sexta-feira, 13 de julho de 2012

TI INSIDE: Governo testa sistema de acesso gratuito a banda larga móvel


O governo federal começa a testar, no próximo sábado, 14, o sistema que permitirá aos usuários de celulares e tablets acessar gratuitamente determinados sites na internet, mesmo que os dispositivos sejam pré-pagos e que não haja nenhum pacote de dados contratado. O projeto piloto da chamada "banda larga 0800", possibilitará que provedores de conteúdo paguem para que os usuários possam acessar sites de forma gratuita – inicialmente, órgãos governamentais que oferecem serviços públicos, mas a tecnologia será oferecida a sites interessados em atrair internautas.
O projeto vai funcionar do mesmo modo que a tarifação reversa na telefonia: quando um usuário liga para um número 0800, quem paga é o destinatário da chamada. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que apresentou o projeto nesta quinta-feira, 12, disse que os testes serão realizados por moradores da região administrativa de São Sebastião, a 30 quilômetros de Brasília, para testarem o sistema. Ao todo são 80 pessoas que receberão smartphones, pelo prazo de 15 dias, para que sejam feitos os testes no site 0800 criado pelo Ministério das Comunicações para os testes (http://bandalarga.0800.br), sem pagar nada pela conexão em banda larga.
Para o ministro, o projeto deverá ajudar estados, municípios e a União a cumprirem os requisitos da Lei de Acesso à Informação, uma vez que “a internet é uma ferramenta importante de divulgação das informações, que precisam estar abertas à população”. “Quem seria mais beneficiado seria o pessoal de baixa renda. Mas se você pegar a classe média, ela usa muito operações em banco, em sites de compras; então, esse pessoal terá interesse de usar também. É uma forma de atender melhor, de dar mais opções a quem demanda os serviços”, avaliou Bernardo. 

TI INSIDE: Usuários de Internet móvel no Brasil passarão de 33,2 milhões para 110,5 milhões até 2015


Em 2011, 33,2 milhões de pessoas estiveram conectadas à Internet por meio de dispositivos móveis no Brasil e esse número tende a aumentar. Dados da pesquisa Mobile Modes feita pelo Yahoo! Insights, em parceria com o Instituto Ipsos, apontam que, até o final de 2012, mais de 51,4 milhões de brasileiros navegarão na web em mobilidade. Para os próximos anos, a perspectiva é ainda maior: 67,7 milhões de usuários em 2013; 86,5 milhões em 2014 e 110,5 milhões em 2015.
Segundo a pesquisa, apesar da difusão do acesso móvel, as empresas ainda têm dificuldade para criar campanhas e estratégias de marketing que atinjam esse público, que tem um perfil diferente do usuário que acessa a Internet a partir de um computador.
De acordo com o estudo do Yahoo!, a publicidade móvel é mais aceita e eficaz do que a propaganda online tradicional. Entre os usuários ouvidos, 51% não se importam com a publicidade desde que ela os permita acessar conteúdo gratuito, contra 38% que acham as formas de anunciar por meio de celulares e tablets muito intrusivas.
Entre as atividades mais realizadas por brasileiros em dispositivos móveis estão o uso de GPS e mapas (31% dos entrevistados); a comparação de preços de produtos (18%); o uso de música e jogos (17%); o envio de email e mensagens (15%); e leituras de artigos e jornais (15%). 

Bahia Press: 0800.br Governo quer Internet grátis para celular



 
O Ministério das Comunicações lançou um projeto piloto para acesso gratuito a páginas da internet. Voltado para os usuários de banda larga móvel, o serviço pretende transferir o custo da navegação do portal para o seu responsável, seja uma empresa particular ou pública. Assim, por meio de um domínio específico, terminado pela extensão ‘.0800.br’, mesmo quem não tem um plano de dados habilitado no aparelho poderá acessar o conteúdo e os serviços da página. Por enquanto, apenas 80 pessoas, selecionadas pelo governo do Distrito Federal, poderão verificar o funcionamento do projeto. Elas nevegarão por apenas uma página disponível no modelo, que foi criada pelo ministério e pelo governo do DF. O portal oferecerá informações como vagas de emprego, agenda cultural, horários de ônibus, concursos públicos e notícias. Informações do Correio da Bahia.


INFO: UE muda plano de banda larga com fibra ótica

Por Reuters


Bruxelas - Reguladores europeus recuaram dos planos de forçar grandes operadoras de telecomunicações a cobrar menos de rivais menores pelo uso de capacidade em suas redes, mudando o curso de seus esforços para estimular a ampliação de banda larga a partir de fibra ótica.

A Comissão Europeia argumentou que a única maneira de fazer com que as operadoras retomem o ritmo para construir mais rapidamente redes de fibra é tornar o aluguel das linhas de cobre menos lucrativos.

A ideia resultou em meses de indisposição entre reguladores e grandes operadoras, com o presidente-executivo do grupo Telecom Italia chamando a proposta de "simplesmente louca".

Grandes operadoras receberam bem o reposicionamento da comissão nesta quinta-feira, enquanto representantes de cerca de 100 provedores de Internet alternativos reclamaram que a mudança de posicionamento significa que clientes continuarão a pagar mais.

Empresas que alugam capacidade, como Fastweb e Iliad, argumentam que os preços são muito altos, ao passo que os donos das redes de cobre afirmam precisar dos recursos dos aluguéis para investir em infraestrutura de fibra.

Governos e autoridades europeias estão ficando cada vez mais preocupados de que a economia da região pode ficar atrás da Ásia e dos EUA por conta da falta de conectividade de banda larga.

Ao fim de 2011, por exemplo, a UE tinha apenas um quarto dos 20 milhões de clientes conectados a fibra ótica registrados no Japão em 2010, embora a população japonesa seja bem menor que a europeia.

Governo pretende atrair empresas de software estrangeiras

Governo pretende atrair empresas de software estrangeiras 
O governo federal está preparando medidas para estimular o crescimento do setor de softwares no Brasil.

Com informações da Agência Brasil


Exportação de softwares

Ao contrário da Índia, que apostou na educação e na formação de mão-de-obra especializada em massa, O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pretende atrair empresas internacionais, com vistas à exportação de produtos e serviços de TI.

Segundo Virgílio Almeida, secretário de Política de Informática do MCTI, a meta do programa será aumentar em 50% a participação do segmento na economia até 2020 - atualmente a área de TI tem cerca de 4% do Produto Interno Nacional (PIB).

O setor movimenta cerca de US$ 73 bilhões por ano, mas apenas US$ 3,1 bilhões desse total foram obtidos com exportações.

Para vender mais, o governo espera que empresas estrangeiras se instalem no Brasil e tragam seus centros de pesquisa e desenvolvimento, onde criam e aperfeiçoam tecnologia.

País primário

Para Almeida, o Brasil pode ser atrativo neste momento de estagnação econômica na Europa, nos Estados Unidos e no Japão por causa do mercado interno e por causa das políticas de compra do Estado, que representa cerca de um terço da demanda em TI.

O Programa Estratégico de Softwares e TI adotará a certificação de produtos desenvolvidos no Brasil como exigência para dar margem de preferência nas compras públicas.

O programa acompanha o padrão atual de incentivos ao setor privado, baseado na economia primária - segundo o secretário, o Brasil poderá ser atrativo ao se especializar no fornecimento de tecnologias de informática para atividades econômicas como óleo e gás (exploração na camada pré-sal, especialmente), mineração e agronegócio.

Escassez de mão-de-obra

Ruben Arnoldo Delgado, presidente da Associação para a Promoção da Excelência do Software brasileiro (Softex) defende que mais empresas internacionais entrem no país, mas mostrou preocupações com a concorrência e com a escassez de mão-de-obra.

Conforme o presidente da Softex, falta mão-de-obra com formação em escola técnica, para trabalhar na base dos processos produtivos.

Segundo a Softex, há cerca de 73 mil empresas de TI no Brasil, 96% delas com menos de 20 empregados.

A mão-de-obra total do setor é de 660 mil empregados, com um crescimento de 8,2% ao ano, acima da média da indústria.

INFO: Teles terão R$ 100 milhões para projetos de inovação



São Paulo - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, repassou nesta quinta-feira, 12, R$ 100 milhões do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Os recursos devem ser destinados a pequenas e médias empresas que tenham projetos de inovação do setor.

Além de prazos diferenciados, de acordo com o ministério, o custo do empréstimo é menor do que o encontrado no mercado, de TR mais 2,5% ao ano.

Esta é a segunda vez que o Funttel repassa recursos à Finep. Em setembro do ano passado, foi realizado um repasse do mesmo montante, dos quais R$ 71,5 milhões foram aplicados em cinco projetos. Os recursos serão devolvidos pela Finep ao Funttel em parcelas anuais de 25 anos, com cinco anos de carência.

O objetivo do repasse, segundo Bernardo, é estimular os investimentos em pesquisa e no desenvolvimento de novas tecnologias que promovam o crescimento da capacidade de infraestrutura de banda larga. Com isso, a expectativa é de que o Brasil ganhe competitividade no setor.

INFO: Temor de sanção do governo derruba ações da TIM

Por Reuters
Paulo Bernardo: TIM será suspensa somente
em último caso

São Paulo - As ações da TIM tinham forte queda na bolsa paulista nesta quinta-feira, com investidores mostrando receio de que a operadora de telefonia sofra sanções do governo devido a reclamações sobre a qualidade de seu serviço.

Após ter acenado na quarta-feira com a possível suspensão de novas vendas pela TIM, Bernardo disse nesta quinta que isso "seria o último recurso".

Em comunicado, a TIM disse que vem "cumprindo e segue rigorosamente as orientações" da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre qualidade.

As ações da TIM recuavam 7,65 por cento às 16h35, a 9,78 reais, tendo perdido 8,1 por cento na mínima. O Ibovespa exibia leve desvalorização de 0,08 por cento.

"O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou ontem que as vendas de novos planos da TIM poderão ser suspensas e que a companhia terá de acelerar investimentos, e isso está repercutindo no mercado", afirmou Henrique Florentino, da equipe de análise da Um Investimentos.

"Isso seria ruim, porque a empresa poderia ter sua receita afetada, ao mesmo tempo em que teria de dispor de mais recursos para acelerar investimentos."

A TIM também afirmou no documento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que está desenvolvendo um conjunto de projetos de infraestrutura "para seguir suportando o seu crescimento e capturando as oportunidades que o mercado brasileiro oferece".

A empresa reiterou que segue investindo cerca de 3 bilhões de reais ao ano, nos últimos quatro anos, e que a maioria do montante é direcionado à infraestrutura.

Embora tenha amenizado suas declarações de quarta-feira, o ministro das Comunicações disse nesta manhã que algo precisa ser feito para melhorar a qualidade do serviço da TIM, ressaltando que o governo tem recebido muitas reclamações, "mas não no Brasil todo, em cinco ou seis Estados".

Antes de medidas mais duras, o ministro disse que o governo dará um prazo para a TIM resolver os problemas e diminuir as reclamações, afirmando que a intenção não é prejudicar nenhuma empresa.

Em maio, o ministro havia dito que o setor brasileiro de telecomunicações precisaria investir de 24 bilhões a 25 bilhões de reais por ano.

Bernardo participou mais cedo do lançamento, juntamente com as operadoras telefonia móvel Claro, Oi, TIM e Vivo, dos testes para o projeto de "Banda Larga 0800". O piloto será desenvolvido na cidade de São Sebastião, no Distrito Federal, com 80 pessoas.

A banda larga 0800 funcionará nos moldes dos seviços telefônicos 0800. No caso, serão sites cujo acesso por dispositivos móveis será gratuito para o usuário, como portais governamentais de serviços públicos.

G1: Facebook dá mais destaque para casamentos e noivados


Amigos poderão parabenizar novidades de relacionamentos.
Facebook quer dar mais destaques a eventos do tipo, diz site.

O Facebook anunciou nesta quinta-feira (12) que os casamentos e noivados que são anunciados na rede social ganharão um local de destaque em uma caixa no canto superior direito da página inicial do usuário, informa o site The Verge.

Agora, as oficializações de união ficarão ao lado dos avisos de aniversários e eventos que o usuário vê em sua página. Assim, informa a publicação, quando algum amigo do usuário editar o perfil dizendo que está noivo ou casou-se, essa história surgirá no topo da página inicial.

Ao ver a atualização, o usuário poderá comentar e parabenizar seus amigos.

O “The Verge” também afirma que o Facebook faz planos dar mais destaque a outras celebrações do tipo.


Facebook dá destaque a relacionamentos 

TI INSIDE: Yahoo confirma roubo de mais de 450 mil senhas e dados de usuários


Um ataque a um servidor do serviço de telefonia Yahoo Voice roubou mais de 450 mil senhas e dados de usuários. A invasão foi assumida por grupo hacker desconhecido, autodenominado D33D Company, e confirmada nesta quinta-feira, 12, pela empresa. O serviço de telefonia do Yahoo é similar ao Skype e funciona associado ao sistema de mensagens instantâneas Yahoo Messenger.

Em comunicado enviado ao blog de tecnologia TechCrunch, no qual pede desculpas pelo ataque, o Yahoo declara que os dados vieram de um arquivo mais antigo do Yahoo Contributor Network. A empresa também revelou que menos de 5% dos e-mails tinham senhas válidas, mas diz que agora trabalha para corrigir a vulnerabilidade que levou ao vazamento dos dados.

“No Yahoo, nós levamos a segurança muito a sério e investimos fortemente em medidas de proteção para garantir a segurança dos nossos usuários e de seus dados em todos os nossos produtos. Estamos mudando as senhas afetadas e notificaremos as empresas em que as contas dos usuários podem ter sido comprometidas. Pedimos desculpas aos usuários afetados”, diz a nota. 

TI INSIDE: Google mantém liderança no mercado de buscas nos EUA em junho


Levantamento realizado pela ComScore revela que o Google permaneceu na liderança no mercado de buscas nos Estados Unidos em junho, ao atingir 66,8% de participação, o que representa um ligeiro crescimento de 0,1% na comparação com o mês anterior.
O relatório aponta que o Bing, site de buscas da Microsoft, foi responsável por 15,4% da fatia de mercado, seguido pelo Yahoo, com 13,4% de market share, uma ligeira queda de 0,4% em relação a maio. Em quarto lugar aparece o Ask Network, com 3%, seguido pela AOL, com 1,5%. Em relação ao número de buscas feitas em junho, a ComScore constantou que, das 17,1 bilhões de pesquisa feitas por usuários americanos, o Google respondeu por mais de 11,4 bilhões, seguido do Bing, com 2,7 bilhões, e o Yahoo, com 2,34 bilhões. 

INFO: HC testa realidade virtual contra fobia social


 
São Paulo - O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (IPq-HC) começou a testar este mês um tratamento inédito contra fobia social que usa como ferramenta terapêutica a realidade virtual.
Com um programa de computador que traz imagens em três dimensões, os pacientes se submetem virtualmente às situações sociais que mais lhes trazem desconforto: interagem com desconhecidos, participam de reuniões e até discursam diante de uma plateia dispersa. A fobia social afeta 8% da população.
A criadora do programa é a psicóloga Cristiane Maluhy Gebara, pesquisadora do IPq, que busca validar a eficácia da técnica em um grupo de pacientes. "Estamos aplicando em algumas pessoas, para aperfeiçoar esse programa e verificar se ele realmente consegue diminuir a ansiedade das pessoas", diz.
O desenvolvimento operacional do programa ficou a cargo de uma empresa especializada, que o concluiu sob as orientações de Cristiane. Ela explica que o trabalho tem como base uma das ferramentas da terapia cognitivo-comportamental (TCC): a técnica de exposição. De maneira geral, ela pode ser feita ao vivo, quando o paciente se expõe a situações reais que lhe provocam desconforto, ou na imaginação, quando o paciente, sob a orientação do terapeuta, imagina determinada cena e tenta controlar suas reações.
A ferramenta virtual permite que essa exposição se dê com um grau maior de realismo, mas no ambiente do consultório, ao lado do terapeuta. "A gente coloca a pessoa, passo a passo, na situação que ela mais teme, gradualmente: da que menos sente desconforto para a que mais provoca ansiedade. Depois que o paciente termina, percebe que a ansiedade declina conforme progride essa exposição", diz Cristiane. O programa todo consiste de 12 sessões de 50 minutos.
Além de orientar o paciente, o terapeuta também controla, por computador, as respostas dos personagens virtuais, que interagem com o fóbico. Cristiane alerta que, por isso, essa é uma técnica para ser aplicada em consultório e não em casa, com o paciente sozinho. Segundo a pesquisadora, mesmo se tratando de uma interação fictícia, ela provoca no paciente reações semelhantes às que ocorreriam na vida real. "O programa permite uma imersão naquele mundo."
As situações de interação social previstas vão desde uma caminhada em que o paciente se submete aos olhares insistentes de transeuntes, passando por um pedido de informação para um desconhecido, até a chegada a uma festa cheia de gente. Tratam-se de ocasiões comumente temidas pelos fóbicos.
Cristiane observa que, fora do País, a técnica da realidade virtual com fins terapêuticos já é bastante utilizada. Sua intenção foi adaptar o procedimento para o Brasil, barateando os custos e simplificando o equipamento, que consiste de um laptop, óculos 3D e um fone de ouvido. Ao final da pesquisa, caso a terapia se mostre realmente eficiente, a ideia é fornecer o programa a outros terapeutas e instituições interessadas em aplicar a técnica.
Sofrimento - A fobia social é caracterizada por um sofrimento excessivo em situações de interação social ou de desempenho. Alguns dos sinais mais evidentes são palpitações, sudorese e ruborização. Enquanto a grande maioria da população sente ansiedade quando tem de falar em público ou conduzir uma reunião - o que pode ser considerado normal - o fóbico sofre um verdadeiro prejuízo em sua vida pessoal e profissional por conta desses medos. Outras características típicas são o medo da avaliação negativa do outro, o medo de cometer um erro e a autodepreciação.
Quem tem os principais sinais de fobia social, com idade entre 18 a 65 anos e não apresenta outros transtornos psiquiátricos pode se inscrever para a seleção de voluntários para participar da pesquisa pelo e-mail fobiasocialrv@gmail.com. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Folha: Canadá define que músicas baixadas na internet não devem ser pagas




A Suprema Corte do Canadá decidiu ontem que compositores e gravadoras não devem receber pelos direitos de execução de músicas baixadas na internet. A decisão contrariou os interesses de artistas e foi favorável aos de empresas de telecomunicações.

O tribunal decidiu também que as amostras de músicas em lojas on-line --como iTunes, da Apple-- não infringem as leis de direitos autorais e não resultam no pagamento de taxas. Já a música tocada em streaming (sem necessidade de download) continua tendo de ser paga.

As decisões são "definitivamente boas para os provedores de serviços de internet e ruins para compositores e detentores de direitos autorais", disse David Donahue, especialista em direitos autorais do escritório de advocacia Fross Zelnick Lehrman & Zissu, de Nova York, que não estava envolvido no processo.

INFO: TV paga é aposta de empresas de telecomunicações

Por Reuters


Rio de Janeiro - O duro cenário de competição em serviços tradicionais de telefonia, somado à necessária tarefa de encontrar um segmento de forte crescimento, está levando as operadoras a alçarem a oferta de TV paga para a ponta de seus negócios.

Ainda encarado mais como uma forma de fidelizar assinantes em pacotes de serviços múltiplos do que como um negócio altamente rentável, sobram motivos para as operadoras avançarem nesse front que, segundo a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (Abta), gerou receita de 14,6 bilhões de reais em 2011.

Aumento da base de assinantes, barateamento de serviços, questões regulatórias, convergência e baixa penetração estão entre os motivos apontados por analistas para despertar o interesse, e os investimentos, das operadoras de telefonia em TV paga.

"Esse é um mercado que tem muito potencial, a penetração é bem baixa... E há uma tendência no mercado de migrar para esse segmento dadas as promoções que podem existir", afirmou a analista Jéssica Antunes, da BES Securities.

O setor de TV paga alcançou 14,3 milhões de assinantes no país em maio, alta de 31,5 por cento em 12 meses, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

No mesmo intervalo, a base de clientes de telefonia móvel aumentou perto de 19 por cento --ritmo ainda forte, mas com sinais de saturação por uma densidade de quase 130 acessos sem fio para cada 100 habitantes.

Embora no curto prazo alterações significativas no quadro geral do mercado de TV paga, dominado atualmente pelas empresas do grupo mexicano América Móvil e pela Sky/DirecTV, seja improvável, Oi, Telefônica Brasil e GVT montam suas ofensivas e devem ganhar participação com lançamento de novos serviços.

Para se diferenciar, as operadoras de telefonia planejam planos convergentes com outras tecnologias e aperfeiçoamento de suas redes, com Oi e Telefônica mirando explorar fibra óptica para oferecer produtos de ponta.

A Oi, com plano de investir 6 bilhões de reais por ano até 2015, espera iniciar a oferta de IPTV --que utiliza protocolo de Internet para transmissão de conteúdo-- ainda este ano, em sua busca de dobrar a base de clientes de TV paga para 1 milhão até o fim de 2013.

"Em TV estamos em uma fase de 'start up' praticamente ainda", disse à Reuters o diretor da Oi TV, Ariel Dascal, acrescentando que o segmento deve ganhar relevância dentro do grupo. "A TV é importante na estratégia da Oi."

A Telefônica, por sua vez, decidiu segurar um pouco suas ofertas de TV paga enquanto revê sua estratégia de negócios, mas deve avançar no segmento também a partir deste semestre.

"Estimamos que a Telefônica ganhe mais market share após os lançamentos de novos serviços e serviços integrados, assim como a Oi, que acabaria se beneficiando com os investimentos em fibra", afirmou a analista do BES.

Procurada, a unidade no Brasil da espanhola Telefónica não retornou pedidos por comentários sobre sua estratégia de TV paga.

Já a GVT, empresa do grupo francês Vivendi que anunciou sua entrada no segmento em 2011, estima chegar a 500 mil usuários ao fim deste ano e se destacar pela qualidade de seu sinal em alta definição e convergência.

"A GVT entende como mais uma linha de negócio e não mais um acessório", afirmou o diretor de TV por assinatura da empresa, Dante Compagno. "Vemos como um dos pilares de crescimento dos próximos anos."

Net e Embratel, da América Móvil, contam com a força financeira e técnica do grupo mexicano para continuar na liderança -o grupo tem mais de 50 por cento de market share no setor de TV paga brasileiro.

"A Net tem investido mais de 1,5 bilhão de reais por ano para expansão da rede, crescimento da base de clientes e desenvolvimento de novos produtos para o mercado", disse em nota o diretor de produtos e serviços da empresa, Marcio Carvalho.

Rentabilidade

Para conseguir fazer o negócio de TV paga mais lucrativo, as operadoras de telefonia terão que ganhar escala para compensar os investimentos e os custos com provedores de conteúdo.

"O negócio de TV, como qualquer de telecomunicações, é turbulento, envolve muito investimento. Ninguém entra no negócio de TV para ter retorno imediato", afirmou Dascal, da Oi TV.

"A TV paga acaba tendo no início uma margem baixa, com altos custos com provedores dos canais. Mas com escala, a partir de 1 milhão de assinantes, há ganhos em promoções com pacotes", disse a analista do BES.

"A gente acha que 'player' de TV com menos de 1 milhão de assinantes é um 'player' ainda sem muita significância", concordou o diretor da Oi TV.