segunda-feira, 22 de abril de 2013

G1: Setores público e privado debatem em congresso futuro da web no país


Empresários, especialistas e representantes do poder público se reuniram em Brasília, na primeira edição do Congresso Brasileiro de Internet, para discutir a expansão da web no país e a liberdade de expressão no mundo virtual.

O encontro, organizado pela Associação Brasileira de Internet, promoveu durante oito horas o debate sobre o desenvolvimento de novas tecnologias, as propostas de regulamentação do mercado de internet e os gargalos que ainda dificultam a ampliação da infraestrutura da rede mundial no Brasil.

Para o secretário de Políticas de Informática do Ministério de Ciência e Tecnologia, Virgílio Almeida, é papel do governo federal ampliar a distribuição de tecnologia no país.

Segundo ele, para democratizar o acesso ao mundo digital, o Executivo terá, entre outras medidas, que acelerar a execução do Plano Nacional de Banda Larga e reduzir ainda mais os custos de computadores, tablets e outros equipamentos de informática.

Para tanto, Almeida sugeriu a concessão de incentivos fiscais e estímulos para que a indústria aumente a escala de produção. “A inovação é chave para o futuro do Brasil”, ressaltou.

Diretor-geral do Google, o brasileiro Fábio Coelho cobrou dos empresários do país mais investimento em pesquisa e inovação. Segundo o executivo da companhia norte-americana, o setor não pode ficar apenas “esperando o governo”.

“Temos poucos núcleos de excelência no país. Precisa ter mais e não dá para esperar o governo fazer isso por nós. A gente tem que gerar a base para isso acontecer, e a base é justamente ter economia aberta, regras claras, apoio ao empreendedorismo, apoio ao microempresário porque ele gera emprego, e educação digital”, reclamou.

Da parte do governo, Coelho reivindicou a construção de um ambiente com “regras claras” e a aprovação do projeto do Marco Civil da Internet, que está à espera de votação na Câmara dos Deputados. “Isso para que as empresas estejam estimuladas a fazer investimentos no Brasil porque o capital na era digital é muito mais arisco, se movimenta muito rápido, especialmente se a gente tiver burocracia e não tiver infraestrutura”, argumentou.

Liberdade de expressão

A primeira edição do congresso nacional de internet também discutiu as ameaças à liberdade de expressão na era da internet.

O coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), Ronaldo Lemos, criticou a postura de alguns magistrados, que, segundo ele, têm usado a força de decisões judiciais para regular supostos excessos na web.

Lemos citou como exemplo de intervenção que ele classificou como desnecessária certas restrições impostas a jogos eletrônicos que incitariam a violência. "O Judiciário, sem saber o que fazer com essas novas mídias, resolve simplesmente proibi-las", disse o professor da FGV-RJ, que também é integrante do Conselho de Comunicação Social do Senado.

Um dos representantes do Judiciário no evento, o juiz Márlon Reis fez uma defesa veemente da liberdade de expressão. Na visão o magistrado, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, o direito à livre manifestação é um dos "aspectos chave da democracia".

Reis informou no congresso da Abranet que está articulando, com o auxílio de ativistas sociais, a elaboração de uma nova lei de iniciativa popular para assegurar regras claras de debate político na internet.

Além desse ponto, completou o juiz, a intenção é também propor a redução dos custos das campanhas eleitorais e mudanças no sistema eleitoral, com o objetivo de simplificá-lo. 

"Não se trata de fazer uma nova lei, e sim de convidar a sociedade a vir junto. Queremos que a base da sociedade participe efetivamente dessa discussão", explicou Reis.

Folha de S.Paulo: Planos 4G já estão à venda em oito capitais brasileiras



Pouco mais de uma semana para expirar o primeiro prazo da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) sobre o 4G, oito capitais brasileiras e três outras cidades já têm opções de planos para a quarta geração da telefonia celular.Segundo a Claro, única operadora pela qual rede está ativa, 5.000 usuários já têm acesso à tecnologia.

Operadoras que atuam no Brasil afirmam que estão preparadas para o cumprimento das metas da tecnologia 4G estabelecidas pela Anatel. O cronograma estabelece que Claro, Vivo, Oi e TIM ofereçam cobertura de 50% da área e planos para a rede até 30 de abril nas seis cidades-sede da Copa das Confederações (Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza).

Dentre elas, a Claro lançou, na semana passada, o 4G no Rio, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza - Recife já recebia o sinal desde 2012. Curitiba, Porto Alegre, Parati, Buzios e Campos do Jordão são as outras cidades que já mantém a tecnologia. Os preços e planos variam entre R$ 550 e R$ 940 com a aquisição de smartphones que possuem a tecnologia.

A Vivo informa por meio de comunicado que o serviço será ativado dentro do prazo nas seis capitais que sediam o evento da Fifa --sem entrar em detalhes, contudo, sobre como será a distribuição de planos e de preços.

Já a TIM e a Oi fecharam um acordo de compartilhamento da rede 4G: a TIM fará os procedimentos necessários para instalação da rede em Recife. A Oi será responsável por Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Salvador. A infraestrutura conjugada, contudo, não altera o atendimento ao cliente, cujas gestões são independentes.

Segundo a Oi, planos e preços do 4G serão anunciados nesta semana. Em nota, a empresa adiantou que clientes 4G da Oi terão acesso ilimitado a 30 mil pontos da rede wi-fi da companhia no Brasil.

R7: Uso de meios digitais na educação pode melhorar aprendizagem



A inclusão de recursos digitais em salas de aula ajuda a aumentar a comunicação entre estudantes e professores. Projetos desenvolvidos por meio de blogs e aulas interativas incentivam a maior participação dos alunos nas atividades escolares e proporcionam benefícios na aprendizagem.

A inclusão de recursos digitais em salas de aula ajuda a aumentar a comunicação entre estudantes e professores. Projetos desenvolvidos por meio de blogs e aulas interativas incentivam a maior participação dos alunos nas atividades escolares e proporcionam benefícios na aprendizagem. "Os alunos praticamente já nascem sabendo usar computadores e nada mais natural e importante do que os professores passarem a usar os recursos digitais para melhorar o aproveitamento da disciplina", afirma a professora Lina Maria Braga Mendes.

O pouco uso de meios digitais na educação foi um dos motivos que fizeram com que Lina iniciasse sua pesquisa de mestrado na Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo), "Experiências de fronteira: os meios digitais em sala de aula", sob orientação da professora Mary Julia Martins Dietzsch. "A utilização de mídias digitais poderia começar a partir do primeiro ano do ensino fundamental. Desde muito cedo as crianças têm contato com computadores em casa", ressalta a pesquisadora.

Suas experiências começaram por meio da implementação de blogs em projetos desenvolvidos com turmas de ensino fundamental de um colégio particular de São Paulo. "Há vários tipos de trabalho que o professor pode desenvolver com blogs. Podemos criar um blog de disciplina, em que o professor e alguns alunos teriam acesso à edição, há também o blog do professor, no qual só ele entra para publicar textos interessantes relacionados ao assunto da aula, além de manter contato com o aluno fora da sala, e ainda o blog de aluno, em que os estudantes publicam os trabalhos que realizam e o professor entra com comentários", explica Lina.

Entre os principais benefícios dos meios digitais nas escolas estão o aumento do diálogo entre professores e alunos e a ampliação do espaço da sala de aula, já que o contato passa a ser também fora do horário escolar. Além disso, os recursos disponíveis nos computadores e na internet fazem com que os estudantes tenham mais prazer em assistir às aulas e interajam de modo mais efetivo.

"Quando saímos da sala de aula, que muitas vezes conta apenas com o giz e a lousa, e vamos para o computador já temos inicialmente o recurso da imagem e do movimento. É possível usar vídeo, áudio, fotografia e outros recursos para mostrar mais detalhes e curiosidades sobre o assunto estudado. Isso faz com que os alunos prestem mais atenção nas aulas e saiam do espaço imaginário, intangível, representado por um mapa de um livro, e adentrem o espaço real, visível no Google Earth, por exemplo", explica a pesquisadora.
Barreira da linguagem

Apesar de os alunos terem crescido em frente aos computadores, Lina afirma que muitos têm dificuldades com a linguagem do mundo digital. "A experiência que tivemos com a leitura de adaptações literárias para a internet, por exemplo, foi um pouco complicada, pois os alunos - apesar de passarem horas a fio todos os dias na rede - não conhecem a linguagem do meio em que navegam e alguns acabaram não compreendendo sequer o enredo da obra", diz.

Um ponto positivo do uso de meios digitais nas salas de aulas é mostrar aos estudantes as diferenças existentes em cada uma das linguagens que utilizamos. Segundo a pesquisadora, "a linguagem de um livro impresso é diferente daquela usada em um vídeo, por exemplo. Do mesmo modo, não podemos confundir o que é feito para o meio digital com o que se destina à publicação em papel. Muitas pessoas afirmam categoricamente que a linguagem de internet, com suas abreviações e símbolos, atrapalha a escrita, mas é preciso perceber que ela é apenas uma outra linguagem, destinada, portanto, a outras situações de uso que não as que acontecem na sala de aula. O aluno deve entender isso e utilizá-la apenas naquele meio."
Dificuldades para professores

A iniciativa de usar blogs e outros recursos dos meios digitais na educação também tem seus entraves. Um deles é a dificuldade que o professor tem tanto em sua atualização quanto na disponibilidade de tempo. "Muitos professores ainda têm dificuldades em usar recursos básicos do computador, como Word e o Power Point. São recursos que poderiam ajudá-lo a criar uma aula diferente e a trazer novas informações", garante Lina.

Tendo como pressuposto que todo o professor tem acesso a um computador, a pesquisadora salienta que outro problema para a implementação de aulas que utilizam os recursos digitais é a falta de remuneração para desenvolver projetos como esses. "Por mais que o professor queira levar meios digitais para as salas de aula, ele esbarra no problema do tempo gasto fora do horário escolar. A manutenção de um blog, por exemplo, demanda tempo de pesquisa, produção e criação de atividades, e não há incentivo financeiro ou um horário remunerado para essa prática", explica.

Para a pesquisadora, mesmo sendo difícil a utilização dos meios digitais na educação é necessário que os professores fiquem atentos a esses novos recursos e aos benefícios que trazem ao aprendizado dos alunos. "O professor que dá aulas do mesmo jeito que teve aulas quando criança ou adolescente comete o erro grave de esquecer que é de outra geração", alerta.

O que dizem outros estudiosos da área

De acordo com o especialista em tecnologias na Educação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Marcus Vinicius Maltempi, “os computadores podem possibilitar maneiras de abordagem de conteúdo que eram inviabilizadas até então por falta de recursos, tanto físicos ou até mesmo por serem impraticáveis”.

“Seria interessante termos softwares específicos que ajudassem os professores a compartilhar o que estão fazendo e as experiências em sala de aula. Isso ficaria automaticamente registrado para que, no ano seguinte, toda aquela experiência dos fracassos e sucessos vivenciados com a turma não se perdessem”, disse ainda o especialista, enfatizando que o planejamento não deve ficar limitado ao professor.

No mesmo contexto, de acordo com Para Priscila Gonsales, diretora-executiva do Instituto Educadigital, o que falta hoje em dia são espaços disponíveis para que os professores possam trocar informações. “Seriam trocas presenciais ou online, onde os professores possam compartilhar seus desafios e dúvidas”.
Situação na América Latina

Eugenio Severin, especialista em tecnologia e Educação e ex-consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em TIC na Educação para a América Latina, disse que alguns países latinos estão incorporando a tecnologia como meio de melhorar a qualidade e desenvolver ainda a equidade em seus sistemas de ensino. "O exemplo mais evidente disso é o "Plano Ceibal", no Uruguai, mas o trabalho realizado desde os anos 90 pela Fundación Omar Dengo, na Costa Rica, e o Programa "Enlaces", do Chile, também merecem destaque", relatou. 

Segundo Severin, há projetos vistos como ambiciosos como o "Conectar Igualdad" da Argentina e também o "Habilidades Digitales para todos" do México, que, junto aos menores, irão ser de muita importância para que os países latinos possam aprender as novas formas de implementar programas focados na aprendizagem dos alunos. "O importante é considerar que todos eles têm grande atenção à gestão sistêmica dos sistemas de ensino, à formação de professores e à criação de recursos educativos digitais que tirem proveito das tecnologias e permitam proporcionar verdadeiras experiências de aprendizagem", disse.

Information Week: Consumidores se preocupam com privacidade de dados virtuais



No início desta semana, a Economist Intelligence Unit informou que os consumidores em todo o mundo estão cada vez mais preocupados com a segurança dos seus dados online.

De acordo com Jane Geada, CEO da Sociedade de Pesquisa de Mercado da Grã-Bretanha, o grupo, que representa as empresas que trabalham no mercado, pesquisas sociais e de opinião, análise de mercado, percepção do cliente e consultoria, pode ter uma boa razão.

“O uso inovador de dados para a pesquisa e para as grandes empresas está se desenvolvendo rapidamente, mas o mesmo não acontece com as abordagens sobre a privacidade de dados – e isto está criando uma área obscura quanto à ética”, disse ela à InformationWeek EUA. “A confiança do consumidor no compartilhamento de dados está caindo e as organizações precisam se comprometer com um compartilhamento ético de dados que respeite a privacidade pessoal ou correrá risco de comprometer a sua relação com os consumidores.”

Frost trabalha em estreita colaboração com o grupo de vigilância do Reino Unido, o Office of the Information Commissioner. Ela também já trabalhou como marketer para a Shell, para Her Majesty’s Revenue and Customs (HMRC) e para a BBC, onde gerenciou estratégias de big data e ajudou a informar decisões comerciais.

Ela observou que uma grande quantidade de dados está agora disponível para as organizações. “Na maioria dos casos, os dados estão sendo usados de uma forma que nós, enquanto consumidores, aceitamos e somos felizes. No entanto, houve um aumento da quantidade de incidentes em que dados foram utilizados para fins que não eram para ser.”

Em consequência disso, Frost argumentou que “a preocupação do consumidor está crescendo e a proteção de dados está se tornando um problema sério.” Pelo menos 58% das consultas ao serviço de aconselhamento confidencial da Market Research Society são relacionados à coleta, integridade e uso de dados só em 2011/12, acima dos 43% do ano anterior.

A Sociedade lançou recentemente uma iniciativa chamada “Fair Data”, um exercício de branding destinado a mostrar aos consumidores britânicos preocupados que as organizações comerciais que possuem determinada etiqueta está usando e retendo os seus dados corretamente e eticamente. A iniciativa se destina a trabalhar ao lado de disposições legais, tais U.K.’s Data Protection Act e o Office of the Information Commissioner para ajudar os fornecedores não só respeitar as exigências legais, mas “ir além” em seus compromissos corporativos para serem transparente com os consumidores sobre como se os dados são utilizados. ” O logotipo Fair Data ser utilizado somente quando o requerente se compromete a dez princípios principais.

Mas, além de marketing e responsabilidade social corporativa, Frost enfatizou que os líderes em tecnologia desempenham um papel fundamental nesse cenário. “Os CIOs são muitas vezes responsáveis ​​por gerenciar, acessar e manipular os dados que uma empresa tem sobre seus clientes”, explicou. “Na maioria das vezes, eles fazem isso de forma correta.”

A verdadeira preocupação, alega Frost, é quando se trata de compartilhar esses dados com outros departamentos dentro da empresa. “Os CIOs devem garantir que a proteção dos dados seja uma prioridade em toda a organização e que haja uma estratégia clara e um conjunto de diretrizes para todos que têm acesso aos dados pessoais dos clientes.”

Por exemplo, os dados estão cada vez mais sendo coletados em tempo real e usados pelos departamentos de marketing para tomar decisões comerciais importantes. A Sociedade aconselha que os líderes de TI a “garantir que haja uma abordagem conjunta em toda a empresa e que as regras de conformidade estejam sendo seguidas.”

Ecoando muitas das recomendações do relatório citado no início, Frost ressalta: “Com grandes quantidades de dados agora prontamente disponíveis, é fundamental que as organizações compreendam como eles podem ser gerenciados de forma ética e justa. Ética empresarial é um bom negócio.”

Folha de S.Paulo: Smartphones alteram pesquisa na internet



O Google continua sendo o rei indiscutível das buscas na internet, com cerca de dois terços do mercado. Mas a natureza das pesquisas está mudando, especialmente porque mais pessoas buscam o que elas querem comprar, comer ou aprender em seus dispositivos móveis. Isso colocou a indústria de buscas, de US$ 22 bilhões, em sua mais importante encruzilhada desde sua invenção.

"As pessoas querem fazer uma pergunta muito simples e receber uma resposta muito simples", disse Oren Etzioni, professor na Universidade de Washington e cofundador de empresas de busca de compras e passagens de avião. "Nós queremos saber o mais próximo restaurante de sushi, fazer uma reserva e ir para lá."

O Google diz que existem 30 trilhões de endereços na web, contra 1 trilhão cinco anos atrás, e que os usuários esperam que seus computadores e telefones sejam mais inteligentes. Muitas das novas iniciativas são serviços que as pessoas nem sequer consideram máquinas de busca.

A Amazon, por exemplo, tem uma participação de mercado maior que o Google em buscas de compras, o tipo mais lucrativo de busca porque as pessoas já estão no clima de comprar algo.

Em sites como Pinterest e Polyvore, os usuários selecionaram suas coisas favoritas em toda a web para produzir resultados quando você faz uma pesquisa.

Nos smartphones, as pessoas vão diretamente para os aplicativos, como o Kayak ou o Weather Underground. Outros apps enviam às pessoas informações --sobre trânsito ou atrasos de voos, por exemplo-- antes que elas peçam.

O público usa o YouTube para procurar coisas como nós de gravata, o Siri para pesquisar seus iPhones, mapas on-line para encontrar lugares e o Facebook para descobrir coisas de que seus amigos gostam.

Serviços como LinkedIn Influencers e Quora estão tentando ser máquinas de busca diferentes -lugares para encontrar conteúdo especializado de alta qualidade e evitar vasculhar a web. No Quora, perguntas como "Como foi trabalhar para Steve Jobs?" são respondidas por pessoas com experiência pessoal, algo que o Google não pode fornecer.

Ben Gomes, associado do Google, diz que a empresa 
está trabalhando para atender a pesquisas mais complexas.

A promessa da pesquisa é grande o suficiente para que a Microsoft, apesar de perder bilhões de dólares por ano com o Bing e não ter perturbado a participação de mercado do Google, continue lá. A Microsoft - que, em fevereiro, tinha 17% do mercado ou 26%, se forem incluídas as buscas feitas para o Yahoo! - disse que considera sua busca essencial para outros produtos, do Xbox a telefones, e que ainda há muito dinheiro a se ganhar como número dois.

Há sinais de que o comportamento de buscas das pessoas está mudando. As buscas em serviços tradicionais, dominadas pelo Google, diminuíram 3% no segundo semestre do ano passado, depois de aumentar durante anos, segundo a comScore. Já o número de buscas por buscador caiu 7%. Em comparação, as buscas em sites de tópicos, conhecidos como máquinas de buscas verticais, subiram 8%.

Neste ano, os gastos de publicidade em máquinas de buscas tradicionais deverão crescer mais lentamente que os gastos gerais on-line, uma inversão.

O Google está fazendo mais modificações nas ofertas em buscas, em um ritmo mais rápido que nos últimos vários anos.

"O que o Google está começando a fazer é compartilhar parte do conhecimento do mundo que os seres humanos têm em suas mentes", disse Ben Gomes, um associado do Google, "para que os usuários possam se comunicar com o buscador de maneira muito mais natural em relação ao seu modo de pensar."

No futuro, o Google poderá responder a perguntas mais complexas, disse Gomes, como: "Qual é a distância daqui até a torre Eiffel?" ou "Onde eu poderia assistir a um show em clima quente no ano que vem?"

Canal Tech: Softwares open source são escolhidos por sua qualidade e não por serem gratuitos



 

Hoje existem mais de 1 milhão de projetos open source no mundo, número que deve chegar a 2 milhões até 2014, segundo a pesquisa “The Future of Open Source”, realizada pela consultoria Black Duck, em parceria com a empresa North Bridge. Mas a informação que realmente se destaca é o principal motivo que leva as empresas a optarem pelo open source: a qualidade.

Diferente do que muitos imaginam, não é o fato de ser gratuito que torna o software livre atrativo. Nas edições de 2011 e 2012 da pesquisa, o principal motivo era a ausência de vínculo fixo com uma empresa, conferindo mais liberdade ao uso do software. Nos resultados divulgados agora, em 2013, entretanto, a qualidade aparece em primeiro lugar, seguida da já comentada liberdade e da flexibilidade de acesso.
O resultado é a inovação

As principais barreiras para a adoção do software open source ainda são a falta de familiaridade com as soluções oferecidas, a complexidade de uso e a falta de informação sobre trâmites legais e licenciamento de uso.


Contudo, segundo a pesquisa, que foi realizada com 822 empresas norte-americanas, o uso do software open source está garantindo mais inovação, parcerias colaborativas, métodos de desenvolvimento e o estímulo de talentos dentro das corporações. Vantagens assim minimizam as dificuldades, o que se prova com o aumento do uso do software livre dentro de organizações dos mais variados setores.

Nos Estados Unidos, 35,1% dos softwares abertos são usados pelo governo, seguido pela área médica (15,2%) e pela área de mídia e jornalismo (13%). 

Folha de S.Paulo: Fabricantes de smartphones esperam início do 4G para lançar novos modelos



As fabricantes de smartphones se preparam para lançar mais opções de aparelhos com as altas velocidades de conexão oferecidas pelo 4G.

Apenas 11 modelos estão homologados pela Anatel, ante mais de 370 modelos 3G de alto desempenho. Mundialmente, há 260 aparelhos no padrão LTE - o mais amplamente utilizado para o 4G - já disponíveis.

A empresa de pesquisas IDC prevê que neste ano devem ser vendidos no Brasil cerca de 600 mil smartphones 4G, volume quase quatro vezes maior do que em 2012, embora devam representar apenas 2% dos cerca de 28 milhões de smartphones estimados para 2013.

A Samsung afirmou que terá mais aparelhos 4G no segundo semestre além dos quatro modelos já homologados.

Já BlackBerry planeja lançar mais dois modelos compatíveis com o 4G brasileiro em 2013, além do Z10 e do Q10.

A LG, que já tem dois aparelhos 4G homologados pela Anatel, lançou o Optimus G e se prepara para introduzir mais dois ou três modelos compatíveis com a frequência de 2,5 GHz neste semestre.

A Sony programa inicialmente dois smartphones 4G no Brasil, sendo um o Xperia ZQ, já em pré-venda. O outro deve chegar "em breve".

A Motorola não quis entrar em detalhes, mas diz que haverá novidades no curto prazo. A empresa já homologou o modelo Razr HD para conexão 4G.

A Nokia tem dois aparelhos 4G homologados pela Anatel, e o mais recente iPhone, da Apple, é compatível com a frequência 700 MHz. Ambas preferiram não comentar.

UOL: Smartphone vira closet virtual e ajuda a combinar peças de roupa


Toda mulher (e seu companheiro) já sabe: escolher a roupa para um passeio é tarefa das mais complicadas, que pode levar muito tempo. Mas que tal já checar o guarda-roupas e fazer combinações de peças sem necessariamente estar em frente ao armário (no caminho de casa, por exemplo)?

Aplicativos para smartphone permitem verificar quando foi a última vez que um look foi utilizado, conferir se uma blusa combina com um determinado sapato e até mesmo compartilhar ideias de visual com os amigos nas redes sociais. Só é preciso um pouco de paciência para fotografar todas as peças do seu closet, mas feito esse trabalho a vida deve ficar mais fácil. Conheça opções para homens e mulheres.

My Fashion Closet


Para reproduzir o seu closet no smartphone com este aplicativo, basta clicar em Add Items, tocar no ícone da câmera e selecionar que tipo de roupa deseja inserir (blusa, calça ou vestido, por exemplo).

Surge na tela uma silhueta na forma da peça escolhida, o que facilita na centralização na hora de tirar a foto. Então é só colocar uma legenda, para ajudar a encontrar uma peça específica via ferramenta de busca (calça vermelha, por exemplo). Catalogados os itens, é possível ampliar com a ponta dos dedos cada uma delas, além de rotacionar os objetos para encaixá-las corretamente.

Mas o programa fica devendo recursos para inserir acessórios, como cintos, jóias ou chapéus. Em sua versão paga, que custa US$ 1,99 (cerca de R$ 4), não há limite de itens de roupa, além ser possível acrescentar um look ao calendário, alterar o fundo da imagem e remover os anúncios.

Grátis para iPhone

Stylish Girl


Programa com interface em vários idiomas, inclusive em português, que permite armazenar no celular cada peça do seu guarda-roupa.

Uma boa alternativa para quem gosta de detalhes, ele permite catalogar os itens especificando categorias (tops, saias, calças), estilo, para qual época do ano é adequada, marcar e tamanho. Fica tudo salvo em um arquivo chamado Meu Armário.

O programa também pode ser usado para fotografar e guardar as imagens de peças que você pensa em comprar (ou quer ganhar), na lista Meus Desejos, e permite montar looks com combinações de roupas que você achou legal, facilitando escolhas futuras. Inclui área com dicas de uso de sugestões de visual, em texto ou vídeo -- esse conteúdo, porém, só está disponível em inglês.

Grátis para iPhone e Android

Cool Guy


Os homens também podem contar com ajuda do smartphone na hora de escolher o visual para ir ao trabalho ou cair na balada. O Cool Guy segue a linha do aplicativo Stylish Girl, com opções como Meu Armário ou Meus Desejos.

Como sua interface mistura português europeu com inglês, alguns itens aparecem identificados de forma estranha para os brasileiros. Camiseta, por exemplo, pode ser encontrada como camisola ou mesmo t-shirt.

Para quem tem o aeroporto como segunda casa, vale utilizar o recurso Maleta. Nele, você já escolhe as roupas e acessórios que pretende levar em sua próxima viagem.

O aplicativo possui uma área de compras (os sites são do exterior), mas vários links para itens como blazers e acessórios não funcionaram durante os testes feitos pelo oUOL Tecnologia. 

Grátis para iPhone e Android

Cloth


Quando foi a última vez que você usou aquele pretinho básico? Se você está preocupada em não repetir um look, o Cloth pode ser a solução.

O programa permite capturar uma foto do seu visual e adicionar informações como data e onde foi utilizado, além de associá-lo a uma categoria. Assim, quando você fizer uma busca para saber qual tipo de roupa usar, basta procurar por itens como trabalho, evento ou atividade física e escolher a combinação desejada. Os visuais também podem ser compartilhados via Facebook, Twitter ou Tumblr.

Para ter acesso ao recurso que associa automaticamente as condições climáticas do dia ao look utilizado, é preciso pagar mais US$ 0,99 (cerca de R$ 2). Em inglês.

Grátis para iPhone

Folha de S.Paulo: Assistir à TV com smartphones e tablets na mão aproxima telespectador - 22/04/2013


A sua TV já não cabe mais naquele aparelho da sala chamado televisor.

Ela se expandiu para, agora sim, uma telinha: as de seu computador, celular e tablet. E, por saber que você está na frente de um desses dispositivos --ou navegando na internet enquanto assiste à programação--, quem faz televisão não quer perder sua atenção.

Segundo o Ibope, 43% dos internautas assistem à televisão enquanto navegam; nos EUA, são 77% das pessoas, de acordo com dados do Google.

A consequência disso é a ascensão da chamada "segunda tela", o termo do momento entre as emissoras.

Os aparelhos que se conectam à web permitem à audiência interagir com o que está passando na TV, seja acessando informações complementares, sincronizadas à transmissão, seja comentando sobre a programação nas redes sociais.


"É um fenômeno estabelecido que tende a evoluir", diz Juliana Sawaia, 35, gerente do Ibope Media. "As pessoas não estão abandonando a TV, estão consumindo-a de outra forma."

Emissoras e patrocinadores têm investido em aplicativos para celulares e tablets que fazem a ponte entre a programação e a internet --quem assiste a uma corrida de F1 ou a um jogo de futebol, por exemplo, pode seguir estatísticas extras.

Já os fãs das séries "The Walking Dead" ou "Hannibal" baixam os aplicativos das séries e podem, enquanto assistem ao episódio, obter informações detalhadas sobre o passado de um personagem, por exemplo.

Atenta ao fenômeno, a Rede Globo lançou recentemente seu app, o Com_VC.

"As mídias sociais enriqueceram a forma de ver TV, deram um dinamismo novo às conversas", diz Sergio Valente, diretor de comunicação da Rede Globo.

A segunda tela também serve para dar vazão à sede de consumo disparada pela TV, como mostra o exemplo do site brasileiro TV Square.

"Você coloca o que está vendo e tem não só informações do que as pessoas estão vestindo, mas acessa os links para comprá-los", diz Mariana Eva, 39, fundadora do TV Square.

TV+INTERNET = $$

O potencial mercadológico da interação entre TV e internet já é explorado.

No maior negócio de sua história, o Twitter pagou quase US$ 100 milhões pela Bluefin Labs, criadora de uma plataforma que mede as reações das redes sociais à programação de TV.

Uma pesquisa recente da Motorola Mobility mostrou que 78% dos entrevistados no Brasil se disseram interessados em relacionar seus perfis de redes sociais com os serviço de TV, de forma que pudessem mostrar aos amigos o que estão vendo e discutir isso on-line.

Canal Tech: Quase 1/4 dos computadores está desprotegido contra vírus e malwares



Se você costuma navegar pela web sem um antivírus, fique ligado. O mais recente 'Relatório de Inteligência de Segurança da Microsoft' alertou que os computadores sem software de proteção estão 5,5 vezes mais propensos a serem infectados.

Atualmente, as pessoas estão gastando mais tempo online do que nunca, e os cibercriminosos estão ficando cada vez mais espertos para encontrar maneiras de criar scams que chamem sua atenção e roubem seus dados. Em uma média global, cerca de 24% dos PCs estão desprotegidos sem nenhum software antivírus e, portanto, vulneráveis a esse e outros tipos de ataques cibernéticos.

Existem diversas opções de antivírus gratuitos disponíveis na internet, então não existe uma desculpa aceitável para não configurar algum tipo de segurança em seu computador. Ressaltamos isso, pois outra pesquisa afirma que quase 70% dos usuários preferem não pagar por proteção online

Mas é importante ressaltar que o barato (ou grátis, neste caso) pode sair caro. Recentemente, um Trojan bancário circulou pelos e-mails dos brasileiros, e ele vinha disfarçado de antivírus gratuito do Avast, portanto é preciso ter cautela. Utilizar uma versão não atualizada de software antivírus também não afasta seu PC do perigo, afinal a máquina ficará vulnerável a novos malwares que foram lançados por aí. 

De acordo com o relatório da Microsoft, o Brasil está entre os países com maior percentual de computadores desprotegidos. O Egito lidera o ranking com 40% dos internautas sem proteção, seguido pela Índia, com 30%. Rússia (29%), Estados Unidos (26%), África do Sul (24%) e Canadá (23%) também apresentam altos índices de negação ao software antivírus. O Brasil empata com a Austrália e Reino Unido na sexta posição da lista, com 21%.

Information Week: Apenas uso da TI não salva saúde



Qualquer um que implemente tecnologia sem reestruturar fluxos de trabalho, redefinir funções, reavaliar políticas, revisitar melhores práticas e refinar negócios, descobrirá que o custo excede os investimentos nos supostos ganhos com a TI

Se você acredita em tudo o que lê e ouve, então a tecnologia é o “Cálice Sagrado” de nossa indústria. “Corrigirá” quase tudo que está sem funcionar na saúde. Essa é uma presunção aquecida pela natureza humana de gravitar em direção à simplicidade e gratificação imediata. E, no caso, a tecnologia é algo que podemos instalar, ligar e que funcionará.

Mas o que exatamente devemos esperar desse tecnologia quando em funcionamento? Fizemos um trabalho de análise de definição do que queríamos realizar e então avaliar todos os componentes para garantir nosso sucesso?

Médicos e hospitais com o foco apenas no Uso Significativo (Meaningful Use em inglês) quando implementando a tecnologia irão ficar devastados quando perceberem que ela sozinha não salva ninguém. Qualquer um que implemente tecnologia sem reestruturar fluxos de trabalho, redefinir funções, reavaliar políticas, revisitar melhores práticas e refinar negócios, descobrirá que o custo excede os fundos de incentivo do Uso Significativo e que a tecnologia passará longe da entra do Valor Significativo. Infelizmente, essas mesmas organizações são também as que rapidamente apontam para o fato de que a tecnologia “não funciona”.

“O cuidado correto, o local correto, o momento correta, a qualidade correta e ao preço correto” exige que pensemos diferente. Exige uma disciplina focada em objetivos a longo termo enquanto executa-se tarefas de curto prazo, tudo isso enquanto evita-se distrações que vêm juntamente com o entusiasmo em torno de soluções tecnológicas.

Imaginem um registro eletrônico de saúde (EHR – electronic health record) como se fosse um carro. Você deve saber de antemão do que gosta em um carro para saber quais modelos considerar. Um fazendeiro não compraria um Porshe para locomoção em sua fazenda.

Esperamos que fabricantes de carros entreguem veículos que funcionem quando são ligados. Mas a partir do momento que o retiramos da concessionária, se não sabemos para onde vamos, ou não sabemos dirigir, ou se dirigirmos distraídos ou debilitados, ou sem perceber o que há em torno, ou se não percebermos rapidamente quando uma criança ou um animal passar em frente do carro, iremos acabar ou em um local indesejado ou em um acidente. Quão longe chegaremos ou quanto de dano causaremos, vai depender do nível de nossa negligência, incompetência ou imprudência.

Em relação ao manuseio incorreto dos EHRs (Registros Eletrônicos de Saúde, em inglês) e outras implementações tecnológicas, a culpa não é inteiramente nossa. Os fornecedores estão vendendo mensagens de que suas tecnologias resolverão todos os nossos problemas e com todos os desafios que encaramos em nossa indústria, queremos desesperadamente acreditar neles. O sucesso com a tecnologia de saúde nunca será fácil como instalar um botão de “liga/ desliga”.

Devemos avaliar todas as outras áreas: reprojetar fluxos de trabalho, reestruturar fluxos de pensamento, encontrar truques de usabilidade, adotar acordos comerciais que entendam o em torno e se ajustem às nossas condições. Devemos evitar a falsa percepção de que a tecnologia torna tudo possível, exigindo dados e relatórios que não são tecnicamente possíveis com a tecnologia que iremos adotar. Se não fizermos isso, criaremos na organização processos insustentáveis que custam mais do que podemos pagar e não entregam o resultado e qualidade que nos comprometemos a fornecer à comunidade.

A maneira correta nem sempre é a fácil. O sucesso exige liderança, visão, foco, direção e trabalho duro – e todos estão sob o nosso controle. Com as pessoas, processo e tecnologia corretos, faremos tremendos avanços e conseguirmos nos focar em melhorar a saúde de nossas comunidades em vez de apenas prover cuidado na doença.

Devemos monitorar continuamente nossos esforços e desenvolver melhores ferramentas e processos mais inteligentes. Ao infundir a tomada de decisão clínica com a “informação inteligente” instantânea, os médicos estarão melhores equipados para colaborar, diagnosticar, tratar e acelerar os avanços médicos necessários para melhorar não apenas nossa indústria, mas também o mundo.

Já aconteceu com você alguma vez de estar dirigindo e de repente olhar ao redor e não ter a menor ideia de como ou quando chegou ali? Isso é culpa do fabricante do carro? Não fique distraído ou complacente. O trabalho duro vale a pena. Tenha as pessoas, processos e tecnologias necessários e terá sucesso.

Folha de S.Paulo: Letônia ganha novas leis graças a website



A situação dos cães que ficam amarrados ao ar livre no frio sempre incomodou Alexander Grunte, um afável pai de dois filhos. Então, em janeiro, ele recorreu ao site ManaBalss.lv e criou um projeto de lei que torna a prática ilegal na Letônia. "Nunca fiz nada político antes", disse ele. "Mas isso foi muito fácil."

Com a ajuda do ManaBalss [Minha voz], ele tem a chance de ver seu projeto ser aprovado no Parlamento letão. Graças a uma alteração legislativa aprovada após a abertura do site, em 2011, iniciativas que reúnem 10 mil assinaturas de cidadãos maiores de 16 anos devem ser acolhidas pelo Parlamento.

As assinaturas podem ser recolhidas pela internet, onde são verificadas com as mesmas senhas que os letões usam para os serviços bancários on-line.

Apesar de ter menos de 2.000 assinaturas até agora, Grunte continua otimista.

"Mesmo que meu projeto seja rejeitado pelo Parlamento ou mesmo que ele não reúna 10 mil assinaturas, ele já pode ser considerado um sucesso por causa da ampla publicidade da ideia", afirmou.

A Letônia tem um dos menores níveis de engajamento político e confiança em instituições governamentais na União Europeia. Até recentemente, sua política nacional era, em grande parte, controlada por um punhado de empresários que haviam feito fortuna durante as privatizações da década de 1990.

Mas o ManaBalss coloca a Letônia na vanguarda dos esforços europeus para transferir parte da participação política para a internet. No ano passado, a Finlândia e a Comissão Europeia lançaram plataformas digitais para iniciativas dos cidadãos, e a Islândia recentemente usou a internet para reunir propostas de emendas constitucionais.

Kristofs Blaus, um dos fundadores de um site letão no qual cidadãos podem propor projetos de lei ao Parlamento.

No ManaBalss, qualquer pessoa que tiver uma ideia pode sugerir uma mudança sobre a forma como as coisas são feitas na Letônia. Se a proposta atender aos requisitos básicos --ser legal, fornecer uma solução e incluir um plano de ação--, voluntários oferecem orientação sobre como reformular a sugestão como uma proposta mais formal.

Então, caso cem pessoas concordem que a questão é importante e os advogados voluntários do site, que o projeto é factível, a ideia vai a público.

Segundo o ManaBalss, cerca de 600 mil pessoas - em torno de um quarto da população letã-- já visitaram o site, onde 500 iniciativas estão listadas. Até agora, elas receberam juntas um pouco mais de 174 mil assinaturas. Sete ultrapassaram o piso de 10 mil.

Duas iniciativas populares do ManaBalss -que o Parlamento seja obrigado a considerar iniciativas amparadas por assinaturas eletrônicas e que o Estado deva saber os nomes de beneficiários de contas no exterior- já foram transformadas em lei pelo Parlamento. Outras duas, uma lei de trânsito e outra sobre quem deve pagar tratamentos de hepatite C, estão tramitando.

O ManaBalss, concebido pelo empresário da internet Kristofs Blaus, 24, e pelo ex-publicitário Janis Erts, 25, estreou em 2011, numa gigantesca festa de verão ao ar livre chamada Festa do Cemitério para os Oligarcas. "Gostaríamos de agradecer aos oligarcas por nos ajudarem a perceber que precisamos fazer algo por nós mesmos", afirmou o ex-apresentador de TV ViestursDule, que ajudou a planejar o evento.

Após a abertura do site, o novo Parlamento se dispôs a cooperar. A atual presidente do Parlamento, Solvita Aboltina, escreveu em um e-mail: "Era um momento em que a falta de confiança no governo e no Parlamento atingiu seu auge. Portanto, lançar essa plataforma social era uma iniciativa lógica".

Já o parlamentar oposicionista Boriss Cilevics zombou do ManaBalss. "É uma forma de deixar as pessoas expressarem suas emoções e se acalmarem", disse Cilevics. "Mas sua principal fraqueza é que ele não importa."

G1: Pais criam cadernos virtuais para tornar mochila de filho mais leve


 
Studying Pad (Foto: Reprodução da internet)

Ver o filho de 10 anos carregando todos os dias a mochila pesada com o material escolar fez uma promotora de Justiça e um advogado se tornarem empreendedores em soluções de tecnologia, investindo numa área bem distinta da formação em direito. Maria Juliana de Brito Santos Moysés e seu marido Luiz Antônio Moysés Junior, preocupados com as reclamações do filho João Victor, resolveram pensar num aplicativo para o iPad do garoto que substituísse os cadernos. A ideia vingou e hoje é usada por toda a família, até pela pequena Maria Fernanda, de 7 anos.

O casal que vive em Moramos em Nova Lima, cidade vizinha a Belo Horizonte (MG), bateu na porta da IDS Tecnologia, maior parceira Apple do Brasil, e encomendou o aplicativo, que a empresa mineira desenvolveu em cerca de 90 dias. Disponível para download por qualquer pessoa na Apple Store desde janeiro, o Studying Pad já é o sétimo mais baixado na categoria educação na loja virtual. A versão gratuita vem com dois cadernos, mas o estudante pode comprar a extensão com pacotes de até oito cadernos.

“Em três meses já foram mais de 9 mil downloads. Pedimos para criarem também uma versão em inglês. O Brasil é o maior usuário, em segundo lugar vêm os EUA. Canadá, Inglaterra e Portugal também já aderiram ao aplicativo”, comemora Juliana, empreendededora de primeira viagem.

Ela afirma que ainda este ano o aplicativo será desenvolvido para Android.

 
Studying Pad aberto (Foto: Reprodução da internet)

Juliana explica que os cadernos são muito funcionais, têm agenda sincronizada com o horário das aulas, cronograma de aulas, possibilidade de inclusão de fotos, aplicativo para desenhos, digitação por toque ou por teclado conectado via Bluetooth. O estudante pode ainda imprimir ou exportar o conteúdo em formato PDF para compartilhar as aulas com outros colegas.

Ela lembra que o aplicativo serve para alunos de todas as categorias - do ensino fundamental até concurseiros - ou para qualquer pessoa que goste de ter seus textos organizados e arquivados. Ela mesma tem cadernos do Studying Pad para suas receitas.

“O aluno marca na agenda o dia e o horário da aula de matemática e o aplicativo, naquela hora, já abre o caderno de matemática. O aplicativo permite imprimir e enviar por e-mail. Tem ainda um sistema de busca por palavra”, explica Juliana.


 
A pequena Maria Fernanda com o Studying Pad.

A empreendedora já recuperou 8% do investimento que fez ao encomendar o aplicativo – ela ganha da Apple um percentual a cada download feito. Juliana explica que pagou à IDS um preço que considerou justo pelo desenvolvimento do produto e disse que o investimento, que não revelou, é acessível a qualquer família de classe média.

“A gente apostou. Não entendemos nada disso. Levamos a ideia à IDS e pedimos para desenvolverem o aplicativo. Fizeram fielmente tudo que eu sugeri”, disse Juliana.

O diretor responsável pela área técnica e estudo de novas soluções da IDS, Patrick Tracanelli, diz que a próxima etapa é firmar parcerias com instituições de ensino para usar o aplicativo como ferramenta pedagógica. Ele explica como desenvolveu o produto:

“Fazemos a entrega de um aplicativo em aproximadamente 90 dias. É um processo minucioso que consiste em algumas etapas, como definição do escopo com o cliente, orçamento, desenvolvimento do mapa de funcionalidades, criação da interface e identidade visual, adequação e criação de frameworks, entre outras. A pessoa torna sua ideia realidade e ainda consegue uma fonte de renda pois, para cada download, 70% do valor vai para ela e o restante para a Apple”.

João Victor e o pai Luiz Antônio usando o aplicativo.
Patrick acredita que o Studying Pad tem potencial para se tornar uma grande rede social de aprendizado, focado no processo de negócio das escolas.

“Nossa intenção não é só usar a tecnologia como existe hoje, facilitando tarefas que já existiam antes, mas criando um novo ambiente de estudo, trazendo de fato a tecnologia para o processo de ensino”, disse o executivo.

Para Juliana, a questão ambiental também pesa a favor do aplicativo: “A natureza agradece a economia de papel”.