quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

INFO: Empresas de e-commerce criam Dia do Consumidor no Brasil



Getty Images

Os consumidores brasileiros ganharão mais uma data para compras no país, em um formato similar ao realizado pelas ações da Black Friday.

O Buscapé Company anunciou uma nova data sazonal para o calendário nacional, chamada de Dia do Consumidor Brasil. A empresa irá investir, somente em 2014, 15 milhões de reais para realizar a ação. 

A ideia é promover ofertas especiais para o dia em lojas de comércio eletrônico, com descontos expressivos, segundo o Buscapé. O intuito é ajudar a alavancar as vendas do primeiro semestre, que costumam ser mais retraídas. 

Em 2014, o Dia do Consumidor Brasil será realizado no dia 19 de março. No entanto, esta ação deve ocorrer anualmente às quartas-feiras em dia próximo ou no próprio 15 de março — data reconhecida pela ONU como o Dia Mundial do Consumidor. 

Este ano irão participar as principais empresas do varejo como Americanas.com, Casas Bahia, Centauro, Dell, Extra, Magazine Luiza, Marisa, Netshoes, Pontofrio, Ricardo Eletro, Saraiva, Shoptime, Submarino e Walmart.com.

UOL: Vítima de vingança pornô diz que Marco Civil pode ajudar a reduzir danos

Ana Ikeda

Rose Leonel é a criadora da Marias da Internet, organização não governamental que auxilia vítimas de "vingança pornô" na internet

A jornalista Rose Leonel, criadora daMarias da Internet, organização não governamental que auxilia vítimas de "vingança pornô", acredita que ainclusão do artigo 22 no Marco Civilpoderá diminuir os danos causados pelo vazamento de conteúdo íntimo na rede. Em 2006, Rose foi vítima do crime, ao ter fotos e vídeos divulgados na internet por um ex-namorado.

"Sem dúvida evitar a proliferação da imagem diminuirá as consequências e possíveis sequelas do crime digital. Porém, outra questão de extrema relevância deve ser a criação de leis que coíbam a execução desses crimes", destaca Rose.

Ela elogiou, por exemplo, a iniciativa de inclusão da "vingança pornô digital" naLei Maria da Penha, conforme proposta do deputado João Arruda. "Precisamos pôr um basta nesses crimes digitais. Até quando vamos conviver com a violação e estupro de nossas mulheres no âmbito virtual e relevar a situação, cruzando os braços e continuando no silêncio omisso e cúmplice dessas barbáries?", questiona.

O QUE DIZ O ARTIGO 22 DO MARCO CIVIL DA INTERNET

O provedor de aplicações de Internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros poderá ser responsabilizado subsidiariamente pela divulgação de imagens, vídeos ou outros materiais contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado sem autorização de seus participantes quando, após o recebimento de notificação, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.

Cristina Sleiman, especialista em direito digital, também avalia como positivos tanto o artigo 22 do Marco Civil como a proposta de Arruda. "Sou a favor das duas ações, pois a responsabilidade civil independe da responsabilidade penal e, neste cenário, é preciso prevenção em todos os lados."

Condenação social
Rose lembra que um dos piores danos da "vingança pornô" é o julgamento da sociedade, carregado de preconceito contra a vítima do vazamento das cenas íntimas.

"As vítimas desse crime não sofrem apenas com a dor da traição do parceiro, da traição afetiva e humana, mas também com o julgamento implacável e a punição desumana da sociedade. Tenho certeza que muitas vítimas deixam de viver por preferirem à morte a receberem os olhares implacavelmente maliciosos e punitivos da sociedade", diz.



Site da ONG Marias da Internet, que dá apoio a vítimas de ''vingança pornô'' na internet

Sobre o ex-parceiro, Rose afirma que ele foi condenado pela Justiça ao pagamento de R$ 30 mil de indenização pelo crime de calúnia. Por considerar a pena muito branda pelos danos que sofreu, ela tenta aumentar a punição por meio de recurso já em instância federal.

Enquanto isso, a jornalista tenta ajudar outras vítimas com sua ONG, que atua em Maringá (PR).

"A ONG, por meio de profissionais capacitados e de extrema lisura, visa dar apoio psicológico, jurídico, digital e até espiritual a essas mulheres", explica Rose. "Podemos superar. Não é fácil, mas é possível."

Conheça dicas de comportamento nas redes sociais
 para evitar problemas e gafes 

Você sairia colando uma foto da entrada da sua casa em qualquer muro por aí? Ou xingaria alguém que nem conhece na frente de milhões de pessoas? Apesar da resposta óbvia às perguntas ser 'não' é exatamente isso que pessoas andam fazendo na internet, esquecendo que as ações no mundo digital têm consequências semelhantes às do mundo real. Conheça a seguir algumas dicas para evitar problemas nas redes sociais:
*Com informações do Guia para Uso Responsável da Internet Reprodução

IDG Now!: Infográfico: a social media e o consumidor de notícias. Destino ou passagem?


Serão as mídias sociais o destino futuro das notícias? Bem que os Zuckerbergs, Weiners e Schmidts desse mundo gostariam. Posso concordar que elas sejam um eventual substituto da mesa de bar e do cantinho do café para discutir os assuntos dia mas, destino final?!

Um estudo feito pela Universidade da Flórida com leitores nos Estados Unidos para mapear seus hábitos de consumo de notícias apresenta um cenário interessante. Em 2012, havia 2,4 bilhões de usuários de internet e 1,4 bilhão deles estavam usando algum tipo de rede social. Quase 50% dos entrevistados disseram que, de forma regular ou ocasional, souberam de uma notícia via rede social antes que ela aparecesse nas fontes tradicionais de informação.

É um bocado de gente, você dirá, mas esse movimento, no entanto, ao invés de desacreditar as fontes tradicionais de notícias está levando mais gente para os sites noticiosos. De fato, segundo o estudo, desde 2009 o barulho da social media resultou num crescimento de 57% no tráfego dos sites de notícias.

A internet como plataforma predominante para a leitura das notícias é incontestável – 64,5% das pessoas que buscam notícias preferem faze-lo visitando seus sites noticiosos preferidos na internet. Surpreendentemente, cerca de 30% das pessoas ainda prefere ler primeiro os jornais impressos, enquanto que as mídias sociais representam fonte de referência noticiosa primária para apenas 27,7% dos consumidores. E o rádio está lá, presente, como fonte primária para 18,7% dos entrevistados.

O infográfico mostra a evolução das técnicas de comunicação das notícias ao longo do tempo, desde as primeiras coletivas ao vivo, inauguradas por JFK em 1961, passando pela criação da CNN como a primeira emissora de TV dedicada 24 horas a notícias, em 1980, até o nascimento do Google e das redes sociais


INFO: Maior site para troca de bitcoins some com mais de US$ 300 milhões



Flickr.com/zcopley

O site japonês MtGox, uma das maiores redes para troca de bitcoins no mundo, amanheceu offline nesta terça-feira (25) com milhares de dólares depositados por consumidores, no que vem sendo considerado o maior roubo de moeda virtual da história. 

O site da empresa e o Twitter da mesma tiveram seus conteúdos apagados. A ação ocorreu menos de um dia após a MtGox se retirar da Bitcoin Foundation e em meio há semanas de interrompimento de saques. 

O fechamento do MtGox também se reforça com o vazamento de um documento que aponta uma “estratégia de crise” da empresa, que alega ter “perdido” 750.000 bitcoins (com valor superior a 330 milhões de dólares) devido a um roubo que passou despercebido durante anos. 

Em um comunicado conjunto, os CEOs de outras bolsas de troca de bitcoins afirmaram que o MtGox confirmou os problemas em uma reunião privada. Executivos fundadores da Coinbase, Kraken, BitStamp, Circle, BTC China & Blockchain.info enviaram esse comunicado na noite de ontem. 

No Reddit, diversos fóruns sobre o caso estão repletos de usuários trocando histórias sobre suas perdas — um deles afirmou ter perdido 4.750 bitcoins (equivalente a 2 milhões de dólares). 

Com a notícia, os preços da bitcoin caíram por todo o mundo. O último levantamento feito pela bolsa Winkdex mostra uma queda de 22% no valor em 24 horas, com redução de US$ 581 para US$ 437. 

O MtGox começou como um site de venda de cartões para um game, mas logo passou a operar com bitcoins em 2010 e foi vendida para o empreendedor Mark Karpeles em 2011. Em abril de 2013 a empresa era responsável por manusear 70% das trocas de bitcoin no mundo.

COMPUTERWORLD: IBM aumenta apostas em nuvem com compra da Cloudant


Provedora de banco de dados como serviços vai somar esforços com a plataforma BlueMix e ofertas da SoftLayer.

EDILEUZA SOARES*
A IBM aumenta suas apostas no crescimento da adoção de cloud computing e compra mais uma empresa para complementar o seu leque de soluções nessa área. É a Cloudant, provedora de banco de dados as a service (DBaaS), que tem a missão de ajudar clientes da Big Blue a desenvolverem com mais rapidez e facilidade a nova geração de aplicativos para web e dispositivos móveis.

O negócio foi anunciado durante o Pulse 2014, a primeira grande conferência da IBM sobre cloud computing, que está sendo realizado esta semana em Las Vegas (EUA), com a participação de mais de 10 mil pessoas, entre parceiros de negócios, clientes e analistas de mercado. O valor da transação não foi revelado.

Com a nova aquisição, a IBM espera simplificar os projetos das companhias baseados na Terceira Plataforma de TI, apoiada em quatro vertentes: cloud computing, Big Data, social mídia e mobilidade. 

Segundo Robert LeBlanc, vice-presidente global da divisão de software da IBM, a mudança de serviços para cloud traz novos desafios e as companhias precisam ter habilidade para desenvolver aplicações rapidamente, integrá-las e extrair benefícios das novas tecnologias, principalmente da mobilidade com a proliferação veloz de smartphones e tablets.

Dados da IBM apontam que cinco petabytes de dados são criados todos os dias pelos usuários de dispositivos móveis em todo o mundo, que devem ficar disponíveis para acesso a qualquer momento. Esse cenário obriga as companhias a criarem apps para melhorar seu relacionamento e oferecer produtos e serviços personalizados.

A Cloudant vai permitir aos desenvolvedores criarem aplicações para web e dispositivos móveis, usando a plataforma de banco de dados como serviços (DBaaS) NoSQL. Segundo o executivos da IBM, a aquisição fortalece a estratégia da companhia de entregar aos desenvolvedores recursos para construir, testar e implementar aplicativos em larga escala na cloud.

A nova empresa soma esforços com a SoftLayer, comprada no ano passado e que entrega serviço global em 140 países. 

A IBM anunciou também no Pulse 2014 a plataforma BlueMix, que permite desenvolver e integrar as aplicações em nuvem. 

*A jornalista viajou para Las Vegas a convite da IBM

IDG Now!: Dinheiro e pagamentos móveis: aumenta a adoção, diminui a confusão


A atual convergência dos mundos físico e digital está mudando dramaticamente a vida da forma como a conhecemos – incluindo os pagamentos. E essa mudança para os meios de pagamentos digitais já começa a se tornar perceptível em diversas pesquisas sobre Mobile Payment e Mobile Money realizadas recentemente.
Aceitação do pagamento móvel aumentou consideravelmente
2013 foi o ano em que os pagamentos móveis deixaram de ser um conceito, para serem cada vez mais usado por consumidores e aceito por estabelecimentos comerciais em todo o mundo. É o que revela a segunda edição global do Estudo MasterCard sobre Mobile Payment, que mapeou mais de 13 milhões de comentários nas redes sociais Twitter, Facebook, blogs e fóruns online em todo o mundo.

Conduzido pelo Prime Research o estudo cobriu 56 mercados nas Américas do Norte e do Sul, Europa, África, Ásia e países do Pacífico, e 26 idiomas, para avaliar o uso dos produtos, disposição à adoção e percepção com relação às opções existentes.

A análise de percepção mostra que a maioria dos posts foi resultante do compartilhamento de notícias, com 92% de tom positivo/factual e somente 8% negativo no geral. Dos 13 milhões de posts, cinco mil comentários mais substanciais foram submetidos à análise mais especializada por parte da Prime Research.

Os “adopters”, aqueles que usam essa transação, dominaram 81% das conversas em 2013. Essa é a principal diferença em comparação ao estudo realizado em 2012, quando somente 32% das pessoas que discutiam mobile payment já tinham usado o produto. A confusão sobre opções de pagamentos registrada no estudo de 2012 é agora substituída por discussões focadas na qualidade e força dos vários produtos. A pesquisa mostra que consumidores mudaram o comportamento, não mais questionando se usar pagamentos móveis (terceira maior discussão identificada em 2012), para decidir qual opção utilizar (segundo tema mais discutido em 2013).

A empatia com relação a pagamentos móveis melhorou consideravelmente entre os Adeptos (74% em 2013, 58% em 2012). Os não adeptos permaneceram positivos (79% em 2013, 76% em 2012), o que mostra que a experiência do usuário, qualidade técnica e rede de aceitação estão melhorando para os consumidores. A boa aceitação do consumidor com relação à experiência da transação melhorou (salto de 34% em 2012 para 63% em 2013). No entanto, esse quesito ainda tem oportunidades de melhoria, já que ocupa, hoje, um alto ponto de desapontamento para usuários.

A aceitação por parte do comerciante é o ponto mais visível, gerando 15% do total das conversas e 48% das conversas entre empresários, especificamente. A pesquisa mostra que ambos consumidores e comerciantes apoiam os pagamentos móveis (86%), o que possivelmente levará a maior aceitação por comerciantes em 2014. De fato, a disposição do comerciante ao produto foi modificada de barreira à entrada e não adeptos em 2012 para o assunto positivo mais discutido no geral em 2013.

O levantamento identificou que quase 90% das conversas dos comerciantes são lideradas por aqueles que já adotaram soluções móveis em seu comércio. Empresários não adeptos da tecnologia se voltam às redes sociais, predominantemente, em busca de conselhos vindos de outros comerciantes. Comerciantes que aceitam pagamentos móveis enfatizam a conveniência como um vetor chave, com 97% de índice positivo ou neutro. A pesquisa indica, também, que os comerciantes estão discutindo os benefícios dos pagamentos móveis, tanto para seus estabelecimentos, quanto para os consumidores, como um diferencial do negócio.

A preocupação com segurança ainda existe. Esforços na educação do consumidor serão críticos para o sucesso e adoção dos pagamentos móveis. Questionamentos sobre segurança levaram ao índice negativo de 66%.

Na opinião dos autores do estudo, 2014 pode ser o ano em que alianças de longo prazo entre bandeiras, operadoras e estabelecimentos poderão ser formadas; e aqueles que pensam em aproveitar a tecnologia devem embarcar na ideia. Apesar da segurança robusta, ainda há um mal-entendido sobre como a tecnologia mobile afetará processos para reverter cobranças fraudulentas e não autorizadas.

Adoção do Mobile Money também cresceu
Em todo o mundo, os serviços mobile money também continuam a aumentar em escala, afirma a última edição do Mobile Financial Services State of the Industry Report, do programa Mobile Money for the Unbanked (MMU) da GSMA, divulgado durante o Mobile World Congress 2014, que acontece esta semana em Barcelona. De acordo com o estudo, 13 serviços já contam com 1 milhão de contas ativas, cada um.

O número de contas registradas de mobile money quase que triplicou de 71 milhões em junho de 2011 para 203 milhões em junho de 2013. Eram mais de 61 milhões de contas ativas em junho de 2013, comparado a 37 milhões em junho de 2012. Houve uma expansão geográfica maior também: 219 serviços em 84 países ao final de 2013, comparado a 179 serviços em 75 países ao final de 2012.

O relatório utiliza os resultados da Pesquisa Global Anual de MMU, bem como os dados do sistema online de Rastreamento das Instalações de MMU, além de insights qualitativos sobre a performance dos serviços financeiros móveis observada no engajamento do Programa MMU com a indústria de serviços financeiros no último ano.

Na opinião da GSMA, o crescente número de usuários de mobile money e de pontos de acesso ilustra o importante papel dos serviços financeiros móveis na promoção da inclusão financeira nos países em desenvolvimento.

Ao final de 2013, nove mercados – Camarões, República Democrática do Congo, Gabão, Quênia, Madagascar, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue – já tinham mais contas de mobile money do que contas bancárias, comparado a somente quatro mercados no ano anterior. Nestes mercados, a indústria de mobile money tornou os serviços financeiros mais acessíveis a mais pessoas do que a indústria bancária tradicional.

O desenvolvimento de outros serviços financeiros móveis, inclusive 123 serviços de seguros através de dispositivos móveis e serviços móveis de crédito e poupança, 27 dos quais foram lançados em 2013, incluindo serviços no Brasil, permitirá aos provedores de serviços, segundo os autores do relatório, incrementar a inclusão financeira ao oferecer mais serviços financeiros além de transferências de dinheiro e pagamentos.

Na medida em que o mobile money se torne um produto mais amplamente utilizado para um número crescente de operadoras, a concorrência também aumenta. Ao final de 2013, 52 mercados tinham dois ou mais serviços de mobile money, comparado a 40 em 2012.

Em junho de 2013, as transações envolvendo companhias externas que usam o mobile money como plataforma para receber e fazer pagamentos promoveu o crescimento global do mobile money, que passou a representar 29% do valor total das transações. Estas transações estão também aumentando muito mais rapidamente do que a recarga de tempo de comunicação e as transferências internas. Em junho de 2013, 53.000 estabelecimentos comerciais estavam aceitando pagamentos via mobile money e 16 mil organizações usam mobile money como uma plataforma de pagamentos para aceitar pagamentos de contas e fazer pagamentos de salários.


E no Brasil, como estamos?
A regulamentação do sistema de pagamentos móveis pelo governo brasileiro, no fim de 2013, deve acelerar a oferta de serviços de pagamento móvel e mobile money por aqui. O ecossistema está formado. “Tem muito detalhe ainda para ser definido, após a definição de regras por parte do governo, que definem muito bem os papéis e parâmetros de relacionamento”, diz Marcelo Tangioni, vice-presidente de produtos da MarterCard Brasil e Cone Sul.

A MasterCard espera lançar comercialmente em maio deste ano a sua solução de mobile money, em parceria com a TIM e a Caixa. E a joint-venture com a Vivo já está chegando a 10 cidades.

“Os mercados de mobile money e mobile payment devem ser tratados como uma maratona, que aqui no Brasil está em seu início”, argumenta Tangioni. “No caso de mobile money, há todo um trabalho de construção de ambiente e de ecossistema que precisa ser feito”, completa o executivo. Neste momento, o desafio é a construção de uma rede autorizada de recarga e de pontos de saque. “Sem isso, é difícil imaginar este mercado decolando aqui no Brasil”, afirma Tangioni.

A entrada e a saída de recursos na solução de mobile payment são pontos muito importantes, sobretudo no Brasil, onde 85% das transações de pagamento ainda são feitas em dinheiro. “O mundo não bancarizado tem esse hábito de uso do dinheiro e por mais que você convença as pessoas a usarem uma solução de mobile money, não necessariamente a aceitação da solução vai estar presente em todos os locais onde elas estão acostumadas a ir”, explica o executivo da MasterCard. E o trabalho da ampliação da aceitação é outro desafio. “Precisamos ampliar a aceitação e também dar a opção de sacar o dinheiro”, diz ele. “É ilusório achar que vamos substituir 100% o dinheiro”.

Tangioni lembra que, hoje, as alternativas de saque no mundo de pagamento eletrônico são muito restritas às ATMs, e o acesso a elas é uma exclusividade do mundo bancarizado. “Quando a gente pensa no mundo não bancarizado, esse acesso fica muito complicado”, completa.

Outro ponto importante é construir as funcionalidades que vão incrementar esse tipo de conta que habilita o mobile money. Hoje a Zoom (Mastercard/Vivo) dá um cartão para os usuários, além da habilitação da conta no celular. “Para fazer compras, o usuário pode lançar mão do cartão, mas e para fazer uma remessa de dinheiro? E para fazer um pagamento de conta?”, explica Tangioni.

A Mastercard entende que a hora que a indústria tiver todos esses componentes montados, aí sim, o mobile money estará pronto para ganhar escala no país.