quinta-feira, 15 de maio de 2014

G1: Governo dos EUA investe US$ 15 milhões em teste de 'nova internet'


Iniciativa quer verificar desempenho real de novos protocolos.
Estudo começou em 2010 com investimento de US$ 32 milhões.
 A National Science Foundation (NSF), órgão do governo dos Estados Unidos, está disponibilizando US$ 15 milhões (R$ 33 milhões) para que pesquisadores criem e monitorem ambientes de testes com protocolos de uma "nova internet", cujo desenvolvimento começou em 2010.
 O objetivo é que a nova rede melhore a segurança e a capacidade da rede de lidar com o crescimento e questões legais, considerando o impacto econômico e social causados pela internet.
Em 2010, a NSF disponibilizou quatro cotas de pesquisa, de US$ 8 milhões cada (US$ 32 milhões no total, o equivalente a R$ 70 milhões) para que novos protocolos de internet fossem projetados.

Essa fase do "Future Internet Architecture" ("Arquitetura da Internet do Futuro", em português) durou três anos. Agora, a próxima etapa é colocar as tecnologias em prática para que softwares e ambientes aptos a testar a capacidade da nova rede sejam desenvolvidos.

O dinheiro será dividido entre três grupos de universidades, que deverão fazer parcerias com redes municipais e organizações sem fins lucrativos para realizar testes dos novos protocolos em situações já estabelecidas, como, por exemplo, a distribuição de vídeo on-line e o controle industrial.

"Não se espera que uma dessas arquiteturas possa substituir a internet como um todo. Em vez disso, esses testes mostrarão um caminho para além da arquitetura de hoje, resolvendo desafios emergentes, com componentes e aspectos que podem ser adotados pela indústria ou pelo governo", explicou a NSF.

Folha de S.Paulo:Google já recebe pedidos de remoção após decisão da União Europeia


O Google já está recebendo pedidos para remover informações pessoais ofensivas de seu sistema de busca depois que a mais alta Corte europeia garantiu "o direito de ser esquecido", disse nesta quarta-feira (14) uma fonte próxima ao tema.
A maior empresa de buscas on-line do mundo ainda precisa descobrir como lidar com um esperado aumento dos pedidos após a decisão de terça-feira, disse a fonte, que não está autorizada a falar publicamente sobre a questão.

A decisão da Corte de Justiça da União Europeia, que afeta os países do bloco, pede que os serviços de busca na internet removam informações que sejam "inadequadas, irrelevantes ou não mais relevantes". Caso não o façam, podem ter de pagar multas.

O Google terá de construir um "exército de especialistas em remoção" de conteúdo em cada um dos 28 países da União Europeia, incluindo aqueles em que o Google não tem operações, disse a fonte. Se esses especialistas irão apenas remover links controversos ou se vão efetivamente julgar o mérito de pedidos de retirada estão entre as muitas perguntas que o Google ainda não conseguiu responder, disse a fonte.

Os europeus podem submeter pedidos de remoção de conteúdo diretamente às companhias de internet em vez de recorrer a autoridades locais ou publicações.

O Google é o principal mecanismo de busca na Europa, dominando cerca de 93% desse mercado, de acordo com a empresa de estatísticas global StatCounter. O Bing, da Microsoft, tem 2,4%, e o Yahoo!, 1,7%.

A empresa disse estar decepcionada com a decisão, que segundo a companhia difere dramaticamente da opinião de um conselheiro da mesma corte que concluiu no ano passado que deletar informação de resultados de pesquisa poderia interferir na liberdade de expressão.

O Yahoo! está "analisando cuidadosamente" a decisão para estabelecer o impacto para seus negócios e seus usuários, disse um porta-voz da empresa em comunicado. "Desde nossa fundação quase 20 anos atrás, apoiamos uma internet aberta e livre, não uma internet ofuscada pela censura."

A Microsoft não quis comentar a decisão.

G1: Governo quer 95% dos municípios com conexão de fibra ótica em 5 anos

 Cristiane Cardoso

Novo leilão de 4G está previsto para agosto.
Ministro Paulo Bernardo confirmou aporte de R$ 30 bilhões no BNDES.
O Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, declarou na manhã desta quarta-feira (14), que tem como meta fazer conexão de fibra ótica em pelo menos 95% dos municípios do país. De acordo com ele, essa cobertura deve acontecer nos próximos quatro ou cinco anos. Um novo leilão da faixa para oferta de banda larga móvel de quarta geração (4G) está previsto para agosto.

"Estamos preparando nova licitação para 4G. Vai ser estipulado um preço mínimo para os lotes, pode ser haja uma concorrência maior e que aumente a arrecadação prevista. Serão quatro lotes nacionais e lotes regionais. A previsão de arrecadação pela Fazenda foi de R$ 7,5 bilhões, cumprindo as exigências de contrapartida. Vamos fazer todos os cálculos de novo e pode ser que aumente", afirmou.

Aporto no BNDES
Paulo Bernardo também confirmou, durante seminário internacional sobre internet, na Zona Sul do Rio de Janeiro, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) receberá um aporte de cerca de R$ 30 bilhões do Tesouro em 2014.

Em 2013, o Tesouro fez aporte total de 39 bilhões de reais no BNDES, em duas etapas, segundo o banco. O repasse dos novos recursos aumentará ainda mais a elevada dívida do BNDES com o governo federal, aproximando-a de R$ 500 bilhões.

No dado mais do Banco Central sobre endividamento do setor público relativo ao mês de março, essa dívida do BNDES estava em R$ 414 bilhões, segundo a Reuters devido às elevadas transferências de recursos feitas pelo Tesouro nos últimos anos.

Crescimento da internet
"Nossa visão é que o crescimento vai se dar pelos mecanismos móveis. As pessoas não querem telefone que esteja amarrado por fio, nem computador. Não é a toa que o número de tablets já superou a venda de computadores. Precisamos fazer conexão de fibra ótica com todos os municípios. Temos que chegar a pelo menos 95% de municípios. Tem que acontecer nos próximos cinco ou quatro anos porque a velocidade que as coisas andam no Brasil, você não pode ficar sem infraestrutura", declarou.

O ministro admitiu, no entanto, que para isso acontecer, será necessária melhora na infraestrutura e que existe uma desigualdade muito grande no país no uso e no acesso entre as pessoas de maior e menor renda.

"Se você vai em Brasília, no Plano Piloto, você compra 10 megas por R$ 50 e vai na periferia e o pessoal paga por menos de 1 mega R$ 80 porque não tem infraestrutura. Evidente que temos desigualdade muito grande no uso e acesso das pessoas de maior e menor renda. Mas entre os jovens de 15 e 19 anos, não tem diferença, praticamente 92% de acesso principalmente móvel. A juventude se vira", completou.

Leilão 4G
O ministro frisou ainda que fará em junho uma viagem para os Estados Unidos e Europa com o objetivo de atrair investidores internacionais para o leilão 4G.

"Vamos fazer um viagem, a presidenta achou importante. Como princípio geral, defendemos a competição, defendemos a concorrência. No 4G, colocamos obrigação para as empresas de fazer internet e telefonia na área rural. Nós temos 4 empresas que com certeza vão participar, que sabem que essa faixa é preciosa", declarou.

De acordo com ele, o objetivo do governo é cobrir a área rural e de periferia. "As pessoas precisam disso para aumentar a sua produtividade, com a internet na área rural, achamos que estas áreas vão se desenvolver bastante", acrescentou.

Copa está 80% coberta
De acordo com Paulo Bernardo, 80% das cidades sedes da Copa do Mundo terão cobertura de internet 4G. Além disso, segundo ele, todos os estádios já estão com dois anéis de fibra ótica instalados para garantir a transmissão de alta definição.

"O pedido da Fifa era colocar fibra ótica em todos os estádios de maneira a garantir que a transmissão seja garantida com alta definição. Isso está pronto. Todos os estádios tem dois anéis. Qualquer uma das duas redes sustenta a transmissão", explicou.

"Além disso, como licitamos o 4G em 2012, amarramos que nas cidades onde vai ter Copa que tem que fazer primeiro as cidades-sede e 80% das cidades tem que ter cobertura. Tem que ter antenas nos estádios que as pessoas possam usar. Será que vai ser suficiente? Ach que não. Desde o começo falamos com consultores dos estádios que precisamos colocar pontos de wi-fi. Vamos colocar pontos de wi-fi para melhorar. Temos 6 estádios com wi-fi instalado. Maracanã está resolvido", garantiu.

CIO: Falta de estratégia compromete uso do Big Data, diz Gartner

Edileuza Soares

A necessidade de melhorar a experiência com o usuário é apontada hoje como a principal razão para o investimento no modelo
Determinar o valor de Big Data para os negócios, ter uma estratégia bem definida e achar talentos especializados. Esses são os três maiores desafios das empresas para colocar essa iniciativa em prática, revela estudos do Gartner apresentados durante a Conferência Business Intelligence e Gestão da Informação 2014, que encerra hoje (14), em São Paulo.

Embora a pesquisa do Gartner mostre que BI e Business Analytics é a maior prioridade das empresas para 2014, o tema Big Data ainda é bastante nebuloso. Ian Bertram, vice-presidente de pesquisas da consultoria, percebe que o assunto gera entusiasmo e que os olhos de muitos executivos brilham, principalmente de negócios, quando ouvem falar de Big Data. Entretanto os projetos, na sua análise geram três tipos de emoções que fazem com que as iniciativas se tornem mais lentas que são: conflito, excitação e medo.

Ainda assim, o executivo comenta que esse quadro está evoluindo. Em 2012, um total de 58% das organizações entrevistas pelo Gartner disseram que investiram em algum tipo de solução para análise de dados. Em 2013, esse número subiu para 64%, ou seja, 2/3 das companhias abordadas compraram alguma ferramenta para tratar dados.

Entre as razões para ter Big Data, 55% apontaram a necessidade de melhorar a experiência com o usuário; 49% mencionaram ganhos de eficiência em seus processos; e 42% querem investir em novos produtos e modelos de negócios.

Desafios a serem vencidos
Ao questionar os executivos sobre os desafios para implementação de Big Data, 56% destacaram não saberem como determinar o valor dessa iniciativa para os negócios. Outros 41% mencionaram falta de estratégia definida para esse tipo de projeto e outros 34% apontam a escassez de talentos especializados como uma das principais barreiras. 

Na avaliação dos analistas do Gartner, a sopa de letras envolvendo Big Data (BI, Business Analytics, data discovery, smart machine etc) gerou um pouco de confusão no mercado. João Tapadinhas, diretor de pesquisas e chairman da conferência, observa que o processo de adoção está mais lento no Brasil, mas observa que as iniciativas estão começando a surgir em setores como financeiro e de telecom. 

O tema não é mais um hype e sim uma tendência avisa Donald Feinberg, analista distinto e vice-presidente do Gartner. Ele considera que um dos fatores que deverão contribuir para uma adesão maior de Big Data no País é a chegada de novos players, como fornecedores da plataforma de código aberto Hadoop, que ainda não têm presença física no mercado local. 

O analista do Gartner menciona também o aumento do esforço das companhias para formação de cientistas de dados ou profissionais com habilidade para lidar com grandes volumes de dados. Ele confirma que esse problema não é só do Brasil

A saída que Bertram sugere para eliminar essa barreira é que as empresas tentem capacitar profissionais de sua equipe com visão de negócios. Esses especialistas podem ser lapidados para lidar com Big Data. Ele cita exemplo de companhias que buscaram esse tipo de mão de obra no mercado, mas que não acertaram porque trouxeram executivos com boa formação acadêmica sem conhecimento da operação.