terça-feira, 6 de maio de 2014

COMPUTERWORLD:Microsoft Azure ExpressRoute será oferecido no Brasil pela Alog -


Controladora do data center, Equinix fechou acordo para ofertar serviço em 16 mercados, incluindo o Brasil.

A Equinix, Inc., empresa de interconexão e data centers global, libera o Microsoft Azure ExpressRoute para seus sites, International Business Exchange em 16 mercados globais. 

No Brasil, a solução será implementada nos quatro sites da Alog Data Centers do Brasil, companhia membro da plataforma Equinix e uma das principais operadoras de serviços de TI do país, no segundo semestre deste ano.

Como primeiro provedor de data centers internacional a oferecer este serviço, a Equinix possibilita aos seus clientes acessar o Azure diretamente em seus data centers nos cinco continentes – América do Norte, América do Sul, Ásia, Europa e Oceania. 

A Microsoft utiliza os sites Equinix para beneficiar-se das mais de 975 redes de telecom e da escalabilidade dos mais de 450 provedores de cloud e 600 provedores de TI. Esta parceria garantirá à Microsoft a capacidade de realizar interconexões com os 4, 5 mil da Equinix ao redor do mundo.

A infraestrutura física do Azure ExpressRoute está disponível através do Backbone de Rede da Equinix, que proporciona conectividade segura e aprovisionamento em tempo real. Com a conexão ao ExpressRoute através da Plataforma Equinix, as empresas poderão integrar sua nuvem e as estratégias de data center beneficiando-se da integração completa entre os novos serviços e as aplicações existentes. 

O Azure é muito aproveitado para cargas de trabalho sazonais que incluem Big Data, armazenamento de arquivos, backup e recuperação de dados, aplicações híbridas, aplicações de produtividade e mídia. 

Atualmente, o ExpressRoute está disponível para teste nos data centers IBX da Equinix em Silicon Valley, Washington D.C. e Londres. No Brasil, o serviço será oferecido no segundo semestre de 2014.

COMPUTERWORLD:Empresas devem liberar ou proibir WhatsApp e outras redes sociais?

Patricia Peck Pinheiro*

Para a advogada Patrícia Pack, uso dessas mídias no ambiente corporativo exige uma norma específica e atualização da Política de Segurança da Informação (PSI).

Como as empresas devem lidar com o uso de aplicativos sociais e de comunicação como WhatsApp, SnapChat, Viber, Voxer, Facebook Messenger, Telegram e Chaton, e tantos outros que surgem a cada dia? Aceitar e permitir? Ou proibir? O que é melhor do ponto de vista técnico? E do ponto de vista jurídico?

Independente da escolha da empresa, os colaboradores estão usando. Então, de qualquer modo, este novo cenário exige regras claras! Isso tem provocado a necessidade de implementação de uma norma específica sobre o tema, bem como atualização da Política de Segurança da Informação (PSI), para que a diretriz não trate apenas da informação e dos dispositivos, mas também do ambiente de aplicativos e nuvem.

Do ponto de vista estratégico, visando mobilidade e competitividade internacional, a TI deve servir ao negócio, logo, a opção de permitir sob certas condições e com requisitos claros de conformidade legal e segurança da informação é o caminho mais sustentável.

A primeira coisa que deve ser feita é definir claramente o escopo desta norma sobre uso de aplicativos sociais como sendo, com referência no ITIL, um conjunto de código e instruções compiladas, executadas ou interpretadas por um Recurso de TIC, hospedadas em um dispositivo ou na nuvem, que é usada para troca rápida de mensagens, conteúdos e informações multimídia.

A partir do momento que a informação que circular no aplicativo for da empresa, a mesma pode determinar qual a regra aplicável.

Portanto, é fundamental haver uma orientação clara sobre questões como: procedimento de backup (para não perder a documentação da comunicação corporativa), nível de segurança aplicável conforme a classificação da informação (ex: se terá que usar codificação, criptografia ou se há restrição para uso deste canal devido ao grau de sigilo e confidencialidade), entre outros.

Uma das alternativas é prever que o uso destes recursos é uma prerrogativa relacionada a alçadas e poderes, ou a função e cargo, ou ainda que depende de uma autorização prévia acompanhada da justificativa do negócio. No entanto, em que pese o desejo de controlar a informação, ela circula entre chefes e subordinados, se o superior tem WhatsApp é muito provável que seu time acabe se comunicando com ele por este ambiente, a pedido dele mesmo, para facilitar a própria gestão.

A maioria dos aplicativos sociais está na nuvem, logo, a norma que trata do uso dos mesmos acaba por também tratar do uso da própria nuvem. Com o crescimento dos tablets pessoais em reuniões de trabalho, é emergencial determinar regras clara sobre a guarda ou transferência de informações através dos repositórios digitais tais como Google Drive, SkyDrive, Dropbox, iCloud, Box e SugarSync.

Para estes casos devemos aplicar a máxima “se não pode vencê-los, junte-se a eles”. Mas isso deve ser feito acompanhado de um trabalho de blindagem legal com documentação formal escrita e de campanha de conscientização de segurança, já que a decisão entre proteger ou tornar público está a cada dia mais na mão do usuário dos dados.

Por último, deve-se sempre reforçar o dever de cautela e sigilo profissional de todo equalquer colaborador, inclusive dos terceirizados. Ademais, deve-se deixar claro que quando o conteúdo tiver algum tipo sigilo legal, seja ele bancário, fiscal, judicial ou de propriedade industrial ou intelectual, deve-se buscar usar um canal mais seguro de comunicação, sempre!

A melhor regra é a que é implementável. Não importa onde está a pessoa, a informação, se no âmbito pessoal, profissional, dentro ou fora da empresa. Por isso, fazendo uma redação simples mas objetiva, consegue-se tratar o tema sem paralizar a operação ou gerar riscos desnecessários para o negócio.

Minha sugestão é atualizar o quanto antes a PSI pois o pior risco é justamente não ter regra definida ainda sobre o assunto. Algo como: “sempre ao compartilhar assuntos de trabalho, em qualquer local, dentro ou fora do ambiente de trabalho, a partir de qualquer tipo de canal, mídia, ferramenta ou tecnologia, o colaborador deve respeitar a ética, a legislação vigente no Brasil e cumprir com seu dever de sigilo profissional, aplicando a melhor técnica disponível na época para garantir a segurança da informação no nível exigido pela classificação da mesma”. E vamos focar no resultado, pois é para isso que usamos tecnologia, para servir ao negócio!

Folha de S.Paulo:Redes isoladas ganham adeptos por medo de espionagem na internet

Folha de S.Paulo:Redes isoladas ganham adeptos por medo de espionagem na internet 
CARLOTTA GALL
JAMES GLANZ

Esta cidade pesqueira no Mediterrâneo é o local improvável de um experimento para refazer a internet global. Mas os moradores daqui têm um surpreendente nível de conhecimento digital e lembranças bem nítidas de como a internet pode ser mal empregada.

Um grupo de acadêmicos e entusiastas da computação participantes da revolta de 2011 que derrubou a ditadura na Tunísia ajudou sua cidade a se tornar um caso de teste para uma alternativa: uma rede local fisicamente separada, feita de antenas habilmente programadas e espalhadas pelos telhados.

O Departamento de Estado americano forneceu US$ 2,8 milhões (R$ 6,19 milhões) a uma equipe de fanáticos por software, ativistas digitais e hackers americanos que desenvolveram o sistema, chamado de rede em malha, de modo a permitir que dissidentes do exterior se comuniquem com mais liberdade e segurança do que na internet aberta.

Um alvo que certamente vai provocar debate é Cuba: a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) prometeu US$ 4,3 milhões (R$ 9,5 milhões) para criar redes em malha por lá.

Outros projetos financiados pelo Departamento de Estado mostraram que a malha poderia servir a moradores em bairros pobres de Detroit e foram a tábua de salvação digital em parte do Brooklyn durante o furacão Sandy. Mas, assim como no exterior, os americanos cada vez mais citam o temor da espionagem governamental ao explicar o apelo das redes em malha.

EUA E SNOWDEN

Desde que o projeto da malha surgiu, em 2011, seu objetivo original –contornar os espiões do governo– virou um assunto desconfortável para autoridades americanas que apoiavam o projeto.

Isso porque a Agência de Segurança Nacional americana (NSA), segundo documentos vazados por Edward Snowden, mostrou ser uma espiã mundial na internet.

Sascha Meinrath, da New America Foundation, de Washington, grupo que vem desenvolvendo o sistema em malha, disse que recebeu "centenas de pedidos de consulta dos EUA inteiros" após as denúncias de Snowden.

"As pessoas estão nos perguntando como proteger sua privacidade", disse Meinrath.

Folha de S.Paulo:Internet chegará a 3 bilhões de usuários até o fim do ano, diz ONU

Folha de S.Paulo:Internet chegará a 3 bilhões de usuários até o fim do ano, diz ONU 

Relatório divulgado nesta segunda-feira (5) pela ITU (União Internacional de Telecomunicações), órgão ligado à ONU, mostra que o número de usuários da internet chegará a 3 bilhões até o fim deste ano. Outro dado relevante diz respeito à quantidade linhas de celular, que chegará a 7 bilhões –quase o mesmo número de habitantes do planeta, estimado em 7,1 bilhões pelos EUA.
É importante ter em mente que, apesar de a quantidade de linhas de celular ser semelhante à de pessoas, muitos usuários têm mais de uma linha de celular. No Brasil, por exemplo, há cerca de 135 linhas de celular para cada 100 habitantes, de acordo com a Anatel.

Tanto o crescimento de usuários on-line como o de linhas de celular é atribuído pela ITU principalmente aos países em desenvolvimento na África e na Ásia.

De acordo com o relatório, essas são as regiões "com maior crescimento de linhas de celulares, mas as menores taxas de penetração".

Ainda segundo a ITU, das 3 bilhões de pessoas que terão acesso à rede até o fim do ano cerca de dois terços –ou 2 bilhões de pessoas– estão em países em desenvolvimento. Mesmo assim, a penetração da internet em países desenvolvidos, como era de se esperar, é bem maior.

"[Os números] correspondem a uma penetração de 40% dos usuários globalmente, sendo 78% em países desenvolvidos e 32% em países em desenvolvimento. Mais de 90% das pessoas que ainda não usam a internet estão no 'mundo em desenvolvimento'."

Folha de S.Paulo:Promissora, tendência do "big data" ainda é problemática


TOM BRADY
Algumas grandes ideias da era tecnológica, que supostamente mudariam a vida das pessoas, estão revelando ser como muitas das grandes ideias do passado, que também se pensava que mudariam vidas.
São más ideias, nada mais.

Os marqueteiros nos garantiram que as pulseiras de fitness levariam uma geração de pessoas obesas, pouco motivadas e que não saem do sofá a praticar exercícios. As pulseiras dariam ao usuário feedback imediato sobre os 3.500 passos, os 5.000 passos ou seja quantos passos fossem que precisaríamos para alcançar nossas metas. Acabariam com a epidemia de obesidade, reduziriam os casos de diabetes e nos ajudariam a encontrar os parceiros bonitos e de corpo bem torneado que desejávamos.

Mas o repórter do "New York Times" Nick Bilton observou uma discrepância gritante entre o que disseram as pulseiras Nike FuelBand dele e de um amigo seu, depois de passarem um dia caminhando pelas ruas íngremes de San Francisco. A pulseira de seu amigo disse que ele tinha sido ativo, e a de Bilton o informou que ele tinha sido preguiçoso.

"Essa é a verdade incômoda sobre muitas das pulseiras de fitness que você vê pessoas usando", escreveu Bilton. "Elas não funcionam realmente. Ou, pelo menos, não funcionam tão bem quanto os fabricantes querem que a gente pense."

As avaliações das pulseiras de fitness apontam para suas falhas, como o fato de não registrarem uma sessão na bicicleta ergométrica. O momento delas como acessório desejável para quem faz exercícios pode ter curta duração; em abril, a Nike demitiu a maior parte da equipe que produz sua pulseira FuelBand, Bilton informou, e anunciou que vai focar sua atenção nos aplicativos.

As promessas do "big data" (o conjunto das tecnologias de coleta e análise de grandes volumes de dados) parecem ser ilimitadas, e os relatos criam a impressão de que não existe praticamente nada que ele não seja capaz de fazer. Com a análise de trilhões de buscas para detectar surtos de gripe ou zilhões de dados telefônicos para detectar um ataque terrorista, escreveram Gary Marcus e Ernest Davis no "New York Times", "o 'big data' promete resolver virtualmente qualquer problema com a análise dos números –criminalidade, saúde pública, a evolução da gramática, os perigos dos encontros românticos."

Mas, dizem, o caminho para um futuro melhor por meio do big data é repleto de grandes problemas. Eles citaram pelo menos nove, entre os quais:

É possível enganar o big data. Os programas big data de avaliação de redações de estudantes muitas vezes se baseiam em critérios como comprimento de sentenças e sofisticação das palavras usadas. Em vez de aprender a escrever bem, os estudantes aprendem a compor orações longas e usar palavras obscuras.
Em 2009 o Google Flu Trends rastreou buscas sobre gripe e teria tido resultados melhores que os monitores oficiais. Nos últimos dois anos suas previsões têm tido mais erros que acertos.
Há um efeito de câmara de ecos, já que boa parte do big data vem da web. Se uma análise feita com big data é um produto de big data, os ciclos viciosos se multiplicam.

Nem todas as grandes ideias atuais estão ligadas à tecnologia. Considere-se o golfe, cujos praticantes vêm diminuindo nos últimos anos. Os Estados Unidos perderam 5 milhões de jogadores de golfe nos últimos dez anos, e nos últimos 20 anos a participação de pessoas na faixa dos 18 aos 34 anos caiu 30%. A era da gratificação instantânea tornou muito menos atraente um esporte praticado por quatro ou cinco horas em antigos campos agrícolas. E é um esporte difícil de dominar, que frustra a maioria de seus praticantes.

Assim, a grande ideia é aumentar o tamanho dos buracos. Com quase 10,8 centímetros de diâmetro, o buraco de golfe hoje é duas vezes maior que a bola, mas algumas pessoas estão propondo um buraco com diâmetro de 38 centímetros.

Charles McGrath escreveu no "New York Times" que, se for adotada, a mudança roubará do jogador o doce prazer sentido quando ele acerta uma bola "de seis metros de distância, que sobe um morrinho, vira à esquerda e descreve uma curva antes de correr para dentro do buraco, como um roedor". E essa é uma má ideia, nada mais.