segunda-feira, 21 de outubro de 2013

UOL: Marco civil vai à semana final de votação antes de trancar pauta da Câmara


Deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator 
do projeto do marco civil da internet, defende 
que texto sobre a neutralidade da rede permaneça 
sem mudanças.

Considerado uma espécie de Constituição da internet, o marco civil estabelece "princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil", por parte dos usuários, dos provedores e também do governo. O projeto, que tramita em regime de urgência na Câmara, deve ser votado até a próxima segunda-feira (28). Caso contrário, passa a trancar a pauta do plenário, ou seja, impedirá as demais votações em sessões ordinárias da Casa.

Um dos pontos polêmicos que trava a votação do projeto se refere ao princípio de neutralidade da rede. Com ele, as empresas de telecomunicação seriam impedidas de oferecer aos usuários pacotes com serviços diferenciados (por exemplo, só com e-mail, apenas com acesso a redes sociais ou incluindo acesso a vídeos, cobrando valores diferenciados para cada plano). Aprovada a neutralidade, não haveria qualquer tipo de distinção aos dados que trafegam em relação a sua origem, destino e conteúdo.

O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto, defende que o texto sobre a neutralidade da rede seja mantido na íntegra. "As companhias de telefonia pretendem cobrar mais caro, dependendo de onde vem a informação ou do tipo de dado que a gente acessa. Se for voz, querem cobrar um preço; se for música, outro; se for vídeo, outro e assim por diante", disse à "Agência Câmara".

O parlamentar destacou ainda que o marco civil é a saída para proteger os 100 milhões de usuários brasileiros da internet do uso de suas informações. "O texto proíbe uma série de atividades de bisbilhotagem, como a venda para marketing direcionado daquilo que acessamos na rede. Elas [empresas] argumentam que isso vai diminuir os seus lucros. É verdade: reduzirá seus lucros para proteger os usuários brasileiros."

Já as empresas de telecomunicação criticam a proposta alegando que ela vai inibir investimentos no setor e, como consequência, "atrapalhar a inclusão digital".

Veja abaixo alguns dos principais pontos do marco civil da internet:


O que é o marco civil?

Projeto de lei que estabelece "princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil". As determinações do projeto dizem respeito aos usuários de internet, os provedores de conexão, provadores de conteúdo e o governo.

Quais são dos direitos e garantias estabelecidos pelo marco civil?

Os destaques do projeto são: o direito à privacidade, o sigilo das comunicações (salvo em casos de ordem judicial), direito a não suspensão da conexão, a manutenção da qualidade contratada da conexão e informações claras e completas sobre coleta, uso, tratamento e proteção de dados pessoais.

Quais os objetivos do marco civil?

Um dos principais motivos da criação do projeto de lei é a insegurança jurídica, que acaba gerando "decisões inconsistentes", segundo o secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça no judiciário. Um exemplo foi o caso da modelo Daniela Cicarelli. Após processar o site YouTube, pelo fato de usuários terem postado um vídeo íntimo da modelo, um juiz havia determinado que o site de vídeos fosse bloqueado no país.

Quem participou da elaboração do projeto?

A iniciativa para a criação do projeto começou em outubro de 2009 e partiu da Secretaria de Assuntos Legislativos da Justiça (SAL/MJ) e a Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas. O projeto ao longo dos anos recebeu contribuições da sociedade civil, parlamentares e representantes de empresas.

O que o marco civil estabelece em relação à remoção de conteúdo da internet?

Segundo o marco civil, os provedores de conexão à internet não serão civilmente responsáveis por danos relacionados ao conteúdo gerado por terceiros (essas empresas não responderão na Justiça pelo conteúdo publicado por seus usuários). Isso só acontecerá caso, após ordem judicial, a empresa não tomar as providências para tornar o conteúdo indisponível. Atualmente, a remoção pode ser feita de forma extrajudicial, quando o usuário faz uma reclamação ao provedor via e-mail, por exemplo.

O que dizem especialistas sobre essa proposta de remoção de conteúdo?

Carlos Affonso, vice-coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV-Rio, acredita que, no cenário atual, as empresas responsáveis pelo conteúdo podem acabar tirando muita coisa do ar para não serem condenadas. O mesmo acontece com um blogueiro, por exemplo, que pode ser penalizado por algum comentário feito em sua página. "Essa situação cria uma internet cada vez menos diversa e menos plural", afirma Afonso, que vê como positiva essa possível mudança. "O marco civil cria uma salvaguarda que protege não só os provedores como os blogueiros, pois há casos em que essas notificações [para retirada de conteúdo] são abusivas."

Já Victor Haikal, especialista em Direito Digital e sócio do PPP Advogados, afirma que, com o marco civil, serão criados dois tipos de situações referentes à remoção de conteúdo. Se o usuário der indícios suficientes no processo judicial sobre a ofensa, o provedor vai retirar o conteúdo no ar (o que pode ser ruim, segundo ele, criando uma situação de censura). Outra possibilidade é que o processo seja produzido em sua integralidade, para que seja julgado só depois da apresentação de todas as provas e defesa – o que pode levar de um ano e meio a dois anos, de acordo com Haikal.

O que o marco civil estabelece quando à privacidade digital?

O marco civil assegura ao internauta o direito ao sigilo de suas comunicações via internet (salvo por ordem judicial); informações claras e completas dos contratos de prestação de serviço; não fornecimento a terceiros de seus registros de conexão e acesso; informações claras e completas sobre a coleta, uso, tratamento e proteção de dados pessoais; garantia de direito à privacidade e à liberdade de expressão.

Os provedores determina que os registros de conexão (data e hora de início e término da conexão, duração e endereço IP) e de acesso a aplicações de internet (caso do Facebook e Gmail, por exemplo) atendam à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das partes direta ou indiretamente envolvidas.

O provedor responsável pela guarda somente precisará disponibilizar os registros mediante ordem judicial. Esses dados de conexão devem ser mantidos sob sigilo, em ambiente seguro, pelo prazo de um ano. No caso de aplicações de internet, a guarda dos registros de acesso é opcional (uma ordem judicial pode obrigar essa guarda, desde que se tratem de registros relativos a fatos específicos em período determinado).

Após a revelação de casos de espionagem dos Estados Unidos, o governo brasileiro acrescentou ao projeto a exigência de que as informações guardadas por empresas internacionais que atuam no Brasil deve ocorrer em servidores de dados em solo nacional.

Como especialistas avaliam essa proposta sobre a privacidade digital?

Para Antônio Rulli Neto, especializado em direito da sociedade da informação e diretor da FMU-SP, o usuário não deve temer esse tipo de registro de seus dados. "O provedor não vai poder abrir esse tipo de informação, a não ser mediante ordem judicial. Todos nós somos monitorados a todo tempo: quando fazemos transações bancárias e quando usamos nossos celulares, por exemplo." Segundo ele, o marco civil garante a segurança das informações quando barra o fornecimento dos dados sem que seja pelo Poder Judiciário.

Segundo Carlos Affonso, vice-coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV-Rio, o marco civil protege a privacidade e os dados pessoais do internauta, deixando claro quais os dados coletados e para qual finalidade eles serão utilizados. "Cria-se uma regra de transparência que não existe. Hoje somos monitorados sem saber quando e por quem", define. Sem uma lei específica para o assunto, o usuário desconhece o que as empresas farão com suas informações, enquanto as companhias vivem uma insegurança jurídica, sem saber exatamente o que podem fazer com esses dados.

Já Eduardo Neger, presidente da Abranet (Associação Brasileira de Internet), afirma que os provedores já adotam uma política de clareza das informações: "Quando acessa um serviço, o usuário sabe quais são as regras do jogo", afirmou -- para isso, é claro, deve-se ler os termos de uso. Segundo ele, a proposta do marco civil não muda as práticas adotadas atualmente, somente consolida aquilo que já está em vigor. "Os dados do usuário são protegidos e só fornecidos pelas empresas estabelecidas no Brasil mediante ordem judicial", continuou. Quanto ao tempo de armazenamento, Neger afirma que muitos provedores já guardam os dados de conexão por um período até maior do que aquele estabelecido no projeto.

O que o marco civil estabelece sobre a neutralidade da rede?

Esse item propõe que o responsável pela transmissão do conteúdo deve tratar de forma igual quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino. É a chamada neutralidade da rede.

Para Carlos Affonso, vice-coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV-Rio, com essa "carta de direitos para o internauta", afirma Affonso, fica garantido que a velocidade de sua conexão não será reduzida por motivos não transparentes. Isso porque, diz o especialista, alguns usuários reclamam de enfrentar problemas na conexão dependendo da atividade que realizam na rede. Com a neutralidade, no entanto, esse tipo de prática pouco transparente não poderia ser adotada, afirmando assim os direitos dos usuários da internet.

Eduardo Neger, presidente da Abranet (Associação Brasileira de Internet), diz que a polêmica nesse tópico se deu porque o marco civil detalhou um assunto que deveria ser tratado de forma mais genérica. "A Anatel já garante essa neutralidade, que impede a discriminação do conteúdo em tráfego na rede", afirmou. "O importante no marco civil é a garantia da neutralidade em relação aos conteúdos." Segundo ele, a qualidade da conexão do usuário não está relacionada ao tipo de conteúdo que ele acessa.

Segundo Veridiana Alimonti, Advogada do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), o usuário terá a garantia de que sua conexão não será degradada com a diminuição de velocidade sem justificativa. "Atualmente, nos valemos de outras normas para garantir direitos na internet, a exemplo do Código de Defesa do Consumidor, que proíbe condutas abusivas de empresas na internet, desde provedores de conexão até lojas virtuais de produtos e serviços. O marco civil se vale desse e de outros diplomas, ampliando e consolidando direitos", defende.



Fonte: "Marco civil vai à semana final de votação antes de trancar pauta da Câmara - Notícias - Tecnologia." UOL Tecnologia: Notícias sobre internet, eletrônicos e inovações - Tecnologia. http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/10/21/marco-civil-entra-na-semana-final-antes-de-trancar-pauta-da-camara.htm (accessed October 21, 2013).

Governo Eletrônico: Programa de Governo Eletrônico Brasileiro




A arquitetura e-PING – Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico – define um conjunto mínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no governo federal, estabelecendo as condições de interação com os demais Poderes e esferas de governo e com a sociedade em geral.

A adoção dos padrões e políticas contidos na e-PING não pode ser imposta aos cidadãos e às diversas instâncias de governo, dentro e fora do país. O governo brasileiro, no entanto, estabelece essas especificações como o padrão por ele selecionado e aceito, ou seja, estes são os padrões em que deseja interoperar com as entidades fora do governo federal – Poder Executivo brasileiro. A adesão dessas entidades dar-se-á de forma voluntária e sem qualquer ingerência por parte da Coordenação da e-PING.

Para os órgãos do governo federal – Poder Executivo brasileiro a adoção dos padrões e políticas contidos na e-PING é obrigatória (Portaria SLTI/MP nº 5, de 14 de julho de 2005).

A iniciativa conta com a participação e a colaboração de uma série de órgãos do Poder Executivo Federal, tanto na gestão como na realização dos trabalhos técnicos de montagem da arquitetura. As áreas cobertas pela e-PING, estão segmentadas em:

  • Interconexão; 
  • Segurança; 
  • Meios de Acesso; 
  • Organização e Intercâmbio de Informações; 
  • Áreas de Integração para Governo Eletrônico. 

A existência de uma infra-estrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) que se preste como o alicerce para a criação dos serviços de governo eletrônico é o pré-requisito para o fornecimento de melhores serviços à sociedade, a custos mais baixos. Um governo moderno e integrado exige sistemas igualmente modernos e integrados, interoperáveis, trabalhando de forma íntegra, segura e coerente em todo o setor público.

Políticas e especificações claramente definidas para interoperabilidade e gerenciamento de informações são fundamentais para propiciar a conexão do governo, tanto no âmbito interno como no contato com a sociedade e, em maior nível de abrangência, com o resto do mundo – outros governos e empresas atuantes no mercado mundial. A e-PING é concebida como uma estrutura básica para a estratégia de governo eletrônico, aplicada inicialmente ao governo federal – Poder Executivo. Permite racionalizar investimentos em TIC, por meio do compartilhamento, reuso e intercâmbio de recursos tecnológicos.

Os recursos de informação do governo constituem valiosos ativos econômicos. Ao garantir que a informação governamental possa ser rapidamente localizada e transmitida entre os setores público e privado, mantidas as obrigações de privacidade e segurança, o governo auxilia no aproveitamento máximo deste ativo, impulsionando e estimulando a economia do país.

Governos de todo o mundo estão investindo fortemente no desenvolvimento de políticas, processos e estabelecimento de padrões em TIC, montando estruturas dedicadas para obter a interoperabilidade buscando o provimento de serviços de melhor qualidade a custos reduzidos.



SECOM - BA: Exposição da Semana Nacional de C&T acontece no Salvador Shopping







Equipamentos científicos nas áreas de astronomia, eletromagnetismo, robótica, fluidos, ótica, matemática, mecânica, acústica e termologia, além de novidades na área de tecnologia, estarão disponíveis para o público na 10ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que acontece deste sábado (19) ao próximo dia 27, no estacionamento L1 do Salvador Shopping. O evento é promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). 

Nas duas tendas climatizadas, com 300 metros quadrados, cada, os visitantes terão acesso à temática ‘Ciência, Saúde e Esporte’, por meio de atividades lúdicas e de entretenimento que estimulam o interesse pela ciência e valorizam a criatividade e inovação. A novidade é a apresentação do robozinho NAO, humanoide, que utiliza sensores de movimento, fala e faz o reconhecimento facial, além de ser utilizado para fins de ensino, pesquisa e desenvolvimento, inclusive, ajuda no tratamento de idosos e crianças com autismo. 

Os participantes da exposição poderão curtir uma viagem pelo espaço para conhecer o sistema solar via utilização dos capacetes VR (realidade virtual), que transmitem imagens em 3D e vídeos de 360 graus. Além de visitar os projetos de robótica do Clube de Investigação Científica, produção de alunos baianos dos Colégios Portinari e Anchieta, como casa ecológica e autossustentável, medidor de poluição sonoro robótico, robô dançarino (Rei Julian) e partida de futebol disputada por robôs autônomos. 

A SNCT conta com a mostra de kits didáticos, que abordam temas como energia eólica, solar e células de combustível e biocombustível. Estarão expostos os Kits LeXsolar: Fotovoltaico Avançado, Energia Eólica Avançado e Células de Combústivel H2 Médio H2 Avançado; Robô Moway; Sistema de Treinamento em Princípios de fabricação, Física e Química; Laboratório de Matemática Básica e de Geometria LG e jogos de Kinect. 

Equipamentos que utilizam princípios de química e física fazem parte da exposição. A Órbita com força central, Chispa, Van Der Graff, Princípio da Pilha, Sopro que aprisiona, Anamorfose Cilíndrica, Looping, Pêndulos e Cone com Bancada estarão disponíveis em um ambiente estruturado e com monitores capacitados a prestarem informações sobre os equipamentos.

Robozão

Durante a Semana, o mascote do evento, Robozão da Bahia, um robô que possui 2,6 metros de altura, 1,6 metro de envergadura, dança, canta e interage com o público circulará pelo Salvador Shopping, convidando o público para conhecer a exposição, mostrando os experimentos e curiosidades da mostra. O Robozão ainda vai interagir na tenda brincando de chute a gol com os visitantes. 

Um espaço foi preparado para o público realizar experimentos científicos, a exemplo da Mostra de Cheiros e Sabores. Com a ajuda de tablets dispostos em uma bancada com inaladores, os visitantes tentarão identificar os aromas por meio de um aplicativo interativo. Além de participarem de experiências que brincam com o paladar. 

Também serão disponibilizados vídeos educativos e jogos interativos que aumentam a compreensão dos visitantes sobre os elementos da tabela periódica. A ação será realizada pela Braskem em parceria com o Museu de Ciência e Tecnologia Unica – Universo da Criança e do Adolescente.

Evento 

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia foi instituída em 2004, por decreto presidencial, para mobilizar jovens e crianças em torno de temas e iniciativas de ciência e tecnologia. “Nossa intenção é despertar no público o interesse pela ciência, tão importante para promovermos a criatividade, a atitude científica e a inovação na Bahia. Por isso, trazemos equipamentos que despertam a curiosidade e apresentam temas importantes através de atividades lúdicas”, afirma o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Câmera.

Fonte: "Exposição da Semana Nacional de C&T acontece no Salvador Shopping — SECOM - BA :: Secretaria de Comunicação Social - Governo do Estado da Bahia." Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia — SECOM - BA :: Secretaria de Comunicação Social - Governo do Estado da Bahia. http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias/2013/10/18/exposicao-da-semana-nacional-de-ciencia-e-tecnologia-acontece-no-salvador-shopping (accessed October 21, 2013).

Canal Tech: Inovação é palavra de ordem em empresas competitivas



Não é novidade que, para ocupar um lugar de destaque no mercado, é importante ser competitivo. Isto significa ter preço, qualidade e produtividade. A maioria das empresas vem agindo em cada uma dessas frentes há um bom tempo. Mas, diante dos novos desafios que se agigantam em nível global, a palavra de ordem agora é INOVAÇÃO. Se inovar faz parte do velho mandamento de determinados segmentos da economia, como o de tecnologia, por exemplo, agora atinge um novo patamar. É preciso inovar em produtos, serviços, processos de produção, de logística e até mesmo em métodos de gestão. Ou seja, em tudo o que se faz na empresa, sempre com foco nas necessidades dos clientes e nos processos de valor do negócio (core business processes).

Existem dois tipos de inovação: radical e incremental. O primeiro trata do desenvolvimento de produtos, serviços ou processos que levam a mudanças significativas das práticas existentes. Geralmente, modifica o modelo de negócios vigente. O segundo tipo diz respeito a melhorias contínuas em produtos ou processos. Geralmente, representam pequenos avanços nos benefícios e não chegam a modificar de forma expressiva como o produto é consumido.

Está claro que inovações radicais se impõem sobre inovações incrementais, mas é preciso dar valor a ambas – já que, enquanto as radicais causam grande impacto, as incrementais são mais rápidas e ocorrem em maior volume, promovendo pequenas mudanças e ajustes em produtos e processos. Nos dois casos, entretanto, é importante chamar atenção para cinco cuidados que devem ser tomados ao iniciar um programa de inovação:

  • Garantir que executivos e principais líderes estejam articulados com o programa; 
  • Identificar produtos e processos-chave para o negócio; 
  • Desenvolver estratégia de implantação e objetivos de longo prazo para a iniciativa. De preferência, a estratégia e os objetivos devem ser desenvolvidos por um colegiado de alto nível da organização; 
  • Comunicar exaustivamente a iniciativa para toda a organização; 
  • Contar com uma estrutura mínima para suportar a iniciativa. 
Para que o processo de inovação não se transforme em um programa de sugestões que sobrecarregue a organização – sem levar exatamente a resultados palpáveis –, é importante que seja conduzido por equipes multifuncionais, focadas nos objetivos principais. O primeiro passo é mapear os principais processos do negócio (core business processes), medindo o rendimento (output) para conhecer sua eficiência. Sem isso, é impossível classificar e quantificar as melhorias provenientes das inovações. Outro passo importante é garantir a estabilidade dos processos, levando em consideração que a forma como são executadas as atividades deve ser padronizada – caso contrário, os dados ou informações obtidas desses processos não serão bem aproveitados em novas inciativas, exigindo retrabalho.

Com relação à cultura organizacional, antes de dar o chute inicial no programa é fundamental garantir que a empresa tenha uma cultura interna que valoriza a criatividade e novas ideias. Cabe aos gestores checar se a organização estimula a comunicação e a troca de conhecimento.

Como o desenvolvimento de inovações costuma ocorrer por meio de projetos, é importante garantir subsídios para uma boa gestão – já que a principal função dos projetos é organizar atividades que vão transformar ideias de inovação em realidade. Ter total domínio de técnicas de gestão de projetos, portanto, é ponto fundamental para qualquer processo de mudança.

Por fim, é necessário que se estabeleçam formas para mensurar o impacto da inovação na empresa. Os gestores devem estar aptos a estabelecer os indicadores-chave de desempenho para iniciativas dentro da empresa, influenciando preço, qualidade, produtividade e competitividade.

Fonte: Feijó, Enio . "Inovação é palavra de ordem em empresas competitivas http://canaltech.com.br/noticia/negocios/Inovacao-e-palavra-de-ordem-em-empresas-competitivas/#ixzz2iMGMQ2na (accessed October 21, 2013).

Information Week: Com aumento da concorrência, mercado internacional vira alvo de brasileiras



Implantar padrão global de gestão é o que norteia estratégia de internacionalização de companhias nacionais do segmento de tecnologia


Um mercado consumidor interno atrativo somado a diferenças culturais, fatores de competitividade, alta variação do dólar, especificações técnicas e legislativas são alguns dos pontos que ainda pesam na balança na hora de tomar a decisão de se tornar uma empresa global. Em 2012, a receita líquida de exportações gerada pelo setor brasileiro de TI alcançou a cifra de US$ 1,9 bilhão, segundo dados do Observatório Softex. O número pode ser considerado relativamente baixo quando consideramos que o País é o maior mercado de software e serviços de TI da América Latina e um dos dez maiores do mundo.

A internacionalização é algo recente para a TI brasileira e ainda não faz parte da cultura da maioria das empresas do setor. No entanto, apresenta-se como uma perspectiva de expansão frente ao crescimento da concorrência no mercado interno seja com empresas locais ou a presença massiva de companhias estrangeiras em território nacional.

A consolidação em mercados externos, especialmente os mais maduros como os Estados Unidos – principal destino das exportações da indústria brasileira de software e serviços em TI –, supõe muito mais que simplesmente abrir um escritório em outro país. “A internacionalização deve fazer parte do DNA da organização, buscando um padrão global de gestão em sua estratégia”, argumenta Gláucia Chiliatto, gerente-executiva internacional da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex).

Esse é o caso da Stefanini, companhia de soluções e serviços de ponta a ponta, que tem como um de seus principais focos romper fronteiras e se estruturar no mercado externo. A partir de 2009, a empresa iniciou seu plano estratégico de aquisições para ampliar sua presença em território brasileiro e internacional. Ao todo, foram dez aquisições nos últimos quatro anos, de modo a consolidar operações em 76 localidades distribuídas em 30 países. Como próximo passo, a companhia pretende abrir capital para levantar fundos para novas aquisições. “O objetivo da Stefanini é obter 50% ou mais de sua receita global com operações fora do País”; número que, segundo o diretor de desenvolvimento de negócios Gabriel Tinti, já está sendo alcançado.

Do mesmo modo, a Totvs, empresa de softwares e serviços de TI, passou por diferentes fases de crescimento desde sua fundação, em 1983, para começar a buscar novas oportunidades fora do País. Após a decisão de criar tecnologias baseadas em padrões abertos, em dez anos a companhia adquiriu 50 empresas pelo Brasil e América Latina como parte de seu projeto estratégico de consolidação, que culminou em 2005 com a abertura de capital da empresa.

Depois do Brasil, a organização tem como seus principais mercados a Argentina e o México. Apesar de não possuir negócios fechados com empresas nos Estados Unidos, contudo, cerca de 70% de seus investidores são deste país, onde sustenta um laboratório de desenvolvimento em Mountain View com objetivo de investir em pesquisa e inovação. Assim, a Totvs está vivendo hoje o que considera a fase de transformação em uma companhia de padrão global para pequenas e médias empresas, com foco de crescimento em duas frentes: América Latina e Estados Unidos, explica o diretor-executivo Vicente Goetten.

“Nós não temos que ir para todos os mercados para sermos reconhecidos como globais, nem precisamos fazer negócios na China e na Índia. Em vez disso, decidimos em quais mercados queríamos ter uma presença forte”, argumenta Goetten. Com foco em social, computação em nuvem, big data e mobilidade, a Totvs visa alinhar os trabalhos desenvolvidos com as equipes brasileira e norte-americana, enriquecendo ambas as frentes, “promovendo o compartilhamento do conhecimento e, sobretudo, atraindo investimentos e parceiros estratégicos localmente”.

Momento certo?

A recente e rápida expansão dos smartphones e a ampla adoção de novas ferramentas de comunicação social digital coloca hoje o Brasil em posição de destaque nas tendências tecnológicas mundiais. Nesse contexto, Paulo Bezerra, que atua no desenvolvimento de mercados internacionais da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), destaca a importância justamente de big data, computação em nuvem e mobilidade como janelas de oportunidades para as empresas brasileiras. “Além disso, elas contam com um diferencial muito grande frente aos concorrentes chineses e indianos: o foco no cliente”, acredita Bezerra. A presença de grandes companhias globais no mercado brasileiro também é um fator favorável à oportunidade de internacionalização.

O diretor-executivo da Totvs considera que a TI brasileira está vivendo um momento importante de união de esforços de diversos lados, seja pelos projetos Ciências sem Fronteiras e TI Maior, do Governo Federal, ou por iniciativas de entidades como Softex, Apex-Brasil e Brasscom, que estão ajudando a posicionar empresas brasileiras no mercado externo. “Nunca tivemos algo assim antes e será fundamental para impulsionar as empresas brasileiras a exportar softwares. O outsourcing não deve ser o nosso único foco, mas sim criar conhecimento para levar para fora do Brasil”, disse Goetten.

De portas abertas

Internacionalização foi o tema central da discussão levantada no Brasil IT+ Seminar, que ocorreu durante o Brasil Summit 2013, promovido pela Apex-Brasil em São Francisco (Califórnia, EUA). O evento tem como foco atrair investimentos americanos para o mercado de TI.

Desde 2005, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) desenvolve com a Softex um projeto de promoção de exportação do setor de software e serviços de TI do qual participam mais de 200 empresas que atuam em 15 diferentes verticais. Por meio dele, serão investidos mais de R$ 13 milhões até agosto do próximo ano em ações de promoção comercial.

Recentemente, a agência inaugurou seu novo centro de negócios na cidade de São Francisco com intuito de impulsionar as relações empresariais no Vale do Silício e de oferecer apoio a startups brasileiras. “Este é um momento favorável para as nossas empresas no mercado externo, uma vez que o País está bem posicionado não só como produtor commodities, mas também como provedor de inteligência”, afirma Mauricio Borges, presidente da Apex-Brasil.

Em julho, a Softex lançou uma edição customizada para as empresas do setor de software e serviços de TI do Programa Internacionalização e Competitividade (Inter-Com), desenvolvido pela Apex-Brasil desde 2011 em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). O projeto está inserido no objetivo do governo brasileiro de transformar companhias brasileiras em players globais de TI, com enfoque em ecossistemas digitais de alto valor agregado e intensivos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Atualmente, 30 empresas fazem parte do programa, que está em seu estágio inicial e cuja meta é fazer com que 20 delas abram operações nos Estados Unidos até 2015.

*A jornalista viajou a São Francisco para o Brasil Summit 2013 a convite da Apex-Brasil.

Fonte: "Com aumento da concorrência, mercado internacional vira alvo de brasileiras - Information Week." Information Week. http://informationweek.itweb.com.br/16015/alem-da-exportacao/ (accessed October 21, 2013).

G1: Protesto on-line pode ser mais perigoso que o físico, diz especialista



Um protesto on-line pode ter efeitos mais duradouros que um protesto físico, já que informações expostas na rede podem ficar disponíveis para sempre enquanto danos materiais podem ser consertados.

A opinião é do especialista Anchises Moraes, que atua como analista de inteligência em ameaças na empresa de segurança RSA. Ele conversou com o G1 sobre as movimentações e protestos on-line, que também acompanham as ações contra o Instituto Royal.

O laboratório da empresa foi invadido na madrugada desta sexta-feira (18). Manifestantes dizem que animais usados em pesquisas feitas no local sofriam maus-tratos. Segundo Moraes, já virou "rotina" no planeta todo que manifestações que ocorrem no mundo real sejam acompanhadas de protestos on-line.

"Quem está na rua usa as redes sociais pra divulgar o que está na rua, para fugir dos filtros da mídia, da censura, do controle da informação. Mas é comum que pessoas que não estejam participando fisicamente do protesto se aproveitem da comunicação nas redes sociais pra ajudar a divulgar, de certa forma, o protesto, porque muita gente não participa porque não quer, porque tem medo, ou porque não pode por morar em outra cidade, outro estado", explica Moraes.

Ciberativismo

O uso da internet para organizar ou divulgar uma ideia recebe o termo de "ciberativismo". Entre as formas mais populares de protesto na internet está a divulgação de mensagens em redes sociais, onde protestos podem ser organizados.

Foi o caso da invasão ao Instituto Royal. A organização da manifestação admitiu que a movimentação on-line "saiu do controle" e que vários grupos sem ligação direta com a defesa dos direitos dos animais se juntaram à ação após tomarem conhecimento da causa pela internet.

Algumas das ações tomadas pelos ativistas na web, porém, geram polêmica. O site do Instituto Royal foi alvo de um ataque de negação de serviço, que busca sobrecarregar um site. O ataque recebeu o apoio do coletivo "Anonymous", que chegou a publicar uma mensagem no Twitter de "TANGO DOWN", termo usado quando um site alvo de um ataque fica fora do ar.

Dados pessoais do presidente do Instituto Royal e da própria empresa também foram publicados na web. Esses acontecimentos, porém, também são rotineiros: em janeiro, dados de políticos brasileiros foram parar na web, também motivados por protestos on-line. Esse tipo de ação é atribuída aos "hacktivistas".

"O 'hacktivista' é aquele que na verdade também tem uma carga política, ideológica, religiosa por trás, mas em vez de usar a internet para manifestar, só criando uma página do Facebook, ele está manipulando a tecnologia e os controles tecnológicos para usar isso como forma de protesto ou apoio a um protesto", diz o especialista da RSA.

Legal x ilegal

Não é possível, porém, afirmar que o "hacktivismo" está ligado ao que é ilegal. Para Moraes, a questão é meramente técnica. Um "hacktivista" pode colaborar desenvolvendo uma ferramenta que burle um controle ou proibição do estado sem se envolver diretamente com ataques ou protestos específicos.

Um exemplo disso ocorreu durante a Primavera Árabe, quando o acesso à internet foi limitado para impedir manifestantes de comunicar o que acontecia. Meios de acessos alternativos e ferramentas contra a censura foram providenciados por "hacktivistas". A questão da legalidade, portanto, recai sobre os próprios conflitos sociais.

"Essa fronteira do legal e do ilegal é meio dúbia. Quando se está protestando, normalmente é contra uma situação dominante. Na perspectiva de uma parcela da população, você está fazendo a coisa certa, e na de outra parcela, majoritária, rigorosamente, você está agindo errado, porque está protestando contra o status quo", opina o especialista.

Dados pessoais

Outra atividade comum do "hacktivismo" é a exposição de dados pessoais, que pode ocorrer de diversas formas. Segundo Moraes, muitos "hacktivistas" não possuem conhecimentos técnicos avançados e, por isso, os dados são normalmente obtidos a partir de ataques mais simples, buscas no Google ou até em bancos de dados de terceiros.

Mesmo atos simples podem ter consequências graves. Isso porque muitas pessoas não sabem quantas informações sobre elas mesmas estão disponíveis na internet. Esses dados podem ser de pessoas ligadas ao alvo do protesto, mas Moraes indica que em alguns casos, especialmente fora do Brasil, esses dados também são usados para identificar policias que atuam na repressão das manifestações. O objetivo é normalmente a vingança ou a humilhação dos envolvidos.

"No protesto físico, quebrou, conserta e tudo bem. Mas no protesto on-line se expõe os dados do dono do instituto, do dono de uma escola ou do presidente de uma organização, de uma empresa, de um político... uma vez expostos, os dados estão pra sempre na internet."

Fonte: Rohr, Altieres . "G1 - Protesto on-line pode ser mais perigoso que o físico, diz especialista - notícias em Tecnologia e Games." G1 - O portal de notícias da Globo . http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2013/10/protesto-line-pode-ser-mais-perigoso-que-o-fisico-diz-especialista.html (accessed October 21, 2013).

Information Week: "Não existe Internet das Coisas", contesta analista da Forrester



Há mais de uma década, em maio de 2001, a Forrester Research publicou um material antecipando o surgimento da X Internet, ou Internet Estendida, definida pela consultoria como um mundo no qual “dispositivos e aplicações de internet medem, analisam e controlam o mundo real”. Àquela época, já se falava nesses aparelhos indo além das capacidades de PCs.

Depois de tanto tempo, esse mundo ainda não aconteceu. Enquanto empresas nos setores de saúde, manufatura e utilities estão bem longe desse caminho da X Internet, ou a chamada “internet das coisas”, como é normalmente falado nos dias de hoje. Para a especialista da Forrester Sarah Rotman, tanto consumidores quanto empresas estão apenas no começo da adoção de dispositivos conectados e com sensores.

Mesmo o mercado de dispositivos inteligentes está engatinhando. Os chamados smart devices até pouco atrás não eram tão “inteligente”, digamos assim, na visão de Sarah. Eles podem evoluir muito mais, pois hoje são fragmentados e não são tão uteis quanto podem um dia chegar a ser.

O que falta, então? No geral, esses devices não se comunicam uns com os outros, não se integram com sistemas de engajamento que entregam valor para consumidores e empresas. Um exemplo do mercado esportivo: o Nike Hyperdunk Plus, tênis para basquete, pode dizer a velocidade da corrida do atleta e as alturas dos saltos. A Under Armour Armour39, camiseta da marca norte-americana, é capaz de medir batimentos cardíacos e capacidade pulmonar. E a cesta de basquete da 94Fifty calcula a força da bola e o ângulo do arremesso. “Mas você pode usar todas essas coisas ao mesmo tempo, que elas sequer saberão que você está jogando um mesmo jogo: são três produtos de três fabricantes diferentes, e os dados coletados são armazenados em apps distintos”, explica a especialista no blog da Forrester.

Os sensores necessários para um cenário mais complexo e integrado existem, mas os sistemas de gestão de fluxo de dados ainda precisam de mais trabalho. A analogia ao basquete pode ser transportada para um universo de estádios, no qual os dados coletados poderiam ser integrados com plataformas de CRM e sistemas de bilhetagem. “Um estádio inteligente teria essas informações e muito mais, graças a sensores ubíquos e integrados em ‘sistemas de engajamento’ para permitir serviços mais inteligentes”, sugere Sarah.

Ela admite que marcas líderes de mercado não estão esperando a perfeição da internet das coisas antes de agir. Elas já usam devices conectados e com sensores para aumentar receita, engajamento a produtos e a satisfação do usuário. Mas o valor dessa estratégia não vem dos aparelhos com sensores em si, mas sim do jeito como as marcas poderão integrá-los com sistemas mais abrangentes.

Um exemplo da situação mais próxima do ideal, para ela, é o Magic Bands do Walt Disney World Parks and Resorts. Trata-se de uma pulseira equipada com sensores RFID que a Disney desenvolveu para seu público, começando com o parque na Flórida. A mesma pulseira de entrada nas atrações pode ser usada como chave dos quartos nos hotéis, FastPasses para pular longas filas nos parques e pagamentos de concessões e presentes nas lojas. Além de tudo, elas armazenam informações pessoais de modo que, se o cliente permitir, um personagem no parque pode interagir de modo mais pessoal – desejar feliz aniversário a seu filho, por exemplo, no meio do passeio da família.

“O que há de impressionante é o sistema por trás disso, o MyMagic Plus. Ele combina múltiplos sistemas de gravação – planejamento de viagem, tickets, CRM, gestão de ativos e pagamentos – em um sistema de engajamento único que aumenta a experiência do usuário enquanto melhora a eficiência e aumenta a receita da Disney”, analisa Sarah. As pulseiras podem ser programadas antes das viagens, e então por isso a Disney consegue também se planejar com seus funcionários.

A especialista conclui com a sugestão de que essa integração não necessariamente deve ocorrer em um sistema fechado como o da Disney. Produtos podem usar APIs e padrões comuns de modo que fiquem ainda mais “inteligentes”. Poucas iniciativas são notadas – a internet das coisas, para Sarah, não existe. Ainda.

Fonte: "Não existe Internet das Coisas", contesta analista da Forrester - Information Week." Information Week. http://informationweek.itweb.com.br/16047/nao-existe-internet-das-coisas-contesta-analista-da-forrester/ (accessed October 21, 2013). 


G1: Estudante de Taubaté cria aplicativo que economiza bateria do celular


 
Aplicativo economiza de 50% a 70% da bateria dos celulares.

É comum ver a bateria do celular acabar rápido quando se utiliza internet e aplicativos com frequência. Pensando na duração da carga, o estudante de mecatrônica, Murilo Henrique, de Taubaté, criou um aplicativo que economiza energia.

Durante seis meses, mesmo depois se chegar da escola, o adolescente de 17 anos não saía do computador. A mãe, Adriana Ferreira, conta que chegou a ficar preocupada com a situação. "Tudo isso nos preocupa, por que o convívio familiar tem que ser muito intenso e quando o adolescente fica horas no computador, isso gera um pouco de preocupação. Minha preocupação maior era ele ficar focado demais em redes sociais", afirma.

A mãe ainda não sabia, mas aos invés de ficar nas redes sociais, o adolescente trabalhava. "Sempre me veio à cabeça ter um aplicativo assim, porque sempre você está utilizando a internet e para de usar o telefone por algum motivo, para conversar, e a internet fica lá à toa", afirma Murilo.

 
Murilo Henrique, 17 anos, levou seis meses para
criar aplicativo.

Economia

Os aparelhos mais modernos consomem muita bateria por causa da internet. Com o aplicativo, chamado Ecotimer, assim que o celular deixa de ser utilizado, a internet é desativada. A conexão volta a funcionar em alguns intervalos para que o usuário receba suas mensagens e atualizações.

"Você escolhe quanto tempo quer que ele espere para ligar e quanto tempo você quer que ele fique ligado. Você escolhe, desliga o telefone (no modo de espera) e está tudo certo", explica o estudante.

De acordo com Murilo, o aplicativo economiza de 50% a 70% de bateria, o que gera, também, economia de energia, já que o celular passa a ser carregado com menos frequência. A criatividade do estudante está rendendo frutos. Além do Brasil, o aplicativo já foi baixado em países como Estados Unidos e Índia.

Sala de aula

Foi na sala de aula que surgiu o interesse do adolescente por programas de computador e celular. "Ele é um excelente aluno, tanto que chega a ser um dos mais aplicados na parte de programação. Ele começou a ter esse interesse e começou a perguntar sobre as programações que têm", disse o professor Fábio Batista.

Segundo Murilo, ele tem sido procurado por empresários com interesse em comercializar o aplicativo. Enquanto não há nenhuma negociação concreta, o estudante tem incentivado os amigos a ingressar no ramo. "Ele mostra que, mesmo a gente sendo adolescente, a gente pode correr atrás das coisas que a gente quer", disse o estudante Thomas Barreto.

Quando se fala em futuro, Murilo sabe exatamente o que quer. "Quero mergulhar nessa área que é muito interessante. O aplicativo é diferente de um programa de computador, ele vem para ajudar você. Tem aplicativo pequeno e grande, e esse meu é pequeno e vem justamente para isso, para te ajudar", afirma.

Fonte: "G1 - Estudante de Taubaté cria aplicativo que economiza bateria do celular - notícias em Vale do Paraíba e Região." G1 - O portal de notícias da Globo . http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/10/estudante-de-taubate-cria-aplicativo-que-economiza-bateria-do-celular.html (accessed October 21, 2013).

Portal A TARDE: França exige explicações sobre espionagem dos EUA






A França convocou o embaixador dos EUA nesta segunda-feira para que a autoridade dê explicações sobre as novas alegações de espionagem contra os cidadãos franceses. A medida coloca as questões de vigilância e privacidade entre as prioridades da agenda no futuro encontro do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, com oficiais europeus.

O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, afirmou que convocou o embaixador dos EUA na França para pedir explicações sobre uma reportagem publicada no jornal Le Monde. A publicação trazia informações com base em supostos documentos fornecidos pelo ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden.

"Este tipo de prática contra parceiros é um ataque à privacidade, e é totalmente inaceitável", disse Fabius em um encontro da União Europeia em Luxemburgo. Os comentários do ministro foram feitos logo antes da chegada de Kerry em Paris, como parte de uma planejada viagem que também incluirá Londres e Roma.

De acordo com o Le Monde, a NSA coletou mais de 70 milhões de registros telefônicos na França, incluindo, gravações de conversas e mensagens de textos, entre os primeiros dias de dezembro de 2012 e o começo de janeiro de 2013.

Uma porta-voz da embaixada dos EUA em Paris não quis comentar sobre a convocação ou sobre a reportagem.

Os governos europeus têm reagido com diferentes graus de indignação desde que Snowden divulgou documentos confidenciais que supostamente detalham o extenso alcance das operações de vigilância dos Estados Unidos. As informações fornecidas pelo delator foram publicadas em vários jornais ao redor do mundo.

A França se juntou a uma iniciativa conjunta dos governos da União Europeia para pedir que os EUA se expliquem depois de revelações iniciais de espionagem contra os governos e instituições europeias. As acusações deram nova vida às propostas de uma lei de privacidade em toda a Europa. Mas nos últimos meses, o furor e a indignação foram se atenuando.

Nesta segunda-feira, Fabius levantou a possibilidade de uma intensificação dos esforços. "Nós já havíamos sido alertados em junho e já havíamos reagido de maneira firme", afirmou. "Mas claramente nós precisamos ir ainda mais além". Fonte: Dow Jones Newswires.

Fonte: "Portal A TARDE - França exige explicações sobre espionagem dos EUA." Portal A TARDE. http://atarde.uol.com.br/materias/1542535 (accessed October 21, 2013).