediatas.

O executivo reconhece que as companhias não estão totalmente preparadas para abraçar o modelo de segurança inteligente, mas há um trabalho de conscientização em curso que está contribuindo para que esse cenário mude. “Elas precisam melhor entender os riscos e implementar tecnologias orientadas para Big Data”, aconselha.

(*) A jornalista viajou a San Francisco, nos Estados Unidos, a convite da RSA

    INFO: Tatuagem eletrônica monitora sinais cerebrais



    O professor de bioengenharia Todd Coleman da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, criou uma tatuagem eletrônica. Ela é capaz de monitorar os sinais cerebrais dos pacientes.

    Coleman criou sensores ultrafinos e flexíveis que podem ser colocados na pele temporariamente. Eles conseguem monitorar a atividade cerebral e evitar que os pacientes tenham que fazer alguns exames médicos, como o eletroencefalograma. Por ser um método de interação entre o cérebro e a máquina de forma pouco invasiva e com a transmissão de dados sem fio, o aparelho foi apelidado de tatuagem eletrônica.

    O dispositivo é feito de camada de poliéster plástico. Isso permite que ele possa acompanhar o movimento natural da pele humana e ter boa durabilidade. Ele tem menos de 0,1 milímetro de espessura, ou seja, é fino como um fio de cabelo e fica imperceptível quando gruda no corpo.

    Dentro dele fica um circuito com células solares. Elas captam os sinais elétricos das ondas cerebrais e sensores térmicos para monitorar a temperatura da pele, além de detectores de luz, que analisam os níveis de oxigênio no sangue.

    O objetivo de Coleman com sua criação é impedir que a interface cerebral fique restrita a laboratórios. Isso porque o sistema tem potencial para ser usado como uma ferramenta de interação social ou para operar máquinas e sistemas à distância com o poder da mente.

    Eles também podem ser aplicados em outras partes do corpo, como garganta ou membros para monitorar a atividade muscular de braços e pernas de atletas. Segundo Coleman, isso faz com que sensores captem sinais elétricos dos músculos da garganta para que as pessoas também se comuniquem por pensamento.