segunda-feira, 12 de novembro de 2012

SECTI: Parque Tecnológico da Bahia apresenta portfólio


O Parque Tecnológico da Bahia já é uma realidade que traz novas perspectivas para o conhecimento, a pesquisa e a inovação em nosso estado

A implantação do Parque tem a coordenação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia – SECTI, que visa trabalhar de forma integrada, público, comunidade acadêmica e o setor empresarial, promovendo o desenvolvimento de produtos e processos que tragam resultados positivos e relevantes para nosso estado.


Confira o portfólio completo do Parque Tecnológico clicando na figura abaixo.


TI INSIDE: Comissão aprova projeto que proíbe o uso de 'robôs' em pregão eletrônico



A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados aprovou proposta que proíbe o uso de “robôs” nos pregões eletrônicos promovidos pelo governo federal para a compra de produtos e serviços. Os infratores poderão ser impedidos de fazer contratos com órgãos da administração pública durante dois anos e estarão sujeitos à pena de detenção de seis meses a dois anos e multa.

O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Arolde de Oliveira (PSD-RJ), ao Projeto de Lei 1592/11, do deputado Geraldo Resende (PMDB-MS). A diferença entre o projeto original e o substitutivo está nas punições. O relator acrescentou a pena de detenção, prevista na Lei de Licitações, que se aplica a quem “impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório”.

Os “robôs eletrônicos” são programas de computador usados para fazer lances automáticos nos pregões eletrônicos. As propostas são feitas de forma constante, em fração de segundos, logo após um competidor dar um lance. Desse modo, o fornecedor que usa o robô consegue manter-se sempre com o menor preço e, portanto, à frente dos outros competidores.

O relator afirmou que “o contínuo aperfeiçoamento dos instrumentos tecnológicos de enfrentamento ao uso dos robôs, combinado com a adoção de ações coercitivas enérgicas contra seus responsáveis, certamente contribuirá para desestimular essa conduta lesiva que tem causado prejuízos incalculáveis para a economia popular, sobretudo para as dezenas de milhares de microempresas hoje cadastradas como fornecedoras do governo federal”.

O projeto, que tramita de forma conclusiva, ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. As informações são da Agência Câmara.

CORREIO: Redes sociais da internet são mais usadas pela classe média



Os internautas da classe C são responsáveis por 56% de acessos no Facebook e 55% no Twitter, contra 24% da A/B nos dois casos

A nova distribuição socioeconômica do país, com mais pessoas tendo acesso a bens de consumo, fez com que a classe C, ou classe média, passasse a ser maioria no uso de redes sociais na internet. A constatação foi feita por pesquisa do Instituto Data Popular (IDP), que será apresentada no Fórum Novo Brasil, na segunda-feira (12) e terça-feira (13), em São Paulo. Um dos convidados é o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

De acordo com a pesquisa, que ouviu 1,8 mil pessoas nas ruas de 57 cidades e 20 mil pela internet, 48% dos 75 milhões de internautas brasileiros são da classe média - assim considerada a família com renda mensal entre R$ 1.540 e R$ 2.313. A pesquisa informa que 44% estão nas faixas A e B, que compõem a classe alta, e 8% são dos estratos sociais D e E, de mais baixo poder aquisitivo.

Os internautas da classe C são responsáveis por 56% de acessos no Facebook e 55% no Twitter, contra 24% da A/B nos dois casos. Quadro totalmente diferente de pesquisa semelhante feita em 2009, que apontava absoluto domínio da classe alta nas duas redes, de acordo com o diretor do IDP, Renato Meirelles.

Virada perfeitamente normal, segundo ele, considerando-se que em torno de 30 milhões de pessoas foram incorporadas ao mercado de consumo nos últimos dez anos, nas contas do governo. Fato que alargou a base da classe média, estimada em 101,1 milhões de brasileiros, equivalentes a 53% dos 190,7 milhões de brasileiros registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. A baixa renda reúne 51,5 milhões (27%) e 38,1 milhões (20%) estão na classe alta. As informações são da Agência do Brasil.

IDG Now!: Vulnerabilidade que ataca PDFs está sendo vendida por US$ 50 mil



Exploit tem como alvo uma falha até então desconhecida do software de leitura da Adobe, dizem pesquisadores em segurança

Os cibercriminosos estão usando um novo exploit 0-day para PDF que ignora os recursos de segurança (sandbox) do Adobe Reader 10 e 11 - o objetivo seria instalar um malware bancário em computadores, de acordo com pesquisadores da empresa de segurança russa Grupo-IB.

O kit de exploração para a vulnerabilidade 0-day - até então desconhecida e sem correção - foi integrado a uma versão modificada do Blackhole, segundo informações divulgadas pelo Grupo-IB.

"Temos monitorado comunidades privadas especiais, onde há informações sobre o exploit", disse o chefe do Departamento de Projetos Internationais do Group-IB e diretor técnico da equipe de emergências de computador (CERT-GIB), Andrey Komarov, nesta quinta-feira por e-mail. "A maior parte destas informações estão em fóruns privados de hackers russos e chineses."

O kit de exploração está sendo vendido no mercado negro por um valor estimado de 30 mil a 50 mil dólares e atualmente ele está sendo usado em ataques direcionados contra clientes de bancos, disse Komarov. No entanto, teoricamente, poderia também ser usado para distribuir as chamadas Ameaças Persistentes Avançadas (APT) que estão comumente associadas a ataques de ciberespionagem, acrescentou.

SandboxO mais interessante neste ataque em particular é que ele burla os recursos de proteção da sandbox do Adobe Reader 10 e 11, também conhecido como o Modo Protegido (Protect Mode, em inglês) e Modo de Exibição Protegido (Protect View) - a sandbox conseguiu bloquear todos os kits de exploração que executam códigos arbitrários em PDF conhecidos até o momento.

Além disso, o novo exploit funciona mesmo se o suporte do JavaScript estiver desativado no Adobe Reader. A grande maioria dos kits conhecidos para Adobe Reader fazem uso do JavaScript para embutir códigos maliciosos em arquivos PDF, desse modo eles precisam de suporte Java no aplicativo para funcionar.

O novo exploit pode ser usado para direcionar o Adobe Reader por meio do Internet Explorer e do Mozilla Firefox, disse Komarov. No entanto, o ataque falha no Google Chrome porque o navegador oferece proteção adicional para o componente do Adobe Reader, completou.

O exploit é um pouco limitado, pois o usuário precisa fechar o navegador depois de carregar o arquivo PDF malicioso para que o código malicioso seja executado no computador. O Grupo-IB postou um vídeo no YouTube demonstrando como o ataque funciona no Internet Explorer.

Detalhes sobre o exploit foram compartilhados com equipe de Resposta a Incidentes de Segurança em Produtos da Adobe (PSIRT). A empresa não comentou sobre o caso.

No passado, a empresa adiou a liberação de patches para vulnerabilidades conhecidas no Adobe Reader 10, argumentando que a sandbox do produto iria bloquear quaisquer explorações provenientes dessas falhas. No entanto, se este novo kit contornou o sistema de segurança do aplicativo, é provável que a Adobe forneça uma atualização de emergência.

INFO: Chip nacional custa 30% mais barato para fabricantes de TVs


Demorou quase três anos para ficar pronto, tem o 
tamanho de uma moeda de 10 centavos (20 mm 2 ) 
e não vai ser visto diretamente pelos consumidores 
quando chegar ao mercado no fim deste ano.

Mesmo assim, os 30 engenheiros do Instituto de Pesquisas eldorado e da Idea! Sistemas Eletrônicos apostam que o chip de TV Digital desenvolvido por eles vai encher os brasileiros de orgulho. “O projeto é 100% nacional e prova que o Brasil é capaz de criar um processador com características competitivas”, diz Arthur Catto, superintendente do Instituto Eldorado.

Segundo ele, os fabricantes de TVs, tablets e notebooks que optarem por usar o chip brasileiro economizarão 30%, sem abrir mão de qualidade, já que o modelo de 65 nanômetros é menor e mais eficiente que a média da concorrência.

Olhar Digital: Golpe chantageia usuários que acessam sites pornográficos



Hackers agora aplicam um novo golpe para roubar dinheiro de pessoas pela internet: eles desenvolveram um malware que, quando infecta um computador, ameaça avisar à polícia quando o usuário assiste a um filme pornográfico.

De acordo com a Symantec, 68 mil computadores foram infectados em um mês pelo golpe - que a companhia chama de 'ransomware' - e os criminosos já conseguiram mais de US$ 5 milhões de usuários que caíram no golpe.

Ao entrar em um site pornográfico, o computador infectado mostra uma mensagem de uma agência governamental - normalmente o FBI - afirmando que o computador foi bloqueado por visualizar conteúdo adulto. Algumas vezes a mensagem também fala que pornografia infantil foi encontrada no disco rígido e que uma multa deve ser paga em até 72 horas para evitar a prisão.

A Symantec alerta para os usuários evitarem clicar em anúncios encontrados em sites pornográficos e também para atualizarem sempre o antivírus para evitar que o malware se instale no computador. 

Olhar Digital: Redes sociais não são vilãs da internet, defendem psicólogos



Pesquisas e reportagens sobre os males causados pelo uso desenfreado de redes sociais surgem a toda semana; há poucos dias, o próprio Facebook, ao se comparar a um bolo, advertiu que doce demais faz mal, e de tempos em tempos aparece alguma consultoria dizendo que esses sites são como drogas. Mas será que são tão ruins assim? Afinal, mais de 1 bilhão de pessoas usam o Facebook ao redor do mundo, o Twitter passou dos 500 milhões e outros serviços do gênero caminham para alcançar números semelhantes.

Um dos principais pontos que as plataformas virtuais têm a seu favor é o fator social, a coragem que proporcionam aos seus usuários. Muitas vezes o sujeito é tímido demais para se socializar, e redes como Facebook, Orkut, Twitter dão um empurrão. Esses sites, diz a psicóloga Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP, criam "a possibilidade de aproximar pessoas e fazer com que elas pertençam a um grupo e, muitas vezes, ajudam-nas a encontrar apoio numa hora difícil".

As redes sociais não geram nada nas pessoas, elas servem apenas como facilitador ou impulsionador do que cada um já é. Tanto que não há uma doença diretamente associada à internet; mesmo o vício na rede é tratado como algo à parte, pois aquela pessoa na verdade já tinha propensão a sofrer algum distúrbio. Da mesma forma, não há tratamentos oficiais em que se recomenda o uso da rede para curar um desvio - existem apenas estudos sobre o tema.

Segundo a psicóloga Andrea Jotta, também da PUC, há no ambiente virtual uma "intensificação", por isso, embora seja comum os internautas tentarem montar uma personalidade positiva, é difícil fugir de quem se é na vida real. "Se eu tenho como característica algo mais amargo, é comum que meus comentários na internet sejam mais ácidos", conta. "Na rede social é mais difícil esconder o que é natural em você."

A psicóloga Dora Sampaio Góes, do Grupo de Dependência de Internet do Ambulatório de Transtornos do Impulso (que faz parte do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo), conta que o problema começa quando ocorre a substituição do mundo real pelo virtual: se a pessoa tenta diminuir o uso da web e não consegue, se tem mais amigos virtuais do que reais, deixa de ter uma vida cotidiana - se encontrar com amigos, fazer refeições, passear etc.

Mas até chegar a este ponto, a própria rede ajuda, pois escancara os rastros de cada um. O Facebook é o melhor exemplo disso por conta da linha do tempo, pela qual é possível olhar para trás e, se for o caso, identificar algum problema. Luciana adverte, no entanto, que só o vício pequeno dá condições de resolução própria: "Quando uma pessoa percebe que faz um uso excessivo e consegue parar, significa que aquilo não é patológico."

Outro recurso favorável são os aplicativos e jogos, que por trás dos objetivos óbvios ligados a entrenimento acabam servindo também como ferramentas de aproximação de pessoas. Dois internautas que não têm nada a ver um com o outro se encontram naquele ambiente por terem um FarmVille ou um Angry Birds em comum.

"Além disso", complementa Andrea, "nessas redes em que o foco é o humano [Facebook, Orkut, Google+], as pessoas possuem um perfil com fotos, situações, amigos que tinha pelos últimos 10 anos... Isso ajuda o ser humano a se sentir integral, você consegue ver as mudanças - ou falta delas - de uma forma mais linear, não fragmentada."

As redes sociais não dependem da web, elas são criadas a partir do momento em que pessoas estão presentes. Por isso, a internet é só um passo adiante, mas ajuda no treinamento comportamental por funcionar como encurtadora de distâncias e por gerar diversas facilidades. A recomendação para não encontrar as mazelas das plataformas é moderar sempre; Dora disse que o problema mais grave é a perda de controle, então o Facebook, ao se comparar com um bolo, teria acertado em cheio. "Essa é a ideia", apontou a psicóloga. "Tem de servir a nosso favor, não nos transformar em escravos." 

TI INSIDE: Anatel publica cronograma de implantação do nono dígito em todo o País



A Anatel publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 9, o cronograma para implantação do nono dígito nos celulares de todo o Brasil.

Os números de telefones móveis de todas as 64 cidades da área 11 já possuem esse dígito ‘9’ à esquerda da numeração antiga das linhas desde julho deste ano.

Até 31 de dezembro de 2013, a mudança deve atingir as linhas das áreas 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19. Todas em São Paulo. Ao final de janeiro de 2014, as regiões cobertas pelos DDDs 21, 22, 24, 27 e 28, nos Estados do Rio de Janeiro e Espirito Santo terão o novo dígito. Em dezembro do mesmo ano, será a vez dos usuários de telefonia móvel nas localidades atendidas pelos seguintes códigos de longa distância: 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98 e 99, nos estados do Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará e Roraima.

Em dezembro de 2015, a alteração nos números telefônicos acontecem para os usuários de celular das áreas atendidas pelos DDDs 31, 32, 33, 34, 35, 37, 38, 71, 73, 74, 75, 77, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88 e 89, nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

As últimas regiões a receber o nono dígito são as cobertas pelos DDDs 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 51, 53, 54, 55, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68 e 69, nos Estados do Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins. 

TI INSIDE: Para Paulo Bernardo, é preciso dar um motivo para excluir a Anatel da regulamentação da neutralidade



O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse a este noticiário que buscará com o deputado Alessandro Molon, relator do projeto do Marco Civil na Câmara, um acordo que ponha fim à questão de quem será o órgão do Poder Executivo responsável por regular os aspectos das redes de telecomunicações referentes ao princípio da neutralidade, previstos no projeto de lei. 

Para o ministro, "a Anatel é um órgão de Estado, prevista na Constituição e na Lei Geral de Telecomunicações e que tem como função regular as redes. Para dizer que não poderá ser a Anatel (a agência reguladora), tem que ter um motivo". Para o ministro das Comunicações, não se pode deixar o dia-a-dia de uma regulamentação sob responsabilidade exclusiva da presidência da República. "Uma regulamentação pode dar certo ou não, pode precisar de ajustes, não pode ficar soltando decreto para qualquer coisa". 

Para o ministro, não se pode colocar em uma lei que uma agência reguladora não possa regular o seu setor. "Eu acho que a gente pode chegar a um entendimento", disse Paulo Bernardo, sem querer entrar na polêmica sobre as razões que levaram Molon a declarar que não poderia ser a Anatel a regular a questão da neutralidade. O ministro Paulo Bernardo está em Kourou, na Guiana Francesa, para acompanhar o lançamento do satélite StarOne C3, da Embratel.

Esta semana, o projeto do Marco Civil da Internet chegou a ser colocado na pauta de votação do plenário da Câmara, mas sem entendimento entre os parlamentares, a votação ficou para a próxima semana. Antes da votação, contudo, Molon e o governo haviam chegado a um entendimento em relação à exclusão da referência a um decreto presidencial, ouvido o CGI, na questão da regulamentação do Artigo 9°, que trata da neutralidade de redes. Após o adiamento da votação, aparentemente descontente com as declarações de Paulo Bernardo de que a Anatel participaria da regulamentação da neutralidade, Molon disse que mudaria novamente o projeto para deixar claro que a agência de telecomunicações não seria a responsável por regulamentar o tema.

Segundo apurou este noticiário junto a diversas fontes do governo, estava acertado que a regulação do Artigo 9° será pelo Poder Executivo. No entendimento das fontes ouvidas por esse noticiário, isso significa necessariamente que tem de haver um decreto presidencial ou uma portaria ministerial dando as diretrizes. "A regra geral está dada pelo próprio Marco Civil, que estabelece o princípio e os únicos casos em que o tratamento não precisa respeitá-lo. A presidência ou o ministério estabelecem os princípios e a Anatel executa dentro desses parâmetros", diz uma fonte. 

TI INSIDE: Tecnologia teve papel crucial na reeleição de Barack Obama



Tecnologia não vence eleição, mas pode ajudar o canditado a atingir os eleitores, como mostra a campanha que levou o democrata Barack Obama a reeleição à Presidência dos Estados Unidos, na última terça-feira, 6, após uma disputa acirrada com o candidato republicano Mitt Romney.

Nas campanhas dos dois candidatos, o uso da tecnologia foi crucial para a conquista de eleitores. A de Obama foi mais bem-sucedida ao recorrer ao uso intensivo da internet e das tecnologias móveis na busca de potenciais apoiadores e, por consequência, na obtenção de mais votos, segundo relataram ao The New York Times dois membros da equipe de tecnologia de Obama, Michael Slaby e Harper Reed.

Um aplicativo na web denominado “Dashboard”, por exemplo, permitiu que voluntários se juntassem a equipe da campanha de Obama e recebessem atribuições a serem cumpridas remotamente. O aplicativo, visível em smartphones e tablets, mostrou exatamente a localidade, bairros, que precisavam de mais ajuda dos voluntários. Outro programa utilizado foi uma ferramenta que permitiu aos encarregados pela campanha prospectar eleitores pelo telefone, em suas próprias residências, sem a necessidade de estarem no escritório da campanha.

O resultado do uso da tecnologia na reeleição de Obama superou o obtido em sua primeira eleição, há quatro anos. A página de Barack Obama no Facebook, por exemplo, conquistou 33 milhões de “likes” contra 2 milhões registrados na campanha anterior. A própria tecnologia mudou. “A computação em nuvem praticamente não existia em 2008”, ressaltou Slaby.

Desta vez, a campanha de Obama foi apoiada por serviços de nuvem da Amazon Web Services. Engenheiros da campanha construíram cerca de 200 programas diferentes que funcionavam no serviço da Amazon, incluindo o Dashboard, a ferramenta de telefonia, o site da campanha, formulário de doações e processamento de aplicações de análise de dados. 

INFO: Tecnologia não vai modificar a literatura, diz ABL



A internet e os novos dispositivos eletrônicos de leitura não vão mudar a essência da literatura. A avaliação é da presidenta da Academia Brasileira de Letras (ABL), Ana Maria Machado.

Ela participou da Festa Literária Internacional das Unidades de Polícia Pacificadora (Flupp), que será realizada até domingo (11) na comunidade do Morro dos Prazeres, em Santa Teresa. Ana Maria conversou com um grupo de crianças e adolescentes de escolas públicas do Rio e respondeu a perguntas da plateia.

“A tecnologia não vai modificar a literatura. Pode mudar o mercado de livros. Mas a literatura é a mesma desde que existe a linguagem. Muito antes de existir a escrita, já existia Homero, com a Odisseia e com a Ilíada. A literatura já foi escrita em papiro, em pergaminho, em rolo, em tablita [tabletes de argila]. O que muda é o suporte dela, se é uma tela [de computador] ou se é um livro, isso é secundário.”

Autora de 140 livros, com cerca de 19 milhões de exemplares vendidos, traduzidos para diversas línguas, a presidenta da ABL disse que ainda não disponibilizou nenhuma obra em formato eletrônico. “Enquanto não se descobrir como remunerar o direito autoral, fica só a pirataria”.

Sobre a presença da ABL na Flupp, realizada em uma área onde antes da pacificação das UPPs aparecia quase diariamente na imprensa por causa de tiroteios envolvendo o tráfico de drogas, Ana Maria disse que a academia tem uma ligação histórica com as favelas.

“A gente tem que lembrar que o fundador da academia, Machado de Assis, nasceu no Morro da Providência, a primeira favela do Brasil. Nossa presença aqui é uma volta ao lugar de onde nunca deveríamos ter saído. Não devíamos ser uma cidade partida. Devemos todos estar juntos, na grande síntese cultural brasileira.”

Uma das perguntas feitas pelos estudantes à autora foi sobre qual era o prazer de sua profissão. “O prazer de ser escritora é poder tocar o outro. Poder chegar à mente, ao coração de outras pessoas. Falar em nome dos outros. Fazer com que o outro se reencontre na gente e que cada um se conheça mais pelo o que a gente escreveu.”

Bahia Press: Google é bloqueado por um dia na China



O Google anunciou que todos os seus serviços foram retirados do ar na China a partir de sexta-feira, um dia depois do início do Congresso do Partido Comunista, que definirá a cúpula governante do país. Segundo a empresa, foi registrada uma forte redução do tráfego em todos os sites controlados pelo Google, como YouTube, Gmail e Blogger. O incidente foi incluído em sua atualização de problemas.

As causas ainda são desconhecidas para o Google, que se refere à interrupção como um problema técnico. A suspeita da empresa é de um bloqueio ou ataque de hackers. “Nós verificamos e não há nada de errado nos nossos servidores”, disse a porta-voz do Google, Christine Chen.

Para o site GreatFire, que compila informação sobre a internet chinesa, a paralisação dos produtos do Google foi feita pelo governo. “A maior questão é se vão desbloquear os serviços após o fim do Congresso”.

O grupo diz que nunca tantas pessoas foram afetadas pelo suposto bloqueio, sem dar números.

INFO: Novo cartão da MasterCard traz visor LCD e botões



A operadora financeira MasterCard anunciou sua nova geração de cartões de crédito, que fará sua estreia em Cingapura no próximo ano.

Chamado de “Display Card”, o cartão traz um visor LCD e botões sensíveis ao toque, que também permitirão ao usuário receber uma senha, substituindo os atuais “tokens” utilizados pelos bancos para gerar uma chave de autenticação.

Segundo a MasterCard, o cartão foi desenvolvido pensando em instituições financeiras que necessitam de um nível de segurança maior para transações online e que utilizam dispositivos distintos para autenticação.

Além disso, o cartão também opera como um dispositivo comum de crédito e débito e para saques em caixas automáticos. A ideia é oferecer um serviço dois-em-um para os usuários que precisam carregar um segundo aparelho para autenticação nas transações.

“No futuro, este cartão poderá incorporar funcionalidades adicionais e será capaz de exibir informações em tempo real como saldo bancário, pontos de recompensa, transações recentes e outros dados interativos”, afirmou a empresa.

Mas enquanto as soluções para pagamentos móveis pelo celular ainda não se tornaram uma tendência, a novidade da MasterCard poderá ganhar um concorrente de peso no próximo ano. Rumores recentes apontam que o Google também pretende lançar um cartão de crédito físico.

G1: Estudantes enfrentam 'maratona' de desenvolvimento para o Windows 8


Estudantes devem passar 36 horas em frente ao computador.
'Wowzapp' é realizado em mais de 50 países simultaneamente.
No Brasil, cidade escolhida para sediar o evento foi Sorocaba, SP.

Passar um fim de semana inteiro conectado ao computador para desenvolver jogos e aplicativos para o Windows 8. Este é o desafio de milhares de estudantes que participam, neste sábado (10) e domingo (11), do 'Wowzapp 2012: Hackaton para Windows".

O evento acontece simultaneamente em mais de 50 países. No Brasil, o local escolhido para sediar a maratona foi a Facens (Faculdade de Engenharia de Sorocaba), em Sorocaba (SP).

Os cerca de 280 participantes, de vários estados brasileiros, têm 36 horas para desenvolver aplicativos e jogos para o novo sistema operacional da Microsoft, lançado há duas semanas. Para isso, eles têm à disposição o Visual Studio 2012 Express e isenção na taxa de assinatura da Windows Store, onde serão publicados os aplicativos.

Além do aparato tecnológico, os participantes também recebem apoio na parte física, com alimentação, vestiários com chuveiros e pufes, para os que quiserem trocar a tela do computador por umas horas de sono – embora a maioria esteja acostumada a passar madrugadas inteiras conectada.

David quer desenvolver um aplicativo que contribua
para a sustentabilidade.

O francês David Aparicio, de 22 anos, é um dos que aceitaram encarar a maratona de programação. Ele cursa engenharia de computação na Unicamp, em um convênio com o Insa (Institut National des Sciences Appliquées), em Lyon. “É bom para já se acostumar com o sistema operacional da Microsoft. Como várias empresas no mundo todo usam a plataforma Windows, é uma boa maneira de entrar no mercado de trabalho”, diz o estudante.

David pretende desenvolver um aplicativo para ser usado em conjunto com um projeto que ele tem de casa sustentável. “Meu projeto prevê a instalação de sensores pela casa que vão informar o aplicativo se uma luz está ligada, ou se o aquecimento pode ser desativado, para ajudar o morador a consumir menos energia elétrica”, explica.

Para Germanno Domingues, de 24 anos, o desenvolvimento de aplicativos não é novidade. Aluno do 3º ano da Facens, ele é autor do jogo “Palavras Cruzadas – BR”, que já foi baixado cerca de 450 mil vezes desde que foi lançado para a plataforma Android, há dois meses. Agora ele pretende fazer a “portabilidade” do jogo para o Windows 8. “Apesar de ser uma linguagem diferente, ficou relativamente fácil fazer a adaptação. Só preciso trocar alguns códigos e trabalhar na parte gráfica”, afirma o estudante.

Germanno vai adaptar um jogo de palavras
cruzadas para o Windows 8.

Germanno foi ao evento acompanhado pelos colegas de curso, que ajudaram a apontar os “defeitos” do aplicativo. “É importante passar o programa pela avaliação dos outros, que apontam problemas que passam batido por quem desenvolveu”. Apesar do aplicativo ser gratuito, o estudante diz já ter ganho mais com a publicidade veiculada no jogo do que ganha como programador pleno na empresa onde trabalha.

Os aplicativos desenvolvidos na maratona passam por avaliação e teste dos analistas da Microsoft, antes de serem disponibilizados na Windows Store. Os criadores dos programas mais bem avaliados receberão prêmios.

Segundo Cristian Fialho, gerente acadêmico da empresa, a idéia da empresa é expandir o evento. “Estamos pensando em fazer uma nova edição do Wowzapp no primeiro semestre de 2013 com a abrangência de mais cidades brasileiras”, afirma.

G1: Operadoras investem em sistema para barrar celular pirata no país



Programa vai identificar aparelhos não homologados pela Anatel.
Agência e associação desconhecem número de telefones piratas no país.

Um sistema em implantação nas centrais de operação das quatro principais empresas de telefonia móvel do país – Telefônica/Vivo, TIM, Claro e Oi –, e que deve começar a funcionar a partir do primeiro trimestre de 2013, vai restringir o uso no Brasil de celulares piratas.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Sinditelebrasil (sindicato que representa as teles) não sabem dizer quantos aparelhos piratas estão em operação hoje no país. A agência faz ações de fiscalização para tirar esses equipamentos do mercado, mas informou que também não possui levantamento sobre o número de apreensões.

Mesmo assim, as empresas do setor pretendem investir mais de R$ 10 milhões para bloquear os celulares piratas. Com a medida, elas esperam reduzir o número de reclamações contra o serviço – segundo as operadoras, esses celulares são de baixa qualidade e costumam ter mais queda de chamadas, o que contribui com as queixas às centrais de atendimento.

Como funciona:

Os telefones piratas não são homologados pela Anatel e, na maioria das vezes, chegam ao mercado brasileiro via contrabando. Sem a homologação (certificação), não há garantia de que o aparelho atenda aos requisitos técnicos de funcionamento exigidos no país.

O programa que vai bloquear os piratas funciona por meio do reconhecimento do código de identificação que todo celular possui, o chamado IMEI, captado pela central das operadoras quando fazemos chamadas.

A Anatel possui uma relação dos IMEI de todos os modelos de telefone homologados no país. O que o sistema vai fazer é comparar o código do telefone de seus clientes com essa relação mantida pela agência e bloquear o aparelho para chamadas se o IMEI não estiver na lista.

Esse procedimento vai ser feito quando um usuário cadastrar um novo chip, o que é necessário para habilitar a linha e realizar as ligações. Se um pirata for identificado pelo programa, a operadora avisará a pessoa que a habilitação não vai ser possível e o motivo.

Para impedir que o cliente use um celular homologado para fazer o cadastro do chip e depois troque por um pirata, o sistema também vai passar a acompanhar o EMEI dos aparelhos usados por todas as linhas habilitadas a partir do primeiro trimestre de 2013.

Entretanto, quem já tem um chip habilitado, e utiliza um aparelho ilegal, vai poder continuar usando após a entrada em operação do sistema, pois eles não vão ser reconhecidos.

Em um segundo momento, o programa vai ser capaz também de identificar, por meio do IMEI, aparelhos que tenham sido alvo de furto ou roubo – e bloqueá-los para uso.

Queda de chamadas

“Como esses aparelhos não certificados têm baixa qualidade, acabam provocando problemas na rede e contribuem para aumentar as quedas de chamadas, o que leva a reclamações contra as operadoras”, disse Eduardo Levy, diretor-executivo do Sinditelebrasil.

Em junho, a Anatel determinou a suspensão da venda de chips das operadoras TIM, Claro e Oi por conta do aumento de reclamação dos usuários. Para voltar a ter as vendas liberadas, as empresas apresentaram à agência um plano de investimentos para melhorar seus serviços.

O presidente da Anatel, João Rezende, aponta que o sistema de identificação vai ajudar a indústria brasileira, afetada pela entrada no mercado nacional de telefones de baixo custo e contrabandeados.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a importação de celulares no Brasil cresceu mais de 160% entre 2007 e 2011 – passou de US$ 375 milhões para US$ 987 milhões.

Inovação: Brasil começa a se preparar para internet do futuro


Duas redes acadêmicas experimentais vão testar 
aplicações de novas tecnologias que poderão definir
a internet do futuro.

No primeiro semestre de 2013, universidades e instituições de pesquisa brasileiras serão interligadas em duas redes experimentais nas quais serão testadas aplicações de novas tecnologias que poderão definir a internet do futuro.

As duas redes experimentais acadêmicas brasileiras se somarão a algumas outras estabelecidas nos últimos anos em outros países com o objetivo de preparar universidades e instituições de pesquisa para uma mudança de paradigma na tecnologia de internet, prevista para ocorrer nos próximos anos.

Baseada atualmente na troca (chaveamento) de pacotes de dados, a tecnologia da internet deverá migrar para o chaveamento de fluxos - conjuntos de pacotes de dados que têm alguma característica em comum.

Em função dessa mudança, as redes deixarão de ser definidas pelos equipamentos de rede (como os switches e os roteadores) e pelos softwares contidos neles, como ocorre hoje, e passarão a ser gerenciadas por aplicativos externos, que determinarão o comportamento dos fluxos de dados.

Fluxo Aberto

Em 2008, um grupo de pesquisadores de redes das universidades Stanford e da Califórnia em Berkeley, ambas nos Estados Unidos, publicou um artigo descrevendo a implementação de um novo protocolo para gerenciamento de tráfego.

Chamada "OpenFlow" (fluxo aberto), a tecnologia abriu as portas para que as "redes definidas por software" se tornem realidade.

O protocolo permite transferir o controle do tráfego de dados em uma rede, antes realizado por switches e roteadores, para servidores externos.

Com isso, abriu- se a possibilidade de desenvolvimento de softwares de controle de tráfego de redes, com código aberto e executados por esses servidores, conforme começaram a fazer algumas empresas de base tecnológica criadas por pesquisadores da própria Universidade de Stanford e por outras instituições de pesquisa em todo o mundo.

Além disso, muitas empresas de tecnologia de computação começaram a fabricar e a disponibilizar switches e roteadores com OpenFlow para serem testados inicialmente em redes experimentais, dado que seria impossível interromper a Word Wide Web para avaliar a nova tecnologia.

"A internet é uma commodity fundamental na vida das pessoas, e não se pode parar o funcionamento dela para experimentar coisas novas. Por isso, estão sendo desenvolvidos projetos de redes experimentais para suportar a internet do futuro", disse Cesar Marcondes, professor do Departamento de Computação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

De acordo com Marcondes, algumas empresas de tecnologia, como o Google, já desenvolveram códigos e estão operando suas redes de data centers com OpenFlow.

Redes acadêmicas

Atentas a esse movimento, universidades e instituições de pesquisa nos Estados Unidos e na Europa, que foram o "berço" da internet, também já montaram redes nacionais para possibilitar que seus pesquisadores possam fazer experimentos com a tecnologia OpenFlow.

Seguindo o mesmo caminho, a Rede Acadêmica do Estado de São Paulo (ANSP), também pretende começar a realizar no primeiro semestre de 2013 um teste inicial de implementação de OpenFlow em uma rede experimental.

O teste na rede experimental paulista terá a participação de algumas das mais de 50 universidades e instituições de pesquisa filiadas à ANSP.

Já em escala nacional, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) - que interconecta as universidades e instituições de pesquisa brasileiras e provê o acesso internacional à internet - também coordena a criação de uma rede experimental em parceria com a União Europeia para realização de experimentos de novas aplicações baseadas em OpenFlow.

Denominado Fibre, o projeto é realizado com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do 7th Framework Programme(FP7) da União Europeia.

"As universidades e instituições de pesquisa brasileiras têm que se preparar agora, porque não se sabe quando ocorrerá essa transição de paradigma na tecnologia da internet e quanto antes elas estiverem preparadas será melhor", disse Luis Fernandez Lopez, coordenador geral da ANSP.

"Seria terrível se os sistemas de tecnologia da informação criados nas universidades e instituições de pesquisa do país para dar suporte aos seus processos educacionais e de pesquisa parassem em um determinado momento porque não acompanharam a evolução das pesquisas em TI", avaliou Lopez.

Inovações na internet

Segundo especialistas na área, as redes experimentais brasileiras possibilitarão aos pesquisadores em rede do país desenvolver e testar diversas soluções locais baseadas em OpenFlow que, eventualmente, poderão ser implementadas nas redes acadêmicas para suportar tanto o atual tráfego de dados entre elas como também novas funcionalidades.

Como se terá acesso à interface de programação dos switches com protocolo OpenFlow que compõem as redes experimentais, é possível desenvolver e implantar diversas soluções no servidor que os controla.

Entre elas estão inovações voltadas para racionalizar a utilização das redes, tornando-as mais seguras e menos sujeitas a falhas.

Hoje, normalmente as redes utilizam os mesmos roteadores - que são equipamentos sofisticados e caros, que funcionam como servidores - tanto nos pontos por onde passa muito tráfego como naqueles onde o tráfego é muito pequeno.

Por outro lado, o OpenFlow permite usar, nos pontos de pouco tráfego, switches mais simples, que consomem menos energia, mas com as mesmas funcionalidades dos outros dispositivos, por serem controlados por um mesmo servidor externo.

Além disso, soluções de computação em nuvem - caracterizadas pelo compartilhamento, por meio da rede, de computadores e servidores instalados em um data center -, cujo gerenciamento é muito difícil e complicado com a tecnologia utilizada hoje, poderiam ser gerenciadas por múltiplos usuários, de maneira bem mais simples, usando OpenFlow.

"O OpenFlow abre a possibilidade de se programar uma rede, em vez de apenas configurá-la, que é o que só se consegue fazer hoje. Em função disso, deverá surgir uma série de empresas que desenvolvem software para redes, a exemplo do que já está ocorrendo nos Estados Unidos", estimou Marcondes, que participa do projeto Fibre.

Paradigma da tecnologia da internet

Na avaliação de Marcondes e outros especialistas, a comunidade científica brasileira tem muito mais condições de participar ativamente e desempenhar um papel mais relevante nessa mudança de paradigma da tecnologia da internet para redes baseadas em software do que quando entrou em cena a web, a versão "moderna" da internet.

Quando a internet começou a se popularizar no Brasil, na década de 1990, sua tecnologia era baseada no desenvolvimento de equipamentos que permitem fazer chaveamento de pacotes de dados, como os switches e roteadores - que exigem grandes investimentos e o envolvimento de muitas pessoas. O desenvolvimento de software demanda menos recursos e menor número de profissionais.

"É muito mais fácil interferir em uma indústria de software que depende, basicamente, de boas ideias trazidas por bons pesquisadores do que na indústria de hardware", comparou Lopez.

"Temos uma oportunidade de ouro com as redes definidas por software. Ao contrário de 1990, quando não havia pesquisa em hardware nas universidades brasileiras e indústrias preparadas para desenvolver esses equipamentos, hoje temos boa pesquisa na área de software e boa ciência e engenharia de computação", avaliou.

"Se existe a perspectiva de que a internet deve caminhar na direção de redes definidas por software - e estamos convencidos de que irá -, é necessário que as universidades e instituições de pesquisa estejam prontas para fazer essa transição a partir de agora", disse Lopez.