quinta-feira, 8 de novembro de 2012

TI INSIDE: Câmara aprova projetos de lei que tipificam crimes na internet




O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 7, dois projetos de lei (84/99 e 2793/11) que tornam crimes determinadas condutas praticadas por meio da internet, entre eles o que também ficou conhecido como "Lei Carolina Dieckmann". Com a aprovação da Câmara e do Senado, os projetos seguem agora para sanção da presidente Dilma Roussef. 

O PL 84, por exemplo, tipifica o uso de dados de cartões de crédito ou débito obtidos de forma indevida ou sem autorização. A proposta equipara essa prática ao crime de falsificação de documento particular, sujeito à reclusão de um a cinco anos e multa. 

Já o PL 2793/11, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), tipifica como crime o acesso a e-mails e informações sigilosas, com pena prevista de três meses a dois anos de prisão, além de multa. A pena será a mesma para quem vender ou divulgar gratuitamente esse material. Neste caso, o projeto pode ajudar a resolver situações como a violação do computador da atriz Carolina Dieckman, que teve fotos íntimas divulgadas na web, após ter o computador invadido. Com informações da Agência Câmara.

IDG Now!: Sem o Marco Civil, a internet é vunerável



“Em vários países, a Internet é considerada um direito fundamental. No Brasil, estamos tornando um direito governamental. Tudo fica para decreto.”

“Hoje é o dia de se investir contra a internet. Peço a atenção dos partidos de oposição. Tratar com pressa não é boa coisa.”

“Há uma ofensiva do governo para controlar a internet. A internet não pertence ao Estado. A internet pertence aos cidadãos. É livre e foi criada para ser livre”, disse.

As frases, proferidas pelo deputado Miro Teixeira (PDT/RJ), ilustram bem o que aconteceu nesta quarta-feira, 7/11, no Plenário da Câmara dos Deputados, ao aprovar dois projetos de lei que tipificam crimes cometidos pela Internet e adiar para a próxima semana a votação do Marco Civil da Internet, que trata dos direitos dos internautas e dos deveres dos provedores de acesso e de serviços/conteúdos.

Criminalizamos a rede, mas não conseguimos chegar a um consenso sobre as liberdades que queremos defender. Entre elas, o princípio da neutralidade de rede, que de fato merece um debate mais aprofundado no Congresso, especialmente diante das implicações que uma regulamentação posterior, mal conduzida, possa ter, vis-à-vis às últimas declarações do Ministro das Comunicações Paulo Bernardo, já que o novo texto do Marco Civil delega a regulamentação das exceções ao Poder Executivo.

Me desculpe mais uma vez o Ministro Paulo Bernardo, mas não consigo ver no que o princípio de neutralidade de rede regulamentado ou não pela Anatel  ajudará a definir “quem vai ganhar o quê” com o atual modelo de negócios da internet e nem a “separar os interesses das grandes corporações da internet dos interesses de usuários individuais”.

Certamente, ministro, a julgar por suas declarações, vai separar os interesses dos usuários individuais e das grandes corporações da internet dos interesses das operadoras. Basta ver como elas têm se portado até hoje em relação à iniciativa dos pontos de troca de tráfego, PPTMetro, do Nic.br…

Uma das principais vantagens do modelo de pontos de troca é a racionalização dos custos, uma vez que os balanços de tráfego são resolvidos direta e localmente e não através de redes de terceiros, muitas vezes fisicamente distantes. Outra grande vantagem é o maior controle que uma rede pode ter com relação a entrega de seu tráfego o mais próximo possível do seu destino, o que em geral resulta em melhor desempenho e qualidade para seus clientes e operação mais eficiente da Internet como um todo.

Acordos multi­laterais e bilaterais de troca de tráfego podem resultar em economia de recursos com a contratação de banda e a melhor qualidade de interconexão. Razão pela qual as operadoras brasileiras ignoram a iniciativa de uso dos PTTs geridos pelo PPTMetro.

De novo é fácil entender: hoje, no Brasil, quem solicita a troca de tráfego com determinada operadora tem que ir até ela para buscar o que deseja. Ou seja, tem que levar uma conexão direta até o ponto da troca (quase sempre o datacenter da operadora ou do provedor controlado por ela). Ora, quem cobra por essa conexão _ muitas vezes um valor maior que o custo de uma linha de comunicação de dados padrão para um provedor internet? A operadora, claro.

Pois é… me lembrei dela quando li sua declaração, ministro Paulo Bernardo: “Nem tudo que parece ser de graça é de fato de graça e os grandes sites de busca hoje estão trilionários”.

Pois bem… É uma prática corrente do Google a instalação do chamado Google cache, um conjunto de equipamentos colocados dentro da operadora para facilitar o acesso dos clientes dessa operadora aos seus conteúdos mais requisitados. Onde o cache inexiste, seja pela natureza do conteúdo acessado ou por interesse da operadora, o acesso precisa ser roteado através das redes de comunicação de dados que formam a malha da internet, muitas vezes usando diversas redes, de diferentes operadoras. A tal Taxa Google seria uma taxa paga pelo Google pela interconexão das redes, como a taxa cobrada hoje entre as redes fixas e as redes móveis.

Mais uma vez, a lógica das operadoras é a de ganhar sempre, dos dois lados: de quem quer ter acesso ao conteúdo e de quem provê o conteúdo. Não contentes apenas em vender o acesso para o usuário, querem que os provedores do conteúdo que esse usuário deseja acessar também paguem por fornecerem esse conteúdo, que na visão delas, operadoras, sobrecarrega a rede. É como se elas dissesse: hei, você aí, que entope a minha rede, e ganha muito com isso; você também tem que me pagar um pedágio por eu ter construído a estrada que escoa a mercadoria que você vende, além daquilo que você já me paga por levar a rodovia até a sua porta.

Explico. Tradicionalmente, cada ponta da Internet contrata a banda de que precisa e isso deveria ser o bastante para a cadeia de infraestrutura. Sempre foi assim. Um grande consumidor de banda, como por exemplo um provedor de vídeos, contrata e paga por sua conexão à rede. O mesmo ocorre com o consumidor, que pode escolher entre os diferentes planos, de acordo com a banda contratada. Portanto, no caso do provedor de vídeos o pagamento pela banda já ocorre. Se houver pagamento adicional, haverá cobrança dupla.

No extremo, imagine se a companhia de eletricidade quisesse participação no lucro das indústrias que usam eletricidade!?!

Pois bem, nada disso deveria dizer respeito ao princípio básico da neutralidade de rede. Aquele que estabelece que todos os pacotes de determinada natureza devam ter tratamento isonômico, ou seja, sejam tratados da mesma forma, sem discriminações quanto ao conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicativo utilizado na comunicação. Que um provedor de serviços de Internet não poderá tratar diferentemente um serviço online de vídeo de uma empresa concorrente, em benefício de um serviço análogo por ele gerenciado, por exemplo.

Todas as declarações do atual ministro são argumentos das operadoras na briga para a mudança do modelo de remuneração da Internet. O que remete a outra discussão que, ontem, acabou por provocar novo adiamento da votação do Marco Civil na Câmara.

Neutralidade não deveria dizer respeito a planos e tarifas relacionados a velocidades e volumes, argumento usado pelo deputado Ricardo Izar (PSD-SP), ao comprar a internet com uma estrada congestionada. “Se um usuário paga R$ 9,90 para ter só e-mail e outro paga R$ 200 para baixar filmes, quem paga caro tem de ter prioridade na hora do congestionamento ou as operadoras terão de aumentar o preço do pacote mais barato”, disse ele.

Não senhor… Isso é o que as operadoras gostariam que acontecesse. Hoje, na estrada congestionada da Internet, mesmo quem tem uma Ferrari anda na mesma velocidade de quem tem um Fusca, simplesmente porque os veículos não são discriminados por marca ou modelo. Misturam-se no bolo engarrafado. Só aos veículos de emergência é dada prioridade para que andem em uma velocidade acima da média. Em condições normais de tráfego, a Ferrari dispara, observados os limites de velocidade estabelecidos, entrega seus pacotes mais rápido do que quem anda de Fusca. Imaginemos que a Ferrari seja um pacote de VoIP e o Fusca o pacote de e-mail. É exatamente o que já acontece hoje na Internet. Por razões técnicas da natureza do serviços que prestam, o VoIP anda mais rápido, sem que isso pese no valor pago. O valor do pago está relacionado às condições da estrada onde Ferrari e Fusca andam, mais larga ou mais estreita.


Explico. A neutralidade de rede prevista no Marco Civil não proíbe cobrança por volume de tráfego de dados, mas apenas a diferenciação de tratamento do pacote. O que o Marco Civil proíbe é a diferença de qualidade, mas não a de quantidade. Hoje, de certa forma, a cobrança é feita indiretamente por volume de tráfego, com base na capacidade máxima do fluxo de dados da conexão. Para usuários domésticos, por exemplo, cobra-se proporcionalmente à “capacidade da estrada”, ou seja, quantas pistas ela tem. Se a estrada é mais larga (10-20Mbps), paga-se mais do que quando é mais estreita (1-2Mbps). Como a neutralidade garante que os pacotes são enviados de um ponto a outro da rede sem que se faça distinção entre eles, com uma estrada mais larga, mais pacotes podem ser enviados ao mesmo tempo.

É em função dessas diferenças no tráfego que Demi Getschko, membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), costuma dizer que neutralidade da rede é um conceito bastante complicado de se discutir, já que ela deve ser exercida em cada camada da rede, com diferentes implicações para cada uma dessas camadas. Em geral, segundo ele, neutralidade deve ser uma equação que equilibre qualidade e quantidade, com diferentes níveis de serviços, mas sempre garantida a não-discriminação dos pacotes.

Antes de qualquer coisa, é necessário dividir os serviços entre aqueles que não podem sofrer atraso e os que, se houver algum atraso razoável, não estariam prejudicados. Voz sobre IP (VoIP), por exemplo, seria um exemplo da primeira categoria, e correio eletrônico seria um exemplo da segunda categoria. Portanto, seria necessário, a seu ver, razoabilidade na administração desses serviços, de modo a garantir melhores conexões para os serviços que são sensíveis ao atraso.

O Marco Civil faz isso. De acordo com o texto proposto, o tratamento diferenciado a vídeos em tempo real ou mesmo a VoIP, por exemplo, está assegurado. Eles podem ser priorizados por motivos técnicos justificáveis, que garantem a qualidade da boa prestação do serviço, sem que haja, contudo, violação ao princípio da neutralidade.

Outro princípio importantíssimo é que a inteligência da Internet está nas pontas, nos computadores ou terminais dos usuários, e não no núcleo da rede – e qualquer terminal pode se comunicar com qualquer outro. Esse conjunto é que permite e garante a inovação. Permite a livre concorrência e o surgimento de novos atores no mercado. Qualquer pessoa pode inventar uma nova aplicação e disponibilizá-la na rede, sem solicitar permissão a ninguém, sem ter de pagar nada a mais por isso, além da contratação da banda necessária para a consecução de seus serviços com qualidade. Não há barreiras que impeçam que determinados produtos circulem pelas estradas que formam a malha de tráfego da Internet.

Modelos diferenciados de cobrança considerando a origem e o tratamento dos pacotes poderiam resultar no fim do modelo descentralizado da Internet e em maior controle do meio em si, impedindo que determinadas mercadorias trafeguem livremente. Empresas de telecomunicações não poderão tratar de forma discriminatória aplicações que permitam a realização de conversas por voz por intermédio da rede. Na estrada, a Ferrari paga o mesmo pedágio que o Fusca. Mas como o dono do Fusca não necessita andar em altíssima velocidade, ele pode optar por usar estradas secundárias, onde a quantidade de pedágios é menor, o que faz o custo total pelo uso da estrada ser menor também. Dentro da estrada que você escolheu, tudo tem que ser tratado da mesma forma.

Os objetivos do Marcos Civil, ao preservar os direitos de todos os cidadãos e as características básicas da Internet, são garantir a neutralidade da rede e promover a inovação, proteger a liberdade de expressão e a privacidade do usuário, além de impedir propostas autoritárias que venham a desfigurar a natureza aberta, não proprietária e distribuída da Internet. É preciso que seja aprovado na Câmara, para que as discussões a respeito continuem no Senado, até mesmo para balizar a aplicação dos dois projetos de lei sobre crimes cibernéticos já aprovados, especialmente nos artigos 10 e 15, que tratam dos logs e da remoção de conteúdos. Dois pontos, aliás, tão polêmicos no novo texto do Marco Civil quanto a neutralidade.

É o Marco Civil que, em linhas gerais, definirá os limites da mão pesada do governo sobre a Internet. Estabelece os direitos, as garantias e as responsabilidades dos usuários e provedores de serviços de internet, além de padronizar diversos conceitos e estabelecer princípios e diretrizes para o uso da Internet no Brasil.

“A aprovação do projeto é de extrema urgência. Será muito importante para evitar contradições e inconsistências na regulação de outros temas relacionados à internet e há muito tempo têm sido cobrados pela sociedade – como a proteção de dados pessoais, os cibercrimes e o comércio eletrônico”, ressalta o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira.

Não discuti-lo e aprová-lo, considerando todas essas questões, aproveitando-se de manobras políticas, é dar razão ao deputado Miro Teixeira.

R7: "Constituição da internet" pode ser votada nesta quarta



O Plenário da Câmara pode votar hoje (7) três projetos de lei que regulamentam o uso da internet no Brasil. Dois deles tratam da punição de crimes cibernéticos (PL 84/99 e PL 2793/11) e o outro é a proposta de marco civil da internet (PL 2126/11, apensado ao PL 5403/01). Apresentado pelo governo, o marco civil é uma espécie de Constituição da internet, com princípios que devem nortear o uso da rede no Brasil, direitos dos usuários e obrigações dos provedores do serviço.

“Existe um entendimento entre governo e a oposição no sentido de votar em conjunto, para ir à sanção da presidente da República, as três propostas”, explica o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

“O presidente Marco Maia deve colocar em votação amanhã os três projetos sobre internet”, confirmou o relator da proposta de marco civil, deputado Alessandro Molon (PT-RJ). “É desejo de o presidente Marco Maia deixar como legado a aprovação da primeira lei geral brasileira sobre internet, o marco civil, que dará segurança jurídica para essa área no Brasil”, completou.

Segundo Eduardo Azeredo, o acordo não previa inicialmente a votação do marco civil da internet diretamente no Plenário, e sim primeiramente na comissão especial que analisa a proposta. “Mas vamos buscar um entendimento, porque finalmente se chegou à compreensão de que é necessária uma legislação específica sobre crimes cibernéticos”, disse Azeredo, que relatou o PL 84/99 no Senado e na Comissão de Ciência e Tecnologia. Segundo o deputado, os dois projetos (PL 84/99 e PL 2126/11) que tratam de crimes na internet são complementares.

Crimes cibernéticos

Em tramitação há treze anos no Congresso, o PL 84/99 inclui novos crimes no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), como o de usar dados de cartões de crédito ou débito obtidos de forma indevida ou sem autorização. O texto equipara essa prática ao crime de falsificação de documento particular, sujeito à reclusão de um a cinco anos e multa. Outra novidade é a previsão de que mensagens com conteúdo racista sejam retiradas do ar imediatamente, como já ocorre atualmente em outros meios de comunicação, seja radiofônico, televisivo ou impresso.

O PL 2793/11, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), também inclui novos tipos penais, como ter acesso a e-mails e informações sigilosas, com pena prevista três meses a dois anos de prisão, além de multa.

A pena será a mesma para quem vender ou divulgar gratuitamente esse material. Já aprovado pela Câmara e modificado no Senado, o projeto pode ajudar a resolver situações como a violação do computador da atriz Carolina Dieckman que resultou na divulgação de suas fotos pessoais na internet. “Da parte da oposição, assim como votamos o projeto no Senado na semana passada, devemos colaborar com a votação na Câmara”, disse Azeredo.

Marco civil

O relator do marco civil, deputado Alessandro Molon, afirmou que manterá basicamente o mesmo substitutivo apresentado na comissão especial, com alguns ajustes de redação, “para atender as demandas dos mais diversos segmentos da sociedade, inclusive do governo”.

Um dos pontos a ser ajustado deverá ser o artigo que trata da neutralidade de rede. Esse princípio, contido no marco civil, estabelece que todo pacote de dados que trafega na internet deverá ser tratado de maneira isonômica, sem discriminação quanto ao conteúdo, origem, destino, terminal ou aplicativo.

“O texto exato desse dispositivo ainda está sendo estudado, mas não haverá nenhum retrocesso na proteção da neutralidade de rede, que considero o coração do projeto”, disse Molon. Conforme explicou o relator, se não houver neutralidade da rede, o conteúdo que vai chegar mais rapidamente ao usuário será aquele da empresa que eventualmente tenha celebrado acordo comercial com o provedor de conexão.

O deputado Eduardo Azeredo afirmou que, para a proposta ter apoio da oposição, a redação do artigo que trata da neutralidade de rede terá que ser modificada. “Todos defendem a neutralidade da rede, mas a redação não pode inviabilizar a Lei de Concorrência”, destacou Azeredo.

De acordo com o substitutivo de Molon, o princípio deverá ser regulamentado por decreto, ouvido o Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br) – órgão que inclui representantes do governo, do setor empresarial, do terceiro setor e da comunidade científica e tecnológica. No texto original, do governo, não há menção ao CGI.

G1: AM assina nesta quarta termo para expansão de internet banda larga


Telebras irá disponibilizar 383 quilômentros de 
um par de fibra ótica.Oito cidades do Amazonas
 serão beneficiadas.

A Telecomunicações Brasileiras S/A (Telebras) e o Governo do Amazonas assinam, nesta quinta-feira (8), em Brasília, Termo de Ajuste vinculado ao Termo de Cooperação Técnica que prevê o uso da infraestrutura do cabo de fibra ótica do gasoduto Coari-Manaus. O plano de trabalho prevê a instalação da rede no prazo de 12 meses, a partir da publicação no Diário Oficial da União.

De acordo com o governo estadual, o ajuste permitirá que o Governo estadual dê início ao processo de interligação das redes de telecomunicação para levar internet banda larga aos municípios de Coari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba e Manaus. A Telebras irá disponibilizar 383 quilômentros de um par de fibra ótica, entre as duas localidades.

O documento será assinado pelo presidente da Telebras, Caio Cezar Bonilha, e pelos representantes do Governo do Amazonas – o titular da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Odenildo Sena, e o diretor-presidente da empresa Processamento de Dados do Amazonas S/A (Prodam), Tiago Paiva.

Segundo o governo, a Telebras está cedendo para uso a infraestrutura de telecomunicação do gasoduto pelo prazo inicial de 10 anos. A previsão é que, neste período, sejam investidos mais de R$ 8,7 milhões, considerando os custos de implantação e manutenção mensal da rede de telecomunicação. Do total de investimentos previstos R$ 4,3 milhões serão cedidos pela Telebras e R$ 4,4 milhões deverão ser investidos pelo Governo do Amazonas.

TI INSIDE : Marco Civil é retirado da pauta do Plenário, votação é adiada para próxima terça, 13





NOTA ATUALIZADA ÀS 19:15 - Segue complicada a votação do projeto de Marco Civil da Internet no Concresso. Depois de duas tentativas frustadas de aprovar a matéria em comissão especial, governo e oposição entraram em um acordo para votar o projeto diretamente no Plenário da Câmara. Em troca, o deputado Alessandro Molon (PT/RJ) alterou o texto do projeto retirando a menção ao CGI e estabelecendo que a regulamentação da neutralidade seja feita pelo Poder Executivo. As alterações, contudo, não foram suficientes para garantir a aprovação na primeira tentativa nesta quarta, 7.
O deputado Ricardo Izar Júnior (PSD/SP) chegou a apresentar um requerimento para a retirada de pauta, mas o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, decidiu retirar o projeto de pauta "de ofício". "Existem muitas dúvidas em relação a termos técnicos. O deputado Molon vai construir um acordo", disse Maia. Mesmo sem acordo entre os parlamentares, o presidente da Câmara disse que o projeto volta à pauta na próxima sessão extraordinária. O projeto entrará em votação na próxima terça, 13.
Diversos deputados reclamaram do fato de o relatório ter chegado a eles poucos minutos antes do início da sessão para votar o projeto. Vários partidos se declararam em obstrução, manobra para que não haja quórum para a votação. No início da sessão, Marco Maia fez um apelo para que os deputados votassem a matéria que foi objeto de um acordo entre os líderes partidários e a presidenta Dilma Rousseff.
Crimes cibernéticos
Pela manhã os deputados aprovaram o PL 84/99, relatado no Senado pelo então senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG), que inclui novos crimes no Código Penal, como o de usar dados de cartões de crédito ou débito obtidos de forma indevida ou sem autorização. Foi aprovado também o PL 2793/11 (conhecido como PL Carolina Dieckman) de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que na semana passada foi aprovado no Plenário do Senado Federal. Ambos os projetos agora vão para a sanção presidencial. 

INFO: Ex-ministro critica projetos contra crimes cibernéticos




São Paulo - Em votação simbólica, a Câmara aprovou nesta quarta-feira (7) dois projetos de lei que tornam crimes roubos e invasões, por exemplo, na internet. As duas propostas terão agora de ser sancionadas pela presidente Dilma Rousseff nos próximos 15 dias, antes de virar lei. Um dos projetos foi batizado de "lei Carolina Dieckmann" que, em maio, teve fotos sensuais suas furtadas e vazadas na internet.

Os dois projetos tornam crime a invasão de computadores, a violação de senhas, a obtenção de dados sem autorização, a ação de crackers e a clonagem de cartão de crédito ou de débito - os chamados crimes cibernéticos. Hoje, a legislação não prevê especificamente crimes na internet, que são enquadrados como outros delitos, sem relação direita com a rede mundial de computadores.

De autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), a "lei Carolina Dieckmann" criminaliza a invasão de dispositivos eletrônicos alheios que estejam ou não conectados à internet - como celulares, notebooks, desktops, tablets ou caixas eletrônicos - para obter ou adulterar dados no sistema e conseguir uma vantagem ilícita. A pena é de três meses a um ano de prisão, além de multa.

Pela proposta, a mesma pena será aplicada para quem produzir, oferecer ou vender programas de computadores que permitam a invasão, como os vírus de internet. O projeto estabelece ainda que quem obtiver informações sigilosas ou violar comunicações eletrônicas privadas ou segredos comerciais, como senhas ou conteúdos de e-mails, pode receber de seis meses a dois anos de prisão. A pena aumenta de 1/3 a 2/3 se houver divulgação ou comercialização dos dados obtidos. O projeto prevê também a criminalização da interrupção intencional do serviço de internet normalmente cometida por hackers. Pela proposta, a pena é de um a três anos de detenção, além de multa.

Ex-ministro das Comunicações no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) criticou as duas propostas aprovadas nesta quarta na Câmara. "Há uma ofensiva do governo para controlar a internet. A internet não pertence ao Estado. A internet pertence aos cidadãos. É livre e foi criada para ser livre", disse. "Hoje é o dia da perversidade à internet. O projeto do marco regulatório remete à regulamentação pelo governo. É o controle do governo", emendou.

Para ele, os crimes hoje praticados na internet já são passíveis de serem punidos pela legislação em vigor. "Eu fui ministro dessa área e sei que não há crime que não tenha cobertura na legislação atual. Estelionato é estelionato, não importa por que meio", argumentou Miro.

Em tramitação há 12 anos no Congresso, o outro projeto aprovado nesta quarta criminaliza a falsificação de cartão de crédito ou de débito, geralmente feita por meio eletrônico. A pena prevista é de dois a seis anos de prisão. Mesma punição é dada à falsificação de documentos particulares.

Relatada pelo deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), a proposta prevê ainda que manifestações racistas sejam retiradas da internet mediante decisão judicial, sem que seja necessário existir um processo ou mesmo uma investigação policial. O projeto estabelece também a criação de delegacias especializadas em investigar crimes virtuais. A proposta altera ainda o Código Penal Militar para criminalizar a entrega de dados eletrônicos a um "inimigo" do País. "São dois projetos que se complementam", explicou Azeredo, que concordou em retirar vários artigos considerados obsoletos de sua proposta. "Na medida em que tipifica o crime, fica mais claro para quem processa e para quem vai julgar", concluiu o tucano.

TI INSIDE: Retirada de conteúdo protegido por Direito Autoral impede acordo sobre o texto



O que está impedindo um acordo para a aprovação do Marco Civil da Internet é o parágrafo segundo do Artigo 15, que não estava no texto original proposto pelo deputado Alessandro Molon (PT/RJ).

O Artigo 15 determina que o provedor de aplicações de Internet poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdos gerados por terceiros se, após ordem judicial, não tomar medidas para tornar indisponível o conteúdo considerado infringente. No parágrafo segundo, foi feita a seguinte ressalva: "o disposto neste artigo não se aplica quando se tratar de infração a direitos de autor ou a direitos conexos". Embora o texto dê margem para duas interpretações (eliminar a necessidade de decisão judicial ou isentar o provedor de punição caso não a cumpra), o entendimento é que quando for direito de autor ou conexo, pode haver responsabilização do provedor independentemente de notificação judicial.

Segundo apurou este noticiário, o deputado Molon trabalha com uma redação alternativa proposta pelo grupo Globo que condiciona a retirada do conteúdo a uma notificação judicial. "Na hipótese de conteúdo protegido por Direito Autoral, o Provedor de Aplicações de Internet será responsável por danos decorrentes de conteúdos postados por terceiros se for notificado e não tornar indisponíveis os conteúdos apontados, no âmbito do seu serviço e dentro do prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, observado o disposto no artigo 19 desta lei".

INFO: Anatel defende regulamentação de marco civil da internet




Brasília – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje (7) que o órgão mais indicado para regulamentar o marco civil da internet é a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). É por meio do marco civil que serão estabelecidos direitos e responsabilidades de empresas, usuários e entes públicos em relação à internet. A proposta pode ser votada ainda hoje (7) pela Câmara dos Deputados.

“A neutralidade de rede [ferramenta que obrigaria os provedores a tratarem de forma isonômica grandes e pequenos clientes] será reafirmada, como está no projeto original, e regulamentada pelo Poder Executivo”, disse o ministro. Ele também lembrou que o marco civil está relacionado a regras de transparência, consultas públicas e diálogos com os setores, "algo que a Anatel já tem competência e legitimidade para fazer”.

Outro ponto que merece atenção, segundo o ministro, é o dos direitos autorais. “A internet é um grande ambiente de negócios. Temos de olhá-la como um grande negócio que está sendo regulado, e os direitos autorais envolvem interesse das grandes empresas de internet. Portanto, a regulação vem para acharmos um equilíbrio entre todos os interesses”, disse Paulo Bernardo.

O projeto de lei com o marco civil da internet foi apresentado ao Congresso pelo governo no ano passado. A proposta estabelece princípios que devem normatizar o uso da rede no Brasil, os direitos dos usuários e as obrigações dos provedores do serviço, entre outras disposições.

Inovação: Microsoft Research terá laboratório de tecnologia no Brasil



A Microsoft Research, o braço inovador da multinacional de softwares, anunciou a instalação de um centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil.

O Laboratório de Tecnologia Avançada (ATL, sigla em inglês) é parte de conjunto de iniciativas divulgadas pela empresa para o período 2012-2015, com investimento total de R$ 200 milhões.

Será a quarta unidade no mundo - as outras estão localizadas na Alemanha, em Israel e no Egito.

O anúncio foi feito em cerimônia no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A atração de centros de P&D é uma das medidas do Programa Estratégico de Software e Serviços de TI (TI Maior), lançado pelo governo federal em agosto.

Interface

O ATL Brasil será construído no Rio de Janeiro, e terá como objetivo estabelecer uma interface para conectar os engenheiros da empresa e os parceiros das universidades.

A previsão é que a unidade inicie suas atividades em dezembro de 2013.

Segundo a empresa, o laboratório visa à criação de soluções inovadoras com impacto para o usuário final.

O foco será buscar a recuperação de informação considerando a estrutura das páginas locais, as formas de produção de conteúdos e os hábitos de navegação dos usuários.

Aceleradora de negócios

As outras iniciativas anunciadas pela Microsoft em seu plano 2012-2015 compreendem a criação de uma empresa de investimentos, em operação desde setembro, e a fundação de uma aceleradora de negócios, focada em empresas emergentes de base tecnológica (start-ups), que deve iniciar suas atividades no primeiro semestre de 2013.

O plano inclui ainda a criação de um centro de desenvolvimento da plataforma de busca Bing, previsto para novembro deste ano, e a revitalização do edifício Barão de Mauá, patrimônio histórico da capital fluminense, que abrigará os projetos.

"As iniciativas anunciadas vão gerar mais de 100 empregos diretos, que contemplam pesquisadores, desenvolvedores e empreendedores. Além disso, cerca de 15 novas empresas devem ser criadas através das aceleradoras, a cada dois anos," disse Michel Levy; o cientista-chefe da Microsoft Research.

TI Maior

O investimento previsto no TI Maior para o estímulo à instalação de centros como esse, entre 2012 e 2015, é de R$ 15 milhões e inclui o lançamento de editais para contratação de pesquisadores brasileiros.

A meta do programa é estimular a instalação de mais três centros no país, reforçando a participação nacional no desenvolvimento dessas tecnologias e ampliando a capacitação tecnológica em território nacional.

"O TI Maior cria um ambiente favorável para o investimento do setor privado no Brasil", disse o ministro Marco Antônio Raupp. "Nosso objetivo é que esta parceria gere produtos para o mercado interno e externo. A Microsoft irá colaborar imensamente nesse processo."

INFO: Redes sociais podem ser a plataforma para mudança na China



Pequim - O governo chinês tem cada vez mais dificuldades para impor a censura nas redes sociais, onde os usuários, especialmente os mais jovens, conseguem driblar com habilidade o controle do regime e se livram do medo de falar, com o otimismo de estar gerando uma mudança.

Essa é a situação que precisará ser encarada pelos novos líderes que sairão do iminente 18º Congresso do Partido Comunista (PCCh) e que governarão o país na próxima década.


"As redes sociais estão gerando uma revolução cívica", comenta à Agência Efe uma estudante de Comunicação chinesa que, apesar de se oferecer para falar abertamente o que pensa, ficou reticente quanto a divulgar seu nome real a um veículo estrangeiro.

Parte do medo de falar continua latente na China, devido ao aparelho censor do país asiático, um dos mais sofisticados do mundo.

"Com o controle rigoroso do governo na internet, os chineses ainda estão acostumados com a autocensura", diz um professor da Universidade de Comunicação de Pequim, que também pediu para manter o anonimato.

Porém, nos últimos anos, "as redes sociais estão mudando esse sentimento da população", opina o acadêmico.

As redes conseguiram abrir o debate, inclusive, sobre os temas mais "sensíveis" do regime comunista.

COMPUTERWORLD: Hitachi abre fábrica de sistemas de armazenamento de dados no Brasil


Unidade está instalada em Hortolândia (SP) e deverá 
produzir 15 sistemas por mês. Em 2013, empresa
 quer integrar um centro de pesquisa e desenvolvimento
 à operação.

A Hitachi Data Systems (HDS) anuncia sua primeira fábrica no Brasil que será responsável pela produção de sistemas de armazenamento de dados. A unidade está instalada desde o final de setembro deste ano em Hortolândia (SP), cidade que tem atraído empresas de TI e reúne fabricantes como IBM e Dell e ainda data centers de bancos como Itaú e Santander.

Airton Pinto, diretor-geral da Hitachi Data Systems no Brasil, explica que o objetivo de contar com uma fábrica em solo nacional é melhorar a cadeia de distribuição e aumentar a competitividade. “Além de reduzir o custo dos produtos e acelerar a entrega aos clientes”, destaca.

De acordo com a companhia, a escolha por Hortolândia envolveu dois pontos. O primeiro é a proximidade com o aeroporto de Viracopos, facilitando a logística, e o segundo é por estar perto da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o que deverá atrair talentos. “Trata-se de uma região rica de profissionais qualificados”, sintetiza Airton.

O valor direcionado para erguer o empreendimento não foi revelado. Mas, segundo a empresa, faz parte de um plano de investimento de três anos no Brasil que soma 300 milhões de dólares.

Com essa planta, a Hitachi passa a contar com cinco fábricas em todo o mundo localizadas no Japão, Cingapura, Estados Unidos e Holanda. A operação nacional será responsável pela fabricação de três linhas de sistemas, que incluem equipamentos para armazenar grandes quantidades de dados [Big Data]. A produção mensal é de 15 sistemas, afirma Airton.

Uma das linhas produzidas, a Hitachi Unified Storage VM (HUS VM) quer atacar especialmente as pequenas e médias empresas. “A tecnologia tem performance e disponibilidade de uma solução ‘enterprise’ com preço mais competitivo”, explica. 

Em um primeiro momento, as tecnologias deverão atender ao mercado local. “Em um futuro próximo, queremos enviá-las para os países do Mercosul”, adianta. Em 2013, prossegue o executivo, a ideia é integrar um centro de pesquisa e desenvolvimento à operação.

Airton afirma que nos últimos cinco anos a fabricante cresceu quatro vezes no Brasil. Nos próximos dois anos, a expectativa é registrar salto quatro vezes maior. “Buscamos expansão na casa de dois dígitos”, relata.

Info: Google lança site para criar banda online




Jam permite convidar até três amigos para formar uma banda online; no total, 19 instrumentos estão disponíveis
São Paulo - O Google apresentou nesta quinta-feira (08) um novo site, chamado Jam, para a criação coletiva de música online. Na linguagem dos músicos, Jam é um encontro improvisado de músicos para tocar de forma descontraída.
O serviço permite que o usuário convide até três amigos para formar uma banda virtual. No total, 19 instrumentos como guitarra, bateria, baixo, violão e teclado estão disponíveis.

O serviço oferece dois modos de reprodução: fácil e pró. No primeiro, o usuário pode tocar cordas individuais, pads de bateria, teclas etc. a partir do comando em tela. Também é possível ativar o modo automático. Já no segundo, indicado para quem possui dotes musicais, os comandos são feitos a partir do teclado do computador.
Criado pelo Creative Lab, do Google, o Jam é resultado de uma combinação de tecnologias, como HTML5, Web Audio API, Websockets, Canvas e CSS3. ELE funciona apenas no navegador Chrome.
A reportagem da INFO tentou testar o Jam, porém ele apresentou problemas de conectividade. Caso alguém obtenha sucesso, pode relatar a experiência por meio de comentários.



Olhar Digital: Google lança internet gratuita para celulares nas Filipinas




Serviço chamado 'Free Zone' permite acesso a funções
 limitadas de alguns serviços da empresa 

O Google quer atingir partes do mundo que não têm acesso à internet e lançou nesta quinta-feira, 8, um serviço de internet gratuita para celulares básicos nas Filipinas.

Chamado Free Zone, o serviço permite acessar a internet com funções limitadas de ferramentas desenvolvidas pela empresa, como busca, Gmail e a rede social Google+ gratuitamente, de acordo com a Reuters.

Ao realizar uma busca no Google, os usuários do serviço conseguirão acessar os sites que aparecem na página de resultados gratuitamente. Para entrar em sites sem ser pelo buscador será necessário assinar um plano de dados.

Com o Free Zone, o Google espera atingir o "próximo bilhão" de usuários da internet. "Muitos dos usuários estarão nos mercados emergentes e encontrarão a internet primeiro em um telefone, sem ter um PC", disse o gerente de produtos da empresa, AbdelKarim Mardini.

Ainda não se sabe quais serão os próximos mercados a receberem o Free Zone.

Não é a primeira vez que o Google lança um produto para celulares básicos visando atingir mercados com baixa penetração na internet. Em julho a empresa disponibilizou em países africanos o Gmail SMS, que permite ler e-mails via mensagens de texto no celular sem a necessidade de uma conexão com a internet.