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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Olhar Digital: Surge nova rede social brasileira parecida com Orkut

Surge nova rede social brasileira parecida com Orkut

Depois do Orkuti, surge uma nova rede social brasileira que quer recriar o Orkut, encerrado pelo Google no final de setembro. Trata-se da SocialDub, site que possui diversos recursos semelhantes ao finado serviço. O acesso é gratuito e pode ser feito de duas maneiras: pela conta do Facebook ou por meio de um cadastro com informações pessoais.

Tirando a barra superior do site, o design lembra bastante o Orkut, já que a página inicial do usuário é disposta da mesma forma: foto de perfil e menu do lado esquerdo, recados (no Orkut, também conhecidos como "scraps") e depoimentos no meio e comunidades e amigos do lado direito.
Além dos recursos citados acima, a SocialDub afirma possuir suporte a HTML em recados e tópicos de comunidades e os adorados GIFs. No quesito personalização, o usuário pode escolher entre 12 temas de cores.

Vale citar que não é só o Orkut que serviu de inspiração para o serviço. O SocialDub também conta com um feed de atualizações semelhante ao do Facebook e um chat muito parecido com o MSN Messenger. Este último, batizado de SocialDub Messenger, possui até mesmo opções de formatação da mensagem, assim como existia no serviço da Microsoft.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

G1: Casais formados no Orkut lamentam fim da rede social


Comunidades, descrições e depoimentos ajudaram a aproximar pessoas que estão juntas até hoje.

Diversas comunidades celebram os relacionamentos que começaram no Orkut (Foto: Reprodução/Orkut)

Indígenas da etnia suruí, Gasodá Suruí e Maria Leonice moravam a cerca de 350 km de distância: ele em Cacoal e ela na aldeia indígena Alta Floresta do Oeste, em Rondônia. Com oOrkut, a distância diminuiu. Os dois se conheceram pela rede social, começaram a namorar e se casaram – pela internet.

O casal teve dois filhos. Quando nasceu a menina, há quatro anos, eles ainda postavam fotos dela no Orkut. O menino, de 10 meses, já é da geração Facebook.

"Com o tempo fomos parando de usar o Orkut e começamos a postar mais fotos no Facebook. Mas o Orkut vai fazer falta, nossa história está lá", diz Gasodá, que correu para salvar suas memórias assim que o fechamento do site foi anunciado.

Ao chegar ao fim, neste 30 de setembro, após dez anos de vida, o Orkut deixa alguns órfãos especiais: os casais unidos pela rede.

No derradeiro dia da rede social ainda sobreviviam dezenas de comunidades no estilo "Conheci meu amor no Orkut".

O Orkut tinha algumas ferramentas – que não existem no Facebook, para onde migrou a maior parte dos usuários da rede – que, para os casais ouvidos pela BBC, faziam com que fosse um bom cupido.

Comunidades, biografias no perfil e testemonials impulsionavam os relacionamentos amorosos na rede.

Possibilidade de avaliar as pessoas como "legal" ou "sexy", uma ferramenta "dedo duro" que deixava ver quem deu aquela espiadinha no seu perfil e o Buddy Poke, aplicativo que permitia dar cutucadas como as do Facebook, também deram um empurrãozinho nos namoros.

A descrição que cada pessoa podia fazer de si própria em seu perfil – que se chamava "Quem sou eu" – ajudou o relacionamento do leitor da BBC Brasil Marcelo, que pediu para não ter seu sobrenome divulgado.

Há seis anos, ele conheceu seu namorado, Renan, pela rede social. Marcelo conta que participava de muitas discussões nas redes e não costumava "add" desconhecidos, mas se encantou com um menino que o adicionou como amigo.

"Fiquei olhando a foto daquele rapaz e algo me hipnotizou. Dei uma boa olhada no perfil dele e li a descrição, espaço destinado às características da pessoa que o site disponibilizava. Resolvi aceitar o pedido de amizade", conta.

As conversas começaram por scraps, os recadinhos da rede. Mas, na época da internet discada, ele só podia usar a rede algumas horas por dia.

"'Como posso estar tão ligado a uma pessoa que eu nunca vi, somente com uma conversa e uma foto?', pensei. Minha mãe só me deixava usar o computador entre 19h e 22h todos os dias. Mal fechei os olhos naquela noite de tanta felicidade e ansiedade para falar com ele no dia seguinte".

O primeiro contato por voz ocorreu só depois que Marcelo economizou dinheiro da passagem, indo a pé para a escola, e conseguiu comprar créditos de celular. Encontro fora do mundo virtual só rolou dois anos depois, quando ele foi do Rio de Janeiro para Sorocaba encontrar Renan.

Duas semanas não foram suficientes para ficarem juntos: na hora de pegar o ônibus para voltar, Marcelo desistiu e acabou passando três meses com o namorado.

Hoje, planejam casar e morar juntos.

"O Orkut foi quem nos deu essa grande história para contar. Foi marcante e sempre serei grato ao Orkut e sua rede social de mesmo nome por aproximar pessoas, amigos, casais e por interatividade em fóruns."
Filipe e Juliana se conheceram em uma comunidade do Orkut (Foto: Arquivo pessoal)

Comunidades
As comunidades que deixaram a rede social famosa também eram uma que aproximava pessoas com os mesmos gostos e possibilitava conhecer pessoas mesmo sem ter amigos em comum.

O leitor Filipe Levi contou, em uma mensagem enviada à BBC Brasil, que conheceu sua mulher, Juliana, em uma comunidade sobre discussão religiosa do Orkut, em 2005.

"Li um comentário e gostei dos argumentos que ela usava na tal discussão. Tímido como sou, não falei nada a princípio, apenas visualizei seu perfil e descobri que ela tinha um blog à época. Passei a ler o blog dela e comentar, até que criei coragem e solicitei amizade no Orkut. Ela aceitou e, conversa vai, conversa vem, descobrimos muitas afinidades. Passados mais alguns dias, começamos a namorar, à distância e virtualmente!", conta.

Ele morava em Pernambuco e ela, no Amazonas. Após alguns encontros, os dois decidiram se casar. Estão juntos desde 2009 e têm dois filhos, uma menina de 4 e um menino de 1.

"Com o anúncio do fim do Orkut, corri para fazer download de meus dados que ainda estavam lá", diz ele.

Depoimentos
Os depoimentos, que permitiam declarações públicas de afeto, também ajudavam o Orkut no papel de santo casamenteiro.

Rahif Souza, leitor da BBC Brasil, conheceu Bruna em uma comunidade sobre a banda Led Zeppelin.

"Assim que dei aquela 'stalkeada', eu logo adicionei. Nos tornamos amigos e mandávamos depoimentos um para o outro quase todos os dias, até que nos apaixonamos", conta.

Rahif também sentirá falta da rede."Tínhamos apenas uma foto no nosso Orkut, mas todos os nossos depoimentos estavam guardados lá. Não apagamos."

Mas os saudosos não precisam se desesperar: até 2016, de acordo com o Google, é possível salvar fotos, perfis e dados de comunidades do Orkut por meio do Google Takeout.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

G1: Orkut, criador do Orkut, deixou Google para criar a rede social Hello


Após 12 anos na empresa, engenheiro turco pediu demissão em abril.
Ele é presidente-executivo do novo projeto, em gestação há 7 meses.

O engenheiro turco Orkut Buyukkokten não ficou para ver o Google aposentar a rede social que criou e é aposentada nesta terça-feira (30). Após 12 anos na empresa, Orkut pediu demissão em abril, dois meses antes de o Google anunciar o fim da plataforma que levava seu nome.

O engenheiro deixou a companhia, mas não se afastou do segmento de sites que ajudou a popularizar. Orkut é o presidente-executivo de sua própria rede social, que, dessa vez, não leva seu nome. A Hello está em gestação há sete meses, não foi lançada e por enquanto só realiza o cadastro dos interessados em participar. De acordo com a descrição do site, a plataforma deve organizar as discussões de forma similar ao que ocorria nas comunidades do Orkut. “Envolva-se com comunidades de usuários focados em ciosas que mais importam para você”, diz o texto.

O informe dá pistas de outras características que o site virá a ter, alguns similares aos recursos já existentes em redes sociais. “Conecte-se com pessoas on-line e as encontre no mundo real. Construa sua reputação baseada em grandes contribuições e expanda seu alcance e fama.” No Badoo, os usuários possuem diferentes status conforme aquilo que compartilham é apreciado ou não. Assim como o Tinder, também permite conversar por chat virtual com pessoas que estão por perto, a fim de que se encontrem cara a cara.

Em um crítica ao Facebook, a descrição pergunta: “Por que continuar a postar sua vida para pessoas que não te compreendem isso quando você pode interagir com aquelas que entendem?”.

Há a indicação de que o conteúdo publicado por um usuário não vai ser compartilhado com todos os seus amigos, como pode ocorrer no Facebook, devido às configurações de privacidade, e no Google+, por conta da possibilidade de dividir os contatos em círculos. “Seus amigos talvez não estejam por dentro de tudo que você é ─ mas provavelmente deve haver alguém próximo que compartilha esse obscuro amor por filmes cult sci-fi dos anos 50, que exultam a exaustão em bater um recorde pessoal ou que aprecia o prazer da caminhada de uma trilha perfeita.”

Apesar de o real funcionamento do Hello ainda ser uma incógnita, os fatos em torno da rede ajudam a torná-la ainda mais misteriosa. O domínio do “hello.com” pertencia ao Google, que, em abril, o transferiu a um indivíduo chamado John Murphy. Dias depois, o domínio foi transferido para o GoDaddy e as informações dos donos da URL passaram a ser protegidas.

Enquanto o site não começa a funcionar de vez, outras redes sociais crescem quando o Facebook tropeça, como é o caso do Ello, que promete não exibir anúncios, mas possuem fôlego curto. Resta saber se Orkut Buyukkokten conseguirá novamente criar uma rede social capaz de deixar o site de Mark Zuckerberg para

G1: Orkut sai do ar nesta terça; acesso chega a 7% dos internautas no Brasil



Segundo pesquisa, 49% dos internautas brasileiros têm conta no site.
Veja como salvar o seu perfil e visitar comunidades.

Comunidade do Orkut "Eu odeio acordar cedo"

Chega ao fim nesta terça-feira (30) aquela que foi a primeira rede social a se tornar pop entre os brasileiros. Criado há dez anos, oOrkut não já não recebia novas contas desde quando sua morte foi anunciada em junho e agora comunidades, “scraps”, depoimentos e outros registros no site se tornaram um museu virtual. A aposentadoria ocorre, no entanto, no momento em que 7% dos internautas brasileiros ainda acessavam o Orkut, segundo a empresa de pesquisa Global Web Index (GWI).

De acordo com o Google, os usuários existentes poderão exportar seus álbuns de fotos para o Google+, outra rede social da companhia, até 30 de setembro de 2014. Também será possível salvar, no computador, seus perfis, "scraps" (publicações de outros usuários deixadas na página), depoimentos e postagens usando a ferramenta Google Takeout (clique aqui). Isso poderá ser feito até setembro de 2016.

Um arquivo com todas as comunidades públicas do Orkut, um dos principais recursos da rede social, foi criado para imortalizar a área de discussões do serviço. Acesse aqui. No entanto, novos tópicos ou mensagens não poderão ser criados. Os usuários que não quiserem que alguma postagem seja arquivada deverão excluí-la até 30 de setembro de 2014. Outra opção é apagar todas de uma só vez ao remover o Orkut da conta do Google.

Segundo o Google, que mediu os acessos em agosto, o índice de acesso defende a existência do Orkut, ao mesmo tempo que vai contra o site. Advoga em nome do site por demonstrar que ainda há internautas que se conectam a ele. Vai contra, porém, por mostrar que o nível não é nem próximo do total de 49% dos internautas brasileiros que têm conta na rede.

Esse índice mostra que Brasil é um dos países com mais usuários no Orkut, ao lado da Índia, onde 52% dos internautas possuem perfil no site – mas 12% se conectam. Para a GWI, o abismo entre os usuários inscritos e aqueles que a utilizam é dos motivos para o encerramento.

No resto do mundo, situação é mais crítica. Enquanto 12% das pessoas que se conectam à internet possuem uma conta na rede social, apenas 3% a acessam. Essa audiência não é pouca coisa e ainda garante ao Orkut um lugar no top 10 das redes sociais fora da China, que incluem Facebook e Twitter, por exemplo. Se apenas esse fator fosse analisado isoladamente, não seria motivo para a aposentadoria.

Debaixo do guarda-chuva do Google, o Orkut é a rede social menos curtida. Divide espaço com o Google+, que recebe todas as atenções. A gigante da tecnologia compartilhou essa rede social de todas as formas possíveis: era preciso criar conta no Google+ para abrir um Gmail (o que se tornou opcional), para comentar em vídeos do YouTube, em posts de blogs do Blogger e em fotos do Picasa.

A estratégia de integrar os serviços à rede social, porém, não a fazia descolar do chão, e, no momento em que era marcado para morrer, o Orkut era mais popular que seu primo rico. Para a GWI, prosseguir com uma rede social tão popular como o Orkut poderia minar os esforços de expandir o Google+.

Outro motivo para o Google jogar uma pá de cal no Orkut é a inexistência de usuários fora do Brasil, Índia, Tailândia, Emirados Árabes e Arábia Saudita, aponta a GWI.


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Info: Orkut vai fechar as portas e virar museu na Internet


"Só add com scrap". "Leio, respondo, e apago". "Topo dos depoimentos". "Sou 80% legal, 90% confiável e 100% sexy". Se você esteve na internet durante os anos 2000, provavelmente deve se lembrar dos elementos acima, símbolos da era do Orkut. A "primeira rede social" de muitos brasileiros vai fechar as portas nesta terça-feira, 30, depois de 10 anos de recadinhos, discussões em comunidades e depoimentos melosos.

Mas não é o fim. A antiga rede social do Google está criando um acervo de comunidades onde ficarão guardados posts e discussões importantes para a história da internet do País. "O arquivo preserva a memória do Orkut, registrando fenômenos do Brasil como a ascensão da classe C e a inclusão digital", declarou o Google Brasil, em nota.

O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso exclusivo ao acervo, que pretende ser uma reprodução do que é o Orkut hoje, em seu último dia no ar. Ao todo, serão mais de 51 milhões de comunidades, 120 milhões de tópicos e mais de 1 bilhão de interações armazenadas no acervo.

Para estar lá, basta que uma comunidade seja pública e esteja visível a qualquer um - o que não é o caso da "Eu Odeio Acordar Cedo", maior comunidade do Orkut (com 6 milhões de membros) que se tornou privada após ser vendida por R$ 5 mil. No acervo, será possível entrar nas comunidades e ver o que foi discutido nelas, mas os donos das postagens serão identificados apenas por seus nomes, sem fotos ou links para perfis.

Tal como num museu, será possível somente "apreciar" o conteúdo. Para o Google, "o arquivo é uma cápsula do tempo do início das redes sociais". Além do acervo, a empresa ainda criou uma ferramenta para que os usuários guardem seus perfis, com fotos, recados e a descrição caprichada que muita gente usava para impressionar os amigos. O backup pode ser feito até setembro de 2016.

Fórum

Criada em 2004 pelo turco Orkut Buyuykotten, a rede social foi popular até 2011, quando foi superada pelo Facebook no Brasil, e passou ainda a ter um "rival dentro de casa": o Google+, introduzido pela empresa naquele ano para unir diversos serviços em um ambiente social. Ainda assim, o Orkut tem seu público cativo até os dias de hoje: em junho de 2014, 4 milhões de brasileiros usaram o site, segundo dados da ComScore.

"Nunca parei de usar o Orkut, para espanto das pessoas ao meu redor", conta Leonardo Bonassoli, criador da comunidade "Futebol Alternativo", que discute temas como a terceira divisão do campeonato paranaense ou a rivalidade entre as seleções da Romênia e Hungria. "Nós discutíamos o lado B do futebol."

Já o interesse em comum por notícias bizarras era o que unia os 80 mil membros da "Anão vestido de palhaço mata 8", criada por Marcos Barbará. "O Orkut era fantástico para conhecer pessoas, e as comunidades eram o auge disso. Qualquer bizarrice encontrava eco lá", diz ele, que lançou um livro com o título da comunidade, reunindo histórias como "americano açoita namorada com atum" ou "Jesus aparece em banheiro e é vendido por US$ 2 mil".

Figurinha

As comunidades não eram só ambientes de discussões. Algumas delas eram apenas veículo para piadas. É o caso da "Indiretas Já!" e da "Não vi Beatles, mas vi Molejo", criadas pelo publicitário Bruno Predolin, dono de 715 comunidades. "A maioria das minhas comunidades eram como figurinhas, todas levadas para o humor. Mas era parte do Orkut: se você queria conhecer alguém, as comunidades serviam para mostrar quem a pessoa era", diz. Para ele, o que vai deixar saudade é a comunidade Discografias, que reunia links para download de música de forma ilegal, deletada em 2012. "Conheci muita coisa de música brasileira ali", lembra. "O Orkut foi a iniciação digital de muita gente", diz o rapaz, que chegou a receber R$ 500 por mês do canal pago HBO para promover a emissora em seus grupos.

RG digital

O criador da "Indiretas Já" não foi o único a capitalizar com o sucesso de suas comunidades no Orkut. O humorista Maurício Cid, hoje conhecido pelo site de humor Não Salvo, começou sua trajetória digital criando comunidades engraçadinhas, como a "Quando pisei parecia água viva". "Tive mais de mil comunidades, usava o Orkut como o Twitter, só com piadas. Um dia o Orkut excluiu meu perfil por causa de uma denúncia. Foi quando eu resolvi que tinha que ter um site próprio", explica ele, que hoje tem mais de 2,4 milhões de fãs no Facebook e é referência em humor na web no País.

"O Orkut era o RG digital do brasileiro", avalia o humorista, que acredita que a plataforma do Google tinha muitas vantagens com relação ao Facebook. "No Orkut, você ia atrás do conteúdo. O conteúdo não vinha te encher o saco", comenta. Apesar de ficar triste com o fim da rede social, Cid entende a decisão do Google. "Se um produto dá prejuízo, não tem porque deixar no ar. É dinheiro em jogo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Olhar Digital: Mapa mundi das redes sociais: Facebook domina em quase todos os países


O estrategista de mídias sociais Vicenzo Cosenza divulgou no final do mês passado uma nova versão de seu “mapa mundi das redes sociais”. A cada semestre, Cosenza publica um gráfico que mostra as redes mais populares por país. As informações são obtidas por meio de dados de tráfego de ferramentas medidoras de audiência.

Na última atualização o Facebook domina 130 dos 137 países monitorados pela pesquisa. Na versão anterior, de dezembro de 2013, a rede era a mais utilizada em 128 deles. A novidade ficou por conta do aumento de acessos na Letônia e na Moldávia, onde redes como Draugiem e Odnoklassniki eram líderes.

Cocenza explica que não há medição do impacto do Google+ porque ele faz parte do tráfego de domínio do Google.

No gif abaixo é possível perceber a transformação no mapa de 2009 até hoje e a diminuição no número de redes sociais populares. No Brasil, por exemplo, o Orkut dominava os acessos. 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Folha de S. Paulo: Órfãos do Orkut rejeitam Facebook e migram para VK, rede social russa

Alexandre Orrico 


Usuários que ainda movimentam comunidades do Orkut, resistentes à decadência da rede social que já foi a maior do Brasil, começam a escolher um novo serviço para onde possam migrar.
Escanteado pelo próprio Google, a infestação robôs de spam e o surgimento do G+ já eram um prévia do anúncio feito nesta semana : em setembro, o serviço que mais de 40 milhões de brasileiros reuniu em seus tempos áureos, fechará definitivamente as portas.

A pergunta nas comunidades sobre futebol, séries de TV e animações japonesas é uma só: para onde ir?

A VK, rede social com mais de 100 milhões de usuários ativos, é uma das respostas mais apontadas pelos órfãos. O serviço é a maior rede social da Europa e líder na Rússia, mas está disponível em várias línguas, incluindo o português.

"O número de inscrições do Brasil nos últimos dois dias aumentou em 2.000% e continua a crescer rapidamente" escreveu George Lobushkin, relações públicas da VK, em postagem no serviço russo.

A VK já tem quase 200 mil brasileiros e cerca de 20 comunidades em português –a maioria sobre futebol ou que fazem menção à condenada rede do Google, como a "Sobreviventes do Orkut".

E O FACEBOOK?

"O Facebook não atende as necessidades dos usuários do Orkut", diz Aluizio Hamann, 29, frequentador das comunidades "Futebol Alternativo" (7.389 membros) e "São Paulo FC Tricolor" (1.137.437 membros) no Orkut, ambas com dezenas de tópicos com novas postagens diárias.

"Insistimos no Orkut por causa do sistema de comunidades, que é bem superior ao esquema de grupos do Facebook", diz Hamann. O Google+ é rejeitado pelo mesmo motivo.

"O VK é um meio-termo, não chega a ser tão bom quanto o Orkut, mas é a nossa melhor opção", completa.

O Orkut ainda conta com cerca de 5 milhões de usuários no Brasil, segundo dados da consultoria Ibope Nielsen. Os usuários têm até o dia 30 de setembro para salvar todo o conteúdo do perfil.


terça-feira, 1 de julho de 2014

G1: Veja 10 comunidades para lembrar do Orkut, que vai 'morrer' em setembro



Rede social terá suas atividades encerradas em 30 de setembro.


Site chegou a ser maior que o Facebook no Brasil.

Orkut, o que dizer dessa rede social que, apesar de conhecermos há tanto tempo, continuamos a gostar pacas? O site que ensinou o brasileiro a lidar com redes sociais vai "deixar de existir"como o conhecemos a partir de 30 de setembro deste ano, conforme informou o Google nesta segunda-feira (30).

Para deixar que o Orkut fale por ele mesmo, o G1 separou dez comunidades que dão uma ideia de como era a vida no site dos depoimentos, "scraps" e grupos de discussão.
Comunidade do Orkut 'Eu odeio acordar cedo'

1) 'Eu Odeio Acordar Cedo'
(6.106.958 membros)
Quando o Orkut era a maior rede social do Brasil, deixando o Facebook em um distante segundo lugar, o hábito de acordar cedo já não tinha muitos fãs. Como o despertar com as galinhas continua não sendo uma atividade que arrebata multidões, "Eu Odeio Acordar Cedo"ainda é uma das comunidades que possui mais membros. O Garfield, na imagem de exibição, tem seu charme e ajudou a fazer a fama do grupo de sonolentos.
Comunidade do Orkut 'Eu amo minha mãe!' 

2) 'Eu amo minha MÃE!'
(4.571.629 membros)
No Orkut, todo dia é Dia das Mães. Uma das poucas unanimidades na rede social repleta de discussões calorosas – ainda que nem tão edificantes assim – "Eu amo minha MÃE!"reúne todos aqueles que não têm vergonha de dizer ao mundo o que fariam por sua progenitora ou de responder à enigmática pergunta: "Você gosta da sua mãe?". Para os pais não ficarem enciumados, há a "Eu AMO o meu PAI!", com 2.462.596 membros.
Comunidade do Orkut 'Deus me disse: desce e
arrasa!' (Foto: Reprodução/Orkut)

3) 'Deus me disse: desce e arrasa!' 
(3.537.664 membros)
As descrições de algumas comunidades no Orkut nem sempre deixam claro qual é o teor da discussão que deve se desenrolar por lá. Não é o caso de "Deus me disse: desce e arrasa!": "Você já se perguntou quão privilegiadas são as pessoas que te conhecem?" Se os membros concordam? Uma das usuárias abriu um tópico para narrar o episódio em que perguntaram a ela quais eram os motivos para participar da comunidade. "Isso é tipo de comunidade de gente que se acha", disseram. "Se acha, não. 'Se tem certeza' (sic)", respondeu.

4) 'Te incomodo? Que peeena!'
(4.288.293 membros)
Não adianta reclamar dos membros desse grupo de discussão. Ao entrar na comunidade, você é avisado. Ao melhor estilo "Vem comigo ou vai com Deus", os mais de 4,2 milhões de usuários que pertencem à "Te incomodo? Que peeena!" são precursores do hit "Beijinho no ombro", de Valesca Popozuda. São "felizes, bem sucedidos e cuidam de suas próprias vidas", como diz a descrição do grupo. Em 2012, quando o Orkut já não incomodava o Facebook tanto assim, a comunidade tentou se bandear para a rede social rival. Até agora, não
5) 'Eu amo chocolate!' 
(3.615.011 membros)

As confissões esquecidas de muitos chocólatras arrependidos ainda devem estar registradas nessas páginas. Apesar de o fórum da comunidade "Eu amo chocolate!" ter sido tomado por tópicos de jogos, ainda há espaço para questionamentos polêmicos como "Chocolate ou sexo? Defenda o seu preferido!", "Sonho de Valsa" e "Para quem você daria o último Bis da Caixa". Se estiver de dieta, é bom evitar.
Comunidade do Orkut 'Amigos também dizem eu te amo'

6) 'Amigos também dizem EU TE AMO'
(3.342.891 membros)
O Orkut também tem espaço para que o amor entre amigos seja reconhecido – além do amor pela mãe, pai, chocolate e por aí vai. E amor, cada um entende de um jeito. Se por um lado, o moderador da comunidade prega "se hoje você pode falar ao verdadeiro amigo aquela palavra mágica, porque esperar para depois?"; por outro, os membros propõem "se eu te agarrar, você me beija ou me bate" ou "a toalha caiu, você espia, corre ou agarra?". Apesar da aparente dissonância, há espaço para amizade verdadeira. A descrição mais parece um "até logo" ao amigo Orkut: "Um dia, a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora de todos amigos que passaram e deixaram saudade".
Comunidade do Orkut 'Não fui eu, foi meu Eu lírico'


7) 'Não fui eu, foi meu Eu lírico'
(86.820 membros)

Essa é para quem tem poesia na alma e uma boa desculpa para tudo na ponta da língua. Eis a arte em seu estado puro: "Passou a mão na bunda da gostosa e arrumou encrenca com o gorila que a acompanhava? Quebrou o vaso de turmalina da sua avó? Tropeçou no fio do respirador artificial que mantinha seu priminho vivo e acabou matando a criança? Não se preocupe, é só culpar a poesia inerente a todo ato humano!"
Comunidade do Orkut Lutar Sempre! Desistir?
Nunca!' (Foto: Reprodução/Orkut)

8) 'Lutar Sempre! Desistir? Nunca!'
(2.169.425 membros)

Reunindo alguns dos mais persistentes usuários, os membros dessa comunidadeprovavelmente lutarão até o fim do Orkut. Repletos de histórias de superação, alguns dos tópicos da comunidade são um passo-a-passo para quem está na pior e não sabe como virar o jogo. "É possível realizar o seu sonho, sim. Você é capaz", diz a descrição da comunidade para quem acredita e luta "por tudo aquilo que você quer e deseja".
Comunidade do Orkut 'Sou legal, ñ tô te dando
mole' (Foto: Reprodução/Orkut)

9) 'Sou legal, ñ tô te dando mole'
(1.520.489 membros)
Se você é daqueles para quem é muito difícil ser apenas educado sem causar sempre a impressão errada, essa comunidade possui pessoas que acham ter o mesmo problema. As discussões ajudarão a calibrar as conversas para que ninguém ouça "eu te amo" quando você disser "bom dia". Um exemplo? O tópico: "Descubra a impressão que você deixa". Afinal, como fiz a descrição, "não é um saco quando você é legal com alguém, a pessoa já pensa que você tem segundas intenções, começa a te tratar diferente e fica até 'se achando'?".

10) 'Odeio esperar resposta no MSN'
(1.281.620 membros)
Essa é a comunidade para lembrar que tudo que é bom pode acabar ou se transformar em algo diferente. Assim como deixaram de circular em abril de 2013 as respostas do bate-papo MSN, que mais de 1 milhão de pessoas ainda odeia esperar, a partir do dia 30 de setembro, não serão mais publicados no Orkut nenhum recado com imagem da Hello Kitty, nenhum tópico com jogos do tipo "Beija ou passa" e nenhum depoimento. No caso do MSN, a Microsoft migrou os os usuários para o Skype. Com o fim do Orkut, seus membros poderão entrar para o Google+. Calma, não é o fim do mundo.
Comunidade do Orkut 'Anão vestido de palhaço
mata 8' (Foto: Reprodução/Orkut)

Bônus

11) 'Anão vestido de palhaço mata 8'
(81.600 membros)

Mea culpa jornalístico da lista, a comunidadebônus é dedicada "às manchetes que por si só já valem mais do que a notícia toda".






segunda-feira, 30 de junho de 2014

Folha de S. Paulo: Google decide tirar Orkut do ar até o fim do ano

Bruno Romani

Maior rede social do mundo até 2011, o Orkut está perto do fim. O Google decidiu acabar com o serviço nos próximos seis meses.
A Folha apurou que a partir desta segunda (30), novos perfis não poderão ser criados e usuários antigos terão um período para poder exportar seus dados, como fotos e scraps. Uma ferramenta também permitirá converter o perfil do Orkut em perfil no Google+, rede social criada em 2011, mas que ainda tem pouquíssimos usuários.

O processo de desligamento deverá ser concluído até o final do ano, com a extinção completa do serviço.

Depois de 31 de dezembro, nem mesmo o endereço "orkut.com" deverá ser mantido pela empresa, visto que Orkut Büyükkökten, engenheiro turco criador da rede, deixou o Google há quatro meses e pretende manter controle sobre o domínio.

Atrativo do Orkut, as comunidades terão tratamento diferenciado. Ao menos parte delas não será apagada –ficará mantida de forma estática, "congelada", como uma espécie de museu do serviço.

Em relação a perfis e comunidades suspeitos de envolvimento em crimes, como pornografia infantil, os dados de casos com investigação em curso serão preservados também até o final do ano.

Em julho de 2008, Google e Ministério Público firmaram um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) sobre o tema como resultado da CPI da Pedofilia.

No documento, o Google se comprometeu a comunicar os casos em que o material ilícito fosse divulgado e a preservar dados necessários à investigação do crime por um prazo de 180 dias, prorrogável por mais 180 dias.
Editoria de Arte

JUSTIÇA
Em fevereiro, o MPF-SP (Ministério Público Federal em São Paulo) denunciou dois diretores do Google –segundo o órgão, desde 2010 deixaram de ser cumpridas ao menos 14 ordens judiciais em ações destinadas à apuração de casos de pornografia infantil envolvendo usuários do Orkut.

A companhia considera as acusações "ultrajantes" e diz que colabora com as autoridades brasileiras em investigações e cumpre "à risca todas as ordens judiciais que estão ao seu alcance".