terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

COMPUTERWORLD: Empresas têm dificuldade para atender obrigatoriedade do eSocial


Estudo da PwC realizado com 48 organizações constatou que menos da metade se estruturou para envio das informações relativas aos empregados no formato digital.
Pesquisa da PwC com o objetivo de entender como as empresas estão se preparando para lidar com as obrigações do eSocial – em vigor desde julho de 2013 (Ato Declaratório Executivo SUFIS nº 05) – revela que, no fim de 2013, a maioria delas ainda aguardava a publicação de um cronograma oficial definitivo. Menos da metade (41,7%) havia montado uma estrutura dedicada ao projeto de adequação seis meses antes do prazo previsto para o início da ferramenta. Entre elas, estavam empresas que participaram do grupo piloto criado pela Receita Federal para testar e discutir os layouts e procedimentos relacionados à ferramenta.

O eSocial pretende simplificar o envio das informações aos órgãos governamentais e também facilitar a fiscalização das obrigações trabalhistas das empresas brasileiras. O estudo da PwC foi realizado com 48 empresas de grande porte de diferentes setores da economia – 18 delas com mais de três mil funcionários – e com capital nacional, e descobriu que o grande desafio delas não é apenas cumprir o prazo do primeiro envio das informações.

“É preciso garantir a qualidade do que será fornecido e manter 100% da operação em conformidade com a nova regulação”, explica João Lins, sócio da PwC Brasil.

A ideia da pesquisa foi mapear as iniciativas e ações adotadas pelas empresas em relação a essa transição e entender quais as principais dificuldades encontradas. Os resultados mostram que mudanças culturais e de processos internos são as maiores dificuldades para a adequação, apontada por 32,6% dos entrevistados. Isso porque as empresas perceberam que o novo ambiente mudará tanto o tempo de resposta às demandas de informações no dia a dia, quanto o nível de cuidado necessário para garantir a qualidade do que é fornecido. Já em relação aos processos internos, 20,7% preveem dificuldades.

Quanto a ganhos e benefícios, 39,6% acreditam que o eSocial permitirá uma melhor capacidade de cumprir a legislação em vigor. Esse resultado revela a percepção de que mesmo que o investimento inicial de adequação seja grande, a preparação efetiva das empresas para cumprir a complexa regulamentação do trabalho no Brasil ficará mais fácil no longo prazo.

De acordo com a PwC, com o eSocial as empresas, além de adotarem um novo fluxo de transmissão de informações e de relacionamento com Fisco, MTE e MPS, terão que se preparar adequadamente para responder a importantes perguntas, como: 
1 - Quais são os impactos no modelo de negócios? O que é preciso mudar nos procedimentos de contratação e gestão de pessoas? 
2 - A arquitetura de dados, as bases de informações e os atuais sistemas são eficientes e suficientes para assegurar a adequação ao ambiente do eSocial? Quais são as lacunas existentes hoje? 
3 - Como garantir que as rotinas trabalhistas e previdenciárias sejam organizadas e executadas de forma correta? 
4 - Qual a amplitude dos impactos culturais resultantes das transformações provocadas pelo eSocial? 
5 - Que controles devem ser implantados para garantir a conformidade de agora em diante? 
6 - Quem será responsável por preparar as informações e garantir seu envio adequado para o ambiente do eSocial?

IDG Now!: #Marcocivil: a hora da verdade


A sorte está lançada. Criticado pelas operadoras de telefonia, que não gostaram da justificativa do relator para o princípio de neutralidade de rede, por provedores de acesso e de conteúdo, que garantem que o texto já não reflete o Decálogo do Comitê Gestor da Internet, e dá uma carta branca ao governo brasileiro para controlar o uso da rede e até por ativistas, que enxergam na ampliação das obrigações de guarda de registros de acesso a aplicações uma licença para o grampo compulsório de toda navegação realizada, invertendo o princípio constitucional da presunção de inocência, o Marco Civil da Internet começa hoje a ser debatido no Plenário da Câmara dos Deputados.

O relator, Alessandro Molon (PT/RJ), garante ter apoio da maioria dos partidos para aprovação do texto, sem muitas alterações. Mas a bancada do PMDB, liderada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), pretende votar um destaque em separado recolocando no texto emendas desconsideradas pelo relator, de autoria do próprio Eduardo Cunha e do deputado Ricardo Izar (PSD/SP) que comprometem o princípio de neutralidade de rede como compreendido em todo o mundo: o tratamento isonômico do tráfego internet, salvo exceções de natureza técnica. Entre elas, a que dá às operadoras a possibilidade de oferta de “condições especiais de tráfego de pacotes de dados entre o responsável pela transmissão e terceiros interessados em provimento diferenciado de conteúdo, desde que não haja prejuízo ao tráfego normal de dados”. Você quer ver a sua banda larga fixa funcionando e sendo cobrada como a sua banda larga móvel? Eu não quero.

E não vejo no princípio de neutralidade defendido no Marco Civil uma ameaça a serviços como a cobrança reversa, que viabilizariam a tal banda larga gratuita para acesso a sites do governo e acordos como o acesso gratuito ao Twitter e a Facebook a partir de planos de determinadas operadoras móveis.

A votação do Marco Civil na Câmara, em tese, não esgotará o debate sobre muitas das questões que, certamente, ainda correm o risco de serem modificadas., como a própria neutralidade de rede, a imputabilidade dos provedores de conteúdo, a guarda dos logs de conexão e acesso, a obrigatoriedade do armazenamento em data centers localizados no Brasil, etc. O texto aprovado na Câmara, qualquer que seja ele, ainda passará pelo Senado, onde poderá sofrer novas mudanças a serem validadas ou não pela Câmara, novamente e pela sanção presidencial. Portanto, muita água ainda vai rolar até podermos nos orgulhar de sermos, talvez, o primeiro país do mundo a ter uma lei resguardando os direitos dos internautas e estabelecendo os deveres dos provedores de conexão e de acesso a serviços na rede.

Na última conversa que tive com Molon, o deputado me pareceu abatido, exausto mesmo, porém seguro de que o texto final, acordado com lideranças de diversos partidos, estaria redondo o suficiente para não sofrer demais nas votações na Câmara e no Senado. Suas convicções começam hoje a serem colocadas à prova. Em jogo, o desenho do mercado digital que teremos daqui a cinco anos.

É difícil motivar a massa de internautas a se envolver no debate de temas tão espinhosos. Mas é bom que essa massa saiba que, hoje, no Congresso, aqueles nos quais votaram começam a decidir se a Internet continua como é, ou vira uma rede de promoção de desigualdades e controle. E que sem pressão popular, poucos, defensores de interesses diversos, nem sempre nobres, podem atentar contra a privacidade e a livre iniciativa de muitos, em nome da segurança e livre iniciativa de poucos.

Princípios de neutralidade da rede estão no cerne da cultura internet. Acesso aberto e liberdade para inovar são amados por todos os envolvidos, bem como a proteção desses recursos é de fato uma questão indissociável da privacidade, liberdade de expressão, igualdade civil e progresso humano.

O equilíbrio entre a neutralidade imposta e a neutralidade consensual é o que deveríamos cobrar. Bem como o bom senso no que deveríamos guardar e onde.

A hora de se fazer ouvir é agora! E também nas urnas, em outubro.

“Se a Internet tropeçar, não será por falta 
de tecnologia, visão ou motivação. 
É porque não pudemos definir uma direção 
e coletivamente marchar para o futuro.”
Bob Kahn


G1 - Com ajuda de brasileiros, jovens aperfeiçoam app da Nasa para celular


Jovens que moram no País de Gales são parte de um grupo que testou, à distância, aplicativo da agência espacial americana.

Rafael e Samanta (com bandeira do Brasil)
ajudaram a testar, à distância, aplicativo
educacional da Nasa 

Um grupo de dez jovens - incluindo dois brasileiros - moradores do País de Gales ajudou a Nasa (agência espacial americana) a melhorar e ampliar um aplicativo sobre ciência e astronomia (spaceplace.nasa.gov), dedicado sobretudo ao público infanto-juvenil.

A parananese Samanta Tomczack, de 19 anos, e o paulista Rafael Gonçalves, de 16 - que há cerca de uma década vivem com suas respectivas famílias no País de Gales -, passaram dois meses testando, de forma voluntária, a linguagem e o conteúdo do aplicativo Space Place, no início de 2013, junto com outros jovens de origem polonesa, nepalesa, italiana e nigeriana que moram no sul galês.

Segundo a Nasa, os testes, feitos à distância, ajudaram a 'adicionar material ao aplicativo, a mostrar pontos fortes e fracos' e a desenvolver uma versão para Android do app (que antes só estava disponível para aparelhos Apple), recém-lançada.

Em troca, eles ganharam um certificado de agradecimento - e uma experiência que consideram importante para seu futuro profissional.

Interatividade
'Sempre gostei de tecnologia e (o projeto) me ajudou a gostar mais. Vai ser um diferencial para mim', diz Rafael, que faz no momento uma espécie de curso técnico em matemática e computação. 'Demos nossas opiniões sobre o aplicativo, que tinha alguns defeitos, e sugerimos uma versão para Android.'

Já Samanta se interessou mais pela 'parte interativa' do aplicativo, que tem vídeos, atividades e jogos relacionados, por exemplo, ao Sol, ao espaço e ao Sistema Solar.

'Meu interesse é estudar jornalismo, (por isso) minhas sugestões foram mais quanto à questão social do app, como deixar sua interatividade mais fácil para crianças', conta à BBC Brasil.

A intermediação dos jovens com a Nasa é feita por um projeto, gerido pelo governo galês, cujo principal objetivo é preparar jovens de origem imigrante para o mercado de trabalho local.

Segundo o português Mirco Cordeiro, responsável pelo projeto, a meta é 'fazer com que os jovens sejam mais motivados e ambiciosos'.

'Eles foram selecionados em uma área de carências sociais do País de Gales, onde existe a visão de que os jovens são muito apáticos', afirma Cordeio à BBC Brasil. 'O que eu queria era mostrar que, quando há boas oportunidades e apoio, os jovens brilham. Cabe à sociedade encorajá-los.'

Nancy Leon, coordenadora do aplicativo na Nasa, disse que o Space Place atrai cerca de 2 milhões de visitantes únicos por ano. Em vídeo de agradecimento aos jovens voluntários, ela disse que os testes ajudaram a 'mostrar pontos fortes e fracos do aplicativo' e no esforço de criar material que desperte o interesse de crianças e adultos à ciência.

IDG Now!:Brasil é alvo do maior ataque direcionado do mundo, diz Trend Micro


País é atingido pela campanha Houdini, com foco em roubo de informações importantes. Ataque ocorre há, pelo menos, 3 semanas.
A Trend Micro alerta para um grande ataque dirigido ao Brasil (APT ou Advanced Persistent Attack). A campanha intitulada Houdini tem sequestrado computadores e roubado dados sigilosos e importantes com uma frequência bastante avançada há, pelo menos, três semanas. 

Isso é o que identificou a equipe de pesquisadores da empresa aqui no Brasil e em colaboração com os laboratórios da Trend Micro em outros países.

"O ataque ao País, nesse momento, é o maior do mundo. O Brasil conta com 425 computadores sequestrados - número que deve crescer ainda - e o principal foco é a indústria de energia. Estamos investigando para saber de que países estão vindo essa APT, mas já sabemos que muitos estão vindo do continente Africano", afirma Leonardo Bonomi, diretor de Serviços e Suporte da Trend Micro. 

Atrás no Brasil está a Índia, com 221 computadores infectados. De acordo com relatório da empresa, apenas os dois países estão sob ataque do Houdini. "É importante reforçar que esse ataque está diretamente ligado ao ataque que sofremos em dezembro de 2013, uma vez que ambas usam o malware VBS_DUNIHI como um de seus componentes e que rapidamente se alastrou pela América Latina com o objetivo de executar comandos nas máquinas sequestradas e roubar dados", afirma Bonomi.

Como age

O VBS_DUNIHI chega como um arquivo anexado a mensagens de e-mail de spam. Este malware é normalmente criptografado, o que pode ser um obstáculo durante a análise. Após obter sucesso com a descriptografia, no entanto, os usuários podem facilmente distinguir a assinatura do(s) autor(es) do malware. O VBS_DUNIHI tem a linha 'Houdini' (daí o nome da campanha).

Quando instalado, o VBS_DUNIHI permite a um invasor executar comandos. A análise da Trend Micro revela que o código de VBS_DUNIHI pode executar até 13 comandos. Em geral, ele permite que atores de ameaças remotas emitam comandos que serão executados nos sistemas infectados.

Arquivos maliciosos codificados em VBScript não são novidade no cenário de ameaças. Já em 2000, o infame vírus ILOVEU foi distribuído e causou danos a vários sistemas em todo o mundo. Ser uma ameaça antiga, no entanto, não garante os sistemas são imunes a esta ameaça.