terça-feira, 30 de dezembro de 2014

G1: Hacker diz ter clonado digital de ministra alemã

Hacker diz ter clonado digital de ministra alemã
Caso amplia dúvidas sobre segurança da biometria por impressão digital - método usado para identificar eleitores no Brasil.  
Ursula von der Leyen, ministra da Defesa da
Alemanha, pode ter tido sua digital clonada

Um membro da rede de hackers Chaos Computer Club (CCC) diz ter clonado a impressão digital de uma política alemã usando imagens feitas de seu dedo durante uma entrevista coletiva.

Jan Krissler garante que teria conseguido falsificar a impressão digital da ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, a partir de fotos feitas com uma câmera fotográfica comum.

O caso parece reforçar a ideia, defendia por alguns especialistas, de que a biometria por impressão digital - que começou a ser usada em urnas eletrônicas no Brasil - deixou de ser um método seguro para proteger dados e identificar pessoas.

As declarações de Krissler - também chamado de "starbug" no circuito dos hackers - foram feitas em uma convenção para integrantes do CCC, que, aos 31 anos, diz ser "a maior associação de hackers da Europa". Sua palestra também foi transmitida online a partir do site da associação.

Segundo o hacker, as fotos de Von der Leyen teriam sido feitas em outubro. Um "close" de seu dedo e algumas outras fotos de ângulos diferentes teriam sido suficientes para falsificar a digital da ministra.

"No passado já havia sido demonstrado como é fácil 'roubar' a impressão digital de uma pessoa se ela tocar uma superfície polida (como um vidro ou um celular)", diz o texto de apresentação da palestra de Krissler no site da CCC.

"Agora, uma nova e às vezes surpreendente maneira de fazer isso será demonstrada. E com esse conhecimento não haverá mais a necessidade de se roubar objetos com as digitais (a serem clonadas)."

Foto de dedo de ministra teria sido tirada durante entrevista coletiva

Durante seu discurso, Krissler sugeriu que, após ouvirem sobre sua descoberta, "os políticos provavelmente passarão a usar luvas ao falar em público" .

Falhas e alternativas

Além de ser usado durante as eleições brasileiras, o sistema de identificação por impressão digital também é utilizado como medida de segurança em dispositivos da Apple e da Samsung.

"Não é fácil falsificar um teste de biometria que depende de informações estáticas - como identificação da face ou de impressões digitais, mas há um certo reconhecimento de que esses sistemas têm falhas", diz o especialista em segurança cibernética Alan Woodward, da Universidade de Surrey.

Woodward diz que já há métodos que reconhecem características mais difíceis de serem replicadas, como as veias dos dedos ou o movimento do corpo.

Em setembro, por exemplo, o banco Barclays lançou para clientes corporativos esse sistema de reconhecimento que identifica as vasos sanguíneos dos dedos.

A técnica também seria utilizada em caixas eletrônicos no Japão e na Polônia.

Segundo a empresa Hitachi, que fabrica aparelhos que fazem esse reconhecimento, ele é possível porque as veias têm uma composição única em cada indivíduo.

Testes feitos na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Geral de Southampton em 2013 indicam que esses padrões não são alterados por mudanças na pressão arterial. 

G1: Gmail é bloqueado na China

Gmail é bloqueado na China  
Usuários do serviço disseram que ele não funcionava nesta segunda.
Tráfego diminuiu desde sexta-feira (26). 

O Gmail, do Google, foi bloqueado na China após meses de interrupções do maior serviço de email do mundo, e um grupo de ativistas anticensura sugeriu que a culpa era da intervenção do país asiático na internet.

Vários endereços do Gmail na internet foram cortados na China na sexta-feira (26), disse o GreatFire.org, um grupo de defesa de liberdade de expressão com sede na China. Usuários disseram que o serviço ainda estava sem funcionar nesta segunda-feira (29).


"Eu acho que o governo está apenas tentando eliminar a presença do Google na China e até enfraquecer seu mercado no exterior", disse um membro do GreatFire.org, que utiliza um pseudônimo.

"Imagine se os usuários do Gmail não puderem entrar em contato com clientes chineses. Muitas pessoas fora da China podem ser forçadas a trocar o Gmail".

O Relatório de Transparência do próprio Google, que mostra o tráfego de serviços do Google, mostrou uma diminuição do tráfego do Gmail na China na sexta-feira.

"Nós checamos e não há nada errado na nossa ponta", disse em um email um porta-voz do Google em Cingapura.

Quase todos os serviços do Google estão sendo pesadamente interrompidos na China desde junho deste ano, mas até a semana passada os usuários do Gmail ainda podiam acessar emails baixados via protocolos como IMAP, SMTP e POP3. Eles permitiam que as pessoas se comunicassem usando o Gmail em aplicativos como o email do iPhone, da Apple, e o Microsoft Outlook.

A China mantém controle pesado da Internet, impedindo quaisquer sinais de dissidência ou desafios ao Partido Comunista.

G1: '3 horas para ver um clipe': cubanos relatam drama de interagir em redes sociais

'3 horas para ver um clipe': cubanos relatam drama de interagir em redes sociais
#SalaSocial Reaproximação com EUA deve impactar telecomunicações na ilha; 'Ter internet em Cuba hoje é mais difícil que ter telefone fixo há 30 anos no Brasil', diz dono de site.
Cuba ocupa 160º lugar em um ranking mundial que mede acesso a telefonia, banda larga, residências com internet e computadores

Cubanos natos, moradores e visitantes da ilha governada pelos Castro a rigor podem acessar o YouTube com liberdade. O problema é que, na prática, a maioria não consegue assistir a nenhum vídeo.

Velocidade, qualidade de conexão, preço e quantidade de pontos de acesso à internet sempre foram pedras no caminho de quem passa pelo único país comunista das Américas. Agora, se depender das promessas recentes de Raúl Castro e Barack Obama, líderes de Cuba e dos Estados Unidos, a barricada tecnológica pode cair.

Em discurso simultâneo feito em 17 de dezembro, ambos anunciaram, entre outras medidas, que provedores americanos de telecomunicações poderão instalar sua infraestrutura e exportar serviços para a ilha caribenha. Para "melhorar a comunicação entre os países", a Casa Branca disse por comunicado que quer estimular a oferta de "serviços comerciais de telecomunicações e internet" - inclusive via smartphones.

À BBC Brasil, moradores da ilha disseram que uma única hora de acesso à rede hoje pode custar até US$ 8. O valor equivale a 40% do salário mensal de 8 em cada 10 cubanos - cuja renda é de aproximadamente US$ 20 por mês.

Incomum em residências, o acesso é realizado normalmente em universidades ou espécies de lan houses estatais criadas pelo governo em 2013 - há 154 no país, segundo fontes oficiais.

Mas enquanto o Estado afirma que 25% dos cubanos têm acesso à rede, entidades internacionais de direitos humanos alertam que apenas 5% acessam a "internet total", isto é, sem restrições, páginas controladas ou bloqueadas.

De acordo com relatório divulgado em novembro pela UIT (União Internacional de Telecomunicacões), Cuba ocupa o 160º lugar em um ranking mundial que mede acesso a telefonia, banda larga, residências com internet e computadores.

A lista inclui 166 países - considerados piores que Cuba, só a Eritrea, a República Democrática do Congo, a República Centro-Africana, Chade, Mianmar e Madagascar.

Revolução

Governo cubano diz que falta de internet é fruto de bloqueio dos EUA; americanos dizem que limitação é estratégia cubana para controlar cidadãos

Duas justificativas distintas são frequentes para explicar a dificuldade de conexão da ilha, segundo os cubanos entrevistados.

Por um lado, simpatizantes de Raúl Castro atribuem as limitações ao embargo econômico imposto pelos Estados Unidos. Outros argumentam que a má qualidade do acesso seria uma forma conveniente de dificultar o contato dos moradores da ilha com outras pessoas e com as informações em circulação.

"Posso deixar um videoclipe carregando por três horas e sei que não vou conseguir assisti-lo", disse ao #SalaSocial da BBC Brasil o documentarista cubano Ismael Perdomo, de 43 anos, que vive em Havana.

A ligação para o telefone fixo do cineasta caiu quatro vezes durante uma hora de conversa.

Criador do site Cuba24horas.com, onde publica minidocumentários como Havana-Miami: Os tempos mudam (série de histórias sobre a vida dos cubanos que vivem nas duas cidades), Perdomo lamenta que seus conterrâneos tenham "perdido muita coisa do mundo digital".

"Ter internet em Cuba hoje é mais difícil que ter telefone fixo há 30 anos no Brasil", diz. Ele se refere à época em que uma linha telefônica comum chegava a custar US$ 3 mil nas principais capitais brasileiras e demorava anos para ser instalada.

O cineasta, entretanto, defende o regime comunista que rege a ilha desde o início do castrismo, em 1959.

"A pressão financeira nos fez um país pequeno", argumenta. "Cuba precisa de muitas mudanças, mas nossa revolução foi autêntica, legítima e durou muitos anos. É uma etapa importante que passou e agora queremos alcançar o resto do mundo."

Sua opinião não coincide com a de muitos moradores da ilha - caso da espanhola Libia Pérez, que vive em San Antonio de los Baños, a 27 quilômetros de Havana. "Quem vive fora da ilha tem muito mais facilidade de se informar sobre o que acontece em Cuba do quem vive dentro", ela diz.

À reportagem, por meio de mensagens privadas no Facebook, Pérez questiona o argumento de que a internet ruim seria culpa do bloqueio. "Agora é hora de comprovar. A suspeita geral é contra o governo, que parece não querer abrir esta janela ao povo", diz.

Redes

Mas qual será o alcance local das redes sociais - reconhecidas em todo o ocidente como espaços de discussão política, críticas a governos e organização de eventos como as "primaveras" que se espalharam por vários países?

Segundo o documentarista Perdomo, elas são mais usadas como ferramentas de comunicação do que fonte de informação ou questionamento.

"Fizemos uma pesquisa local e, para a maioria dos garotos, as redes sociais são apenas espaços para conversar com amigos distantes e familiares no exterior", diz.

A conclusão foi que as redes funcionam em Cuba como um "telefone mais moderno", e não como espaço para troca de notícias e dados, diz o morador de Havana.

Leia mais? `Os cubanos não têm sentimentos antiamericanos'

Nas palavras do conterrâneo Pablo Nuñez, de 19 anos, os cubanos "não tiveram chance" de criar o hábito de usar as redes como ferramenta crítica. "Com a baixa velocidade, as redes aqui servem para o básico: mandar e receber notícias, às vezes fotos, para as pessoas que amamos", diz.

Graças ao mercado negro, as redes sociais por lá acabam se tornando "analógicas": para driblar restrições, os cubanos têm o hábito de fazer circular HDs externos, CDs e até disquetes com vídeos, fotos e textos que poderiam ser questionados pelo governo ou demorar muito para serem acessados pelo computador.

O estado das comunicações digitais é complicado pelo fato de boa parte dos cidadãos usar o que se chama internacionalmente de "intranet cubana".

De acordo com o jornal Washington Post, a internet para a maioria dos cubanos se restringe a um sistema local que inclui e-mails, sites favoráveis ao governo "e um punhado de outros serviços". A "internet completa" fica restrita a estrangeiros em hotéis e universidades e alguns profissionais cubanos autorizados pelo governo.

Pablo desconversa quando questionado se poderia criticar o que não lhe agradasse no governo. "Há muitas maneiras de se mostrar o que se sente. Não precisa ser na frente do computador." 

IdgNow: Facebook pede desculpas após app de retrospectiva relembrar momentos ruins

Facebook pede desculpas após app de retrospectiva relembrar momentos ruins


Web designer criticou recurso da rede social por trazer foto de filha recém-falecida entre "os pontos altos" de 2014.

O Facebook se desculpou na última sexta-feira, 26/12, após o seu aplicativo de retrospectiva trazer memórias ruins para o web designer Eric Meyer.

Em seu blog, Meyer analisou e explicou o erro do aplicativo Year in Review, do Facebook, que junta um “pacote” os posts e fotos mais curtidas do usuário. Mas, para o designer, isso significou ver uma foto da sua filha que faleceu há pouco tempo, cerca por ícones “alegres” da rede social.

O usuário também criticou o fato que a ferramenta foi exibida no seu feed padrão no Facebook e que não havia um recurso fácil de acessar para conseguir esconder a retrospectiva em questão.

Facebook se desculpa...

No final de semana, o jornal Washington Post publicou um pedido de desculpas do gerente de produtos do Facebook, Jonathan Gheller, sobre o incidente. “O aplicativo foi incrível para muitas pessoas, mas claramente nós trouxemos tristeza em vez de alegria neste caso.”

...e o usuário também

Meyer confirmou o recebimento de um pedido pessoal de desculpas enviado diretamente pelo Facebook e disse que sua intenção com o post foi alertar para o fato de que o design na web quase nunca leva em conta os chamados “piores cenários possíveis”.

Por fim, o designer pediu desculpas à equipe responsável do Facebook por “derrubar a Internet na cabeça deles durante o Natal”.

IdgNow: Microsoft prepara novo navegador para o Windows 10, diz site

Microsoft prepara novo navegador para o Windows 10, diz site

Segundo página especializada, novo browser da empresa seria chamado Spartan e teria características dos rivais Chrome e Firefox. IE continuaria sendo oferecido.
A Microsoft trabalha em um navegador totalmente novo para o Windows 10 que teria o codenome de Spartan, segundo informações do site especializado ZDNet.

De acordo com a página, esse novo browser não é o Internet Explorer 12, possível próxima versão do velho conhecido browser da empresa que ganha uma atualização com a chegada de produtos importantes.

Com esse novo navegador, a Microsoft estaria planejando começar do zero nesse segmento com um browser que tenha características dos rivais Chrome, do Google, e Firefox, da Mozilla, aponta a ZDNet.

No entanto, a possível chegada do Spartan não significaria o fim do Internet Explorer, que continuaria sendo oferecido juntamente com o Windows 10 por questões de compatibilidade – assim, o novo sistema chegaria aos consumidores com dois browsers diferentes.

Vale lembrar que a Microsoft agendou um evento especial sobre o Windows 10 para o próximo 21 de janeiro. Pode ser que a empresa já fale sobre essa novidade muito em breve, pelo jeito.

G1: Fabricante de smartphones Xiaomi levanta US$ 1,1 bilhão de investidores

Fabricante de smartphones Xiaomi levanta US$ 1,1 bilhão de investidores
'Apple da China' é terceira maior fabricante de smartphones do mundo.
Valor de mercado da companhia alcançou US$ 45 bilhões.
A chinesa Xiaomi, uma das fabricantes de smartphones de maior crescimento no mundo, levantou US$ 1,1 bilhão em uma rodada de captação que cimenta seu status como uma das empresas privadas de tecnologia mais valiosas do mundo, com valor de US$ 45 bilhões.

Os investidores incluem fundos de private equity como All-Stars Investment, DST Global, Hopu Investment Management e Yunfeng Capital, assim como o fundo soberano de Cingapura GIC, disse o presidente-executivo da empresa, Lei Jun, nesta segunda-feira (29) em Weibo.

A operação representa um dos primeiros investimentos de alto nível do All-Stars, um fundo estabelecido recentemente e liderado pelo ex-analista de tecnologia do Morgan Stanley Richard Ji. Também fortalece as ligações entre Lei Jun e o magnata de tecnologia Jack Ma, presidente do Conselho do grupo Alibaba que investe de forma privada por meio de seu fundo Yunfeng Capital.

Dados das vendas da indústria dos últimos trimestres mostram que a Xiaomi elevou-se em apenas três anos para se tornar a terceira maior fabricante de smartphones do mundo -- atrás apenas da Samsung Electronics e da Apple -- e sua última rodada de investimentos reforça sua posição como uma das companhias privadas mais valiosas do mundo.

Agora avaliada em US$ 45 bilhões, a Xiaomi alcançou aproximadamente três vezes o valor de mercado da Lenovo, maior fabricante de PCs do mundo, e mais do que o quádruplo da avaliação de US$ 10 bilhões de dólares que tinha em sua última rodada de investimentos, em 2013.