segunda-feira, 18 de março de 2013

Prodeb cria portal em parceria com a Secretaria de Educação

Prodeb cria portal em parceria com a Secretaria de Educação:


A Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) criou, em parceria com a Secretaria da Educação, um projeto com a finalidade de inovar o Portal da Educação e, em consequência, facilitar a convergência de sistemas e assuntos educacionais. O novo Portal da SEC, inaugurado no dia 1º de fevereiro, foi apresentado a 103ª Reunião do Fórum de Diretores Técnicos e 5ª Reunião de Gerentes Técnicos. O encontro, uma promoção da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep), através da Prodeb, reuniu representantes de empresas estatais de processamento de dados de todo o Brasil, nos dias 07 e 08 de março (quinta e sexta-feira), no Pestana Bahia Hotel (Salvador/Bahia). 

Segundo Bruno Pires, coordenador de Soluções para Internet da Prodeb, o Portal da Educação é baseado em software livre, através da linguagem Drupal - um framework modular. O objetivo desse framework é, além de automatizar tarefas administrativas, criar e organizar conteúdo. "Além disso, outro ponto forte desse software, é seu caráter integrador, pois apesar das equipes estarem trabalhando separadas, tudo estará organizado e disponível em um só lugar", explica. O Portal da Educação uniu o conteúdo de três portais em um só, facilitando o acesso das informações educacionais para professores, alunos e pais. 

Entre as inovações do novo Portal da SEC, pais e estudantes da rede estadual de educação podem acessar frequências e notas através do "boletim online", além de poderem participar de aulas online. O Portal da Educação também reserva um espaço de interatividade, a rede social "Espaço Aberto", através do qual alunos e professores podem criar e compartilhar conteúdos educacionais. Por fim, através do "Transparência na Escola", a sociedade pode acompanhar os investimentos e o processo de prestação de contas realizados pelas unidades de ensino do Estado da Bahia. 

Bruno Pires, acrescenta ainda, que a nova gestão de conteúdo foi bem aceita pelo público alvo (professores, alunos e pais). "Existe uma integração muito forte com redes sociais, uma forma do público participar. Isso tem mostrado que o projeto, como proposta da Secretaria da Educação, está sendo um sucesso", pontua Bruno.

A TARDE - Anatel foca proteção a consumidor em consulta pública


Luci Ribeiro


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou, nesta segunda-feira, no Diário Oficial da União (DOU) aviso de consulta pública sobre a 'Proposta de Regulamento de Atendimento, Cobrança e Oferta a Consumidores de Serviços de Telecomunicações'. Trata-se de um conjunto de normas que busca simplificar as regras de atendimento e cobrança dos chamados "combos" vendidos pelas empresas que ofertam serviços de telefonia fixa e móvel, internet e TV por assinatura.

A revisão do regulamento faz parte de uma série de ações de proteção ao consumidor, anunciadas na sexta-feira (15) pelo governo federal. Entre os itens que fazem parte da proposta da Anatel está a consolidação das centrais de atendimento. Elas deverão ter pessoal qualificado para atender qualquer demanda de prestadoras pertencentes a um mesmo grupo econômico, independentemente do tipo de serviço.

O texto completo da proposta estará disponível no site e na sede da Anatel nesta segunda-feira. As contribuições e sugestões por meio eletrônico devem encaminhadas até às 24h do dia 17 de abril. Já as manifestações por carta, fax ou correspondência eletrônica serão aceitas se recebidas até às 18h da mesma data.

CORREIO: Brasil já é o segundo maior mercado de cartões do mundo


Consultoria aposta que o próximo passo serão os pagamentos pelos celulares


O Brasil é o segundo maior mercado de cartões de crédito e débito do mundo em número de transações, só perdendo para os EUA, segundo estudo internacional da consultoria Capgemini. 

Com 20 bilhões de transações registradas em 2010, o país supera as 13,1 bilhões de operações somadas de todos os demais BRICs -Rússia, Índia e China. É maior individualmente do que potências eletrônicas como França, Reino Unido e Alemanha, que tiveram pouco mais de 16 bilhões de operações. 

Para Paulo Marcelo, vice-presidente da Capgemini, a relevância do Brasil nos pagamentos eletrônicos decorre da bancarização e do crescimento rápido do PIB nos últimos anos. “O Brasil já pode ser considerado um país maduro em termos de pagamentos eletrônicos, diferentemente de Rússia e China, onde a disseminação dos cartões é mais recente e que crescem em ritmo acima de 30% ao ano”, disse. 

No Brasil, o crescimento dos pagamentos eletrônicos foi de 8,9% em 2010, enquanto no mundo como um todo o ritmo foi de 7,1%. Nos EUA, a expansão foi de 3,4% e na Europa, de 4,9%. 

Celulares 

Marcelo aposta que o próximo passo serão os pagamentos pelos celulares. No entanto, apenas 2,1% dos usuários de celulares usavam o aparelho para pagamentos em 2010, especialmente no Japão, onde a “carteira eletrônica” chegou 35 milhões de pessoas. “Com mais de um celular por habitante, o Brasil deverá se destacar também nesse meio de pagamento”, disse.

Mundobit: Anatel quer comparativo de preços e atendimento das operadoras pela internet

Anatel quer comparativo de preços e atendimento das operadoras pela internet:



A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está propondo regulamento único para o setor, com regras gerais para o atendimento, a cobrança e oferta a consumidores dos serviços de telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura. Segundo a agência, a mudança vai aperfeiçoar as regras e ampliar os direitos e os mecanismos de proteção aos consumidores. As informações são da Agência Brasil.

O novo regulamento prevê a possibilidade da existência de entidades que poderão produzir informações comparativas das ofertas das prestadoras dos serviços de telecomunicações. Com isso, o consumidor poderá escolher o melhor serviço de acordo com o seu perfil de consumo. A Anatel também quer adequar todos os serviços de telecomunicações às regras de atendimento previstas na Lei do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), como prazos máximos para atendimento e prazo de guarda de informação.

Outra regra é tornar obrigatório para todos os serviços de telecomunicações o atendimento via internet. O regulamento também prevê o aumento da quantidade mínima de estabelecimentos para prestar atendimento presencial aos consumidores.

O relator da matéria, conselheiro Marcelo Bechara, explicou que o país tem atualmente cerca de 340 milhões de clientes de serviços de telecomunicações e que a convergência tecnológica e de serviços é uma tendência de mercado. ?Neste cenário, passa a ser cada vez mais desejável que pelo menos boa parte dos consumidores possa manusear com facilidade o regulamento para prevenir e repudiar situações contrapostas a seus direitos e às normas atribuídas às prestadoras?, disse.

A proposta inicial do regulamento foi aprovada pelos diretores da agência, mas ainda deve passar por um período de consulta pública de 30 dias, a partir da próxima segunda-feira (18).

No ano passado, a telefonia celular foi campeã de reclamações nos Procons do país, segundo o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), com 9,1% dos mais de 2 milhões de reclamações registradas. O setor de telecomunicações como um todo, que inclui telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura, também teve destaque no ranking de reclamações, com 21,7% dos assuntos mais demandados nos Procons em 2012.

TI INSIDE: Software AG busca crescimento em telecom no Brasil com foco em processos


O setor de telecomunicações passou por transformações demais em tempo de menos. No Brasil, as diversas estatais de telefonia fixa acabaram se consolidando em quatro grandes operadoras que agora oferecem também serviços móveis e de dados. O desafio para essas empresas é conseguir traduzir todo esse legado para a nova realidade. Para tanto, a alemã Software AG investe para aumentar sua presença no segmento no País, levando integração e middleware que permitem agilizar e automatizar ações, identificando os problemas no meio de inúmeros processos.

O gerente de arquitetura de soluções da Software AG, Sérgio Moraes, afirma que tecnologia não é tudo: é preciso ter visão de negócios. "A camada de middleware nada mais é do que falar a língua de negócios para a TI e vice-versa, fazendo essa tradução", explica. Mas isso é apenas parte do problema. "Imagina as dificuldades que as empresas de telecom estão passando, porque o processo de fusão ainda não acabou. Interligar tudo e fazer as coisas funcionarem de forma integrada é um desafio muito grande. Imagina a mudança de cenário nos últimos dez anos e como eles estão entregando valor para o cliente na ponta."

Um desses processos é o de faturamento (billing), que atualmente precisa passar por diversas etapas até ser consolidado e enviado ao consumidor. "É um tempo de processamento muito grande. Quando você vai fazer a automação deste macroprocesso, consegue reduzir esse tempo", diz Moraes. Mesmo em operações mais simples, como recargas, pode chegar a até dez dias, tempo suficiente para irritar o consumidor e fazer com que ele mude de operadora.

Antecipação

A Software AG afirma que consegue mapear os processos e identificar os que precisam ser otimizados, inclusive simulando para a tele o impacto da automação dessas etapas. "A empresa consegue identificar que tem o problema e mapear o processo em um setor que é bem complexo, com muito concorrente forte, exigência do consumidor e regulação que está pegando bastante no último ano", contextualiza o executivo. Sérgio Moraes cita ainda uma cliente da companhia nos Estados Unidos que conseguiu monitorar a rede em tempo real, agindo para realizar consertos antes mesmo que os consumidores conseguissem identificar alguma falha.

Outro ponto é fazer com que as diretrizes da operadora sejam entendidas em todas as operações, buscando uma meta em comum. "Temos como fazer o desdobramento desde lá de cima, nos macroprocessos, até embaixo", explica Moraes, citando o atendimento ao consumidor, que pode realizar cross-selling de outros produtos se houver uma unificação das informações.

Mas ainda falta um longo caminho para que as operadoras possam integrar os dados a esse ponto. Na visão de Moraes, as teles ainda estão em processo de amadurecimento, desviando o foco na expansão de infraestrutura para perseguir a excelência na prestação de serviço – ainda que isso não seja a realidade atual. Tudo para diminuir o churn. "A forma que conseguimos fazer isso é através do processo, e é um assunto relativamente novo no Brasil."
Busca por novo comando

Tudo isso, incluindo a presença mais forte no Brasil, faz parte de uma estratégia global da Software AG iniciada em 2003 com a chegada do CEO atual da empresa alemã, Carl Heinz. De lá para cá, a companhia buscou um crescimento inorgânico, comprando 12 outras empresas basicamente de integração e gerenciamento de processos. No Brasil, o negócio também passa por mudanças, com a saída em janeiro do então presidente Carlos André, substituído interinamente pelo inglês Mark Rhoden. Mas a intenção é manter uma identidade nacional com um novo presidente. "A fase de buscas acabou, e agora está em uma lista curta. Não tem nenhum nome ainda, mas a peneirada maior já foi feita e estamos com finalistas", afirma a diretora de marketing da Software AG, Gláucia Maurano, dando um prazo entre abril a julho para a escolha definitiva.

A companhia alemã atua nas quatro maiores operadoras no Brasil, além de contar com operações em bancos e em outras verticais. Mas Gláucia diz que o setor de telecomunicações ainda não está com uma filosofia moderna como a de instituições financeiras. "Não vejo telecom ainda neste ponto de integração entre negócios e TI", diz. Ainda assim, o crescimento previsto para a Software AG no Brasil segue a meta mundial: "dois dígitos na casa dos 15%". Isso porque o País já é o terceiro mercado mais importante da empresa. "Para 2015, a meta é ficarmos em segundo. A ideia é subir no ranking de maneira bastante agressiva".

Outra questão é o rebranding: a marca está mudando mundialmente, para passar a ideia de que é importante ter dinâmica. "Eu acredito que a marca tem um pouquinho mais de cor, movimento, para quebrar barreiras", diz ela. 


Olhar Digital: Fone de ouvido cria lista de música de acordo com o humor


A organização japonesa Neurowear criou um fone 
de ouvido que toca músicas de acordo com o humor 
da pessoa.

Segundo o site Mashable, o aparelho, chamado de Mico, tem um eletroencefalograma saliente (EEG) que checa padrões cerebrais para criar a lista ideal para o momento.

O aparelho funciona conectado a um app para iPhone, que detecta o estado da mente do usuário. Ele também exibe ícones do estilo das músicas tocadas.

Apesar do Mico ser bastante inovador, algumas pessoas questionaram o objetivo do equipamento. Afinal, nem sempre queremos ouvir músicas que combinem com o humor, mas que alterem o humor. Em um momento de depressão, por exemplo, há quem queira escutar músicas mais alegres. 

O Mico ainda é um protótipo e estará no mercado ainda este ano, afirmou o criador do produto.

Veja o fone em ação no vídeo abaixo.



Folha de S.Paulo: Ilustrador com doença rara usa tecnologia especial para desenhar com os olhos

O ilustrador e desenhista Francis Tsai não segura um lápis há quase dois anos, consequência de uma doença rara que lhe tirou todos os movimentos do corpo. Mas isso não o impede de ainda trabalhar com arte.

O americano, que sempre riscou naves, robôs e cenários futuristas, hoje depende de uma máquina para desenhar, mas agora usa os olhos. Tsai sofre da doença de Lou Gehrig, a mesma que paralisou Stephen Hawking.

Se você é fã de games, já deve ter visto os conceitos de Tsai em jogos de empresas como Electronic Arts e Rockstar. Se a sua praia são HQs, certamente já viu algum Homem-Aranha ou Homem-de-Ferro com os traços dele.

"Minhas mãos e braços foram as primeiras partes do corpo atingidas pela doença. Mas então descobri que eu poderia usar um iPhone com os dedos dos pés. Fiz um punhado de pinturas com o app Brushes", disse Tsai à Folha.

"Mas meus pés também perderam os movimentos. Como eu já utilizava os olhos para digitar [com o auxílio da tecnologia Tobbi eye gaze; veja mais na pág. F3], pensei: por que não tentar desenhar assim também?"

Tsai não só tentou, como há quatro meses já produz diversos desenhos apenas com o movimento dos olhos.

O artista utiliza programas de imagem simples, como o Gimp e o Sketchup.

Acostumado a desenhar cenários complexos e super-heróis cheios de detalhes, Tsai foi obrigado a redescobrir a própria arte. "As ferramentas são diferentes, então, o estilo também muda."

Os desenhos perderam a tridimensionalidade - é muito difícil criar efeitos de sombra e profundidade com os olhos -, mas mostram a destreza de um profissional.

"Já tenho a habilidade de fazer curvas e ultimamente tenho experimentado o Photoshop para tentar voltar a desenhar com noções de profundidade. É difícil, os olhos se cansam muito. mas as possibilidades são várias."

"ADAPTE-SE"

Tsai mantém um blog e um perfil no Facebook, em que interage com a mesma tecnologia que o permite desenhar.

Ele posta novas imagens - que quase sempre têm as palavras Adapte-se, Sobreviva e Prevaleça - e mostra em vídeos como cria com os olhos.

O artista disse que já foi procurado por empresas de games para novos projetos, mas que tudo ainda é sigilo.

IDG Now!: Bradesco testa biometria no internet banking no lugar de senhas

Mesmo sistema usado nos ATMs será estendido para as transações na web. Tecnologia será adotada inicialmente pelos clientes de pessoa jurídica

O Bradesco está testando o uso da biometria para transações pelo internet banking para reforçar a segurança. O sistema, que reconhece os correntistas pelas características das veias da palma da mão e substitui as senhas convencionais, é o mesmo adotado hoje pelos ATMs. A tecnologia será utilizada inicialmente pelos clientes de pessoa jurídica.

A expectativa do banco é incorporar ainda este ano essa tecnologia ao internet banking empresas. Depois, o mecanismo será estendido para um grupo seleto de pessoa física. Maurício Minas, diretor executivo do Bradesco, que é responsável por canais digitais da instituição, informa que a adoção da biometria para transações online exige uma logística para envio dos leitores aos clientes, uma vez que os computadores não contam ainda com esse recurso.

De acordo com Minas, o Bradesco está desenvolvendo um dispositivo com a fabricante japonesa Fujitsu para identificar os correntistas na internet. Um leitor está sendo criado para ser usado separadamente do computador pelos clientes como acontece hoje com os tokens. O plano do banco é oferecer algo que seja leve, pequeno e fácil de ser manuseado, diferente dos leitores vermelhos que equipam os ATMs.

A tecnologia a ser levada para o banco online é a mesma do PalmeSecure desenvolvido pela Fujitsu, que funciona hoje em 99% dos cerca de 35 mil caixas eletrônicos do Bradesco. “Em abril, 100% dos nossos ATMs terão leitores de biometria”, informa Minas. Segundo ele, hoje 13 milhões dos 27 milhões de correntistas da instituição já são reconhecidos pela identificação das veias da palma da mão.

“Agora estamos com um piloto para adotar esse sistema no internet banking de pessoa jurídica”, reforça o executivo, que garante que o tipo de biometria adotado pelo Bradesco é seguro. A tecnologia será testada inicialmente pela base de 750 mil clientes de pessoa jurídica.

Como o custo da tecnologia ainda é alto, ele diz que a expansão para pessoa física justifica apenas em alguns casos. A massificação do mecanismo nas transações online deverá demorar até que a indústria de computadores apresente alguma solução. Porém, Minas já descarta a possibilidade de o Bradesco adotar o sistema de impressão digital. Segundo, ele esse tipo de biometria não é seguro.

O Bradesco é pioneiro no Brasil no uso da biometria para reconhecimento dos clientes nos caixas eletrônicos. O PalmSecure começou a ser testado há cincos. O banco vem fazendo campanha para que os clientes adotem esse sistema em substituição das senhas pessoais com códigos e cartelas de números.

Para aumentar a adesão, o processo de cadastramento das veias da palma da mão começou a ser feito no momento da abertura de contas.

Folha de S.Paulo: Código é o novo inglês

Luli Radfahrer

À medida que os sistemas eletrônicos de reconhecimento de voz e tradução evoluem, o cenário de um futuro em que óculos realizem funções elementares de tradução simultânea está cada vez mais próximo, eliminando a necessidade profissional do aprendizado de um idioma estrangeiro.

É claro que a riqueza de uma língua vai muito além da capacidade de interpretação de qualquer máquina. Registros históricos de culturas e formas de pensar, explorá-las nunca deixará de ser uma expedição fascinante. Se um dia o aprendizado se tornar opcional, talvez ele se torne ainda melhor.

No princípio da civilização falava-se uma língua elementar, baseada em sinais. Para evoluir na construção de estruturas e raciocínios complexos e abstratos foram desenvolvidas diversas linguagens, cada uma referente a seu universo. Símbolos expandiram essa percepção, abrindo o terreno para o surgimento da ciência e da matemática. Cada nova revolução proporciona uma nova descoberta que amplifica e melhora a qualidade de vida.

À medida que o software se espalha para o mundo físico é cada vez mais importante compreender as máquinas e sua forma de pensar. É cada vez mais difícil encontrar objetos "puramente" analógicos, já que estamos cercados de híbridos como TV, eletrodomésticos e automóveis cheios de chips. A Internet das Coisas tende a deixar essa mistura mais sutil, por isso é tão importante entender o que as máquinas dizem quando conversam entre si.

Uma revolução cultural parece acontecer despercebida. Quase ninguém se maravilha com a habilidade da pessoa ou grupo que conseguiu pensar e se comunicar de forma diferente. Não se celebra a conquista humana sobre o digital da mesma forma com que se admiram as celebridades da mídia. Pelo contrário, há um fetiche pelas máquinas, como se fossem objetos de mágica.

Isso deve mudar nos próximos anos. Aprender código logo deixará de ser uma característica acessória para se tornar um componente obrigatório da vida profissional, pouco importa a área de trabalho. Como acontece com o Inglês hoje, quem falar código será capaz de compreender melhor as sutilezas do ambiente em que está e, consequentemente, se comunicar melhor.

Dos vários fatores que apontam nessa direção, talvez o mais evidente seja o sucesso de startups fundadas por profissionais de ciências exatas. Quem tem uma ideia hoje e não é da área sabe que não irá muito longe sem aprendê-la ou sem descolar um sócio ou funcionário capaz de viabilizá-la.

Por mais que seja uma lacuna interessante no mercado, a oportunidade de trabalho por si não deve ser motivo suficiente para levar muita gente para as linhas de programação. O trabalho de se estudar uma forma diferente de lógica e raciocínio processual é árdua demais para justificar uma possível mudança de emprego, sem garantia.

As mudanças são tantas e tão aceleradas que a ideia de aprender a programar chega a parecer absurda. Os nomes não ajudam. Linguagens de back-end como Python, PHP ou Java. Frameworks como Ruby on Rails, bases de dados como MySQL, servidores Apache rodando Linux. Até mesmo o HTML e CSS de uma página web soam assustadores e inúteis, já que estarão obsoletos quando forem finalmente compreendidos. Atordoados pelo excesso de oferta, muitos pensam menos na integração e no significado de certas ferramentas e as aceitam como estiverem.

É um erro de percepção. Para a maioria das pessoas, programação não é considerada uma habilidade, mas um plano de carreira, para o qual ou se é bom e vale a pena ou então é perda de tempo. Não se pensa isso de quem resolveu aprender grego ou tango ou Judô. É certo que alguns músicos e atores ganhem fortunas, mas pouquíssimos escolheram essa carreira somente pela oportunidade de mercado. Boa parte daqueles que o fizeram não foi muito longe. Para os outros, o argumento dinheiro chega a soar ofensivo.

A lógica da máquina é fascinante. Aprendê-la desmistifica a tecnologia, tornando seus conhecedores mais independentes da manada de usuários bovinos. Quem aprende a programar se familiariza com conceitos como funções e variáveis, sendo capaz de entender, mesmo que nunca tenha de reproduzir, boa parte da estrutura lógica que sustenta o cotidiano pós-moderno.

Em um nível elementar, o código é como a cozinha ou a mecânica de automóveis. Quem sabe como as coisas funcionam é mais livre e criativo, capaz de se virar sozinho ou de compreender a gravidade ou complexidade das situações que enfrenta.

Muitos de nós programam todos os dias sem o saber. Filtros de e-mail, funções de Excel, integrações de redes sociais e uma série de funçõezinhas realizadas nos painéis de controles dos PCs, smartphones e tablets são formas de customizar as máquinas e ampliar seu projeto original. Serviços como o IFTTT amplificam essas customizações ao permitir que certos dados fornecidos pelas bases de dados de redes sociais possam ser integradas. Com alguns comandos, qualquer pode armazenar em seu Dropbox toda foto que for marcada com seu nome no Facebook. É um começo.

Quem pensa em código pode desenvolver uma conversa em profundidade com outros que o entendam e, com a mesma naturalidade de uma jam session de jazz, chegar a construções nunca imaginadas. Quem não sabe a língua fica restrito a um nível primitivo, impotente frente à grandiosidade da máquina.

Não é preciso ser especialista para se fazer seu primeiro programa. Seja ele um game, uma loja digital ou o software que opera um elevador, sua complexidade varia de acordo com a intenção e a habilidade de seu criador. Como compor uma música ou escrever um roteiro. Para quem quiser aprender há vários serviços gratuitos como Codeacademy, Udacity, Coursera, P2PU, Google Code University, MIT Open Courseware e tantos outros. Como qualquer habilidade, dá trabalho e consome tempo. Mas compensa.

Aprender essa nova língua pode ser uma experiência tão rica quanto estudar Filosofia. Novos conceitos expandem a percepção, melhoram a compreensão do mundo e ajudam a criar e manipular novas abstrações. Como efeito colateral, eles podem automatizar processos e facilitar a vida de muita gente. Com o tempo, quem sabe, até dar algum dinheiro. Nada mau.

Folha de S.Paulo: Prodígios mostram invenções nas áreas de saúde e ciência

Nem Bono, nem Sergey Brin. Os convidados mais comentados do TED deste ano foram adolescentes com suas engenhosas criações, desbancando ilustres como o líder do U2, falando mais uma vez de pobreza, e o cofundador do Google, falando mais uma vez do Google Glass.

O TED reuniu no começo do mês 80 especialistas em tecnologia, educação e design para palestras curtas. A maior parte do público, de 1.400 pessoas, pagou R$ 14 mil para participar.

Fazendo jus ao tema do ano, "O Jovem, o Sábio, o Desconhecido", muitos dos palestrantes eram adolescentes, com destaque para um americano que criou um reator nuclear, um conterrâneo que inventou um teste de câncer e um africano dono de uma cerca contra leões.

"Vocês devem estar esperando que eu fale sobre fusão, porque é o que eu pesquisei a vida inteira", disse Taylor Wilson, 18, arrancando risadas da plateia por causa de sua precocidade. Aos 14, ele foi considerado o mais jovem a criar fusão nuclear com um reator que começou a projetar na garagem de casa. "Mas percebi que o maior problema que enfrentamos é energia, eletricidade. Decidi que resolveria isso."

Wilson adiou a ida à universidade para trabalhar em seu novo projeto, revelado durante o TED e que pretende comercializar em cinco anos. São pequenos reatores nucleares para fábricas ou casas, que funcionam com lixo nuclear e sem necessidade de reabastecer por 30 anos.

Jack Andraka, hoje com 16 anos, também arrancou muitos "ohhh" com uma palestra emocional. Ele iniciou falando da dor que sentiu quando um tio morreu de câncer pancreático. "Tinha 15 anos e nem sabia o que era câncer", disse.

Na internet ele descobriu que, em 85% dos casos, o paciente é diagnosticado com este tipo de câncer num estágio já avançado, quando tem pouca chance de sobreviver.

Após pesquisar centenas de proteínas, procurar ajuda de 200 laboratórios -só um ajudou- e ter um "insight" na aula de biologia do colégio, ele chegou a um teste que custa só US$ 0,03, fica pronto em cinco minutos e detecta a doença na fase inicial.

Já Richard Turere, 13, não precisou da internet para ajudar na fazenda de seus pais, perto do Parque Nacional de Nairobi, no Quênia. Responsável por cuidar do gado, ele bolou uma cerca de luzes para manter os leões afastados, ao perceber que os predadores se assustavam com as lanternas. O sistema é feito com um painel solar e luzes LED que piscam aleatoriamente, imitando lanternas.

"Costumava abrir o rádio da minha mãe, a televisão de casa, quebrei muita coisa aprendendo sobre eletrônicos", ele contou à Folha. "Hoje, meus amigos trazem coisas para eu consertar."

IdgNow!: Chips que se auto-consertam e o assustador futuro da tecnologia

Chips que se auto-consertam e o assustador futuro da tecnologia:

Já pensou se existisse um computador que, em vez de pifar, tratasse de se auto-consertar? Já pensou onde isso pode nos levar no futuro?

Então vamos começar pelo factual: pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (vulgo Caltech) estão desenvolvendo chips de smartphone e computador não somente capazes de se defender, mas também reparar-se, em microssegundos.



Dá pra pensar algo mais difícil de destruir que um Wolverine Zumbi? Plmdds...

Na pesquisa, os cientistas quebraram partes diferentes de seus chips Wolverine (o apelido é meu, que acham?) com um laser de alta potência (hey, parece divertido). Então, os chips automaticamente criaram uma rota de desvio e voltaram ao trabalho.

“Foi incrível a primeira vez em que o sistema curou-se”, disse Ali Hajimiri, professor de engenharia elétrica da Caltech. “Presenciamos o próximo passo na evolução dos circuitos integrados. Literalmente explodimos metade dos componentes, como transistores, e foi capaz de recuperar a quase o seu desempenho ideal.”

Os pesquisadores da CalTech usaram uma pancada de sensores nos chips, que monitoram continuamente a temperatura, tensão, corrente e potência. Esses dados são despachados para o processador central, que analisa o desempenho do dispositivo e calcula se alguma coisa precisa ser reparada.

Obviamente, o processador não é capaz de adivinhar cada maldito problema, nem o que fazer em 100% das situações. Por isso, ele foi instruído a tomar as próprias decisões.

“Você diz ao chip os resultados que deseja e deixe-o descobrir como chegar a eles”, disse Steven Bowers, estudante de pós-graduação CalTech envolvido no projeto. “O desafio é que existem mais de 100 mil transistores em cada chip. Não sabemos de todas as coisas diferentes que podem dar errado, mas não precisamos. Projetamos o sistema de uma forma geral o suficiente para que ele encontre o estado ideal em qualquer situação”.

“Trazer esse tipo de sistema imunológico eletrônico aos circuitos integrados abre um mundo de possibilidades”, disse Hajimiri. “Eles agora podem diagnosticar e corrigir os seus próprios problemas, sem qualquer intervenção humana, movendo-se a um passo de circuitos indestrutíveis”.

Se você pensou que um dia isso pode parar no Terminator T-X ou nos nanorobôs replicantes Asurans de Stargate: Atlantis…bem, eu também. Dá um certo medo