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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Info: Competição da Microsoft premiará estudantes com 50 mil dólares

Competição da Microsoft premiará estudantes com 50 mil dólares

Adeline Daniele
O diretor de novas tecnologias e inovação da Microsoft Brasil, Richard Chaves, explica sobre a 13ª edição da Imagine Cup

De um game que ajuda a identificar as fases da anemia até um tradutor de linguagem de libras para deficientes auditivos, a Microsoft já ajudou a viabilizar centenas de projetos de impacto no mundo com a Imagine Cup, competição de tecnologia para estudantes que é realizada há 12 anos no mundo todo.

Anunciada na noite dessa terça-feira no escritório da Microsoft em São Paulo, a 13ª edição da competição está com inscrições abertas até março de 2015 e a empresa espera receber mais de 60 mil inscrições no país.

A ideia do torneio é que os participantes coloquem em prática ideias inovadoras e ainda possam concorrer a prêmios, obtendo mais reconhecimento em suas carreiras e até mesmo conseguindo alavancar startups com a ajuda das aceleradoras parceiras da companhia.

“A intenção da Microsoft ao criar essa copa do mundo é estimular os estudantes a se interessarem mais por tecnologia e descobrir novas ideias que possam mudar o mundo”, afirma o diretor de inovação e novas tecnologias da Microsoft Brasil, Richard Chaves.

Há três categorias disponíveis para quem quiser se candidatar: Cidadania Mundial, Jogos e Inovação, e os primeiros colocados em cada uma delas receberá 50 mil dólares como prêmio, além de vários outros benefícios como o programa BizPark, que oferece licenças gratuitas de software para startups viabilizarem suas ideias.

Um dos principais diferenciais da disputa está em sua abertura para estudantes de várias idades, cursos e níveis de conhecimento, uma medida que ajuda a trazer um maior número de projetos em áreas diversas. Basta ser estudante em alguma instituição. Para a edição de 2015 do evento, a novidade é que estudantes a partir de 16 anos também podem participar.

Além disso, não é preciso saber programar e nem ter conhecimentos técnicos sobre informática. “Tivemos até o caso de um médico que já estava cursando o doutorado e não sabia programar. Ele chamou um amigo para a equipe que sabia desenvolver e criou um projeto para ajudar a salvar a vida de diabéticos com um game que ensina os profissionais da saúde a dosar a insulina da maneira certa. Uma verdadeira iniciativa de cidadania”, diz Chaves.

Rafaela Costa é outro exemplo. Ela trabalhava como jornalista quando resolveu cursar uma graduação na área de games, uma de suas paixões.

Ao saber sobre a premiação, ela e seus colegas de classe inscreveram um projeto e, depois de meses de trabalho, se tornaram campeões da 9ª edição da Imagine Cup, em 2011, com o jogo UCAN.

O projeto de sua equipe chegou a ser usado pela prefeitura de Curitiba e envolve ações de cidadania que impactaram sua comunidade, com 300 mil colaboradores em todo o mundo atualmente.

Além da oportunidade de conhecer diferentes lugares no mundo, Rafaela conta que depois da premiação não faltaram ofertas de emprego para ela e seus colegas. Ao se formar na área de jogos, ela se tornou professora da Universidade Positivo e hoje é CEO de uma empresa de games parceira da Microsoft.

A empreendedora, assim como outros vencedores da Imagine Cup, também ajuda outros estudantes a concluírem seus projetos na competição por meio de mentoria.

“Na própria faculdade onde dou aula nós estimulamos os alunos a usarem seus projetos de TCC para a competição. Além disso, também nos preocupamos com a forma como essas ideias são vendidas, por isso aconselhamos que eles invistam em um bom plano de negócios e marketing”, diz Rafaela.

Além de falar sobre os detalhes da disputa, a Microsoft anunciou que a final brasileira do torneio será realizada em Curitiba.

A capital paranaense também acaba de ganhar um novo centro de inovação (MIC), iniciativa da fabricante de software para fomentar a indústria de tecnologia por meio da parceria com escolas. Atualmente, os MICs estão presentes em mais de dez cidades brasileiras, como São Paulo, Fortaleza, Vitória, Recife e Belo Horizonte.

Como faço para me inscrever?

As inscrições para o Imagine Cup 2015 podem ser feitas até 15 de março de 2015 pela página do evento. É necessário que apenas um estudante inscreva o projeto por sua equipe, com no máximo seis componentes. Lembrando é preciso ter a partir de 16 anos para participar.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Olhar Digital: Adolescentes veem futuro na programação

Olhar Digital: Adolescentes veem futuro na programação:

Na última terça-feira, 7, a Microsoft promoveu oficinas com 300 alunos de colégios públicos e privados de São Paulo para incentivar o estudo da programação. A iniciativa faz farte da campanha "Eu Posso Programar", que pretende ensinar noções básicas a mais de um milhão de jovens na América Latina.

Durante o evento, estudantes de 12 e 18 anos puderam experimentar a Hora do Código, uma hora de curso do Code.org que é dividida em 20 etapas. Com a ajuda de personagens dos jogos Angry Birds e Plants vs. Zoombies, os alunos puderam entender comandos de código simples ao arrastar blocos para atingir metas.

O resultado das oficinas foi animador e mostrou que a programação é vista, sim, como uma possibilidade para o futuro para os jovens. Talita Machioto e Douglas Alves, alunos da Escola Estadual Joaquin Suarez, participaram do programa. Mesmo sem ter tido nenhum contato anterior com códigos, Talita disse que vai tentar aprender sozinha. "Vou entrar no site, fazer a hora de código e tentar continuar", prometeu.

Já Douglas foi além e compartilhou seu sonho futuro. "Me interessei pela programação porque é criativo e pode ser uma forma de ganhar dinheiro. Quero fazer um site de filmes no futuro e ter muitos acessos", disse.

Além dos alunos, professores também foram instigados pelo curso. Marilene Guimarães, professora de português do Ensino Médio da escola, disse que vai tentar incluir programação nas aulas. "Sei o básico de computador, mas depois de vir aqui hoje, minha mente abriu. Agora quero trabalhar nas minhas aulas com tecnologia, principalmente depois de ver que programação é fácil e que trabalha com linguagem", contou.

Mas a programação não é desconhecida por todos. Ian Alkmin e Rafael Goldstein, alunos do 2º ano do Ensino Médio no Colégio Bandeirantes, participam há algum tempo do curso preparatório para a OBI (Olimpíada Brasileira de Informática) e ao chegarem na sede da Microsoft Brasil, disseram já conhecer algumas das ferramentas demonstradas.

"Programas como o Scratch ou que usam blocos para ensinar códigos não são novidade para nós. Mas para quem nunca programou ou está começando agora, isso serve como um incentivo para começar a aprender porque é algo bem simples", opina Ian. "Para a gente é algo mais fácil porque já dominamos a língua em si: as letras, o que escrever, a sequência lógica... Mas para quem não sabe nada, ter essa abstração e não precisar decorar comandos e variáveis logo de cara é muito bom para começar", completa Rafael.

Alkmin lembra também da questão do estereótipo da programação, visto por muitos como "coisa de nerd". "As pessoas ainda têm uma ideia muito deturpada do que é programar. Talvez com iniciativas como essa seja possível divulgar a programação para os amigos e mostrar que não é algo difícil e também é muito útil".

A questão da profissão

Ian, que pretende prestar vestibular para Engenheria da Computação ou Ciência da Computação, acredita que a programação está deixando de ser um estudo avançado para ser aprendida cada vez mais cedo. "Normalmente programação é algo que você aprende na faculdade, quando já é tarde demais. Mas diferente do que muitos pensam, existem pessoas que querem programar desde cedo para, no futuro, criar seu aplicativo, jogo, serviço ou mesmo estudar o assunto com mais profundidade", opina.

Contudo, Rodrigo Assirati, coordenador de tecnologia educacional no Colégio Porto Seguro, defende que nem sempre estudar programação significa escolher os códigos como profissão. "Não acredito que ensinar programação direcione os alunos para o mercado de tecnologia em nenhum sentido. A programação empodera o estudante de conseguir usar a tecnologia para se expressar e não ser só um consumidor passivo. Ele vai ser um desenvolvedor ativo", afirma.

"Independentemente da profissão que o aluno escolher, ele sabe que vai poder dialogar de uma forma melhor com a tecnologia porque ele compreende o processo pelo qual ela foi envolvida", completa.

A programação nas escolas

Apesar de parecer um sonho distante, o ensino de programação nas escolas começa a ganhar corpo. No Colégio Porto Seguro, por exemplo, os alunos podem entrar em contato com os códigos em quatro momentos: oficina extracurricular, aulas de robótica extracurricular, aulas de tecnologia curriculares e um curso de tecnologia criado pelos próprios alunos.

Katia Gianone, diretora de comunicação e cidadania da Microsoft Brasil, lembra, porém, a lacuna deixada na maioria dos colégios, principalmente os da rede pública. "Seria muito legal conseguirmos inserir a programação no currículo das escolas, porque isso só vai fortalecer a educação do jovem. A programação estimula raciocínio lógico, amplia o conhecimento de tecnologia e aumenta as oportunidades de emprego", afirma.

Além de colégios particulares que incluem a programação na sua grade, atualmente já existem escolas brasileiras voltadas para o ensino de programação para crianças e adolescentes, como a SuperGeeks. Porém, se você não for criança ou adolescente ou não quiser pagar por um curso, pode experimentar ferramentas gratuitas como o Code.org, Codeacademy, Scratch, Try Ruby, Code School, Hackasaurus e o Dreamspark, da própria Microsoft.

Fonte: "Olhar Digital: Adolescentes veem futuro na programação." Olhar Digital. N.p., n.d. Web. 10 Oct. 2014. <http://olhardigital.uol.com.br/pro/noticia/adolescentes-veem-futuro-na-programacao/44594>.