segunda-feira, 30 de julho de 2012

Folha: Partido Pirata brasileiro é lançado em Recife

YURI GONZAGA

Aproveitando a passagem do fundador do Partido Pirata da Suécia Rick Falkvinge pelo Brasil, os fundadores da "filial" brasileira lançaram a agremiação durante evento em Recife, neste domingo (29).

"Os grupos de trabalho que já haviam sido formados na internet vão refinar os documentos necessários e vamos realizar nossa primeira assembleia geral", diz Alexsandro Albuquerque, 37, coordenador da convenção que fundará o partido.

Realizadas as discussões, o grupo passará a coletar as necessárias assinaturas --físicas e com dados eleitorais de cada um dos apoiadores-- para que sejam levadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para uma sigla ser assinalada.

Cerca de 480 mil assinaturas são necessárias. Por meio do seu site, o partido está pedindo doações.

Yuri Gonzaga-28.jul.12/Folhapress 
Integrantes do Partido Pirata do Brasil posam para
foto na Campus Party de Recife
 

"Não podemos simplesmente recorrer a um deputado, um senador, e pedir que eles nos ajudem. Precisamos estar no Poder Legislativo", diz Leandro Chemalle, 33, um dos fundadores.

O encontro dos piratas acontece na Escola Politécnica de Pernambuco, na capital do Estado nordestino.

A exemplo de legendas "piratas" fundadas em países como Suécia e Ar­gentina, o partido defende, segundo seus organizadores brasileiros, valores como liberdade de troca de informações na internet e respeito à privacidade.

Folha: Ilustríssima - A internet é um barril de pólvora

MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM

Eugene Kaspersky era funcionário do Ministério da Defesa da então União Soviética em 1989 quando seu computador corporativo foi infectado pelo vírus Cascade. Depois disso, o jovem russo começou uma coleção de programas maliciosos e passou a estudá-los. Em 1997, deixou o emprego no governo e fundou a Kaspersky Lab.

Autodenominada a maior desenvolvedora de softwares de proteção de computadores do mundo, a companhia diz que seus produtos contra malwares --códigos maliciosos encontrados, por exemplo, na internet, como worms e cavalos de troia-- têm mais de 300 milhões de usuários.

James Hill - 1º.abr.10/The New York Times 
Eugene Kaspersky, fundador da Kaspersky Lab,
 na sede da empresa, em Moscou 

Em 2009, a empresa foi contratada para identificar um malware que apagava informações em computadores no Oriente Médio. Por acaso, especialistas da Kaspersky Lab descobriram um outro malware, o Flame, que infectou a rede que comandava centrífugas de urânio no Irã.

Em junho deste ano, o jornal "Washington Post" revelou, citando fontes anônimas, que os governos dos EUA e de Israel desenvolveram o vírus para prejudicar o programa nuclear iraniano.

Em entrevista à Folha, concedida por e-mail, Kaspersky, 46, prevê um "armagedon cibernético", uma guerra on-line capaz de pôr abaixo a maioria dos serviços essenciais, como eletricidade, hospitais e aeroportos, e propõe a criação urgente de uma organização internacional de segurança cibernética.

Folha - O sr. poderia explicar o que é o vírus Flame e como ele foi detectado? Por quanto tempo ele operou e que danos ainda pode causar?

Eugene Kaspersky - O Flame foi identificado por especialistas no Kaspersky Lab depois que a União Internacional de Telecomunicações [agência da ONU especializada na área] nos procurou para ajudar a identificar um malware que apagava informações importantes em todo o Oriente Médio.

Quando saímos em busca daquele código --conhecido como Wiper--, descobrimos um novo malware, o "worm.win32.flame".

Os criadores do Flame mudaram as datas de criação dos arquivos para impedir que os investigadores descobrissem quando foram criados. Tinham datas como 1992, 1994, 1995, mas eram datas falsas.

Descobrimos que um módulo da versão do [worm] Stuxnet, o "Resource 207", que começou a circular no começo de 2009, era um plug-in do Flame. Ou seja, quando o Stuxnet foi criado, a plataforma Flame já existia e o código-fonte de pelo menos um módulo do Flame foi usado no Stuxnet.

Em 2010, o módulo plug-in do Flame foi removido do Stuxnet e substituído por outros diferentes que exploravam novas vulnerabilidades. A partir daquele ano, as duas equipes de desenvolvimento trabalharam de forma independente, mas com apenas uma colaboração: a troca de conhecimento sobre vulnerabilidades desconhecidas [chamadas de "zero day"].

De acordo com nossos dados, havia uso do Flame em agosto de 2010. Outros apontam que o Flame já estava circulando em fevereiro ou março de 2010. É possível que antes disso existisse uma versão anterior, mas não podemos confirmar essa hipótese, apesar de haver uma grande probabilidade.

Em uma conferência sobre guerra cibernética no começo de junho, em Tel Aviv, o sr. fez um alerta sobre os riscos de terrorismo digital, afirmando que ele poderia causar "o fim do mundo como o conhecemos". O que isso significa?

A evolução do "armagedon cibernético" vem seguindo a trajetória prevista (o que prova que não se trata apenas do meu desejo de assustar as pessoas por gosto). A internet mudou para se tornar mais que um ponto de encontro onde é possível conhecer pessoas. Agora afeta diretamente as nossas vidas por ser usada em todos os serviços vitais, como aeroportos, hospitais, bancos, polícia etc.

A infraestrutura crítica de todo o planeta depende da internet. Não é mais uma brincadeira de criança. Alguém pode pregar uma peça inofensiva, mas ela pode ter consequências desastrosas. No futuro poderemos ter falta de eletricidade ou paralisações em hospitais por conta de algum malware aleatório ou, pior, em função de um ato deliberado de guerra cibernética.

A questão não é determinar se isso vai acontecer, mas quando. Pense no blecaute na região nordeste dos EUA, em 2003, ou na queda do voo 5022 da Spanair, em 2008, nas aeronaves militares de pilotagem remota que perderam o controle, ou ainda na escassez de banda da internet sul-coreana --todos esses incidentes foram causados por surtos de vírus.

Com tantos aspectos de nossas vidas dependentes da internet, creio que as coisas podem ficar ainda piores, especialmente se acrescentarmos à lista acima o ataque cibernético à Estônia, em 2007, o Stuxnet e agora o Flame.

O terrorismo e a guerra cibernética se tornarão comuns? Há muitos outros vírus como o Flame ou ainda piores em circulação?

As Forças Armadas de diversos países estão criando unidades de guerra cibernética e armas para essa guerra, como por exemplo, EUA, Índia, Reino Unido, Alemanha, França, China, Coreia do Sul e Coreia do Norte.

Casos de espionagem industrial e atos de sabotagem também são de conhecimento público (vide as notícias sobre graves ataques patrocinados por nações, como o Stuxnet, Duqu e o Flame). Notícias sobre ataques cuidadosamente arquitetados vêm sendo reveladas em ritmo alarmante. Surgiu até um novo termo para eles: APT [sigla de advanced persistent threat].

Não há dúvida de que tudo isso é apenas a ponta do iceberg. Sempre que descobrimos um novo programa de infiltração, logo surgem as seguintes informações: o malware terminou exposto por engano ou acidente; estava "residindo" em diversas redes já há algum tempo; e não temos como saber o que andou fazendo por lá. Muitas das características técnicas do malware e a motivação de seus criadores continuam envoltas em mistério.

Estamos sentados sobre um barril de pólvora, e estamos serrando o galho que sustenta toda a internet, e junto toda a infraestrutura do planeta. Os militares, aos poucos, estão transformando a internet em um grande campo minado. Quanto mais se observa, mais assustadora a situação parece.

O sr. citou EUA, Reino Unido, Israel, China, Rússia e, possivelmente, Índia, Japão e Romênia como países capazes de desenvolver o Flame. O sr. chegou a alguma conclusão sobre a autoria do vírus?

Não existem informações no código ou de outras fontes que permitam vincular o Flame a um Estado-Nação específico. Por isso, da mesma forma que seus autores continuam desconhecidos.

O sr. disse que é necessário um esforço mundial para enfrentar o terrorismo cibernético. Como acha que isso deveria ser feito e quem deveria comandar o processo?


O mínimo que podemos fazer no momento é estabelecer as regras do jogo para o campo de batalha virtual, regulamentar o desenvolvimento e uso de armas cibernéticas, criar novas definições e ajustar as leis de guerra tradicionais. Não me surpreende ter descoberto que meus contemporâneos no setor, como Michael Hayden [general reformado da Força Aérea, ex-diretor da CIA e da Agência Nacional de Segurança dos EUA], Neelie Kroes [política holandesa, foi conselheira da Lucent, empresa americana de tecnologia] e Giampaolo di Paola [oficial da Marinha, ex-ministro da Defesa da], compartilhem dessa minha visão.

É preciso urgente um equivalente cibernético da Agência Internacional de Energia Atômica --uma agência internacional que coordene essas questões. Já existem duas grandes organizações que anseiam pela responsabilidade ao combate ao crime cibernético em nível mundial --a Unidade de Ação Contra o Terrorismo, da ONU, e a Interpol, que planeja estabelecer, em 2014, uma divisão de policiamento cibernético sediada em Cingapura.

Também creio que alguma forma de organização internacional de segurança cibernética deveria ser criada para agir como plataforma mundial independente para cooperação e promoção de tratados para evitar o uso de armas cibernéticas, e regulamentar a segurança cibernética da infraestrutura essencial. Essa organização também seria responsável por investigar incidentes de ataque cibernético e pelo combate ao terrorismo cibernético.

É claro que isso não eliminaria as armas cibernéticas, mas ao menos melhoraria a situação atual. As partes mais vulneráveis, ou seja, os países desenvolvidos com alto uso de internet, seriam beneficiados pela existência de uma organização como essa e, portanto, deveriam apoiá-la.

Em geral, a guerra e o terrorismo cibernéticos são percebidos como problemas por países e empresas. Que riscos os usuários comuns enfrentam? De que forma se proteger?

Os alvos das mais recentes armas cibernéticas são organizações, ainda que as vítimas do Flame variem de indivíduos a organizações ligadas ao Estado e instituições de ensino. Isso quer dizer que os riscos afetam a todos, e consistem de: perder informações sigilosas, para governos e Forças Armadas; perder propriedade intelectual, para empresas privadas; se tornarem parte de redes de espionagem sem que o saibam, para indivíduos.

A proteção contra essas ameaças é virtualmente impossível para um usuário comum de computador. Mas existem alguns conselhos que podem melhorar a segurança das máquinas, entre eles:

Usar um sistema operacional moderno como o Windows 7 ou o Mac OS X; quando possível, usar a versão em 64 bits do sistema, mais resistente a ataques de malwares; manter atualizados tanto o sistema operacional quanto o software criado por terceiros; instalar e manter um pacote de segurança operacional decente; tomar cuidado ao abrir anexos de fontes desconhecidas, evitar divulgar informações pessoais em redes sociais e usar senhas fortes.

O sr. disse que durante uma sessão de "Duro de Matar 4.0" [filme sobre um ataque cibernético massivo aos EUA] gritava: "Por que vocês estão ensinando como se faz uma coisa dessas?". O sr. se preocupa mais com o fato de que o tabu sobre terrorismo cibernético esteja sendo exposto ou por ele ter sobrevivido por tanto tempo?

As ameaças de terrorismo cibernético e de guerra cibernética começaram a ser encaradas com seriedade no começo da década de 2000, mas foram pouco debatidas em público. Até que "Duro de Matar 4.0" foi lançado, em 2007.

Era fácil zombar do tema do filme --afinal, Hollywood é Hollywood, e ninguém espera que os filmes tenham base nos fatos. Mas fiquei assustado. Na Kaspersky Lab, nós víamos o lado sério porque compreendíamos que nada impede que um cenário como aquele aconteça na vida real.

Depois de assistir ao filme, comecei a falar abertamente e a fazer alertas sobre o terrorismo cibernético, que se provaram muito precisos: a ameaça é completamente real e eu não a exagerei em nada.

O que um país emergente como o Brasil --que não está entre os mais avançados em termos tecnológicos, mas que tem grandes recursos como potência regional-- pode fazer para se proteger contra o terrorismo cibernético?

Desdobramentos recentes como Stuxnet, Duqu e Flame demonstraram que até mesmo sistemas seguros de infraestrutura industrial podem ser atacados. Devo dizer que é quase impossível se proteger contra um ataque como esse. Primeiro, seria preciso reescrever todo o software de sistemas vitais para protegê-lo contra ataques. Mas isso exigiria muito tempo e dinheiro. Temo que nenhum país possa investir orçamento dessa ordem na proteção à tecnologia de informação.

O único caminho que vejo é criar, como falei, uma organização internacional que controle as armas no ciberespaço. Em um mundo ideal, ela adotaria estruturas semelhantes às de segurança nuclear de que dispomos, mas aplicadas ao ciberespaço.

Deveríamos encarar o uso de armas cibernéticas como ato de agressão internacional e equipará-lo ao terrorismo cibernético. O ideal seria proclamar a internet uma zona desmilitarizada --uma versão cibernética da Antártida. Mas não estou seguro de que o desarmamento seja possível.

A oportunidade já foi perdida, os investimentos foram realizados, as armas foram criadas e a paranoia já existe. Mas os países precisam ao menos chegar a algum acordo sobre regras e controles quanto às armas cibernéticas.

Algumas pessoas disseram que seus alertas sobre o Flame e o terrorismo cibernético são exagerados, acusando-o de possível conflito de interesse. Como o senhor responde a elas?

É justo dizer que sou um pouco paranoico quanto à tecnologia da informação, e não penso muito antes de me pronunciar sobre meu medo de futuras catástrofes na internet ou sobre a cobiça e a degeneração dos vilões cibernéticos --e a imensa ameaça que representam.

Mas basta que você se atenha aos fatos que expus acima. Os incidentes de espionagem industrial e os atos de sabotagem não são fantasias. Diversos países estão criando unidades especiais de guerra cibernética (especialmente os desenvolvidos) e isso não ocorre sem propósito. Devido à minha tendência a falar abertamente, sempre sou acusado de causar medo aos outros. Mas não me incomodo, ainda que as acusações sejam tolas. Vou continuar dizendo o que precisa ser dito --contando às pessoas o que vejo como verdade--, sem me importar com as críticas.

Tradução de PAULO MIGLIACCI.

INFO: Três perguntas para o fundador do Partido Pirata



São Paulo -O controverso fundador do Partido Pirata da Suécia, Rick Falkvinge, esteve em Recife esta semana, onde participa da primeira edição da Campus Party em Pernambuco.

Durante sua palestra de 40 minutos, na noite de sexta-feira, na Campus, Rick hipnotizou a plateia de campuseiros defendendo a circulação irrestrita de conteúdos na internet e defendeu que os jovens brasileiros se esforcem para mudar as regras de copyright em seu país. Após sua apresentação, Falkvinge conversou com a INFO.

Por que você fundou o partido pirata? Eu sentia que era necessário mudar a forma como o copyright é usado e permitir a todas as pessoas ter acesso livre à cultura e ao conhecimento. Certa vez, conversei com uma garota de nove anos nascida no Paraguai e vi que, por meio da web, ela tinha acesso às mesmas coisas que eu, um homem adulto, nascido num país estruturado e isso mexeu comigo de um jeito irremediável.

Então, pedi um empréstimo e sai do emprego afim de me dedicar integralmente a essa causa. Eu esperava que esse dinheiro me sustentasse até o partido se erguer de fato, coisa que não aconteceu. O resultado foi passar um tempo vivendo de doações. Algumas pessoas entenderam aquela minha fase e me ajudaram a continuar na busca desse sonho, enquanto outras aproveitaram para tripudiar. No final eu aprendi que se você luta por algo realmente grande não está livre de passar por essas fases ruins.

É possível repetir, fora da Suécia, a organização de um partido pirata? Sim, isso será possível no Brasil, por exemplo. Este é um país com milhões de jovens ansiosos por inclusão digital e democracia. Há todas as condições para as pessoas abraçarem a ideia de uma internet livre e democrática no Brasil e em outras nações. É claro que isso não acontecerá de forma rápida ou simples. Nossa trajetória, na Suécia, não foi fácil também.

Ao se contrapor aos direitos autorais, vocês não destroem o sustento de artistas, estúdios e gravadoras? Eu vejo a internet como um espaço público, onde podemos manifestar livremente nossa opinião e compartilhar o que bem entendermos. Se alguém quer ficar rico ou ganhar muito dinheiro, deve procurar outra ocupação ou trabalho remunerado que não seja bloquear conteúdo online em troca de pagamento.

INFO: Brasil tem poucas antenas para muitas linhas, diz Anatel



Antenas estão congestionadas, diz Anatel

São Paulo - Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicados pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo, mostram que, no Brasil, há poucas antenas para atender às mais de 200 milhões de linhas móveis instaladas no país.

Em média, mostra a Anatel, há 4,6 mil linhas móveis para cada antena de telefonia instalada no Brasil. Há dez anos, a média era de 2,4 mil linhas por antena. Com o excesso de conexões em uma única antena, ocorre lentidão no tráfego de dados (redes 3G) e perda de qualidade no sinal de voz.

Apenas para efeito de comparação, nos Estados Unidos há mil linhas por antena. Já no Japão ou Espanha essa média é de 430 linhas por antena. Como mostra a Anatel, no Brasil há ao menos 10 vezes mais linhas por antena que no Japão e quatro vezes mais que nos Estados Unidos.

A situação mais grave é anotada no Maranhão e Bahia, onde cada antena instalada deve atender, em média, 6,6 mil linhas. O caso menos grave comparativamente é o do Rio Grande do Sul, onde há 3,5 mil linhas por antena, mesmo assim, um índice bem acima do recomendado pela OIT (Organização Internacional das Telecomunicações), que preconiza até mil linhas por antena.

As teles reclamam de excesso de leis para instalar antenas nas cidades brasileiras. Atualmente, cada município determina suas próprias regras, o que gera grande burocracia. Em Porto Alegre, por exemplo, são necessárias sete licenças para erguer uma antena de telefonia móvel, afirma o SinditeleBrasil, sindicato que representa as operadoras de telefonia.

O Ministério das Comunicações reconhece as dificuldades legais e prometeu enviar ao Congresso, em agosto, um projeto de lei que criará uma regra única para instalação de antenas de telefonia em todo o Brasil.

De acordo com a Anatel, são necessários mais investimentos por parte das teles para assegurar que as atenas não fiquem permanentemente congestionadas.

TI INSIDE: Adoção de serviços em nuvem deve dobrar em três anos no Brasil, aponta estudo


Apesar das incertezas econômicas globais, 53% das pequenas e médias empresas no mundo e 68% das PMEs brasileiras esperam crescer em vendas nos próximos 12 a 18 meses com o uso de serviços em nuvem, de acordo com pesquisa encomendada à Edge Strategies pela Microsoft. O estudo revela que a computação em nuvem faz parte dos investimentos previstos pelas pequenas e médias empresas que buscam infraestrutura para sustentar seu crescimento.

O levantamento constatou que a adoção de serviços em nuvem pelas PMEs está crescendo à medida que elas adotam cada vez mais dispositivos e serviços e que suas preocupações sobre a nuvem diminuem. Aquelas que aderem à tecnologia esperam fazer mais com seus dispositivos, já que a mobilidade é essencial aos usuários. Além disso, 62% das empresas entrevistadas que utilizam os serviços em nuvem relatam benefícios significativos de produtividade em TI.

Outro dado da pesquisa mostra que a segurança é uma prioridade, mas não é a principal preocupação. Somente 23% das empresas brasileiras e 20% no mundo acreditam que os seus dados estão menos seguros na nuvem do que se estivessem em seus computadores. Trinta e sete por cento das PMEs consideram que os dados estão tão seguros na nuvem quanto nos seus sistemas instalados.

No Brasil, das 250 empresas entrevistadas, 33% são usuárias de nuvem e 45% afirmaram que devem utilizar nos próximos dois ou três anos. Em todo o mundo, o número de pequenas empresas que utilizam pelo menos um serviço pago na nuvem deverá triplicar no mesmo período. Para a análise, foram entrevistados tomadores de decisões na área de TI de mais de 3 mil empresas de pequeno e médio porte, em 13 países – Alemanha, Austrália, Brasil, China, Coréia do Sul, Dinamarca, Estados Unidos, Espanha, França, Japão, Reino Unido, Rússia e Turquia.

No que diz respeito aos fatores econômicos, o estudo revela que o Brasil está 18% mais otimista que os demais países participantes, uma vez que 30% das empresas nacionais consideram que a instabilidade econômica será um desafio para seu crescimento, enquanto que no mundo são 48%. Já o aumento nos custos com funcionários são mais preocupantes aqui do que para os demais países, uma vez que estamos sete pontos acima do percentual mundial com 32%, em vez dos 25% globais.

Folha: Google pede que tribunal encerre processo relacionado a e-books


O Google retomou a ofensiva contra milhares de autores que afirmam que o gigante da internet copiou suas obras sem permissão e fez um apelo para que o processo coletivo derivado de seu ambicioso plano de montar a maior biblioteca digital do mundo seja arquivado.

O apelo desta sexta-feira (27) pela maior ferramenta de busca do mundo surge após um juiz federal rejeitar, em março de 2011, um acordo de resolução do processo, que está em andamento há sete anos, avaliado em US$ 125 milhões. Negociações para reviver o acordo foram infrutíferas.

O Google disse que digitalizou mais de 20 milhões de livros e publicou trechos em inglês de mais de 4 milhões, desde que firmou um acordo em 2004 com grandes bibliotecas de pesquisa que lhe permitem digitalizar obras atuais e fora de catálogo para seu site Google Books.

Embora o Google planejasse disponibilizar em seu site apenas trechos, de maneira a respeitar as leis de direitos autorais, o Sindicato dos Autores e organizações que representam fotógrafos e artistas gráficos afirmaram que a manobra constitui "ampla violação de direitos autorais".

Num documento registrado junto ao tribunal distrital norte-americano em Manhattan, o Google disse que autores não demonstraram que serão prejudicados economicamente por conta da digitalização e disponibilização de suas obras e da criação de um índice acessível por meio de busca que permite que usuários as acessem.

A empresa também disse que autores serão, na realidade, beneficiados, já que o banco de dados ajuda pessoas a encontrar e comprar seus livros, e que há um "significativo benefício público" ao fornecer acesso a informações que, de outra maneira, não poderiam ser acessadas.

INFO: Apple e Samsung iniciam grande batalha na segunda-feira




San Francisco - Os dois líderes mundiais de smartphones, Apple e Samsung, se enfrentarão a partir de segunda-feira em um tribunal federal em San José (Califórnia, sudeste), no que deve ser um dos maiores processos por patentes da história dos Estados Unidos.

O grupo norte-americano pede mais de 2,5 bilhões de dólares e acusa a seu competidor sul-coreano de copiar seus desenhos e outras patentes. Já a Samsung acusa o norte-americano de violar algumas de suas patentes.

O processo tem o objetivo de resolver estas acusações cruzadas. Os grupos monopolizam 49,5% do mercado mundial de telefones multifuncionais e também possuem disputas judiciais em vários países europeus e na Austrália.

Nos Estados Unidos, a Samsung está na defensiva. A juíza Lucy Koh, encarregada do caso, já suspendeu a venda do tablet Galaxy de 10 polegadas da Samsung, e do telefone Galaxy Nexus, concebido com a Google.

Na semana passada ficou estabelecido que a Samsung não teve o cuidado de preservar algumas provas ao destruir mensagens após o início das disputas.

"Nunca é um bom sinal quando o juiz observa que (a parte) não comunicou ou mesmo destruiu provas", disse o advogado Polk Wagner, professor especializado em direito de patentes na Universidade da Pensilvânia (leste).

Segundo Wagner, trata-se do maior processo por patentes desde o choque entre os gigantes da fotografia Kodak e Polaroid nos anos 80.

Um advogado especialista em patentes com sede em Washington, que pediu anonimato para proteger a seus clientes, disse que a Apple tem certa vantagem no processo nos Estados Unidos por ser uma empresa local e afirmou ainda que considera esta disputa como "a primeira sobre tecnologias de telefones inteligentes".

"Resta saber qual será o impacto do resultado dos processos para as empresas", disse o advogado. "Principalmente a Samsung pode ter problemas caso perca as patentes em questão", completou.

Especialistas explicam que, caso a Samsung perca, ela pode não só ficar impedida de vender seus aparelhos, como também pode ser acusada pela Apple de não respeitar as decisões da corte caso lance novos aparelhos.

A Samsung é líder no setor, com 32,6% do mercado de telefones multifuncionais, com 50,2 milhões de aparelhos vendidos no segundo trimestre, segundo a consultora IDC. Já a Apple ocupa o segundo lugar com 16,9% do mercado e 26 milhões de aparelhos vendidos.

Folha : iPhone 5 será o primeiro grande teste para a Apple pós-Jobs - 29/07/2012



Prepare-se para o maior dos lançamentos.

Foi essa a mensagem que a Apple enviou no começo da semana passada. As vendas do iPhone 4S já começaram a cair; a chegada do iPhone 5 representará o primeiro teste real para os sucessores de Steve Jobs.

Até sob os exigentes padrões da Apple, será um lançamento grandioso. É difícil exagerar a importância desse aparelho para a mais valiosa empresa do mundo. Se as vendas do quarto trimestre registrarem mesmo os relativamente modestos 20% de crescimento que hoje em dia caracterizam um mau trimestre para a Apple, o iPhone 5, que chegará no fim do ano, registraria vendas de US$ 30 bilhões no quarto trimestre.

Isso equivale às vendas totais da IBM no quarto trimestre de 2011, sempre um dos períodos mais fortes para o seu desempenho.

A volatilidade que surgiu no ciclo de vendas do iPhone, revelada no mais recente balanço da Apple, divulgado na semana passada, demonstra que gerir o mais bem-sucedido produto de consumo global se tornou um desafio muito difícil.

As vendas do iPhone subiram 120% no último trimestre de 2011, depois que um novo modelo foi lançado. Na sequência, caíram 7% no primeiro trimestre e 30% no segundo trimestre de 2012. O fato de o mais recente recuo nas vendas equivaler a US$ 6 bilhões de queda de receita oferece uma indicação sobre o efeito montanha-russa que o ciclo de produto do iPhone enfrenta.

O principal argumento de venda do iPhone nunca esteve em especificações técnicas revolucionárias, mas, por oferecer poucas mudanças em seu mais recente modelo, surgiu o risco de o mercado considerar que a Apple precisa recuperar o atraso. Os tamanhos das telas dos celulares inteligentes vêm crescendo, e a Samsung se posicionou como líder tecnológica da categoria.

A vantagem intrínseca oferecida pela App Store continua significativa, mas a Apple enfrenta desafios por atrair a atenção com suas novas invenções a cada geração do iPhone. Os aplicativos que deveriam ter bancado o sucesso das duas mais recentes versões --o programa de videoconferência Face Time e o sistema Siri de orientação por voz-- continuam a ser apenas truques interessantes e não conseguiram se tornar utilitários essenciais.

O novo serviço de mapeamento da Apple será ingrediente essencial nos futuros iPhones, mas dificilmente será visto como diferenciador.

Realizar o maior lançamento da história da empresa é apenas uma parte do ato de equilibrismo que Tim Cook e os demais integrantes da equipe de gestão mais respeitada do setor de tecnologia terão de enfrentar neste final de ano.

O segundo desafio será provar que são capazes de expandir o mercado do iPhone e do iPad e que não se deixarão apanhar na armadilha do preço alto. Isso envolverá adotar preços menores sem com isso prejudicar as margens de lucro.

É uma situação que começa a causar inquietação em Wall Street. Dos 47,4% que mantinha no começo do ano, a Apple agora prevê que sua margem de lucro bruta cairá a 38,5% neste trimestre, nível que detinha dois anos atrás. Os preços médios de venda do iPhone e do iPad caíram em média 4% no trimestre mais recente.

Com a transferência do crescimento aos emergentes e a novas oportunidades nos países desenvolvidos, como educação, as decisões de preço começam a ganhar grande importância.

A estratégia que a Apple adotou difere da que escolheu para o iPod. Aquele aparelho se tornou um exemplo de segmentação efetiva, já que permitira que a companhia dominasse todas as porções do mercado.

No caso do iPhone e do iPad, o caminho escolhido foi outro, e a Apple resiste a diluir os produtos; em lugar disso, oferece os modelos mais antigos a preços mais baixos.

O desafio para a Apple vem sendo administrar tudo isso sem abandonar um sistema de formação de preços que permite que rivais entrem e conquistem fatias generosas de um mercado em expansão.

O momento em que Cook terá de provar que sua empresa merece a liderança do novo setor de computadores acionados por comandos de tela e celulares inteligentes se aproxima rapidamente. Como sempre acontece com a Apple, as hipérboles devem ser ensurdecedoras.

Folha: Aplicativos de smartphones turbinam GPS com ferramentas sociais



Navegadores de GPS convencionais costumam mostrar o trajeto mais curto, mas nem sempre exibem o mais rápido.

Fatores como engarrafamentos, obras e acidentes recém-ocorridos podem ser mais relevantes para quem tem pressa do que a distância a ser percorrida.

Um aplicativo de GPS para iOS e Android, o Waze, com cerca de 20 milhões de usuários no mundo, calcula as rotas mais rápidas com base em dados de tráfego enviados pelos próprios usuários, constantemente atualizados.

Ele tende a desviar de vias em que usuários acusam tráfego intenso quando há alternativas mais viáveis.


Telas do aplicativo Waze 

"É o equivalente a uma Wikipédia para o trânsito", diz Uri Levine, criador do app.

O Waze, que chegou ao Brasil em junho com um mapa completo do país, é um de vários aplicativos que integram recursos sociais às funcionalidades comuns do GPS.

Há alguns dias, foi lançado nos EUA o Twist, para iOS. Desenvolvido por Mike Belshe, um dos criadores do browser Chrome, ele é semelhante ao Glympse, app para Android, iOS e Windows Phone (fora do Windows Marketplace brasileiro, por enquanto).

Com ambos os apps, o usuário compartilha com amigos o trajeto que está fazendo em tempo real. Contatos adicionados recebem por e-mail um link para ver o percurso, com uma estimativa de quando a pessoa chegará ao destino.

Diferentemente de ferramentas como o Google Latitude (para várias plataformas) e o Find My Friends (para iOS), o Twist e o Glympse se propõem a responder não só à pergunta "onde você está?", mas também a questões como "você está vindo?" e "a que horas você vai chegar?".

Apesar de não deixar ver a evolução do trajeto em tempo real, o Waze também permite compartilhar estimativas de chegada --e elas tendem a ser mais precisas que as do Twist e do Glympse, por considerarem o trânsito.

A confiabilidade do Waze depende, no entanto, da base de usuários. No Brasil, cerca de 480 mil pessoas têm o aplicativo, metade delas na cidade de São Paulo. Em Israel, onde fica a sede do serviço, são 2 milhões.

Lá, o mapa foi todo construído pelos usuários --o app desenha rotas ainda não registradas à medida que carros passam por elas. No Brasil, para acelerar a adesão, o Waze gerou mapas em parceria com a empresa de mapas digitais Multispectral.

Assim como alguns aparelhos de GPS convencionais, o Waze pode enviar alertas sobre radares, e usuários podem avisar sobre a presença de policiamento.

Nesse sentido, ele é menos completo do que o Trapster, app com mais de 16 milhões de usuários no mundo todo cujo foco são alertas do tipo.

O Trapster (para iOS, Android e Windows Phone) tem em seu registro quase 6 milhões de radares em diversos países. Outros 21 tipos de alertas são possíveis, como avisar sobre um animal morto na pista. "É uma versão high-tech da piscada de faróis para aletar sobre incidentes", diz o site do aplicativo.

UOL Notícias: Tire suas dúvidas sobre a implantação do nono dígito nos celulares de DDD 11


1 – Quais municípios receberão o nono dígito? 

No total, 64 municípios receberam o nono dígito nos telefones. São eles: Alumínio, Araçariguama, Arujá, Atibaia, Barueri, Biritiba-Mirim, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Cabreúva, Caieiras, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Igaratá, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Itatiba, Itu, Itupeva, Jandira, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Juquitiba, Mairinque, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Morungaba, Nazaré Paulista, Osasco, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Salto, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, São Paulo, São Roque, Suzano, Taboão da Serra, Tuiuti, Vargem, Vargem Grande Paulista e Várzea Paulista. 

2 – É possível escolher não ter o nono dígito no telefone? 

Não é possível optar por não ter o nono dígito no telefone celular. 

3 – Até quando será possível fazer ligações usando oito dígitos? 

Gradativamente, as ligações para números com oito dígitos vão parar de serem completadas. Em 90 dias, nenhuma ligação para oito dígitos será completada. 

4 – Telefones celulares de outros locais também vão receber o nono dígito? 

Sim. Mas a Anatel não tem previsão de mudanças. 

5 – O que irá acontecer com mensagens de texto enviadas para os números antigos? 

Durante 90 dias, as mensagens chegarão ao destino. Após este período, não serão mais entregues. 

6 – Telefones fixos e à rádio irão receber o nono dígito? 

Não. A mudança é limitada a aparelhos celulares. A Anatel não prevê mudanças para fixos. 

7 – O que acontece se alguém usar o nono dígito em uma ligação para telefone fixo ou para Nextel? 

A ligação não será completada e você receberá um aviso de que o número tem oito dígitos. 

8 - Celulares de São Paulo em roaming também terão o nono dígito? E celulares de fora que estão na região do DDD 11? 

Celulares em roaming manterão os números das cidades de origem. 

9 – Como os telefones do DDD 11 irão aparecer no identificador de chamadas? 

A partir do dia 29/07, os telefones vão aparecer no identificador de chamadas com nove dígitos. 

10 – É possível que aconteça a adição de um décimo dígito nos telefones? 

É possível, mas é improvável. Antes de colocar o décimo dígito, a Anatel ainda pode usar os números 8, 7 e 5 à frente dos telefones. 

11 – Qual é o limite de dígitos em números de telefones? 

Com base em acordos internacionais, nenhum telefone poderá ter mais do que 15 dígitos em DDI. Ou seja, celulares brasileiros têm o limite de 11 dígitos. 

12 – Quanto a mudança vai custar? 

De acordo com a Anatel, as mudanças custarão R$ 300 milhões. O valor é custeado pelas operadoras. 

Desde domingo (29), todos os telefones celulares que estão na região com DDD 11 (que abrange São Paulo e mais 63 municípios) passaram a ter nove dígitos. Os aparelhos móveis agora contam com o nove na frente do número atual. Exemplo: um telefone com o número 9876-5432 passou a ser 99876-5432. 

As mudanças foram necessárias porque o número de linhas telefônicas na região da grande São Paulo estava chegando perto do limite de combinações possíveis com oito dígitos. Sem a implementação do número nove, o limite de linhas é de 44 milhões. Com o nono dígito, o número sobe para 90 milhões. 

De acordo com a Anatel, o DDD 11 conta com 34 milhões de linhas ativas e oito milhões na posse das operadoras. “Acreditamos que este limite seria estourado em cerca de cinco meses”, afirma Adeilson Nascimento, Gerente de interconexões da Anatel. Com o acréscimo do nono dígito, a Anatel acredita ter linhas para, no mínimo, até 2025. 

A mudança é obrigatória e atinge todos os usuários de telefonia celular das operadoras Claro, Vivo, TIM e Oi. Usuários de telefonia via rádio (da operadora Nextel) e de telefones residenciais também continuam com oito dígitos. 

Uso do nono dígito se estenderá para todos os celulares do Brasil 

A Anatel garante que todos os telefones móveis do Brasil terão o nono dígito. “A padronização de um sistema é muito importante para a assimilação de uma mudança por parte dos usuários”, afirma Nascimento. Porém, a Anatel ainda não tem previsão de quando começará a fazer as mudanças em outros telefones. 

A tendência é que o próximo local a receber o nono dígito seja a área de DDD 21 (da região da cidade do Rio de Janeiro). De acordo com a Anatel, demoraria de dois a três anos para o Rio de Janeiro alcançar o número de 44 milhões de linhas telefônicas. Além do Rio de Janeiro, as regiões com maior número de linhas ativas são as de DDD 31 (Belo Horizonte), 51 (Porto Alegre), 81 (Recife) e 19 (Campinas). Esta medida deve valer apenas para telefones celulares. 

Se uma pessoa levar 30 segundos para editar um número na agenda telefônica e tiver 150 contatos, ela vai perder uma hora e quinze minutos para arrumar a agenda. Se o usuário tiver um smartphone, pode usar aplicativos que mudam automaticamente o número na agenda telefônica.

inovação tecnológica: Internet em casa com fibras ópticas

Internet em casa com fibras ópticas:



Universidades e empresas demonstraram que a arquitetura funciona. Agora eles partirão para os primeiros testes reais de campo. [Imagem: Sardana Project]

Sonho internético

Internet extremamente rápida, conexões mais robustas e um grande aumento na capacidade da rede, mesmo em áreas rurais, tudo com custo baixo.

É o tipo de fantasia que mantém os executivos das empresas de telecomunicações e os usuários da internet sonhando acordados ... até agora.

Uma nova tecnologia de fibras ópticas desenvolvida por um consórcio europeu promete tudo isso e muito mais.

O grupo de engenheiros de universidades, institutos de pesquisa, fornecedores de equipamentos e operadores de telecomunicações se uniu em torno do projeto SARDANA (Scalable advanced ring-based passive dense access network architecture).

Internet a velocidade da luz

O objetivo era desenvolver técnicas pioneiras para melhorar drasticamente a escalabilidade e a robustez das redes de fibras ópticas.

O grupo estava especialmente interessado em viabilizar a chegada das fibras ópticas até as residências, escritórios e empresas.

O projeto demonstrou a viabilidade de velocidades de conexão de até 10 Gigabits por segundo (Gbps) - cerca de 2.000 vezes mais rápido do que a maioria das conexões à internet de hoje.

Mais importante para que isso se torne uma realidade, os pesquisadores mostraram que tais velocidades podem ser atingidas com um custo extra relativamente modesto, usando a infraestrutura de fibras ópticas já existente e componentes já disponíveis no mercado.

Redes ópticas passivas

As redes de fibras ópticas que chegam até as residências (fibre-to-home networks), também conhecidas como redes ópticas passivas, têm uma estrutura em árvore, com o papel de raiz desempenhado por uma central de comutação.

O termo "passivo" refere-se à utilização de divisores ópticos que não precisam de energia adicional para funcionar.

Da central, um grosso tronco principal de cabos se espalha em ramos cada vez mais finos, até que uma única fibra chegue até as casas ou empresas.

As redes passivas convencionais usam o protocolo TDM (Time Division Multiplexing), um método de multiplexação no qual os sinais são transferidos de forma aparentemente simultânea, como sub-canais em um canal de comunicação. Mas, na realidade, eles estão fisicamente se revezando no canal.

Na prática, isso significa que uma conexão de 5 Gbps no escritório central pode se transformar em uma conexão de 30 Mbps na casa ou empresa do cliente. Pior do que isso é que a banda de subida, que transmite os dados do cliente para a internet, é apenas uma fração disso.

De árvores a anéis

Os pesquisadores do projeto Sardana estão propondo uma abordagem diferente e totalmente nova, permitindo não apenas conexões muito mais rápidas, mas também maiores capacidade e robustez.

Em vez de uma única grande árvore, eles estão propondo usar várias árvores menores ramificando até os usuários finais a partir de um anel principal.

O anel transmite os sinais bidirecionalmente a partir da central utilizando o protocolo WDM (Wave Division Multiplexing), uma tecnologia de multiplexação que permite o transporte simultâneo de diferentes sinais na mesma fibra óptica, utilizando diferentes comprimentos de onda de laser - lasers de várias cores.

Em nós remotos ao longo do anel, os sinais são separados em árvores de fibras únicas que irão até as residências e empresas, utilizando a tecnologia TDM.

A abordagem do anel bidirecional aumenta a robustez da rede, porque se o cabo for interrompido em qualquer ponto no anel WDM, o sinal continuará chegando até os usuários finais pelo outro lado. Ele também resulta em aumentos maciços na velocidade de conexão.

Embora ainda em fase experimental, se implantada comercialmente, a tecnologia marcaria um grande salto no desempenho das redes totalmente ópticas, solucionando um dos maiores desafios atualmente enfrentados pelos prestadores de serviços e pelos consumidores: maior velocidade e segurança na manutenção dos sinais.

INFO: Comitê Olímpico pede moderação no uso de Twitter e SMS




Londres - Os espectadores dos Jogos Olímpicos em Londres foram orientados pelos organizadores do evento a evitarem o envio de mensagens de texto e publicações no Twitter que não fossem urgentes durante as competições, alegando que a rede sobrecarregada estava afetando a cobertura televisiva.

A cobertura de uma corrida de ciclismo masculino no sábado deixou muitos espectadores no escuro algumas vezes. Comentaristas ficaram impedidos de obter dados quanto ao tempo da corrida por interferências na rede de comunicação do sistema de navegação do satélite GPS.

A situação foi incômoda particularmente para os telespectadores, que sintonizaram para assistir a uma das maiores chances da Grã-Bretanha levar uma medalha de ouro. Muitos demonstraram revolta pela falta de informações no Twitter.

Um porta-voz do Comitê Olímpico afirmou ter ocorrido um problema de rede, causado por milhares de fãs, que ocuparam as ruas de Londres para torcer pelo time britânico, enviando mensagens.

"É claro que se você quiser enviar algo, não vamos dizer ´não, você não pode´, e nunca proibiríamos o público", disse o porta-voz. "É apenas que, se não for urgente, vá com calma".

"Não queremos que as pessoas parem de interagir nas redes sociais, mas estamos pedindo que enviem mensagens por outros meios", acrescentou.

O uso de celulares para acessar a Internet e tirar e enviar fotos e vídeos disparou nos últimos anos, fazendo dos Jogos em Londres a primeira competição das redes sociais, mas também resultando em maior pressão sobre as redes de comunicação.

INFO: Apple e Twitter não discutem negócios no momento





São Francisco - A Apple e o Twitter não estão em discussões no momento para que o gigante de tecnologia móvel tenha uma participação no popular site de rede social, disseram fontes familiarizadas com o assunto.

Nos últimos meses, a Apple tem mantido negociações com o Twitter para explorar investimentos de centenas de milhões de dólares na empresa, informou o New York Times na sexta-feira, citando pessoas que conhecem o assunto.

O Wall Street Journal disse que a discussão aconteceu há mais de um ano, citando uma pessoa familiarizada com o assunto.

Não está claro se as duas empresas conversaram sobre um acordo no passado e em que nível tais conversas aconteceram, mas não há conversas formais atualmente entre as duas empresas sobre investimentos ou aquisições, disseram as fontes.

Tanto a Apple e o Twitter se recusaram a comentar.

A fabricante do iPhone e do iPad normalmente não investe em participações em empresas e prefere adquirir tecnologias, comprando empresas menores que são menos conhecidas.

Executivos do Twitter disseram várias vezes que não estão com pressa de buscar financiamento adicional, seja ele privado ou em mercados aberto, já que eles têm "caminhões" de dinheiro.

TI INSIDE: Apple compra empresa de segurança por US$ 356 milhões


A Apple confirmou, nesta sexta-feira, 27, a aquisição da empresa de segurança AuthenTec, especializada em hardware e software para computadores e dispositivos móveis, por US$ 356 milhões. Na realidade, o negócio já havia sido fechado há algum tempo, mas só veio à tona agora com o arquivamento do acordo de compra na Security Exchange Commision (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos. A Apple vai pagar aos acionistas da AuthenTec US$ 8 por ação, o que representa um prêmio de 60% sobre o valor dos papéis da empresa no fechamento do pregão da última quinta-feira, 26.
A AuthenTec é conhecida por fabricar sensores de impressões digitais e outros produtos de segurança para dispositivos móveis e tem como clientes vários fabricantes de smartphones, tais como Motorola, Nokia e Samsung, que atualmente trava uma batalha feroz por patentes com a Apple. Na verdade, a compra de AuthenTec e de suas patentes podem dar a fabricante do iPhone uma vantagem extra contra a rival coreana. No início deste mês, a AuthenTec anunciou que a Samsung usará um produto seu na nova linha de smartphones e tablets equipados com o Android, do Google.
A Apple vai pagar US$ 20 milhões pelo direito de adquirir licenças não exclusivas e "outros direitos com relação à tecnologia de hardware, software e patentes", de acordo com o documento arquivado na SEC. Ela terá 270 dias para decidir se vai licenciar certas tecnologias e patentes a "base não exclusiva”, por até US$ 115milhões, segundo o New York Times.
A aquisição é a segunda maior da Apple, após a compra da Anobit Technologies, no ano passado, por US$ 400 milhões, de acordo com a Standard & Poor da Capital IQ. 

TI INSIDE: Receita da Net cresce 18,3% em um ano e chega a R$ 1,927 bilhão no segundo trimestre


A Net Serviços anunciou na quinta-feira, 26, seus resultados do segundo trimestre de 2012. A receita líquida da operadora de TV, dados e voz cresceu 18,3%, em comparação com o mesmo período de 2011, chegando a R$ 1,927 bilhão. Segundo a Net, o aumento foi decorrente principalmente do crescimento da base de assinantes. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 10,8%, também em comparação com o segundo trimestre do ano anterior, atingindo R$ 515,863 milhões.
Já o lucro líquido da empresa caiu, totalizando R$ 29,567 milhões, contra R$ 124,928 milhões no primeiro trimestre de 2011, o que representa uma queda de 76,3%. Em seu balanço, a Net Serviços aponta a variação cambial registrada no período como a principal responsável, mas afirma que isso não afetou significativamente o caixa da companhia.
Os custos operacionais e as despesas com vendas, gerais e administrativas da Net cresceram, comparando com o segundo trimestre do ano anterior. Os custos operacionais aumentaram 21,1%, chegando a R$ 955,596 milhões, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas cresceram 21,8%, atingindo R$ 455,814 milhões.
A companhia fechou o segundo trimestre com total passivo e patrimônio líquido de R$ 9,062 bilhões, contra R$ 8,527 bilhões no mesmo trimestre no ano anterior. 

INFO: Google cria recurso que permite usar desenho para fazer buscas



Movimento dos dedos sobre a tela define busca

Madri - O Google estreou, esta semana, a ferramenta Handwrite, que permite ao usuário de aparelhos sensíveis ao toque usarem o dedo para escrever a informação que desejam procurar no buscador.

A partir de agora, ao invés de utilizar o teclado virtual que aparece na tela de celulares ou tablets, o usuário poderá escrever com o dedo utilizando toda a superfície da tela.

A companhia de Mountain View (Califórnia) explicou em seu blog oficial que com o Handwrite o buscador reconhecerá as letras manuscritas, que se transformarão em texto digital. A ferramenta será facilitava pela função "autocompletar", que oferece resultados assim que se coloca algum texto no buscador.

O Google assegurou que a opção é útil em momentos quando utilizar o teclado é mais complicado para o usuário, como por exemplo quando ele está em movimento.

Esta função já está disponível para dispositivos móveis com os sistemas operacionais da Apple iOS (com versão 5 ou superior) e do Google Android (versão 2.3 ou superior no caso de smartphones, e a partir de 4.0 para tablets).