quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

G1: Brasil é o país mais atacado por vírus bancário em 2014, diz empresa

Brasil é o país mais atacado por vírus bancário em 2014, diz empresa  

Kaspersky divulgou dados deste ano; Java é software mais atacado.

Empresa destacou o número de ataques durante a Copa do Mundo.
A fabricante de antivírus Kaspersky Lab divulgou dados consolidados para o ano de 2014 nesta segunda-feira (8). O relatório identifica o Brasil como o país mais atacado por pragas destinadas ao roubo de senhas bancárias. De acordo com os dados da empresa, 299.830 usuários sofreram ataques.

A Kaspersky destacou o número de ataques durante a Copa do Mundo. A quantidade subiu consideravelmente em maio e junho. Os criminosos esperavam roubar os dados de turistas, segundo a companhia. No mesmo índice, o Brasil é seguido pela Rússia (251.917 usuários atacados) e pela Alemanha (155.773).

Os rankings de países que mais tiveram infecções em celulares e em computadores com Mac OS X também têm presença brasileira. Os números do Brasil, porém, são bem inferiores aos líderes desses índices: no caso dos vírus celulares, o Brasil está na 10ª posição, com 1,6% dos usuários atacados, contra 45,7% da Rússia, que está em primeiro lugar. Em ataques a sistemas Mac OS X, o Brasil aparece em 9ª lugar, com 2,22% dos ataques. Os líderes Estados Unidos e Alemanha tiveram 39,14% e 12,56% dos ataques, respectivamente.

O Brasil não aparece na lista de países atacados por pragas digitais bancárias para celulares. Em novembro, o Google removeu dois aplicativos falsos de bancos brasileiros do Google Play, marcando a primeira vez que um ataque desse tipo foi registrado contra usuários brasileiros.

A Kaspersky Lab contabiliza ainda um índice de "risco" de segurança que mede a "hostilidade" do ambiente on-line e off-line de cada país, medida pela quantidade de usuários que sofrem alguma tentativa de ataque. O Brasil não aparece entre os 20 países mais hostis, mas é considerado um país de "risco" no ambiente on-line (32,1% dos usuários sofrem ataques) e de "alto risco" (46,5%) no ambiente off-line.

A Rússia lidera o ranking de hostilidade on-line: mais da metade (53,81% dos usuários) sofrem algum ataque. Para ameaças off-line, o líder é o Vietnã, onde 69,58% são atacados. A Kaspersky Lab calcula esses números com base no número de detecções e alertas de seus produtos de segurança.

Softwares mais atacados
A empresa de segurança divulgou ainda um gráfico com os softwares que são mais explorados pelos criminosos para a instalação de códigos maliciosos nos computadores dos usuários. O software mais atacado foi o Java, da Oracle, com 45% dos ataques. Os navegadores foram diretamente atacados por 42% dos ataques, enquanto o Adobe Reader foi alvo de 5% deles. O Flash Player foi alvo de 3% dos ataques e 1% atacou o Microsoft Office. O Android também foi alvo de 4% dos ataques.

Apesar de o Java ainda ser o software explorado, a empresa observou um declínio considerável na participação dele nos ataques. Em 2013, 90,5% dos ataques registrados na web exploravam alguma brecha do Java. 

G1: Amazon diz que poderá levar para fora dos EUA os testes com drones

Amazon diz que poderá levar para fora dos EUA os testes com drones
Empresa procura países com 'ambiente regulatório mais amigável'.
Objetivo é usar drones para fazer entregas em até 30 minutos.

Parte inferior do drone possui caixa para levar a encomenda ao cliente. Máquina decolará de pontos de distribuição da Amazon nas cidades (Foto: AFP)

A Amazon planeja realocar seus testes com drones fora das fronteiras dos Estados Unidos, a menos que receba permissão rápida dos reguladores norte-americanos para realizar testes ao ar livre, disse a companhia em carta à Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) neste domingo (7).

A varejista online já começou a realizar testes ao ar livre "em outros países com ambientes regulatórios mais amigáveis" para inovação voltada a pequenas aeronaves não tripuladas, segundo carta escrita pelo vice-presidente de política pública global da Amazon, Paul Misener.

A Amazon disse que os testes ao ar livre são cruciais para o desenvolvimento de seu programa "Prime Air", que tem como objetivo usar drones para entregar pacotes em 30 minutos ou menos. A companhia disse que prefere manter estes testes dentro dos EUA.


Em julho, a Amazon buscou permissão junto à FAA para testar drones em áreas ao ar livre perto de Seattle, onde um de seus laboratórios de pesquisa e desenvolvimento trabalha na tecnologia, mas a FAA tem sido lenta em dar seu aval.

"Sem a aprovação de nossos testes nos EUA, seremos forçados a continuar ampliando nossa presença de pesquisa e desenvolvimento do Prime Air no exterior", escreveu Misener na carta, divulgada primeiro pelo jornal "Wall Street Journal".

Os drones estão entre as várias iniciativas em curso na Amazon para ajudar a controlar custos crescentes de entregas e competir com lojas físicas entregando itens rapidamente. A Amazon disse que há dúzias de vagas de trabalho abertas nos Estados Unidos para sua divisão Prime Air para engenheiros de hardware e pesquisadores.

G1: Polícia da Suécia apreende servidores e 'The Pirate Bay' sai do ar

Polícia da Suécia apreende servidores e 'The Pirate Bay' sai do ar

Autoridades confirmaram ação em centro de dados.
Diversos sites que armazenavam 'torrents' estão fora do ar.

O site "The Pirate Bay" saiu do ar nesta terça-feira (9) após uma ação de autoridades na Suécia. A página é conhecida por trazer referências para arquivos ".torrent", que permitem baixar conteúdo protegido por direito autoral. Policias confiscaram servidores e equipamentos de um centro de dados no país. Nenhum alvo específico foi divulgado, mas o governo confirmou que a apreensão está ligada a violações de direitos autorais.

Além do "The Pirate Bay", outros sites que hospedam ou rastreiam conteúdo em ".torrent" saíram do ar. De acordo com o site "TorrentFreak", os sites EZTV, Zoink, Torrage e Isole então indisponíveis. O fórum oficial e outros serviços ligados ao "The Pirate Bay", como o "Pastebay", também estão inacessíveis. Já no site "Proxybay", que lista servidores proxy para acesso a site em países que realizam bloqueio, todos os 100 servidores estão offline.

Além de não revelar quais foram os alvos da ação, a polícia sueca também não informou a localização exata do centro de dados onde os equipamentos foram apreendidos. Problemas técnicos no "The Pirate Bay" não são incomuns e ainda há a possibilidade de que a polícia não tenha comprometido toda a infraestrutura do site.

O "The Pirate Bay" é um dos sites mais acessados do mundo e está na 88ª posição no ranking mundial da Alexa. No Brasil, a página ocupa a 67ª posição do mesmo ranking.

Peter Sunde, um dos fundadores do "The Pirate Bay", esteve no Brasil em 2009 e palestrou no Fórum Internacional do Software Livre, em Porto Alegre. Ele e os outros dois fundadores da página, Gottfrid Svartholm e Fredrik Neij, estão presos na Suécia. Os três tentaram fugir para outros países depois de serem condenados. Neij foi o último a ser preso, em novembro, na fronteira do Laos com a Tailândia.

Site já foi alvo de ações
Fundado em 2003, o "The Pirate Bay" ficou livre de censura ou repreensão na Suécia por um entendimento da lei de que simplesmente referenciar um conteúdo não caracteriza uma violação de direito autoral. Com uma mudança nesse entendimento, autoridades tentam derrubar o site desde 2006, quando os servidores do "The Pirate Bay" foram apreendidos pela primeira vez.

Depois da apreensão, o "The Pirate Bay" voltou ao ar, com novo endereço e adotando técnicas para dificultar a ação da polícia.

O site é notório por mudar de endereço sempre que o anterior é bloqueado ou derrubado. Na Europa, diversos provedores foram ordenados pela Justiça a impedir o acesso ao site. Para burlar esse bloqueio, há hoje na web pelo menos 100 servidores intermediários (proxy) que fornecem acesso por endereços alternativos e livres de bloqueio.

G1: Nova Déli proíbe todas as empresas online de táxi após caso de estupro

Nova Déli proíbe todas as empresas online de táxi após caso de estupro
Passageira relatou ter sido estuprada por motorista do serviço Uber.
O caso causou revolta na Índia; suspeito já havia sido acusado antes.

Aplicativo Uber é mostrado em telefone indiano, em Nova Délhi
A capital da Índia decidiu banir todas as empresas de táxi pela Internet, depois que uma passageira relatou ter sido estuprada por um motorista contratado por meio da companhia norte-americana de serviços de táxi Uber, disse um representante do governo. 
O caso causou revolta na Índia após ter vindo à tona que o suspeito já havia sido acusado de estupro, mas havia obtido uma referência de caráter assinada por um policial, a qual aparentemente foi falsificada.

O caso também revelou o fracasso total para regular o crescente mercado de serviços de táxi online na Índia. O departamento de transporte de Déli tem sido lento em responder e, de acordo com relatos, enviar seu comunicado de proibição ao Uber via fax.

Em comunicado publicado em um jornal nacional, o departamento declarou que apenas seis companhias de táxi por rádio devidamente registradas teriam permissão para operar em Nova Déli.

“Nós proibimos o Uber. Outra nota pública será emitida amanhã para proibir todos os fornecedores de serviços de táxi não registrados. Está quase pronta”, disse Kuldeep Singh Gangar, porta-voz do departamento de transporte de Déli.

O Uber foi colocado em uma lista negra na segunda-feira em Nova Déli após a polícia ter dito que a empresa fracassou em realizar checagens de antecedentes sobre o motorista, que foi preso há três anos em um caso semelhante - embora tenha sido absolvido.

O motorista preso, Shiv Kumar Yadav, apareceu em um tribunal na segunda-feira e será mantido sob custódia por três dias. Yadav havia obtido uma referência da polícia de Déli, mas o porta-voz da corporação, Rajan Bhagat, disse à Reuters que o certificado “parecia ser falso”.

Em rápida ascensão, o Uber foi avaliado em US$ 40 bilhões na semana passada em sua rodada mais recente de financiamento, antes de uma esperada oferta pública de ações. Na Índia, a companhia opera em 11 cidades.

O Banco Central da Índia havia anteriormente flagrado o Uber por violar o sistema de pagamento de cartão de crédito do país ao utilizar o chamado processo de autorização por um passo, embora o regulador exija um procedimento de ao menos dois passos. O Uber mais tarde atendeu a exigência, chamando-a de “desnecessária”.

A companhia norte-americana também está no meio de controvérsia acerca de sua abordagem agressiva sobre governos locais e serviços tradicionais de táxi.

Um representante do Uber disse que a companhia não havia sido oficialmente notificada de qualquer proibição em Nova Déli e que emitiria um comunicado ainda nesta terça-feira (9). Ainda era possível pedir um carro pelo Uber em Délhi utilizando o aplicativo para smartphones. 

G1: Com 'emotchês' e 'achei tri', programador cria rede social gaúcha

Com 'emotchês' e 'achei tri', programador cria rede social gaúcha
 Estêvão Pires
Idealizador diz que 'O Laçador' já sobrecarregou em menos de um mês.
'Emotchês' fazem sucesso entre os mais de 10 mil usuários da rede social.  
Sistema é semelhante ao Twitter mas tem toque 'gaudério'
O bairrismo gaúcho ganhou um novo espaço na internet onde o "like" idealizado por Mark Zuckerberg se transformou em "achei tri" e "emotchês" assumiram o lugar dos emoticons. Desde novembro, está no ar o "O Laçador", uma rede social personalizada para gaúchos que, em menos de um mês de vida, já conta com mais de 10 mil usuários.

Aos 29 anos, o programador de softwares João Paulo Bastos foi o criador da rede social, que tenta alavancar o hábito dos internautas gaúchos de valorizar as gírias e o folclore local. "Eu já havia feito uma página no Facebook com o mesmo nome. Conforme criava memes, via que havia muitos comportilhamentos. Isso me deu a ideia de criar um espaço para reunir quem é do Rio Grande do Sul e discutir os assuntos daqui", explicou João Paulo ao G1.

O nome faz referência à Estátua do Laçador, famoso monumento de Porto Alegre que dá boas-vindas aos visitantes nas imediações do Aeroporto Salgado Filho. Com uma interface semelhante ao Twitter, a rede também possui recursos parecidos aos disponibilizados no Facebook. "É possível compartilhar fotos, vídeos, links e reproduzir o youtube. Mas o que mais faz sucesso e traz apelo são os 'emotchês', adaptados com bigode, ou símbolos do Inter e do Grêmio, por exemplo", detalhou o criador.

O programador rechaça críticas de que a rede teria ares "xenófobos", o que, segundo ele, já aparece em algumas postagens de usuários de outros estados. "Li muitos comentários sobre uma suposta xenofobia, mas não tem essa intenção. Apesar do povo gaúcho se considerar bairrista, falar em separação do resto do Brasil, por exemplo, é algo que não concordo. A ideia e ser uma espécie de comunidade. Para alguém que está viajando, por exemplo, lembrar e saber que esta acontecendo no estado", afirmou.
O objetivo do programador de softwares ainda é modesto, mas ele admite que propostas do gênero podem fazê-lo faturar no futuro. "No início eu gastei do meu bolso para colocar no ar. Agora já tenho uma barra com anúncios do Google onde o que ganho depende do total de cliques para visualização. Na última vez que calculei, já estava rendendo de 8 a 10 dólares americanos por dia", contou. E pelo visto, esse número só tende a aumentar: na noite de segunda-feira (8), o site estava fora do ar em função do grande número de visitas. "O Laçador" deve ter novos servidores e ter a capacidade de acesso elevada até a sexta (12), promete Bastos.
Emotchês impulsionaram número de adeptos, diz criador 

Info: Professor aprovará alunos que conseguirem pelo menos 2 mil seguidores em rede social


Um professor universitário chinês isentará os alunos da prova final de sua disciplina sobre internet se conseguirem mais de dois mil seguidores no Weibo, o "Twitter chinês", ou se 50 pessoas compartilharem alguma de suas publicações originais, segundo informou a agência estatal "Xinhua".

Em seu blog, o professor da Universidade de Estudos Internacionais de Sichuan, no sudoeste da China, Zhang Chunlin, explicou que seus estudantes poderão solicitar a isenção da prova final de sua disciplina "Comunidade Eletrônica e Internet de Sobrevivência" sempre que seus microblogs receberem mais de duas mil visitas ou que os usuários compartilharem mais de 50 vezes suas publicações no Weibo.

Outra das condições para não fazer a prova é receber pelo menos 20 comentários de "interesse informativo" de diferentes internautas nas publicações.

Este novo método de avaliação provocou grande repercussão no ciberespaço chinês, onde as regras de Zhang Chunlin parecem ter tido uma boa aceitação de acordo com os usuários. "Eu gostaria que ele fosse meu professor", escreveu um usuário do Weibo, sobre os métodos inovadores de avaliação.

No entanto, a atitude do professor também foi alvo de críticas por facilitar que os estudantes "escapem" das provas finais. Segundo Zhang, o procedimento, criado para aprofundar a capacidade dos alunos na era da internet, foi mal-interpretado por alguns.

Apesar da controvérsia, a maioria dos estudantes apoiaram a iniciativa de Zhang Chunlin, uma nova forma de passar em uma matéria, método que deixa para trás a necessidade de investir horas de estudo diante de um livro.

É o caso de Zhang Bin, calouro de jornalismo, que prefere as novas regras a ter que decorar livros de texto, um novo método que, para ele, "é outra forma de testar suas habilidades práticas".