quinta-feira, 6 de março de 2014

IDG Now!: Rio é a primeira cidade da América do Sul a ter um domínio Internet


A cidade do Rio de Janeiro ganhou um belo presente do alcaide Eduardo Paes ao completar 449 anos. No último dia 27, a Empresa Municipal de Informática SA – IplanRio assinou com a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) o contrato para administração do domínio .RIO, um dos novos sufixos da Internet. Portanto, no início do segundo semestre, .RIO já deverá integrar a raiz de domínios da Internet. Será o segundo dos novos gTLDs concedido ao Brasil. O primeiro, .GLOBO, deve ser incorporado à raiz da Internet até o início de abril.

O Rio será também a primeira cidade da América do Sul a ter um domínio de primeiro nível (gTLD) próprio. As outras 5 candidaturas de domínios de cidades nas Américas são .MIAMI, .NYC, .QUEBEC, .VEGAS. Portanto, quatro nos EUA e uma no Canadá.

A intenção da prefeitura é usar o domínio .RIO como canal oficial da cidade Rio e das políticas públicas para os cariocas. Será a identidade digital do governo municipal. Portanto, não será aberto a registro público. Só as organizações governamentais oficiais ou entidades ligadas a ações sociais, econômicas, de infraestrutura , turismo e eventos estarão autorizados a usá-lo. Algo como “RIO2016.RIO”.

Resumindo, o .RIO vai concentrar todas as informações relevantes sobre o Rio de Janeiro na Internet, para os cidadãos cariocas e visitantes.

O longo processo de liberação do registro por parte da ICANN impossibilitou o uso para “FIFA.RIO”, agora na Copa do Mundo.

O tempo médio entre a assinatura do contrato e a delegação do domínio é de 10 a 14 semanas. Até 120 dias após assinatura do contrato, só pode existir o nic.RIO, que se refere ao conteúdo regulatório: regras, políticas, whois. Nos primeiros meses após liberação da raiz, o único domínio que pode existir é o nic.RIO. E mesmo depois, só os nomes que não integrem a lista temporária de bloqueio podem ser usados. Isso significa que endereços como “Copacabana.RIO”ou “Ipanema.RIO”só devem começar a ser usados mais no fim do ano.

Todos os novos gTLDs passam por esse processo, segundo Rubens Kühl, gerente de Produtos e Mercado do Registro.br. O primeiro contrato foi assinado em Julho de 2013 e só agora, em fevereiro, foi liberado para uso.

Há grandes somas de dinheiro envolvidas no simples processo de análise de novos domínios, embora a ICANN afirme que sejam apenas suficientes para o próprio processo. Há muitas exigências técnicas para a operação dos novos domínios na Internet. Poucas serão as empresas capazes de cumprir as exigências técnicas da ICANN em relação a administração dos servidores DNS em si. Os domínios .GLOBO e .RIO já passaram por esse processo.

A taxa de inscrição da candidatura do domínio foi de 185 mil dólares Uma vez aprovado o pedido, a taxa anual mínima de novo registro no ICANN é de 25 mil dólares. Existem ainda custos substanciais para a infraestrutura técnica. e custos operacionais, administrativos, legais e de marketing. Dependendo o domínio, o custo global de novos gTLDs pode chegar a até 2 milhões de dólares.

COMPUTERWORLD: Finep financia projeto da UFRGS de gestão da inovação em PMEs


Órgão liberou R$ 2,1 milhões para iniciativa proposta pelo Centro de Empreendimentos em Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

O Núcleo de Apoio à Gestão de Inovação (Nagi) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) está desenvolvendo um projeto que propõe desenvolver uma metodologia para a gestão da inovação em micro e pequenas empresas do setor eletroeletrônico. Batizada como a “A rota da inovação”, a pesquisa conta com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão de fomento ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), no valor de R$ R$ 2,5 milhões.

A metodologia será desenvolvida em três etapas: diagnóstico, capacitação e consultoria. Em um primeiro momento a empresa responderá a perguntas em um software online. Os questionamentos foram estruturados com base em seis pilares: desenvolvimento de produtos e serviços, organização do processo produtivo, gestão do negócio, mercado e marketing, relações interorganizacionais e estratégia. 

O objetivo desta etapa é identificar, entre outras coisas, como a seleção de ideias ocorre e de que forma a inovação está presente no planejamento da empresa. O sistema gera um relatório que define os pontos mais fortes e fracos do negócio e oferece sugestões para aprimorar os aspectos mais debilitados. Este software deve estar ao ar no final de abril.

A etapa de capacitação consiste em orientações para o empresário. Esse processo tem duração de 32 horas. Por último, o cliente terá direito a atendimentos individuais com consultores a fim de trabalhar especificamente com as necessidades de cada empresa. Uma visita final avaliará os resultados do programa.

O projeto é uma parceria de diversos departamentos da UFRGS. A ideia inicial foi proposta pelo Centro de Empreendimentos em Informática. Posteriormente, a Escola de Administração endossou sua participação e realizou mudanças no projeto. O Instituto de Física também apoia a iniciativa.

*Com informações da Agência MCTI

Folha de S.Paulo: Nova 'Bolsa' troca moeda real por virtual


ISABEL FLECK

Todas as segundas-feiras à noite, após o fechamento da Bolsa de Nova York, um outro pregão começa ao lado, a menos de cem metros do histórico prédio em Wall Street.

Apesar de imitar em praticamente tudo a Bolsa vizinha -com direito a sino de abertura, transações registradas na parede por meio de um projetor de vídeo e o anúncio em voz alta das operações por um corretor vestido a caráter-, o ritual no Bitcoin Center de Nova York se destina à negociação de moeda virtual.

Ali, num ambiente bem menos formal, o bitcoin pode ser trocado por dólar, euro ou qualquer outra moeda aceita por seus participantes.
Há a possibilidade, inclusive, de comprar bitcoins com peças de valor, como roupas ou eletrônicos -basta conseguir um interessado.

Desde que foi criado, em dezembro, o centro reúne entusiastas do bitcoin e gente interessada em abrir uma carteira virtual, tendo a "garantia" de negociar pessoalmente com cada comprador.

Na última semana, quando a reportagem participou de um pregão, o burburinho sobre a iminente quebra da Bolsa Mt Gox já era usado pelos idealizadores do centro para reafirmar a importância de um espaço físico para negociar a moeda virtual.

"Essas transações são feitas por pessoas em todo o mundo, mas nós não sabemos quem elas são. Pensamos que um espaço físico seria bastante complementar à atmosfera bitcoin.

Especialmente após a quebra da Mt Gox", afirma Nick Spanos, fundador do Bitcoin Center.

A pretensa sensação de segurança ajuda curiosos como a artista plástica Marianne Huntington a investir.

"Tenho amigos que investem, então vim para conhecer mais e decidi comprar um pouco de bitcoins para ver o que acontece", diz Huntington após investir US$ 30.

Nos eventos semanais, há corretores que orientam os iniciantes, mas cada negociação é feita entre pares. Não há cobrança de taxa, e a cotação é acertada individualmente, com base na estimativa diária do valor do bitcoin.

"As pessoas podem vir aqui e trocar bitcoins por dólares imediatamente, eles não têm que se preocupar com liquidez, por exemplo", observa o consultor de investimento Mark Anthony.

Ex-corretor da então American Stock Exchange, em Wall Street, Anthony frequenta os pregões do Bitcoin Center desde o início do ano, sempre com o jaleco azul que usava na Bolsa "real".

Agora, ele sempre leva pregado na roupa a imagem do QR code (espécie de código de barras) de sua carteira virtual.

"Eu sempre achei que o bitcoin ia ser uma 'onda' e que não ia vingar. Ele ainda é muito volátil e é tratado como uma commodity, mas acho que vai se estabilizar e ser mais útil como moeda."

Para a maioria dos adeptos da moeda virtual, sua confiança não será afetada com a falência da Mt Gox, que deu um prejuízo de mais de 750 mil bitcoins (cerca de US$ 418 milhões ou R$ 970 milhões) a clientes.

"Compartilhamos a frustração de quem perdeu seus bens. Mas, a longo prazo, a falência da Mt Gox presta um serviço ao eliminar maus atores desse mercado", diz o diretor de comunicação do Bitcoin Center, James Barcia.

O centro pretende seguir promovendo os pregões e palestras sobre a moeda virtual. "Queremos que os nossos vizinhos e Wall Street entendam o que fazemos, em vez de só ler relatórios sobre bitcoin na internet", diz Spanos.

Folha de S.Paulo: Brasileiro exige bitcoin como pagamento por apartamento


O programador brasileiro Rodrigo Souza, 34, colocou à venda um apartamento de três quartos, com 90 metros quadrados, na quadra da praia da Pompeia, em Santos.

Pediu US$ 250 mil pelo imóvel. Souza, que mora em Nova York há quase seis anos, só aceita receber o valor em bitcoins (o que daria 450 bitcoins na cotação atual).

A exigência limita o número de interessados. Ele diz quase ter fechado negócio com um comprador no Brasil, quando a moeda virtual valia cerca de US$ 900, no começo do ano. Mas então o valor do bitcoin despencou e a venda não foi efetuada.

"Eu não aceito em reais porque, para trazer essa quantia para os EUA, eu iria pagar uma taxa de IOF absurda", diz Souza, que começou a lidar com o bitcoin há cerca de dois anos.
Isabel Fleck/Folhapress 

Rodrigo Souza, que só aceita receber bitcoins
pela venda do apartamento, em frente ao Bitcoin 
Center, em Nova York

O brasileiro, que trabalhou na Bolsa de Nova York como programador por quase quatro anos e hoje tem uma empresa de marketing, paga funcionários e recebe pagamentos de clientes em vários países em moeda virtual.

"O meu interesse pelo bitcoin surgiu da necessidade de mandar dinheiro para fora dos EUA e também receber de uma maneira rápida e sem nenhuma taxa cobrada", diz.

Para o brasileiro, que está desenvolvendo uma plataforma para reunir corretores interessados em iniciar uma Bolsa eletrônica, a maioria das pessoas entende o bitcoin "da forma errada".

"O bitcoin tem todas as características de uma moeda, mas ele não se comporta como uma, porque é muito instável. Hoje, ele é um meio de pagamento pela internet, mais eficiente que Paypal ou remessa", afirma.

Para não perder dinheiro diante da volatilidade, Souza diz não deixar o dinheiro parado em sua carteira virtual. Assim que recebe em bitcoins, o valor já é convertido para dólares e cai na sua conta em um banco americano.

Apesar da quebra recente da importante corretora de moeda virtual Mt Gox, o brasileiro ainda considera que é "muito mais seguro" fazer transações em bitcoins do que em moedas "reais".

"Há um risco, mas hoje é muito mais fácil alguém entrar no meu internet banking e roubar meu dinheiro." (IF)

IDG Now!: 15% dos usuários da Internet acham que a rede é ruim para a sociedade


Zach Miners

Em 2014 a Internet completa 25 anos. O seu aniversário, no entanto, pode não ser celebrado por todo mundo.

Dos usuários da Internet, 15% acredita que a rede global seja ruim para a sociedade. É o que mostra uma pesquisa divulgada na quinta-feira (27) pela Pew Research Center, no primeiro dos muitos relatórios encomendados para analisar o surgimento da tecnologia digital.

Desses, 6% disseram que a Internet era ruim para eles pessoalmente. O levantamento foi feito com base em entrevistas por telefone com cerca de mil usuários adultos.

O que está causando esses sentimentos ruins? A empresa com sede em Washington D.C. diz que não obteve mais detalhes com os entrevistados sobre as suas respostas, mas o grupo de pesquisa presenciou uma série de questões ao longo dos anos as quais tendem atormentar as pessoas com relação à vida online, disse Lee Rainie, diretor do Internet and American Life Project.

A principal delas é: a crescente divisão digital entre "deve" e " não deve", bullying online, uso da web para se comunicar apenas com pessoas da mesma opinião, a capacidade da Internet de espalhar desinformação, a perda da privacidade e o narcisismo.

E a perda de contato humano real em favor de interações virtuais.

O bem supera o mal

Para ser justo, 76% dos entrevistados disseram que a Internet era algo bom para a sociedade e 95% dos entrevistados afirmaram que a rede era boa para elas pessoalmente.

E embora possa parecer ruim para alguns, isso não impediu que a maioria das pessoas de acessar serviços. Quase 90% dos adultos americanos usam a Internet atualmente, disse a Pew - isso é um novo recorde, se comparado aos 66% do registrado em 2005, e meros 14% em 1995.

Acredita-se que a World Wide Web foi concebida por Tim Berners-Lee em 1989, que introduziu o conceito do "sistema de hipertexto distribuído", capaz de vincular arquivos juntos em uma rede em expansão. A web é diferente da Internet, que é uma rede subjacente ou uma infraestrutura que a web se baseia.

Muitas das atividades que as pessoas reportaram à Pew envolvem a web, disseram o grupo de pesquisadores, mesmo que os entrevistados não soubessem necessariamente que isso é a camada da Internet que eles estão usando.

A Internet, e a Web construída por cima dela, alterou radicalmente o modo como as pessoas vivem suas vidas, em parte por facilitar o acesso à informação e as conexões interpessoais. Talvez de modo irrevogável.

Mas avaliar a "bondade" e a "maldade" da Internet é algo subjetivo, porque pessoas diferentes usam a rede com propósitos diferentes, e eles se deparam com resultados diferentes.

Os dois lados da moeda

A Internet pode ajudar as pessoas a serem mais produtivas, mas ela também pode ser viciante, diz Roger Kay, fundador da Endpoint Technologies Associates, que estuda questões de mercado relacionadas à Internet.

Kay compara a rede à dirigir um carro. Pode ser algo libertador, mas também pode ser um agente limitador, caso as pessoas não consigam se desligar - como quando estamos presos em um engarrafamento.

E é uma faca de dois gumes. Os canais de mídias sociais, como o Twitter, tem ganhado créditos por dar suporte ao ativismo político durante eventos como os protestos árabes, mas o Reddit também ficou em uma situação ruim com relação aos ataques com bombas na Maratona de Boston, no ano passado, por disseminar informações falsas sobre os suspeitos.

Apesar das preocupações sobre a capacidade da Internet de trazer o pior das pessoas, a pesquisa da Pew mostra que o mundo online pode ser mais amigável que ameaçador.

Dos usuários de Internet, 70% disseram que tinham sido tratados com carinho ou generosamente por outros online. E cerca de dois terços afirmou que as comunicações online tem fortalecido suas relações com familiares e amigos.

Embora a maneira como ela é acessada muda continuamente, a Internet provavelmente veio para ficar. Pouco mais da metade dos usuários disse que a rede seria, no mínimo, algo muito difícil de se desistir, de acordo com a pesquisa, em comparação com 38% que relataram o mesmo em 2006.

Os entrevistados também disseram que seria mais difícil de desistir da Internet do que desistir de assistir TV.

COMPUTERWORLD: Brasil deve gerar 1,1 mil toneladas de lixo eletrônico em 2014


Projeções são de estudo do MDIC e ABDI sobre logística reversa de eletroeletrônicos.

O Brasil deve gerar aproximadamente 1,100 mil toneladas de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) pequenos em 2014, número que deve aumentar para 1,247 mil toneladas em 2015. A previsão é do estudo Logística Reversa de Equipamentos Eletroeletrônicos – Análise de Viabilidade Técnica e Econômica encomendado pela Secretaria de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SDP/MDIC) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

O levantamento ainda mostra que os 150 maiores municípios brasileiros – a maioria nas regiões Sudeste e Sul – são responsáveis por aproximadamente dois terços de todo o lixo eletroeletrônico que se estima seja descartado no Brasil. Também há uma lista de iniciativas de coleta e reuso de REEE, um levantamento do ciclo de vida dos eletroeletrônicos e o mapeamento do consumo, por região e por tipo de produtos, de eletroeletrônicos em todo o país. 

Substâncias tóxicas

O estudo avalia o custo de implantação do sistema e a divisão de responsabilidades entre indústria, comércio, consumidores e governos federal, estadual e municipal e norteará a implantação da política de reciclagem e destinação adequada de resíduos eletroeletrônicos no país. 

Segundo o diretor de Competitividade da SDP, Alexandre Comin, este é o primeiro levantamento desse tipo realizado pelo Governo Federal e vai facilitar a definição de políticas de logística reversa para o segmento, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010).

O diretor explica que a maioria dos REEE são compostos por materiais como plásticos, vidros e metais, que podem ser recuperados e retornados como insumo para a indústria de transformação. Já as substâncias tóxicas como chumbo, cádmio, mercúrio e berílio devem ter tratamento especial porque podem causar danos ambientais e de saúde. 

No levantamento, foram considerados como resíduos de equipamentos eletroeletrônicos pequenos os aparelhos televisor/monitor, LCD/plasma, DVD/VHS, produtos de áudio, desktop, notebooks, impressores, celulares, batedeira, liquidificador, ferro elétrico, furadeira.

A cadeia produtiva de produtos e equipamentos eletroeletrônicos é composta por: Linha Marrom - televisor tubo/monitor, televisor plasma/LCD/monitor, DVD/VHS, produtos de áudio; Linha Verde - desktops, notebooks, impressoras, aparelhos celulares; Linha Branca - geladeiras, refrigeradores e congeladores, fogões, lava-roupas, ar-condicionado; e Linha Azul – batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos e furadeiras.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos disciplinou a gestão integrada e o gerenciamento dos resíduos sólidos no país, sendo o sistema de logística reversa, a responsabilidade compartilhada e a hierarquia de gestão - não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos - os principais destaques, e criou o Comitê Orientador para a Implementação de Sistemas de Logística Reversa. Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, também é integrado por MDIC e Ministérios da Saúde, Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Fazenda.

Com informações da Agência MDIC

COMPUTERWORLD: Watson vai suportar serviços em nuvem da IBM


Tecnologia com capacidade de aprendizagem como os seres humanos vai integrar a infraestrutura da SoftLayer, provedora de cloud da companhia.

EDILEUZA SOARES*

Para dar mais opções às organizações na migração para nuvem, a SoftLayer está integrando à sua infraestrutura de cloud servidores Power Systems Linux da IBM com sistemas de computação cognitiva Watson, com capacidade para aprender como os seres humanos. 

Ofertas baseadas na nova tecnologia devem estar disponíveis a partir do segundo trimestre, segundo anunciou a IBM durante o Pulse 2014, conferência anual da companhia sobre cloud computing, realizada na semana passada em Las Vegas (EUA), que reuniu cerca de 10 mil participantes, entre clientes, parceiros de negócios e analistas de mercado.

Comprada por US$ 2 bilhões, em agosto do ano passado, pela IBM, a SoftLayer é a maior aposta da companhia para compor sua oferta de nuvem, com serviços em rede pública, privada e híbrida. O prestador de serviços tem recebido investimentos pesados da IBM para atrair organizações para cloud e enfrentar concorrentes como a Amazon Web Services (AWS), principalmente em mercados onde não atuava com equipe local, como é o caso do Brasil.

Ao anunciar a integração da linha de servidores Power Systems Linux pela SoftLayer, Tom Rosamilia, vice-presidente sênior de sistema e tecnologia e da unidade de integração de supply chain, destacou que as aplicações precisam de infraestrutura robusta e com alta performance para ganhar velocidade na nuvem. Ele observou que a IBM está colocando no mercado diversas soluções combinadas para acelerar a migração das organizações para cloud.

Uma das ofertas são os servidores Power Systems baseados em Linux, projetados para atender, principalmente demandas de Big Data e ajudar clientes da SoftLayer a melhorar a captura e análise em tempo real de grande de volumes de dados.

Ao comentar sobre a nova oferta, José Luis Spagnuolo, diretor de cloud computing e Big Data & analytics da IBM Brasil, afirmou que os servidores Power Systems são direcionados mais para grandes companhias. A tecnologia é ideal para processamento de sistemas de gestão empresarial (ERP), banco de dados e aplicações de negócios, que exigem ambiente de alta performance. 

Spagnuolo revela que a SoftLayer já conta com cerca de 1,5 mil clientes na América Latina, muitos conquistados antes da compra da IBM, que contratavam processamento em nuvem em datas centers localizados no exterior. 

O executivo aposta no aumento do negócio de nuvem no Brasil, onde as iniciativas estão passando da fase de piloto para projetos práticos. É para acompanhar essa expansão, que a IBM está ampliando as ofertas e também os investimentos no mercado local, com a instalação de um dos 40 data centers, que serão construídos em 2014 em 15 países para suportar as operações de cloud.

O data center da SoftLayer no Brasil está previsto para entrar em funcionamento no segundo semestre. Segundo Spagnuolo, o site ficará fora do complexo da IBM em Hortolândia, no interior de São Paulo. "Estamos neste momento fazendo um estudo de viabilidade para escolha do local certo", comenta executivo, sem dar pistas do lugar.

Questionado sobre o diferencial competitivo entre SoftLayer e AWS, Spagnuolo argumenta que o concorrente é focado mais em infraestrutura. A estratégia da IBM, segundo ele, é entrega de soluções combinadas, incluindo software (SaaS), plataforma, (PaaS) e infraestrutura como serviço como parte de um amplo ecossistema.

O executivo menciona como exemplo, a oferta de SaaS que já contempla mais de 100 aplicações para colaboração, que podem ser usadas pelas áreas de Recursos Humanos das organizações para captura de novos talentos, além de ERPs, soluções analíticas e inteligentes para áreas de saúde, transportes e governos. 

Além disso, Spagnuolo destaca o suporte aos serviços de SaaS da computação cognitiva por meio da tecnologia Watson. Criada inicialmente para equipar supercomputadores, o sistema Watson, que reúne hardware e software, promete ajudar empresas a processarem grandes volumes de dados em tempo recorde, proporcionando melhores interações com os clientes. 

Segundo a IBM, os sistemas Watson entendem pequenos detalhes da linguagem humana, processam perguntas de forma similar ao modo como as pessoas pensam e rapidamente analisam amplas quantidades de dados muitos deles não estruturados. Eles identificam respostas relevantes e baseadas em evidências. "O Watson faz parte das estratégias de SaaS", afirma o diretor da unidade de cloud computing da IBM Brasil.

*A jornalista viajou a Las Vegas a convite da IBM