quinta-feira, 4 de outubro de 2012

INFO: 23% das crianças marcam encontros pela internet, diz estudo



Uma pesquisa feita com crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos usuários de internet e seus pais ou responsáveis mostrou que a maioria dos pais (71%) considera que as crianças usam a internet com segurança. O levantamento foi realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), entidade formada por representantes do governo, do setor empresarial, do terceiro setor e da comunidade acadêmica.

“A percepção dos pais sobre os riscos do uso da internet pelas crianças ainda é incipiente”, avalia o coordenador de pesquisas do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), Juliano Cappi. A pesquisa aponta também que 89% dos pais não acreditam que seus filhos tenham passado por alguma situação de incômodo ou constrangimento ao utilizar a internet no último ano.

Outro ponto que chamou a atenção do pesquisador foi que a maioria dos pais utiliza os meios de comunicação como televisão, rádio e jornal como fonte para obtenção de informações sobre uso seguro da internet. “A mídia ainda aborda esse tema de uma forma muito inicial, ainda está tomando contato com esse tema”.

Somente 47% dos pais entrevistados são usuários de internet. “O pai que nunca usou internet possivelmente não tem um conhecimento suficientemente aprofundado para instruir o filho sobre as questões relacionadas aos riscos da internet”, disse Cappi. A maioria se acha capaz de ajudar o filho a lidar com situações que o incomodem ou o constranjam na internet e também acham que eles são capazes de lidar com esse tipo de situação.

G1: Anatel estuda limitar valor de ligações entre operadoras de celular


Proposta sob análise na agência deve ser votada até o fim de outubro.
Empresas incentivam chamadas dentro de sua própria rede.
Fábio AmatoDo G1, em Brasília


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pode estabelecer um limite para o custo da chamada entre diferentes operadoras de telefonia celular. A proposta está sendo analisada pelo Conselho Diretor da agência e deve ser votada até o fim de outubro.

De acordo com o vice-presidente da Anatel, Jarbas Valente, o objetivo é equilibrar o custo da ligação dentro e fora da rede das operadoras. Hoje, as empresas incentivam, por meio de promoções, que seus clientes falem entre si – prática que levou à popularização dos aparelhos que funcionam com mais de um chip.

Atualmente, as ligações entre linhas de uma mesma operadora, chamada de “on net”, representam entre 85% e 95% do tráfego, dependendo da empresa.

Há planos em que usuários conseguem falar sem limites dentro da rede da sua operadora, mas a ligação para um celular de outra empresa pode superar R$ 1 o minuto.

Pela proposta em análise, a ligação para outra operadora, chamada “off net”, não poderia superar um percentual a ser definido.

Valente avalia que a medida não levaria ao fim das promoções para ligações entre celulares de uma mesma empresa de telefonia. Mas reduziria o número de linhas habilitadas, já que o custo da chamada para outras operadoras ficaria mais barato.

Ainda de acordo com ele, a redução de receita seria compensada pelo aumento das chamadas entre operadoras distintas.

Para ler mais notícias do G1 Economia, clique em g1.globo.com/economia. Siga também o G1 Economia no Twitter e por RSS.'

IDG Now!: Bradesco testa app para depósito de cheques via smartphone


Segundo o banco, os dados farão uso de assinatura digital, seguindo padrões e protocolos de formatos estabelecidos pelas normas vigentes
                                                                                                                                      Renato Rodrigues


O Bradesco anunciou que irá liberar, até o final do ano, um aplicativo que permitirá fazer depósitos em cheques via smartphone - usando a câmera do aparelho para digitalizar os documentos e enviar os arquivos.

A novidade será testada e apresentada no Bradesco Next Lab, espaço no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, onde o banco exibe inovações. 

Segundo o diretor executivo do Bradesco, Candido Leonelli, “assim como o papel moeda e o cartão, o cheque é um meio de pagamento popular e enraizado no cotidiano das pessoas”. Ele afirma que o banco deseja "propor uma solução que faça a convergência do cheque ao conceito digital”.

Inicialmente, ainda será obrigatório entregar os cheques na agência - o que tira muito da utilidade da ferramenta digital. No entanto, explica Leonelli, no futuro a ideia é que os arquivos digitais sejam o suficiente. Ele espera que isso aconteça já no ano que vem.

O aplicativo foi desenvolvido pelo Centro de Inovações da Scopus, empresa tecnológica do Bradesco. Segundo o banco, os dados farão uso de assinatura digital, seguindo padrões e protocolos de formatos estabelecidos pelas normas vigentes. 

O Bradesco tem apostado fortemente na mobilidade. Segundo Leonelli, são quase 10 milhões de reais em empréstimos por mês feitos por meio do app móvel. Além disso, 100 mil boletos e 80 mil contas de consumo são pagas mensalmente por dispositivos móveis - 95% smartphones, 5% em tablets.

“Há três anos, o mobile respondia por 1% dos acessos ao internet banking, hoje está perto dos 4%”, conta o executivo. Dos 27 milhões de correntistas do banco, dois milhões usam ferramentas móveis. Segundo o diretor, com a queda do preço nos smartphones, a tendência é que esse índice cresça ainda mais.

Convergência Digital: Segurança como Serviço: Gestão de acesso é o ponto-chave



Se a nuvem, hoje, tem as ofertas de SaaS (software como serviço), IaaS (infraestrutura como Serviço) e PaaS (plataforma como serviço) como as mais divulgadas, o mercado começa a abrir frentes de oportunidades. Na área de Segurança - uma das mais críticas em cloud - os fornecedores criaram o SecaaS - Security as a Service).

E para normatizar o modelo, a Cloud Security Alliance definiu as 10 principais áreas de interesse do mercado nesse campo. E começam a sair as análises específicas de cada categoria. Como sustenta a CSA – uma iniciativa conjunta da PGP (Symantec), Qualys e Zscaller, que fornecem ferramentas de SecaaS (security as a service) – “os clientes estão muito preocupados com os riscos de segurança da computação em nuvem e a perda de controle direto sobre os sistemas”.

O primeiro relatório disponível trata das melhores práticas em Identificação e Gestão de Acesso – o que inclui pessoas, processos e sistemas utilizados no gerenciamento de acesso a recursos corporativos, tratando de verificação e classificação de níveis de acesso, etc. O relatório está em cloudsecurityalliance.org/research/secaas/#_downloads.

Os outros nove temas devem ser divulgados em uma semana. São: Prevenção de Perda de Dados, Segurança Web, Segurança E-mail, Avaliações de Segurança, Gestão de Invasões, Segurança da Informação e Gerenciamento de Eventos, Criptografia, Continuidade e Recuperação de Desastres, e Segurança de Redes.

Folha: Custo anual do cibercrime no Brasil é de R$ 16 bilhões, diz estudo


YURI GONZAGA

O custo de crimes realizados por meio da internet no Brasil, incluindo fraude e roubo de informações bancárias usando vírus, é de cerca de R$ 16 bilhões anuais (ou 7% do prejuízo global causado pelo cibercrime), segundo um recente estudo realizado pela Norton/Symantec.

De acordo com a estimativa, o país é o terceiro mais afetado por atividade ilegal na rede, atrás de China (R$ 92 bilhões), EUA (R$ 21 bilhões) e empatado com a Índia.

No estudo, a firma de segurança ouviu 13 mil pessoas com idade entre 18 e 64 anos, de 24 países. As entrevistas foram realizadas on-line entre 16 e 30 de julho deste ano. A cifra é calculada a partir da proporção de entrevistados que foram vítimas de cibercrime nos 12 meses que antecederam a entrevista (32% do total), multiplicada pelo custo médio de um ataque no Brasil (R$ 562) e pela população on-line do país.

"Esse custo envolve danos diretos a pessoas e a empresas, como por meio de fraude e roubo. Calculamos esse valor com base no que as pessoas nos respondem", disse àFolha o americano Adam Palmer, especialista de segurança cibernética da empresa e um dos autores do estudo, chamado Norton Cybercrime Report 2012.

Gráfico do relatório "Norton Cybersecurity Report 2012"
 que mostra o custo anual, em dólares, do cibercrime 

Palmer está no país para a divulgação oficial dos resultados, que acontece nesta quinta (4) durante um evento em São Paulo. Ele argumenta que o valor também envolve as forças policiais e órgãos governamentais envolvidos no combate à atividade virtual ilícita. "Isso pode ter um sério impacto sobre a economia de um país."

"Os números [do cibercrime no Brasil] são altos, e podem ser resultantes de uma economia que cresce, já que aumenta a adoção da tecnologia e de dispositivos móveis", diz Palmer.

Para Rafael Labaca, coordenador de educação e pesquisa para a América Latina da empresa de segurança ESET, o Brasil é o líder de alguns tipos de ataques, incluindo os bancários, justamente por exercer uma posição de liderança econômica.

Adam Palmer, da Norton, um dos responsáveis 
pelo estudo 

A margem de erro para a amostra total é de 0,9 ponto, com intervalo de confiança (indicador estatístico de verificabilidade das informações) de 95%, diz a empresa.

ALARMANTE

75% dos brasileiros que usam a internet já foram vítimas de alguma forma de cibercrime --como cair em um golpe cujo intento era roubar informações confidenciais ou permitir a instalação de um vírus ou outra forma de código malicioso.

A média global de ocorrência de cibercrime é de 67%, enquanto os níveis mais altos são verificados na Rússia (92%), na China (84%) e na África do Sul (80%).

Quase um quarto dos entrevistados que usam redes sociais no Brasil (23%) disse que seu perfil foi invadido por uma pessoa que se fez passar por ele. Tal proporção, a mesma que a da China, é a mais alta entre todos os países contemplados pela pesquisa.

Cerca de 42% não sabem que vírus podem agir de maneira imperceptível em um computador (à par com a média global, de 40%).

RISCO MÓVEL

Donos de smartphones e tablets se importam exclusivamente com a segurança de seus aparelhos, enquanto deveriam dispensar atenção também à informação que introduzem neles, segundo Labaca.

"É essencial, por exemplo, que haja uma senha para o desbloqueio do telefone. A maioria dos usuários deixa as sessões [de e-mail e de redes sociais] abertas, o que facilita a ação de pessoas mal-intencionadas que tenham acesso ao dispositivo", diz.

A pesquisa da Norton mostra que dois terços dos usuários de internet usam redes Wi-Fi gratuitas ou sem proteção (sem criptografia) e que 24% desses acessa a conta do banco por meio de tais conexões arriscadas.

Cerca de 67% dos donos de dispositivos móveis dispensam solução de segurança, como um antivírus, para navegar.

Deve-se tomar cuidado ao instalar aplicativos no aparelho, segundo Labaca. "Em especial na Google Play [loja de apps para o sistema Android], onde os desenvolvedores têm mais liberdade, é preciso prestar atenção na confiabilidade da fonte dos programas."

ANTIVÍRUS NÃO BASTA

Usuários de laptops e de computadores de mesa parecem se preocupar mais com o seu aparelho: 83% têm antivírus instalado.

Ainda assim, segundo Labaca, a proteção não é completa. "Não é só isso que vai te salvar; o usuário precisa ter comportamento adequado, como, quando inserindo informações sensíveis, verificar se o site tem o 'cadeadinho' de certificação HTTPS [situado ao lado do endereço da página, na maioria dos navegadores]".

TI INSIDE: Grupo Eugênio corta 45% nos custos de manutenção de TI com virtualização



A Eugênio Publicidade, empresa de marketing imobiliário, optou pela virtualização de servidores para atualização de sua infraestrutura de TI. Após um ano de implantação, a companhia já contabiliza uma redução de 45% nos custos com manutenção e aumento de 40% na produtividade das equipes. Conforme explica o gerente da empresa, Alexandre Parracho, do início dos estudos para adoção, em setembro de 2010, até a concretização completa dos servidores virtualizados, em outubro do ano passado, a implantação foi feita em fases. “Começamos a trabalhar por etapas, para fazer todos os departamentos entenderem os benefícios da virtualização, a fim de perceberem que não é um sistema complexo como alguns gestores imaginam”, diz.

O gerente da Eugênio Publicidade conta que a plataforma escolhida foi a VMware Enterprise Plus, da empresa de mesmo nome, implantanda pela OS&T Informática. O investimento, de R$ 20 mil mensais, totalizará R$ 720 mil num período de 36 meses, quando prevê amortizar o financiamento da solução. Embora a cifra seja superior aos R$ 300 mil que seriam gastos com a compra de servidores, Parracho avalia que a infraestrutura virtual é muito mais vantajosa. “Além de não termos que dispor de todo o capital no momento da contratação, economizamos em hardware e custos com manutenção, energia elétrica e sistema de refrigeração, por exemplo.”

Outro aspecto que pesou na decisão, segundo Parracho, foi a questão da segurança. Pela primeira vez, o grupo Eugênio está trabalhando com um plano de contingência total, também chamado de plano de continuidade de negócios, que prevê a ativação de processos para fazer com que, em caso de queda do sistema, ele volte a funcionar plenamente, o mais rápido possível. O contrato inclui suporte e manutenção, o que possibilita operação “com disponibilidade de 99%”, segundo o gerente da empresa, ao dizer que isso era impensável com a estrutura anterior. “Costumávamos ter prejuízo com interrupções de serviços, cruciais para o negócio. A virtualização nos dá uma flexibilidade muito maior e evita falhas”, conclui. 

TI INSIDE: GVT é condenada no DF por anunciar velocidade em desacordo com a entrega



A GVT será obrigada a destacar, em suas publicidades, todas as especificações do serviço de banda larga ofertado pela empresa, inclusive a possibilidade de oscilação na velocidade do serviço. A decisão é da 21 ª Vara Cível de Brasília e, além da determinação, estipula que a empresa terá de pagar R$ 100 mil em multas caso não cumpra a ordem judicial. Cabe recurso da decisão.

Pela decisão, a companhia terá ainda que indenizar cada consumidor lesado pela diferença entre a velocidade de navegação paga e a recebida.

A condenação da GVT é fruto de uma ação do Ministério Público do Distrito Federal contra a operadora. O processo foi aberto em 2011. Uma das alegações da promotoria aceitas pela Justiça é de que a companhia cobra do cliente o valor referente à velocidade anunciada e não à fornecida. “O consumidor paga sem perceber. O importante é que essa decisão da Justiça vai abrir precedente para a melhora no mercado de consumo”, diz o Ministério Público em nota divulgada em seu site. 

TI INSIDE: Forum Green Tech apresenta soluções de tecnologia da 'Cidade Compacta'



A segunda edição do Forum Green Tech, principal evento sobre sustentabilidade no segmento de tecnologia da informação e comunicações (TIC), apresentará o projeto Parque da Cidade, da Odebrecht Realizações Imobiliárias. Trata-se de um dos 18 projetos no mundo que integram o programa “Climate Positive Development Program”, criado pelo C40 (Climate Leadership Group) em parceria com a Fundação Clinton, com o objetivo de lidar com os desafios de urbanização desenfreada e mudança climática. O CPDP inclui os melhores projetos em todo o mundo que tenham a proposta de conseguir saldo climático positivo, sem aumentar emissões de carbono, através de desenvolvimento economicamente viável e ecologicamente sustentável.

Além de integrar o programa CPDP, o projeto Parque da Cidade segue parâmetros da LEED ND, (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema de certificação e orientação ambiental de edificações, criado pelo US Green Building Council, organização sem fins lucrativos dedicada a projetos de edificações e construções sustentáveis. Ele é o selo referência em gestão ambiental e urbanística de maior reconhecimento internacional e o mais utilizado em todo o mundo, inclusive no Brasil.

O Parque da Cidade é um complexo multiuso. Ele segue o conceito de cidades compactas onde tudo fica concentrado num só lugar, com espaços que agrupam trabalho, comércio, serviços e lazer. É controlado por um sistema interativo de TICs, que informa em tempo real o consumo de água, energia e condições de trânsito e tempo. Na prática, o complexo é formado por construções sustentáveis que levam em conta itens como eficiência energética, consumo e conservação de água e gerenciamento de resíduos.

O Forum Green Tech, que acontece no dia 30 de outubro, no Hotel Paulista Plaza, em São Paulo, é promovido pela TI INSIDE e organizado pela Converge Comunicações. Mais informações e o programa completo podem ser obtidos no site www.convergecom.com.br/eventos ou pelo 0800 77 15028. Inscrições promocionais até esta sexta, dia 5. 


TI INSIDE: W5 espera crescimento de 50% no faturamento em 2013 com serviços na nuvem



A W5, desenvolvedora brasileira de soluções de ERP e business intelligence (BI), espera um crescimento de 50% no faturamento em 2013 com a oferta de serviços de computação em nuvem. A previsão de faturamento da empresa neste ano é chegar a R$ 5 milhões, segundo o diretor-executivo da companhia, Marcos Abellón, que participou da 22ª edição do Encontro Internacional GeneXus, em Montevidéu, no Uruguai. De acordo com ele, a meta da empresa é que 100% do faturamento sejam provenientes da venda de soluções na nuvem já no próximo ano, sendo que, atualmente, representa 70%. "Hoje, a nuvem já é uma realidade. Os fabricantes mais importantes já migraram seus serviços e acredito que em cinco anos tudo estará na nuvem."

Abellón conta que a W5 investiu R$ 2 milhões em três anos nessas soluções e está migrando todos os seus serviços de BI, contando com a juda da ferramenta GeneXus Evolution 2, da Artech, e com os datas centers da Amazon nos Estados Unidos, no qual armazena cerca de 5 terabytes de dados. Agora esses dados estão sendo transferidos para o data center de uma empresa no Brasil devido a exigências do governo.

"Temos 100 clientes para quais prestamos serviços de computação em nuvem, número que pretendemos dobrar no próximo ano. Cinco estão no data center da Amazon no Brasil, localizado em São Paulo, entre eles prefeituras do estado de São Paulo e empresas do setor de consumo e varejo, além de prestar um serviço específico de mapeamento geográfico para órgãos estaduais”, explicou Abellón.

A jornalista viajou a Montevidéu a convite da Artech. 

2i2p: Dados abertos e tecnologias baseadas em localização



[Apresentação de algumas reflexões resultantes da pesquisa realizada pela PRODEB e pelo LCAD/UFBA feita ao SECOP 2012 - 40 Seminário Nacional de TIC para a Gestão Pública, realizado em Gramado/RS nos dia 19 a 21 de outubro de 2012.]

Plataformas, recursos e projetos digitais podem ser usados para produzir transparência e publicidade, tanto mais quanto apresentem os resultados, mas também as razões que motivaram as decisões tomadas por governos e representantes eleitos. Vão nessa direção experiências desenvolvidas por grupos de interesse, organizações da sociedade civil, comunidades, muitas vezes apoiadas pela academia, mas também por legisladores e pela administração pública, algumas das quais incrementam mecanismos que possibilitam a interação com o cidadão. Alguns exemplos em nosso país são os sites: e-Democracia (http://edemocracia.camara.gov.br/web/public/principal) da Câmara de Deputados; Gabinete Digital (http://gabinetedigital.rs.gov.br/) do governo do Estado do Rio Grande do Sul; Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará (http://www.tcm.ce.gov.br/site/index.php); Transparência Brasil (http://www.transparencia.org.br/) e Congresso em foco (http://congressoemfoco.uol.com.br/).

Nos últimos anos tem crescido o número de iniciativas, projetos e ações baseados em mídias sociais, que visam incrementar a participação pública em ações cívicas e/ou a fomentar mobilizações políticas. Exemplos brasileiros são fornecidos por grupos com perfil no Facebook vinculados aos movimentos Ocupa: Ocupa Rio – Teoria e Ocupa Salvador – Teoria, por exemplo; pelo Movimento Desocupa (http://movimentodesocupa.wordpress.com/) que se opõe à condução da administração municipal na Cidade do Salvador; portoalegre.cc (http://www.facebook.com/poa.cc); Cidade democrática (http://www.facebook.com/cidademocratica) e Contas Abertas (http://www.facebook.com/ContasAbertas).

Reforçando iniciativas em direção a uma maior publicização das ações de governo, criou-se uma parceria – OpenGovernmet Partnership – que congrega países e entidades da sociedade civil, no intuito, de desenvolver políticas e mecanismos e obter compromissos dos governos no sentido da promoção da transparência (http://www.transparencia.org.br/). O Brasil consta como um dos primeiros países a endossarem a Declaração de Governo Aberto, em setembro de 2011 (http://www.opengovpartnership.org/open-government-declaration), que afirma valorizar a “participação de todas as pessoas, de forma igualitária e sem discriminação, na tomada de decisões e na formulação de políticas” (http://www.opengovpartnership.org/declara%C3%A7%C3%A3o-de-governo-aberto).

Instituições públicas têm liderado o chamado “movimento de dados abertos” iniciado pelo governo americano em 2009 e que, desde então, vem obtendo adesão em países de outros continentes. Em dezembro de 2011, a Comissão Europeia lançou a Open Data Strategy for Europe. O governo brasileiro, por sua vez, oferece o Portal Brasileiro de Dados Abertos como ferramenta para facilitar o acesso a informações detidas pelo governo, como previsto na Lei de Acesso à Informação Pública, sancionada em novembro de 2011 (http://dados.gov.br/sobre/). Iniciativas vinculadas ao “movimento de dados abertos” podem ajudar a promover o engajamento cívico, a participação pública no processo de tomada de decisão, na transparência da administração pública e na criação de novas oportunidades no campo de serviços e aplicações geradas pelo seu uso (MANFREDINI, VILLA, 2012).

Seja com uso de dados agregados via web, seja por meio de dados públicos abertos, iniciativas, projetos e ações utilizam a internet como ambiente para o processamento e distribuição da informações coletadas e produzidas através de uma grande diversidade de dispositivos. Discussões mediadas em grande parte por dispositivos móveis mobilizam redes de indivíduos e organizações promovendo uma espécie de esfera pública digital em fluxo que transita entre o espaço físico e o virtual. Desse modo eventos locais ganham maior visibilidade, enquanto amplia-se e transforma-se a ideia de espaço público fortemente ancorada no espaço urbano construído à base de pedras, tijolos e concreto.

Através da internet criam-se e se podem vislumbrar as novas geografias produzidas mediante a quebra de limites e fronteiras existentes entre prévias hierarquias de escala, dando visibilidade a um espaço público amplificado pela circulação da informação promovida pelas mídias sociais. Além de que, como diz Di Felicci (2007), falando a respeito da sociabilidade contemporânea, nos contextos digitais é possível colher um novo tipo de ação social que se desenvolve na integração e na negociação entre social e informações, entre sujeitos e tecnologias informativas.

Num contexto de apropriação da produção dinâmica de dados existentes na própria infraestrutura urbana – a que alguns autores chamam de “computação urbana” ou “everyware”, referindo-se à capacidade de processar dados e informações ali existentes – a localização geográfica desempenha papel central (PEREIRA; ROCHA, 2012). Enquanto isso novos dados são agregados e introduzidos a partir da percepção do usuário. Aqui vê-se a proliferação de experiências como:
Live Singapore! que dá acesso a uma grande quantidade de dados dinamicamente e que podem ser visualizados por ferramentas que permitem a exploração dinâmica de dados de tráfego, como a desenvolvida pelo SENSEable City Lab, do MIT
Plataforma EveryAware que está sendo desenvolvida pela Universidade Roma La Sapienza em conjunto com a UCL – Universidade de Londres, entre outras instituições, para permitir ao cidadão participar da elaboração de um grande banco de dados enviando informações sobre condições ambientais (poluição sonora, qualidade do ar, etc.) coletadas através de sensores ligados a um smartphone às quais ele pode associar tags, provendo ainda dados baseados em sua própria percepção. 
O dashboard da cidade de Londres, desenvolvido pelo UCL’s Centre for Advanced Spatial Analysis que reúne dados veiculados dinamicamente a partir de diversas fontes, mostrando uma aplicação interativa que facilita a análise do comportamento de redes que dão vida à cidade contemporânea. 

Como dizem Manfredini e Villa (2012) a ampliação e difusão das tecnologias web aliada à proliferação da tecnologia móvel altera a forma como armazenamos, produzimos, processamos e trocamos informações. Segundo esses autores, algumas dinâmicas da produção de conhecimentos e do processo social de construção de significados alteram de modo visível o espaço da cidade ou, indiretamente, criam novas redes de relações, conduzindo a novas formas de ação urbana (MANFREDINI; VILLA, 2012).

Assim, as cidades são cada vez mais consideradas como espaços de interações sociodigitais onde problemas complexos são desafiados, e usuários envolvidos e cidadãos são cada vez mais tidos como atores-chave nos processos de inovação de serviços.

Muitos programas internacionais estão transformando as cidades em ambientes de aprendizagem, tornando-as produtoras e consumidoras de uma teoria que é produzida nas práticas em curso em ações urbanas (CONCILIO; DE BONIS, 2012).

Exemplo disso é o Projeto Periphèria (http://www.peripheria.eu/), financiado pela Comissão Europeia, que trabalha com plataformas e serviços voltados para a promoção de estilos de vida sustentáveis, em redes de cidades inteligentes periféricas europeias. O projeto coaduna-se com a concepção de Smart Cities&Planning assumida pelos Living Labs, que retiram a pesquisa de dentro do laboratório para colocá-la diretamente numa dinâmica territorial, em que os usuários participam do processo de pesquisa e desenvolvimento (CONCILIO; DE BONIS, 2012).

Para todos, e especialmente para o público da quadragésima edição do SECOP, na qual esse trabalho foi apresentado, pode-se dizer que projetos dessa natureza evidenciam a necessidade de reposicionar as práticas e ações de governos e dos diversos componentes da sociedade civil para se adequarem e tornarem-se capazes de incorporar um conhecimento que vem sendo produzido de um modo diverso ao qual estávamos acostumados. É preciso aprender a utilizar as informações aportadas por uma diversidade de fontes de um modo pervasivo, contextualizado mas também de forma não planejada, para poder tentar dar conta das dinâmicas complexas das nossas cidades, assumindo um ponto de vista socialmente inclusivo, também do ponto de vista da produção da informação.

E aqui vale à pena mencionar a importância de também tornar disponível aqueles dados que concessionárias de serviço público detêm – energia elétrica, transporte, gás, abastecimento de água, telefonia e internet, entre outros – por serem preciosos para o conhecimento de comportamentos e usos dos equipamentos e serviços prestados à sociedade.

Um passo importante começa a ser dado por governos que têm se esforçado por facilitar o acesso ao imenso capital de informação que detêm, propiciando o reuso de dados públicos, atuando de um modo muito distinto de práticas que favoreciam a postura de governos “ficarem sentados sobre essa mina de ouro” – uma expressão utilizada pela Comissão Europeia no final de 2011 ao se referir às práticas correntes da maioria de suas administrações públicas (http://www.2i2p.ba.gov.br/noticia/dados-governamentais-abertos-a-administracao-publica-e-o-pote-de-ouro).

Este trabalho é resultado do projeto de pesquisa em curso, realizado pela Cia de Processamento de Dados do Estado da Bahia – PRODEB em parceria com o LCAD daFaculdade de Arquitetura/UFBa, denominada “Cidadão em Rede: De Consumidor a Produtor de Informação sobre o Território”, que visa caracterizar o uso de mídias sociais na produção de conhecimento em rede sobre o território.



Referências

CONCILIO, Grazia; DE BONIS, Luciano. Smart Cities and planning in a Living Lab perspective. In: INPUT 2012 – Seventh International Conference on Informatics and Urban and Regional Planning, 2012, Cagliari. Planning Support Tools: Policy Analysis, Implementation and Evaluation: Franco Angeli Editore, 2012. p. 1363-1368.

DI FELICE, Massimo. As formas digitais do social e os novos dinamismos da sociabilidade contemporânea. In: KUNSCH, M e KUNSCH, W. (orgs.). Relações públicas comunitárias – a comunicação em uma perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus Editorial, 2007, pp.29-44. Disponível em <http://www.abrapcorp.org.br/anais2007/trabalhos/gt3/gt3_felice.pdf>. Acesso em 20 out. 2011.

MANFREDINI, Fabio; VILLA, Daniele. From location-aware technologies to open data: toward a new urban research agenda. In: INPUT 2012 – Seventh International Conference on Informatics and Urban and Regional Planning, 2012, Cagliari. Planning Support Tools: Policy Analysis, Implementation and Evaluation: Franco Angeli Editore, 2012. p. 1127-1138.

PEREIRA, Gilberto C.; ROCHA, Maria Célia F. Spatial Representation and Urban Planning. In: INPUT 2012 – Seventh International Conference on Informatics and Urban and Regional Planning, 2012, Cagliari. Planning Support Tools: Policy Analysis, Implementation and Evaluation: Franco Angeli Editore, 2012. p. 611-623.

INFO: Irã diz que ataque cibernético afeta acesso à internet



Dubai - Ataques cibernéticos tiveram como alvo a infraestrutura iraniana e empresas de telecomunicação, prejudicando o acesso à internet em todo o país, disse uma autoridade estatal nesta quarta-feira.

O Irã, quinto maior exportador mundial de petróleo, reforçou a segurança cibernética desde que suas centrífugas de enriquecimento de urânio foram atingidas em 2010 pelo vírus de computador Stuxnet, que Teerã acredita ter sido plantado pelos arquirrivais Israel ou Estados Unidos.

"Ontem tivemos um ataque pesado contra a infraestrutura do país e as empresas de comunicação, que nos obrigou a limitar a internet", disse Mehdi Akhavan Behabadi, secretário do Conselho Superior do Ciberespaço, a uma agência de notícias iraniana.

"Atualmente temos constantes ataques cibernéticos no país. Ontem um ataque com um tráfego de vários gigabytes atingiu a infraestrutura de internet, o que causou uma lentidão indesejada na internet do país", explicou.

"Todos estes ataques foram organizados. E têm em mente as redes nuclear, petrolífera e de informação do país."

Autoridades israelenses ameaçaram uma ação militar contra as instalações de energia nuclear da República Islâmica se as sanções do Ocidente sobre os bancos e o setor de petróleo de Teerã não persuadir a nação a engavetar seu polêmico programa atômico. As potências ocidentais suspeitam que o Irã esteja tentando desenvolver a capacidade de produzir armas nucleares, o que Teerã nega.

Folha de S.Paulo: Pesquisa vai monitorar hábitos por meio de aplicativo de smartphone


Milhares de pessoas participarão de um projeto tecnológico que irá monitorar seus hábitos por meio de um aplicativo, perguntando desde os quilômetros que foram percorridos em um dia até seus costumes sexuais.

O projeto, que leva o nome de "The Human Face of Big Data", está sendo impulsionado por empresas de tecnologia e tem por objetivo obter informações de todos os tipos sobre a vida dos participantes, que irão baixar um aplicativo gratuito no celular, com o qual responderão uma enquete anônima.

Lee Jae-Won/Reuters 
Estudo pretende analisar hábitos pessoais por 
meio de aplicativo em smartphone 

O aplicativo perguntará, por exemplo, o número de e-mails que foram enviados em um dia, suas crenças sobre o que acontece depois da morte, quem protagoniza seus sonhos, qual a definição de família e quais são seus costumes sexuais. O projeto foi apresentado na terça-feira (2), no Museu de Cinema de Londres.

As respostas permitirão tirar conclusões sobre temas relacionados a saúde, meio ambiente, segurança, nível educativo e costumes dos cidadãos. Após a enquete, deve ser elaborado um documentário e um livro, que será escrito pelo jornalista e fotógrafo Rick Smolan.

"The Human Face of Big Data" é um dos projetos mais populares dos últimos anos baseado na recopilação, processamento e análise de amplos dados.

Adrian McDonald, presidente da empresa EMC --uma das envolvidas no projeto--, acredita que as iniciativas terão um grande impacto em muitos aspectos da vida cotidiana e as companhias que estiverem por trás delas impulsionarão a próxima "revolução industrial".

"Calcula-se que, por cada criança que nascer em 2012, a quantidade de informação gerada e a produzida em relação a ela será maior que toda a informação criada desde a Idade da Pedra", afirmou McDonald, que disse que 10% das fotografias tiradas até hoje foram feitas em 2011.

Segundo o especialista, a indústria responsável pelo processamento destes imensos volumes de dados "tem o potencial de causar uma mudança verdadeiramente grande na vida dos cidadãos".

Entre as aplicações positivas, os especialistas citaram como exemplo a possibilidade de detectar e levar vacinas contra a poliomelite a uma grande quantidade de pessoas no norte da Nigéria, que não têm nem registros públicos.

COMPUTERWORLD: OAB ameaça ir à Justiça contra identificação eletrônica de carros


Para entidade, projeto do Contran previsto para entrar em vigor em janeiro de 2013, é inconstitucional, pois invade a privacidade dos motoristas.


A implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos(Siniav), prevista para janeiro do ano que vem, divide opiniões entre especialistas no setor. Para alguns, a instalação de um dispositivo eletrônico em toda a frota rodoviária em circulação no País representa invasão de privacidade. Para outros, o rastreamento, que inclui informações sobre o deslocamento dos carros em tempo real, aumenta a segurança e facilita o ordenamento do tráfego de pessoas e de cargas no território brasileiro.

Entre os contrários à medida está a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que pretende ajuizar ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal para contestar a instituição do sistema. Segundo o relator da matéria no Conselho Federal da OAB, Carlos Roberto Siqueira Castro, conhecer a exata localização do veículo de uma pessoa fere o direito constitucional à garantia de privacidade dos cidadãos.

Já o professor de direito constitucional da Universidade Católica de Pernambuco Marcelo Labanca sustenta que o controle, da maneira como está sendo proposto, não é excessivo, nem invade a esfera da privacidade. 

“A medida não viola o direito de privacidade do cidadão. Isso ocorreria se os chips fossem implantados nas pessoas para monitorá-las. Se o carro A ou B está em um local, isso não significa que a pessoa X ou Y esteja lá também. Os veículos devem ser monitorados, pois não há privacidade para o cidadão usar o carro como queira. É necessário haver controle do trânsito e de seus veículos por parte do Estado”, diz Labanca.

O professor alerta, no entanto, que deve haver confidencialidade dos dados. As informações que ficarão armazenadas no dispositivo são: número de série do chip de RFID, identificação da placa, categoria, espécie e tipo do veículo. “O que não pode é o Estado usar esses dados para divulgação individual a terceiros. Os dados devem ser preservados para utilização nos fins propostos.”

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação, que financiou o desenvolvimento do sistema juntamente com o Ministério das Cidades, a tecnologia usada prevê a confidencialidade dos dados relacionados aos proprietários dos veículos. Além disso, o protocolo de segurança de todas as informações contidas no sistema é baseado em chaves de proteção extremamente modernas.

O Ministério das Cidades reforçou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o protocolo de comunicação adotado é “padrão, sigiloso e seguro e de propriedade da União”. As informações serão fornecidas às entidades licenciadas somente mediante assinatura de termo de confidencialidade.

*Com informações da Agência Brasil

TI INSIDE: Desenvolvedora brasileira quer triplicar faturamento com soluções de comércio móvel



A That One Consulting, empresa brasileira de consultoria em tecnologia e processos e desenvolvedora de soluções, espera triplicar o faturamento em dois anos com suas novas soluções de comércio móvel, nas quais investiu R$ 1 milhão. A informação foi dada pelo diretor-executivo da companhia, Denis Furtado, durante o Encontro Internacional GeneXus, que ocorre em Montevidéu, no Uruguai.

As soluções, Scan2order e Scan2buy, foram desenvolvidas com a ferramenta GeneXus Evolution 2, da Artech, as quais, segundo Furtado, permitem que o cliente faça compras por meio de dispositivos móveis. A Scan2order, lançada há cerca de dois meses, é um aplicativo voltado para varejistas e já está sendo utilizada por um cliente do segmento de alimentos no Brasil, a Brumar. Já o Scan2buy, voltado ao consumidor, permite fazer o checkout de compras em lojas físicas através do dispositivo móvel.

A expectativa de Furtado é implantar cada uma das soluções em cerca de 25 clientes no ano que vem. “O comércio móvel já é uma realidade hoje e não há resistências, tanto da parte do consumidor quanto do varejista, para adoção e uso desse serviço. O que falta é a oferta de soluções que ofereçam um bom resultado”, comentou o executivo, acrescentando que o grande desafio é lidar com o volume de dados que esses aplicativos precisam suportar.

Furtado afirma que já há empresas interessadas na distribuição do aplicativo em outros países, como Estados Unidos, Uruguai e Peru, além de potenciais clientes no Uruguai e no México, principalmente supermercados e construtoras. “Nosso diferencial é a oferta de uma solução aberta, pois muitos estabelecimentos possuem uma solução própria e interna, mas nós abrimos para desenvolver para diferentes clientes e personalizamos o aplicativo de acordo com a necessidade da empresa que contrata nosso serviço”, finalizou.
A jornalista viajou a Montevidéu a convite da Artech. 

UOL: Vício em internet pode ser incluído em guia médico internacional de transtornos mentais



Inclusão do vício em internet no guia médico internacional poderá auxiliar no tratamento de crianças que têm o transtorno 

A próxima versão do Guia Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, publicação internacional dirigida a profissionais da área de saúde, deve incluir o vício em internet na lista de distúrbios psiquiátricos, segundo o “Daily Mail”. O objetivo é acelerar o diagnóstico de crianças e jovens com o transtorno.

O DSM-IV (sigla em inglês para o guia) deve sair em maio do próximo ano. Especialistas da Sociedade Australiana de Psicologia sugeriram que o vício em internet fosse incluído no manual internacional. O distúrbio ficará listado como “recomendado para estudo futuro”.

A principal preocupação dos especialistas ao solicitar a inclusão do vício em internet no manual é com as crianças. Com mais profissionais de saúde estudando o transtorno mental, fica mais fácil o diagnóstico dos pacientes, em sua maioria jovens, segundo Mike Kyrios, da Universidade de Swinburne. “Com crianças, os videogames são uma questão óbvia. Mas em geral a tecnologia pode ser um problema em potencial”, disse o pesquisador.

Emil Hodzic, dono de uma clínica de tratamento de vício em videogames em Sydney, alerta para a crescente chegada de pacientes jovens ao local – alguns com menos de 12 anos. “O sinal mais típico do vício são os sintomas de abstinência. Qualquer sinal de angústia, irritabilidade, frustração quando eles não podem acessar a internet”, detalhou Hodzic.

Folha: Totvs abre centro no Vale do Silício para criar tecnologia de ponta

HELTON SIMÕES GOMES
MARIANNA ARAGÃO


A brasileira Totvs, sexta maior empresa de software do mundo, inaugura hoje um centro de desenvolvimento de novas tecnologias no Vale do Silício, na Califórnia, com o objetivo de expandir a liderança local na América Latina para o resto do mundo.

Será também um centro para analisar investimentos em start-ups americanas.

É a primeira companhia do país a estabelecer um escritório na região que mais inova do mundo, lar de empresas como Facebook, Google e Apple.

"Nosso objetivo estratégico é estar no meio do celeiro mais inovador do mundo", disse Alexandre Dinkelmann, vice-presidente executivo de estratégia da Totvs.

No Brasil, a Totvs enfrenta uma disputa acirrada por mercado com a alemã SAP. Segundo a Gartner, a empresa possui 48,6% do mercado brasileiro. Presente no México, Argentina e Chile, lidera em países emergentes.

"Nosso foco é América Latina, mas a gente começa a ampliar horizontes. Agora com os Estados Unidos." Peru e Colômbia são outros países em que a empresa irá atuar.

Com o chamado Totvs Labs, a empresa pretende desenvolver aplicações corporativas de ponta com mão de obra especializada do Vale de Silício.

A equipe já conta com 12 desenvolvedores, entre indianos, russos, chineses, americanos e brasileiros, mas há perspectiva de ampliação.

O objetivo da Totvs é aproveitar o ecossistema local de tecnologia para criar suas próprias soluções para redes sociais, dispositivos móveis, computação em nuvem e análise de grandes massas de dados.

FUNDO DE INVESTIMENTO

"Estando lá, a gente consegue se posicionar como uma empresa inovadora em nossos mercados e dar lastro para expansão a outros países", afirmou Dinkelmann.

Também faz parte da estratégia estabelecer parcerias com empresas americanas. A companhia trabalha agora para lançar em janeiro seu fundo próprio de investimento em empresas iniciantes (venture capital).

"A está criando uma área de novos negócios e uma unidade de investimento em venture capital no Brasil", afirmou Dinkelmann à Folha. "A gente quer explorar a possibilidade de adquirir empresas mais jovens com alto grau de inovação."

Segundo o executivo, o escritório no Vale funcionará também para identificação de start-ups potenciais para serem adquiridas ou receberem aportes da Totvs. Com isso, a empresa pretende agregar uma nova tecnologia ou atrair talentos.

UOL: Facebook chega a 1 bilhão de usuários com Brasil entre os 5 países mais conectados à rede


Paul Sakuma/AP

O cofundador e presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse em post na rede social que espera poder conectar o restante do mundo na rede 

Ao anunciar a chegada à marca histórica de 1 bilhão de usuários nesta quinta (4), o Facebook informou também que o Brasil está entre os cinco países que mais usam rede social. Além dele, completam a lista Índia, Indonésia, México e Estados Unidos.

Outros dados mostram números “estratosféricos” da rede social criada por Mark Zuckerberg em fevereiro de 2004. O Facebook já tem cerca de 600 milhões de usuários móveis – que acessam o serviço a partir de smartphones e tablets. Desde seu lançamento, a rede social já registrou 1,13 bilhão de “Curtidas” em posts, 140 bilhões de conexões entre contatos e 219 bilhões de fotos foram publicadas na rede.

Na mensagem sobre a marca histórica atingida, Zuckerberg, atual CEO da companhia, escreveu que “ajudar 1 bilhão de pessoas a se conectar é fantástico, singelo e de longe a coisa que mais tenho orgulho de ter feito durante a minha vida”. Além disso, afirmou que está comprometido com a melhora do serviço. “Felizmente, juntos um dia, estaremos aptos a conectar o resto do mundo também.”

O Facebook atinge a maior quantidade de usuários de sua história ao mesmo tempo em que vê suas ações perdendo valor na bolsa de valores americana. No fim de setembro desde ano, os papéis da empresa chegaram a valer cerca de metade do valor que eram negociados em sua oferta pública inicial, em maio.




Foto 1 de 19 - O Facebook chegou a cerca de 955 milhões de usuários no mundo -- só no Brasil, são 55 milhões de perfis, praticamente mais de um quarto da população do país estaria na rede social. Com tamanha popularidade, é preciso ficar atento a algumas dicas para aproveitar o máximo da rede social. Confira algumas delas, como baixar capas de perfis, saber configurar a privacidade, evitar chatos e muito mais Karen Bleier/AFP

Brasileiro ajudou a fundar empresa

Em 2003, o brasileiro Eduardo Saverin iniciou o curso de Economia na universidade de Harvard. Foi lá onde conheceu Mark Zuckerberg, logo que entrou no curso. No ano seguinte, eles fundaram o “Thefacebook”, que mais tarde tornaria-se a maior rede social do mundo. 

Zuckerberg, estudante de Ciência da Computação, já tinha experiência na criação de outras duas redes sociais embrionárias (a Coursematch, que permitia aos alunos verem listas dos matriculados na universidade, e a Facemash, rede que “media” a atratividade dos estudantes).


O Facebook processou Saverin, alegando interferência do brasileiro nos negócios. Ele processou a rede social de volta, depois de ver a participação de 24% no capital do Facebook ser reduzida para menos de 10%. Ganhou a ação e mantém até hoje 5% nos ganhos 

O “Thefacebook” fez grande sucesso entre os estudantes de Harvard em pouco tempo: em 24 horas, havia 1,2 mil inscritos, segundo o jornal "The Guardian". Em um mês, metade dos alunos da graduação já utilizava a rede. Com a abertura a outras universidades, a rede social acabou crescendo num ritmo rápido.

O perfil oficial dos fundadores, no próprio Facebook, diz que “Eduardo” administrou o desenvolvimento de negócios e aspectos comerciais da rede social em seus primeiros anos.

Os problemas vieram quando os dois começaram a divergir quanto ao rumo da rede social, conforme escreveu David Kirkpatrick, autor do livro "The Facebook Effect: The Inside Story of the Company That Is Connecting the World" (ainda não disponível em português). Enquanto Zuckerberg queria “engordar” o “Thefacebook” com mais usuários, Saverin era a favor de “engordar” as receitas do site, com a inserção de mais espaços publicitários.

Sem chegar a um acordo sobre o futuro da rede social, Saverin deixou a empresa e continuou os estudos em Harvard. Enquanto isso, Zuckerberg largou a faculdade e mudou-se para a Califórnia.

Um ano depois, o Facebook processou Saverin, alegando interferência do brasileiro nos negócios da empresa. De acordo com a "Forbes", o intuito era diminuir sua participação nos ganhos totais. Ele processou a rede social de volta, depois de ver a participação de 24% no capital do Facebook ser reduzida para menos de 10%. Saverin ganhou a ação judicial e mantém até hoje 5% nos ganhos da empresa. Ainda segundo a "Forbes", o brasileiro é o 356º homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 1,15 bilhão.