segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Secom: Projeto RH Bahia conclui segunda fase das ações em fevereiro de 2015

Projeto RH Bahia conclui segunda fase das ações em fevereiro de 2015 
 
A segunda fase das ações do Projeto RH Bahia, iniciativa da Secretaria da Administração (Saeb), em parceria com a Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), está com a conclusão prevista para o mês de fevereiro de 2015.
Sessenta e sete órgãos, incluindo empresas públicas, autarquias e outras instituições da administração direta e indireta, estão envolvidos neste processo, que resultará no novo sistema de gestão de recursos humanos do Estado, promovendo a racionalização e otimização dos gastos com o funcionalismo e mais transparência para a sociedade. Em 2014 foram planejadas e executadas as fases 1 e 2, do total de cinco fases.

A segunda fase, em andamento, é denominada de Business Blueprint (BBP) e consiste da discussão dos processos de recursos humanos, contemplando as respectivas revisões para, posteriormente, consolidar a implantação do sistema SAP, tendo como premissa a máxima sistematização desses processos. Ao todo, 27 processos já foram revistos e homologados. Para tanto, a equipe do projeto se reuniu com representantes dos órgãos para discutir, atender e contemplar todas as necessidades específicas das instituições.

A iniciativa é pioneira no país na modernização da gestão pública. Desde o início, outras ações foram realizadas para envolver os órgãos e empresas públicas. O objetivo é a utilização do SAP, como ocorreu no encontro com os gestores de RH do Estado, realizado em maio deste ano, e do talkshow com representantes das empresas públicas que farão parte da primeira fase de implantação do projeto, ocorrido em setembro.

Benefícios

Entre os ganhos com a implantação do SAP, está o resgate do histórico funcional - informações veiculadas no Diário Oficial do Estado e nos prontuários nos últimos 33 anos - dos 186 mil servidores ativos. Em outra frente, está o aprimoramento dos processos de gestão de carreiras e talentos, alto nível de integração e segurança, maior economia financeira para o Estado com a automatização dos processos e a redução da quantidade de possíveis inconsistências na folha de pagamento.


Info: Hackers atacam rede Tor e grupo Anonymous reage

Hackers atacam rede Tor e grupo Anonymous reage
                                                                                                                                Lucas Agrela

Depois de supostamente promover ataques às redes dos consoles PlayStation e Xbox, os hackers do Lizard Squad fizeram um novo alvo nesta semana: a rede Tor, que permite navegação anônima na internet, bem como acesso à Deep Web.

Os autointitulados hacktivistas do grupo Anonymous não foram favoráveisao ataque e publicaram mensagens no Twitter pedindo que o bombardeio de acessos simultâneos, que poderia tirar o Tor do ar, parasse.

“Não mexa com a rede Tor. As pessoas precisam desse serviço por causa dos governos corruptos, fiquem longe”, escreveu o grupo Anonymous em um de seus perfis no microblogue.

Segundo o The Verge, os responsáveis pelo Tor identificaram o ataque no começo da semana e criaram cópias de segurança para os diretórios para que a rede se mantivesse no ar. A técnica usada é a criação de relays maliciosos, o que pode permitir roubo de dados de usuários. Em certo momento durante o ataque, dos 10 mil relés, entre 3 mil e 6 mil eram do Lizard Squad.

Os responsáveis pela rede Tor informaram que o ataque não causou danos e os relays estão sendo removidos. Contudo, o Anonymous diz ter hackeado o e-mail de um dos integrantes do Lizard Squad, como forma de retaliação.

Info: Este drone pode te salvar de um afogamento

Este drone pode te salvar de um afogamento  
Adeline Daniele

Os drones começaram a se popularizar e se tornaram item de desejo de muitos norte-americanos nesse Natal.

Além disso, eles já possuem uma bela reputação por várias funções bem úteis para a humanidade, seja como ferramenta de monitoramento de áreas, entrega de encomendas, localização de pessoas perdidas ou flagrando a caça ilegal de animais em determinadas regiões.

Mas, nada faria de um drone tão útil quanto salvar a vida das pessoas evitando, por exemplo, que elas se afoguem no mar. E é exatamente esse o objetivo do Projeto Ryptide.

Criado por Bill Piedra com um grupo de alunos da escola King Low Heywood Thomas, em Connecticut, a pequena boia salva-vidas pode ser acoplada em qualquer drone que possa carregar uma GoPro.

O uso do equipamento é bem simples e rápido. Basta voar com o robô até o local onde uma pessoa está se afogando e apertar um botão para jogar o salva-vidas na água. Ao tocar na superfície molhada, o equipamento libera uma carga de CO2 para encher a boia em formato de anel.

Os criadores do projeto pretendem lançar o produto pelo Kickstarter no próximo ano, em um modelo compatível com o popular drone chamado DJI Phantom, que pode ser comprado por 99 dólares.

Se a iniciativa der certo, quem sabe no próximo verão não teremos uma solução eficaz para evitar que centenas de banhistas se afoguem nas praias brasileiras?

Info: Empresa inventa papel luminoso que pode até ser dobrado

Empresa inventa papel luminoso que pode até ser dobrado                                                                                                                             Maurício Grego

O que você faria com uma folha de papel que pode funcionar como luminária, emitindo luz branca e intensa? A empresa americana Rohinni está tentando descobrir.

Seus engenheiros criaram o Lightpaper, um material inovador que parece papel, mas se ilumina quando energizado. Para fabricá-lo, a empresa misturou LEDs microscópicos com uma tinta branca especial. São LEDs tão pequenos como um glóbulo vermelho em nosso sangue.

A tinta é aplicada a uma superfície condutora de eletricidade. Depois, essa lâmina é recoberta por duas outras camadas, uma em cada face. Basta, então, ligar alguma fonte de eletricidade às duas superfícies. A corrente elétrica que flui entre elas faz com que os LEDs se acendam.

O Lightpaper não serve para telas de dispositivos digitais, já que ele não pode exibir imagens. Além disso, por enquanto os engenheiros ainda não conseguiram fazer com que os LEDs fiquem perfeitamente uniformes. Isso faz com que haja irregularidades na luz emitida.

Mesmo assim, essa tecnologia pode ter aplicações em sinalização e iluminação. Poderá ser usada em logotipos impressos em aparelhos eletrônicos e automóveis, por exemplo.

Placas de trânsito seriam muito mais visíveis à noite se fossem feitas de Lightpaper. Ciclistas poderiam pedalar com mais segurança no escuro se usarem roupas com faixas desse material.

A empresa disse ao site FastCompany que vem negociando o uso prático do Lightpaper com outras companhias. É possível que as primeiras aplicações comerciais apareçam já na metade de 2015.

Info: Startup transforma veículos em roteadores Wi-Fi pelas cidades

Startup transforma veículos em roteadores Wi-Fi pelas cidades

Adeline Daniele


A cidade de Porto, em Portugal, inaugurou um novo recurso que permitirá o acesso à internet por milhares de cidadãos ao transformar mais de 600 ônibus e táxis em roteadores Wi-Fi.

Além de transformar os meios de transporte em pontos de acesso à internet, a tecnologia ajudará a prefeitura a coletar dados para ajudar no planejamento urbano da cidade.

Por meio de sensores instalados nos veículos, será possível detectar os pontos que precisam de reparos nas estradas, já que o aparelho registra e transmite qualquer colisão que possa acontecer devido a buracos e outros problemas.

Sensores instalados pelas lixeiras da cidade também poderão dizer se elas estão cheias para que a prefeitura faça a coleta do material, mantendo a cidade sempre limpa.

Criada por uma startup chamada Veniam, originada na Universidade do Porto, a tecnologia serve cerca de 70 mil pessoas por mês e já atraiu entre 50 a 80% de tráfego de usuários que antes tinham que usar os dados móveis para navegar na web.

A empresa recebeu 4,2 milhões de dólares por meio do financiamento de capital de risco e já estabeleceu sua sede em Montain View, na California. Ao site Mashable, o fundador da Veniam e professor associado da Universidade do Porto, João Barros, afirma que pretende expandir o serviço para mais cidades.

Info: Claro acaba com velocidade reduzida de internet móvel a partir de hoje

Claro acaba com velocidade reduzida de internet móvel a partir de hoje

Lucas Agrela
A partir deste domingo (28), a operadora Claro passa a cortar a internet móvel dos clientes que já tiverem consumido o pacote de dados previamente contratado, deixando de oferecer a navegação com “velocidade reduzida”.

Quem quiser continuar a acessar a internet após o consumo da cota de dados precisará comprar pacotes adicionais de 10 MB, 20 MB ou 40 MB, ou pacotes mensais de 225MB e 450MB.

“A medida visa permitir que nossos clientes utilizem seus pacotes de internet sempre em alta velocidade, sem o incômodo de ter a velocidade de navegação reduzida após o consumo de sua franquia”, de acordo com nota oficial da Claro, enviada a INFO no começo do mês.

Os clientes da operadora podem consultar gratuitamente o saldo do pacote de dados ligando para o número *1052#.

As operadoras TIM, Vivo e Oi também anunciaram medidas semelhantes.

G1: Coreia do Norte acusa Obama de agir como 'macaco em floresta tropical'

Governo norte-coreano usou ofensas racistas contra o presidente em reação à exibição do filme 'A Entrevista'.
Cartaz do filme 'A entrevista'; longa pode ser poderoso contra regime norte-coreano, segundo correspondente da BBC (Foto: Reuters)

A Coreia do Norte acusou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de agir como "um macaco numa floresta tropical", em mais uma crítica pelo lançamento do filme "A entrevista", e culpou o governo norte-americano pela interrupção da internet no país.

A comédia, que gira em torno de um plano fictício para matar o líder norte-coreano, Kim Jong-un, foi lançada no Natal, após a estreia ter sido cancelada pela Sony Pictures devido a um ataque virtual e ameaças.

A decisão de cancelar o lançamento foi fortemente criticada, inclusive por Obama, sob o argumento de que a liberdade de expressão estava sob ameaça.

Em comunicado divulgado neste sábado, o porta-voz da Comissão de Defesa Nacional norte-coreanA criticou fortemente os EUA pelo "filme desonesto e reacionário que fere a dignidade da liderança suprema da Coreia do Norte e provoca terrorismo".

Segundo o documento, Obama é "o principal culpado que forçou a Sony Pictures Entertainment a distribuir indiscriminadamente o filme", chantageando cinemas nos EUA.

"Obama é sempre imprudente em palavras e atos, como um macaco numa floresta tropical."

A grande dificuldade de Kim Jong-un é que A Entrevista - que apresenta o líder norte-coreano como um bobo maligna e vão - tem sido amplamente visto como engraçado e perspicaz, disse o correspondente da BBC em Seul, Stephen Evans.

Se ativistas contrabandearem o filme para a Coreia do Norte em pen-drives, como já fazem com outros filmes, o longa poderá revelar-se bastante poderoso, disse Evans.

O ataque
A comissão norte-coreana também acusou Washington de, "sem fundamentos", responsabilizar a Coreia do Norte pelo ataque virtual à Sony.

Inicialmente, a Sony Pictures havia cancelado a extreia do filme, após sofrer um ataque cibernético sem precedentes de um grupo que se autodenomina Guardiães da Paz.

Os hackers que invadiram a Sony também ameaçaram atacar cinemas que exibissem o filme.

O polêmico filme foi exibido em alguns cinemas dos EUA e na internet. Centenas de salas independentes se ofereceram para exibir o longa. No entanto, cinemas maiores decidiram não divulgar a comédia.

Na semana passada, o FBI culpou a Coreia do Norte pelo ataque à Sony, mas muitos especialistas em segurança cibernética disputaram essa versão.

A Coreia do Norte negou estar por trás do ataque, mas o descreveu como um "ato justo".

Depois, o país sofreu uma grave interrupção no seu acesso à internet.
Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte; governo norte-coreano tem criticado fortemente a divulgação do filme 'A entrevista'Ingressos para o filme 'A entrevista'; Sony havia cancelado lançamento, mas voltou atrás após duras críticas, inclusive de Obama 

Info: Cyberseguro e Cyberhigiene

O escândalo da invasão dos servidores de email internos da Sony Pictures continua a gerar impactos no mundo, especialmente por se tratar de (de acordo com o governo norte americano) um ataque feito por norte coreanos como represália do filme “The interview”.

Além desse, a empresa americana Home Depot também recentemente revelou ter tido seu cadastro de clientes exposto ao mundo por hackers. Também, a famigerada exposição das contas da Playstation network em 2011 e tantos outros que acabamos nem sabendo.

A verdade é que muitas vezes governos precisam investir capital próprio para tentar mitigar os escândalos gerados por hackers em empresas nacionais. Não raro, assim, o país e a população termina pagando por problemas gerados por empresas irresponsáveis ou funcionários corruptos ou irritados.

Sim. Grande parte dos ataques a empresas que geram enormes vazamentos se dão por erros de funcionários em protocolos de segurança, irresponsabilidades no uso de dispositivos externos, checagem de emails, navegações arriscadas e assim por diante. Muitas vezes, também, trata-se de vingança de um funcionário desligado injustamente (em sua própria concepção).

Pensando no prejuízo gerado aos consumidores e aos governos (até mesmo por conta dos custos impostos ao judiciário, que é abarrotado de processos advindos de ataques cibernéticos), começa a pipocar pelo mundo a necessidade de um cyber seguro e a necessidade de um conceito de cyber higiene.

O cyber seguro, de acordo com a recente prática defendida pelos EUA, seria o modo (bem comum) de evitar que problemas seja custeados pelo governo direta ou indiretamente. O jornal New York Times publicou isso recentemente.

É um modo de obrigar todas as empresas envolvidas com negócios que envolvem risco de violação de valores informáticos – especialmente a confidencialidade de dados informáticos – a arcarem com os custos relativos a eventuais prejuízos que seus consumidores venham a enfrentar.

E a cyber higiene? Esse termo, ainda não popularizado, trata dos padrões mínimos de segurança e proteção de dados que cada empresa de TI deve possuir e oferecer. Seriam as regras básicas para que uma empresa seja apta a estar no mercado e a partir da qual os cyber seguros poderiam incidir. Isso forçaria que se criasse um padrão de proteção na rede e tudo abaixo disso poderia fazer com que empresas fossem multadas ou administrativamente obrigadas a se adaptarem ou fecharem suas portas.

Ademais, seria motivo de responsabilização objetiva para quaisquer situações em que um consumidor saísse prejudicado.

Ao final, novas palavras estão surgindo mas o objetivo é sempre o mesmo: demonstrar que a sociedade está mudando e que as regras para proteção do ambiente informático começam a se montar para que esse mundo seja mais socializado. Será o futuro das redes sociais também? 

Info: Mercedes-Benz e LG desenvolvem carros com freios automáticos

Lucas Agrela

A Mercedes-Benz e a LG anunciaram nesta semana uma aliança para desenvolver carros parcialmente autônomos. O sistema inteligente pode ativar os freios de forma automática para evitar colisões e atropelamentos, bem como monitorar o motorista.

A fabricante sul-coreana irá fornecer os sistemas de câmeras mono e estéreo que são usadas para detectar o ambiente, dessa forma, reunindo informações cruciais para manter o veículo na faixa correta, acender faróis quando necessário e parar automaticamente quanto encontrar pedestres ou ciclistas a frente.

Além disso, a LG será a responsável pelos sensores biométricos que podem identificar se o motorista está acordado, qual é o seu nível de cansaço e, com base nisso, o sistema fica para o caso de possíveis distrações.

Em troca do forncecimento das câmeras, a Mercedes-Benz irá licenciar parte da tecnologia de condução autônoma chamada 6D Vision para que a LG a utilize com outras montadoras de veículos.

O resultado dessa parceria entre as empresas será revelado durante a feira de tecnologia CES 2015, que acontece entre os dias 4 e 9 de janeiro, em Las Vegas, nos Estados Unidos.

A linha de carros inteligentes da empresa, a S-Class, começará a percorrer as ruas da Califórnia e identificar padrões de trânsito em breve. Os automóveis com essa tecnologia só devem chegar ao mercado em aproximadamente dez anos e eles não são totalmente autônomos, somente auxiliam o motorista. O sistema de condução, que pode chegar ao nível de dispensar o motorista em alguns momentos, é semelhante ao usado pela Mercedes em caminhões.

Uma série de empresas trabalham em veículos parcialmente autônomos, como Volvo, Audi e até mesmo o Google.

G1: Apple disponibiliza o filme 'A entrevista' no iTunes

Apple disponibiliza o filme 'A entrevista' no iTunes
Na semana passada, a Sony lançou a comédia online e em salas nos EUA.
Paródia da Coreia do Norte motivou um ciberataque contra o estúdio.

 
A Apple disse que sua loja iTunes agora tem disponível o filme "A entrevista", da Sony, que enraiveceu a Coreia do Norte e motivou um ciberataque contra o estúdio.

"Estamos felizes em oferecer 'A entrevista' para aluguel ou compra na loja iTunes", disse o porta-voz da Apple Tom Neumayr em comunicado.

A notícia vem após a Sony Pictures ter lançado o filme online por YouTube e Google Play, do Google, pelo videogame Xbox, da Microsoft e por um website dedicado da Sony na semana passada.

Info: Como um app de empresa pode impulsionar o negócio

Como um app de empresa pode impulsionar o negócio

A rede de cafeterias americana Starbucks anunciou no início de dezembro uma novidade para seus clientes nos Estados Unidos. Em 2015, quem tiver o aplicativo da marca instalado em seu smartphone poderá fazer pedidos a distância e buscá-los na loja que escolher.

Essa será a 40ª atualização da plataforma, que foi lançada em 2009 e oferece aos consumidores uma série de facilidades, como conhecer o caminho para a loja mais próxima e pagar pelo celular ainda na fila do caixa.

Ao permitir que as compras online e físicas se complementem, a Starbucks está impulsionando o negócio: hoje, 16% dos pagamentos da rede nos Estados Unidos são feitos pelos smartphones — o que faz da empresa a líder em pagamentos via celular no país. O aplicativo também está disponível no Canadá, no México e no Reino Unido, no entanto não há data prevista para que ele chegue ao Brasil.

“Ainda não estamos preparados para lançá-lo aqui, mas faz parte de nossa estratégia”, afirma Renato Grego, gerente de marketing da Starbucks no Brasil.

Não há motivos para dúvidas sobre o que ele está dizendo. Afinal, as empresas já perceberam que os aplicativos podem resolver problemas concretos de seus clientes. Em 2013, segundo dados da consultoria americana IDC, pela primeira vez as vendas de smartphones chegaram a 36 milhões de aparelhos e superaram as dos celulares tradicionais no Brasil.

É algo que irá se repetir neste ano, em que as projeções apontam para 53 milhões de unidades vendidas. É muita gente com um smartphone em mãos, e essas pessoas passam, em média, 2 horas e meia por dia de olho na tela do aparelho — mais do que à frente do laptop, da televisão e do tablet.

A estimativa dos especialistas é que durante boa parte desse tempo — cerca de 80% — elas estejam usando um aplicativo. No ranking de downloads da loja de aplicativos Google Play, por exemplo, o Brasil só aparece atrás dos Estados Unidos.

“Se as pessoas estão usando mais aplicativos, as empresas querem estar neles também, independentemente do produto que vendem”, afirma Rodrigo Tafner, professor de mar­keting digital da faculdade ­ESPM, de São Paulo.

E existem provas de que as empresas estão de olho na febre dos aplicativos por aqui. De acordo com um levantamento da Pontomobi, agência de marketing para dispositivos móveis do grupo gaúcho RBS, das 275 marcas que mais investem em publicidade no país, 110 possuem algum aplicativo para celular e tablet.

A questão que se impõe para as empresas, porém, é a seguinte: em meio a uma profusão de aplicativos disponíveis, como ter um que se faça notar aos olhos dos consumidores? A tarefa é hercúlea. Há quase 3 milhões de opções de aplicativos — mas 40% nunca foram baixados.

Para piorar, o ato de baixar um aplicativo não significa muito. Uma pesquisa realizada em dezembro pela Associação de Mobile Marketing no Brasil e os institutos Nielsen e Ibope revelou que 84% dos usuários de smartphones no país têm até 30 aplicativos no aparelho, porém usam apenas dez.

“Não basta às empresas criar algo para expor a marca, os apps precisam ter um propósito claro e ter ligação com o negócio”, afirma Vinícius Porto, sócio da empresa Porquenão?, desenvolvedora de aplicativos.

No afã de entrar nessa onda digital, a cervejaria Heineken lançou, em 2011, seu primeiro aplicativo no Brasil. Ele divulgava os resultados dos jogos da liga europeia de futebol, campeonato que a marca patrocina. Um ano depois, o aplicativo foi tirado do ar.

“Percebemos que competíamos em desvantagem com os sites de esportes e não falávamos com os consumidores sobre o que mais nos interessa: cerveja”, diz Chiara Martini, gerente de mídia e conteúdo da Heineken Brasil. Desde 2013, um novo aplicativo vem sendo testado.

Nele, os clientes avaliam o atendimento em quase 3 000 bares e restaurantes onde são servidas as cervejas da marca. Em troca, somam pontos para trocar por produtos Heineken, como caixas de som e malas de viagem. A empresa já recebeu 200 000 avaliações e, com base nelas, fez ajustes em sua operação. Resultado: até outubro, as vendas da cerveja em estabelecimentos nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro aumentaram 16% e 4%, respectivamente.

Cautela

A administradora de shoppings Sonae Sierra Brasil teve medo de colocar no ar um aplicativo que não caísse nas graças dos consumidores e, por isso, no fim de 2011, delegou a alguns funcionários a missão de estudar o tema. Durante dois anos eles avaliaram sugestões de aplicativos de cerca de 50 startups.

Finalmente, no Natal de 2013, a empresa lançou uma plataforma que permite aos clientes dos 12 shoppings de sua rede cadastrar pelo celular notas fiscais para concorrer ao sorteio de prêmios. Desde então, em média, 35% dos cadastros nas datas festivas são feitos online. Com isso, a administradora reduziu 22% os gastos com os balcões e atendentes necessários para a troca dos cupons.

E houve mais um ganho: “Ao analisar os CPFs dos clientes percebemos que, no Dia das Mães, 63% dos cadastros foram de novos participantes, ou seja, gente que nunca teve paciência para enfrentar filas”, diz Laureane Cavalcanti, gerente de marketing da rede de shoppings.

Não são todas as empresas que conseguem mensurar, de maneira concreta, os resultados que obtêm com seus aplicativos. Ainda assim, estão convictas de que apostar neles vale a pena. A montadora Fiat é um exemplo. Desde 2010, a companhia colocou na internet sete jogos diferentes nos quais exibe seu portfólio de veículos.

Em última instância, toda e qualquer ação de mar­keting da Fiat tem o propósito de fazer com que o consumidor vá até a concessionária da marca, mas hoje a empresa não tem meios de saber quem já fez isso por causa dos aplicativos. Por enquanto, o único indicador de sucesso da iniciativa é que 700 000 pessoas já baixaram os joguinhos. E no cenário atual é inegável que isso se trata de uma conquista.