segunda-feira, 27 de agosto de 2012

INFO: Brasil ganha laboratório de bionanotecnologia

Por Vanessa Daraya, de INFO Online


São Paulo - O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) inaugura hoje (27) o Laboratório de Bionanomanufatura. Ele é considerado o primeiro laboratório de bionanotecnologia da América Latina.

A bionanotecnologia é uma área de ciência que consegue manipular e estudar materiais milhares de vezes menores do que a espessura de um fio de cabelo. Uma partícula pode ser chamada de "nano" quando tem entre um e 100 nanômetros. Esse número é cerca de 0,01% do diâmetro de um fio de cabelo.

O Laboratório de Bionanotecnologia do IPT estudará o desenvolvimento de organismos vivos, tecnologia de partículas, além da fabricação de pequenos equipamentos.

Além disso, o IPT pretende buscar soluções sustentáveis, como o bioplástico degradável produzido a partir de restos de frutas ou bagaço de cana das usinas de álcool. Diferente do produto à base de petróleo, o bioplástico se decompõe em seis meses, sem poluir.

O evento, que contará com a presença do governador Geraldo Alckmin, também contará com a inauguração de um simulador da luz solar voltado para pesquisas científicas. Segundo o IPT, esses investimentos custaram ao governo cerca de 50 milhões de reais.



Diário Oficial: Arena Fonte Nova recebe a visita do governador nesta segunda-feira

Arena Fonte Nova recebe a visita do governador nesta segunda-feira



Com 100% da execução do anel de compressão da cobertura e 99,9% da fase de montagem da superestrutura (pilares, vigas, lajes e arquibancadas) concluídos, a construção da Arena Fonte Nova (foto)segue cumprindo o cronograma para receber a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo da Fifa 2014.

Nesta segunda-feira, o governador Jaques Wagner visita a obra e tem um encontro com 30 atletas da Superintendência dos Desportos do Estado (Sudesb), entre eles, a medalhista olímpica do boxe Adriana Araújo.

A montagem da tenso-estrutura foi iniciada e está com 25% de avanço. Em seguida, começa a colocação dos cabos de aço que suportarão a membrana da cobertura. A previsão de conclusão da cobertura da arena é dezembro, quando serão finalizados os ajustes de tensões da estrutura.

Até ontem, o avanço físico da obra era superior a 67%. Atualmente, a obra está com três mil trabalhadores (operários, técnicos e engenheiros) divididos em três turmas.

Gramado – Outras frentes de serviços estão em andamento como a construção dos acessos às rampas laterais. Além disso, a etapa de instalações elétricas, hidráulicas, TI e elevadores já passa dos 48% de conclusão.

O edifício garagem está com 85% das fundações finalizadas e, com relação ao acabamento, os pisos estão com 70% e os revestimentos, 17%. Em outubro de 2012, está previsto o início da instalação dos assentos e, em novembro, começa a preparação do gramado.

O governador chega à Fonte Nova às 8h, pelo portão 2 (Ladeira da Fonte das Pedras) e faz a visita acompanhado pela imprensa. Ainda na obra, dá entrevista coletiva. Depois, segue para o Centro de Visitação da arena, onde se encontra com os atletas apoiados pelo Governo do Estado.

Convergência Digital : Dito contrata especialista em comportamento nas redes sociais




Empresa especializada em soluções para engajamento nas redes sociais, a Dito anuncia a contratação de Leandro Libério, que vai atuar como novo Gerente de Produtos. Somando a experiência profissional como consultor na Fumsoft, e a acadêmica, como coordenador de pós-graduação na Cotemig, além das passagens como docente nas instituições Faminas-BH, Uni-BH, Unifor, Rede Pitágoras e Senac Minas, o profissional chega para consolidar o produto GraphMonitor, utilizado como ferramenta para gestão de marcas no Facebook. Em paralelo, desenvolver o departamento de Produtos da empresa, buscando antecipar as necessidades dos clientes com soluções em prol do engajamento nas redes sociais.

Para Libério, atuar em um segmento com domínio acadêmico de maneira profissional é um desafio motivador, em especial por se tratar de uma empresa com grande potencial de crescimento. “São poucas as empresas mineiras, e até mesmo brasileiras, que aplicam em tempo real conhecimentos científicos, como acontece na Dito, que vem conquistando reconhecimento de grandes marcas, inclusive do Governo Estadual”, aponta.

Segundo o executivo, o objetivo da nova função é inovar em novos produtos e serviços, que viabilizam o relacionamento entre consumidores e marcas, por meio de informações relevantes geradas nas redes sociais. “Nosso País é o ambiente mais propício para colocar isso em prática tendo em vista a forte adoção dos brasileiros às redes sociais”, explica.

De acordo com André Fonseca, CEO da Dito, a contratação de Leandro Libério acontece em um momento estratégico da empresa, onde o profissional chega para auxiliar em melhores soluções para calcular o engajamento entre pessoas e marcas. “Com toda sua bagagem acadêmica, incluindo seu doutorado em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais, acredito que seu nome é a melhor opção para esta nova etapa que a Dito vive”, conclui Fonseca.

Folha: Projeto lê e resume termos de uso de sites populares


RAFAEL CAPANEMA

Ler os mais de 70 mil caracteres dos termos de uso e da política de privacidade do Facebook levaria, mais ou menos, uma hora e meia.

Não leu tudo? Não tem problema: voluntários do projeto ToS;DR (tos-dr.info ) estão examinando os termos de serviço de sites populares, resumindo-os e classificando-os de A (muito bom) a E (muito ruim) de acordo com a forma como eles tratam os dados dos usuários.

arte 

Para "acabar com a maior mentira da internet" --o "li e aceito"--, o projeto busca mais programadores para contribuir com o código-fonte e especialistas jurídicos.

Os termos do Twitter e do Facebook começaram a ser analisados e já têm pontos positivos e negativos apontados, mas ainda não receberam uma nota.

O Twitpic, site de imagens para Twitter, ganhou a pior nota, porque, segundo o site, "tem acordos com parceiros para usar seu conteúdo sem lhe dar crédito" e porque "imagens deletadas não são realmente deletadas".

O nome ToS;DR ("termos de serviço; não li", na sigla em inglês) é uma referência à sigla TL;DR ("muito longo; não li"), usada na internet por usuários que se veem diante de um texto comprido demais.

IDG Now!: Smartphones Android vão controlar frota de mini-satélites da NASA



Programa PhoneSat espera revitalizar a exploração espacial de baixo custo. Primeiros satélites, com um Nexus One no controle, serão lançados ainda neste ano

Embora recentemente a NASA esteja atraindo a atenção da mídia com seu rover Curiosity, que está explorando o solo de Marte, este não é o único experimento no qual a agência norte-americana está trabalhando. Uma equipe do Ames Research Center em Moffett Field, na Califórnia, está se preparando para o lançamento de satélites em miniatura baseados em um smartphone Android, o Nexus One. Batizado de PhoneSat, o projeto é parte de um experimento maior chamado CubeSat Launch Initiative, que incorpora eletrônicos de consumo em “nanosatélites”.

Ainda não há uma data exata para o lançamento do PhoneSat, mas três satélites deverâo rumar ao espaço no final deste ano. E há muitos motivos para aguardar ansiosamente pelo evento. Veja o que já sabemos sobre o programa.

Dois modelos

De acordo com informações fornecidas pelo Space Technology Program (Programa de Tecnologia Espacial) da NASA, a equipe construiu dois protótipos de nanosatélites, que originalmente seriam lançados em datas diferentes. O primeiro modelo, batizado de PhoneSat 1.0, tem recursos mínimos. A equipe quer apenas ver se um mini-satélite baseado em um smartphone pode sobreviver a um curto período no espaço.

A principal medida do sucesso será se o satélite conseguir enviar de volta dados sobre sua “saúde” e fotos enquanto ainda no espaço. Além de um Nexus One, os principais componentes da versão 1.0 incluem baterias externas e um localizador de rádio. Um circuito irá monitorar o sistema e “rebootar” o Nexus One se necessário. Tudo isso será montado em um chassis de 10 x 10 x 10 cm, não muito maior do que uma xícara de café, e três satélites 1.0 serão montados. Cada um pesa apenas 1.8 Kg. 

Cubesat 1.0 sendo montado, e comparação 
com uma xícara de caféCrédito: NASA Ames Research Center

Um modelo mais avançado, o PhoneSat 2.0, irá ter recursos mais avançados e será baseado em um Samsung Nexus S, o segundo “Google Phone”. O satélite também irá incluir um rádio bidirecional operando na Banda S, painéis solares, um receptor GPS e será controlado do solo através do rádio. Os painéis solares tornarão possível uma missão de longa duração. O PhoneSat 2.0 também terá magnetorquers (bobinas eletromagnéticas que interagem com o campo magnético do nosso planeta) e flywheels, permitindo controlar a orientação do veículo no espaço. 

De acordo com um representante de relações públicas da NASA, duas unidades do PhoneSat 1.0 e uma do PhoneSat 2.0 estão programadas para serem lançadas a bordo do voo inaugural do foguete Antares, da Orbital Sciences Corporation. O lançador é capaz de levar até 6.8 toneladas à Órbita Terrestre Baixa (LEO - Low Earth Orbit) e seu primeiro vôo deverá ser feito ainda neste ano.

PhoneSat sobre uma mesa. A fita métrica é uma antena!
Crédito: NASA Ames Research Center

Progresso atual

A equipe PhoneSat está se preparando para esta missão há alguns anos, e executando testes para levar o Nexus One aos seus limites. Em Julho de 2010 dois aparelhos foram lançados em foguetes para determinar como se comportariam sob alta velocidade e grande altitude. Um dos foguetes caiu e destruiu o smartphone, enquanto o outro pousou com o aparelho perfeitamente intacto. O PhoneSat 1.0 também foi testado em uma câmera de vácuo, em mesas de choque e balões de grande altitude, sempre com grande sucesso.

PhoneSat preso a um balão de grande altitude
Crédito: NASA Ames Research Center

A filosofia por trás do projeto é bastante similar à mentalidade empresarial do vale do silício: “lançar o satélite de menor custo e mais fácil construção que já foi ao espaço”, como diz um documento de demonstração de voo. Cada protótipo de um PhoneSat custa cerca de US$ 3.500,00. Os engenheiros da NASA usaram componentes comerciais em seu projeto, sem nenhuma modificação. E nenhuma nova tecnologia foi criada especificamente para a missão: eles trabalham usando apenas materiais e tecnologia amplamente disponíveis.

Qual o próximo passo?

Estas unidades de baixo custo não só mostram como eletrônicos de consumo comuns podem ser usados em experimentos de exploração do espaço, mas também irão reduzir os custos de desenvolvimento de futuros projetos de pequenas espaçonaves da NASA. A equipe planeja usar os PhoneSats em futuras missões envolvendo a exploração da Lua, observação da Terra com baixo custo e o teste de novas tecnologias e componentes para o voo espacial. Outra missão planejada para 2013 espera usar um PhoneSat 2.0 para conduzir experimentos em heliofísica.

Folha: Tecnologias renovam aposta na robótica





A Foxconn não informou quantos operários serão dispensados. Mas seu presidente, Terry Gou, endossa o uso crescente de robôs. De acordo com a agência oficial de notícias, Xinhua, em janeiro Gou declarou, falando de seus mais de 1 milhão de empregados: "Como os seres humanos também são animais, gerir 1 milhão de animais me dá dor de cabeça".

Os custos decrescentes e a sofisticação crescente dos robôs reativaram uma discussão em torno da velocidade em que empregos serão perdidos. Neste ano os economistas Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee, do Instituto de Tecnologia do Massachusetts, apresentaram argumentos em favor de uma transformação rápida. "A usurpação das habilidades humanas pelos robôs nesse ritmo e escala é recente e possui implicações econômicas profundas", escreveram eles em seu livro "Race Against the Machine" ("Corrida Contra a Máquina").

Para eles, a chegada da automação de baixo custo anuncia transformações da mesma escala da revolução na tecnologia agrícola ocorrida no século passado, quando o emprego na agricultura nos EUA caiu de 40% da força de trabalho para 2%.

Mas Bran Ferren, veterano especialista em robótica e designer de produtos industriais na Applied Minds, de Glendale, Califórnia, argumenta que ainda há obstáculos grandes "Inicialmente, eu tinha a ingenuidade de pensar em robôs universais que fossem capazes de fazer tudo", contou. "Mas é preciso ter pessoas por perto, de qualquer maneira. E as pessoas são boas em entender como mexer com aquele radiador ou acoplar aquela mangueira. Coisas como essas ainda são difíceis para robôs."

Mais além dos desafios técnicos, há a resistência de operários sindicalizados e comunidades preocupadas com a perda de empregos. Embora o aumento dos custos da mão de obra e dos transportes na Ásia e o medo do roubo de propriedade intelectual estejam trazendo alguns trabalhos de volta para o Ocidente, a ascensão dos robôs pode significar que serão gerados menos empregos.

Na fábrica de painéis solares Flextronic, em Milpitas, ao sul de San Francisco, uma faixa proclama "Trazendo Empregos e Manufatura de Volta à Califórnia!". Dentro da fábrica, contudo, vêem-se robôs por toda parte e poucos trabalhadores humanos. Todo o levantamento de cargas pesadas e quase todo o trabalho de precisão é feito por robôs. Os trabalhadores humanos cortam material em excesso, passam fios por furos e aparafusam alguns prendedores.

Esse tipo de avanço no setor manufatureiro também está provocando transformações em outros setores que empregam milhões de trabalhadores. Um desses setores é o da distribuição, em que robôs que se movimentam na velocidade dos corredores mais velozes do mundo são capazes de armazenar, pegar e embalar mercadorias para transporte, com muito mais eficiência que os humanos.

Os avanços rápidos nas tecnologias de visão e tato estão colocando uma grande gama de tarefas manuais ao alcance das habilidades dos robôs. Por exemplo, os jatos comerciais da Boeing agora são rebitados automaticamente por máquinas gigantes que se movimentam com rapidez e precisão sobre a superfície dos aviões.

Na Earthbound Farms, na Califórnia, quatro braços robóticos recém-instalados, com copos de sucção customizados, empacotam embalagens de alface orgânica em caixas para transporte. Cada robô faz o trabalho de até cinco trabalhadores humanos.

CORRIDA DE ROBÔS

Numa feira comercial de automação em Chicago, no ano passado, Ron Potter, diretor de tecnologia de robótica na consultoria Factory Automation Systems, de Atlanta, ofereceu um exemplo de um sistema manufatureiro robótico que custou inicialmente US$ 250 mil e tomou o lugar de dois operadores de máquinas, cada um dos quais ganhava US$ 50 mil por ano. Ao longo dos 15 anos de vida do sistema, as máquinas possibilitaram economia de US$ 3,5 milhões em mão de obra e produtividade.

O governo e executivos industriais nos EUA argumentam que, mesmo que as fábricas sejam automatizadas, ainda são uma fonte importante de empregos. Se os EUA não competir pela manufatura avançada em setores como o da eletrônica para consumidores, poderá perder também nas áreas de engenharia e design. Além disso, embora sejam perdidos mais empregos de colarinho azul, a manufatura mais eficiente vai gerar empregos qualificados no design, na operação e na manutenção das linhas de montagem.

E os fabricantes de robôs dizem que seu próprio setor gera empregos. Um relatório encomendado no ano passado pela Federação Internacional de Robótica constatou que os produtores de robótica em todo o mundo já empregavam 150 mil pessoas em todo o mundo.

Mas o domínio americano e europeu na próxima geração da indústria é incerto. "O que eu vejo é que os chineses também vão usar robôs", disse Frans van Houten, presidente da Philips. "A janela de oportunidade para trazer a manufatura de volta para nós é antes de isso acontecer."

LINHA DE MONTAGEM VELOZ

Na Tesla Motors, em Fremont, na Califórnia, até oito robôs fazem um balé em torno de cada veículo quando ele para por apenas cinco minutos em cada estação ao longo da linha de produção. Os braços robóticos parecem humanos quando se estendem e trocam de "mão" para realizar uma tarefa diferente. Muitos robôs em fábricas de automóveis realizam apenas uma função, mas os robôs da Tesla dão conta de até quatro: soldar, rebitar, colar e instalar um componente. O objetivo é que até 83 sedãs de luxo elétricos Tesla S sejam produzidos por dia na fábrica. Quando a empresa começar a produzir um utilitário esportivo, no próximo ano, os robôs serão reprogramados e o veículo novo será produzido na mesma linha de montagem.

A fábrica da Tesla é pequena, mas representa uma aposta nos robôs flexíveis, algo que pode ser um modelo para o setor.

Recentemente, a Hyundai e a Beijing Motors abriram uma fábrica nos arredores de Pequim que poderá produzir 1 milhão de veículos por ano, usando mais robôs e menos pessoas que as fábricas grandes de seus concorrentes, e com a mesma flexibilidade que a da Tesla, disse Paul Chau, investidor americano da WI Harper.

NOVO PAPEL DOS HUMANOS

Nos dez anos passados desde que começou a trabalhar num depósito em Tolleson, Arizona, Josh Graves já viu como os sistemas de automação podem facilitar o trabalho, mas também criar estresse e inseguranças novos. O depósito no qual ele trabalha distribui produtos alimentícios a granel para a rede de supermercados Kroger.

Graves, 29, começou a trabalhar no depósito assim que terminou o ensino médio. O emprego exigia o levantar caixas pesadas, e ele trabalhava muitas horas por dia.

Hoje, Graves dirige uma máquina pequena semelhante a uma empilhadeira. Ele usa fones de ouvido; uma voz computadorizada lhe diz onde no depósito deve ir para buscar ou armazenar produtos. Um computador centralizado, apelidado pelos operários de Cérebro, dita a velocidade das empilhadeiras. Os gerentes sabem exatamente o que os operários estão fazendo em cada minuto.

Segundo Rome Aloise, vice-presidente para a Califórnia do sindicato de trabalhadores do setor, como os operários fazem menos trabalho físico, ocorrem menos lesões. Pelo fato de o ritmo de trabalho ser ditado por um computador, o estresse hoje é mais psicológico.

Vários anos atrás, o depósito de Graves instalou um sistema alemão que automaticamente armazena caixas de alimentos e os tira de prateleiras. O sistema levou à eliminação de 106 empregos, ou 20% da força de trabalho.

Agora, a Kroger pretende construir um depósito altamente automatizado em Tolleson.

"Não temos um problema com a chegada das máquinas", Graves disse a funcionários da prefeitura. "Mas diga à Kroger que não queremos perder esses empregos em nossa cidade."

Certos tipos de trabalho ainda estão fora do alcance da automação: empregos na construção, que requerem que trabalhadores se movimentem em locais imprevisíveis e realizem tarefas não repetitivas; montagens que exigem feedback tátil, como a colocação de painéis de fibra de vidro no interior de aeronaves, barcos ou carros e tarefas de montagem em que é feita uma quantidade limitada de produtos, o que exigiria a reprogramação dos robôs, algo que custa caro. Mas essa lista de trabalhos está encolhendo.

Folha: Cibercriminoso brasileiro promove ataque sofisticado a banco on-line


RAFAEL CAPANEMA


Ataques a usuários de bancos on-line estão entre os preferidos dos cibercriminosos brasileiros porque rendem dinheiro rápido.

Para obter acesso indevido às contas das vítimas, eles tentam convencê-las a clicar em um link que leva a uma réplica falsa do site de seu banco ou usam cavalos-de-troia que direcionam o correntista a um site fraudulento mesmo quando ele digita o endereço correto na barra do navegador.

De acordo com a comScore, 25% dos usuários de internet da América Latina utilizaram serviços de banco on-line em 2011.

Desenvolvido no Brasil, um cavalo-de-troia bancário descoberto recentemente conseguiu aumentar sua eficácia e reduzir a detecção por programas antivírus por meio de uma sofisticada fraude.

Quando o malware era executado no computador, exibia um certificado digital válido, obtido de forma irregular --a prática, comum em outros países, era inédita na América Latina.

O certificado digital é um mecanismo para comprovar a autenticidade de um programa --é ele que surge quando você tenta instalar no Windows um software do Google ou da Microsoft, por exemplo.

Para obter o registro para seu malware, os criminosos brasileiros enganaram uma entidade certificadora dos EUA registrando uma empresa falsa com nome similar ao de uma companhia existente.

Com sede em um prédio em Vitória (ES) e telefone de contato com DDD 81, de Pernambuco, a empresa falsa teve seu certificado revogado 15 dias depois do registro.

"No mundo dos ataques virtuais, isso equivale a um ano. Dá para infectar e roubar muita gente em 15 dias", afirmou à Folha Fabio Assolini, analista de malware da Kaspersky Lab, que identificou a ameaça.

Editoria de Arte/Folhapress 

Criminosos brasileiros também começam a mirar os usuários de internet banking em dispositivos móveis --foram 3,3 milhões em 2011, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Em um golpe detectado e desmantelado em junho, uma mensagem de e-mail formatada para smartphones levava a uma página falsa do Banco do Brasil, também otimizada para as telas pequenas dos aparelhos.

Esse tipo de ataque é interessante para os criminosos porque, em geral, os aplicativos dos bancos para telefones celulares e tablets não contam com os mesmos mecanismos de proteção adotados nas soluções de internet banking para computadores tradicionais.

Nos dispositivos móveis, é preciso digitar menos senhas, e não se exigem plugins (programas complementares) nem chaves de segurança.

"Por que os bancos têm menos proteção móvel? Porque ainda há pouca gente usando e, por isso, menos ataques. Só que já estão começando a atacar!", diz Assolini.

Folha: Twitter fecha cerco a outras redes sociais

CHARLES ARTHUR

O Twitter começou a usar uma espécie de bomba contra as demais redes sociais que o cercam.

O mais recente adversário a sentir os efeitos da arma foi a rede de blogs Tumblr, impedida de autorizar seus usuários a buscar os amigos de Twitter. O Tumblr assim se une ao LinkedIn e ao Instagram na lista das empresas proibidas de pegar carona no gráfico social do Twitter, e há fortes expectativas de que o Flipboard seja o próximo.

Kimihiro Hoshino/France Presse 
Painel com o logotipo do Twitter, na sede da
empresa, em San Francisco 

O Tumblr, de sua parte, disse estar "verdadeiramente decepcionado com a decisão do Twitter". "Para nossa consternação, o Twitter restringiu a capacidade de nossos usuários para localizar amigos do Twitter no Tumblr", afirmou a companhia em declaração ao site de tecnologia "TechCrunch".

"Dado o nosso histórico de apoio à plataforma deles, isso é especialmente incômodo. Nosso serviço é responsável por centenas de milhões de tuítes, e permitimos alegremente o uso de Twitter Cards em nossos 70 milhões de blogs e 30 bilhões de posts, como um dos primeiros parceiros do Twitter."

Por que o Twitter está agindo assim? Se você raciocinar, é bem óbvio. Não quer que outras redes sociais, sejam elas estabelecidas ou ascendentes, peguem carona em seu gráfico social --a teia de interconexões de quem segue quem. Se analisado com eficiência, esse gráfico pode detalhar os interesses dos usuários e assim não só ajudar a construir uma rede social interessante mas facilitar sua monetização, especialmente via anúncios.

E é por isso que o Twitter passou a rejeitar os pedidos das redes sociais concorrentes, grandes ou iniciantes.

Além disso, o Twitter ocupa um lugar especial no ramo de redes sociais. É menor que o Facebook e talvez até que o Google+, mas seus usuários tendem a ser mais ativos e a ter interesses mais amplos. Isso faz deles, e de seus gráficos sociais, um ativo interessante para uma rede social que aspire a crescer e deseje conectar as pessoas.

Se o usuário puder transplantar facilmente seus amigos do Twitter para o Tumblr, há boas chances de que passe mais tempo no Tumblr. E isso não é o que o Twitter deseja, porque, se os usuários passarem menos tempo no Twitter, dedicarão menos atenção a seus anúncios.

O que o Twitter está dizendo para Tumblr, Instagram, LinkedIn e outras redes sociais que desejam se tornar destinos atraentes para os internautas é o seguinte: boa sorte. Nós conseguimos nossos usuários do modo difícil. Agora é a vez de vocês.

Aposto que, até o final do ano, só uma rede social poderá ampliar sua lista de usuários usando o banco de dados de conexões do Twitter. A exceção? A Posterous, que o Twitter adquiriu em março.

A estratégia parece óbvia a ponto de não justificar que as pessoas se surpreendam com ela. O Twitter, que já recebeu US$ 1 bilhão em investimento do setor de capital para empreendimentos, não está no ramo de distribuir de graça seu gráfico social.

Já vimos uma versão anterior dessa batalha. Em 2008, o Google cortou o acesso do Facebook, então uma rede social em ascensão, ao Google Contacts, o que impedia usuários de importar endereços de e-mail do Google ao seu (novo) perfil do Facebook.

O Google alegou que, em troca, o Facebook teria de prover acesso recíproco --algo que a rede de Mark Zuckerberg não aceitou. Anos mais tarde, a decisão do Facebook se mostrou acertada: imagine se o Google tivesse podido explorar os dados do Facebook para criar o Google+.

A tática da bomba parece igual em toda parte; tudo o que é preciso para empregá-la é que uma empresa do Vale do Silício se torne o equivalente a uma potência nuclear --e hoje em dia isso quer dizer uma rede social com dezenas de milhões de usuários.

Folha: Líder na América Latina e quarto colocado global, Brasil se destaca no cibercrime

RAFAEL CAPANEMA

Quando o assunto é crime cibernético, o Brasil ostenta indicadores nada lisonjeiros em levantamentos de empresas de segurança digital.

O país é líder em atividade maliciosa na América Latina e ocupa o quarto lugar no ranking mundial.

Gus Morais 

Em origem de ataques de phishing (tentativa de enganar usuários para obter seus dados) e envio de spam, é o quinto colocado global.

O Brasil também é o país mais visado do planeta por programas que tentam capturar informações bancárias.

"A criminalidade informática é apenas mais uma vertente da criatividade brasileira", afirma Luiz Eduardo dos Santos, especialista em segurança da informação. "Da mesma forma que somos criativos para coisas boas, o somos para as ruins."

Em geral motivados por ganhos financeiros, os cibercriminosos veem o número de potenciais vítimas crescer rapidamente: em maio, o país chegou a 50,9 milhões de usuários ativos de internet, segundo o Ibope.

"Uma economia mais estável e mais dinâmica e o crescimento da renda da população fazem com que o Brasil seja um alvo interessante para os cibercriminosos", disse Luis Guisasola, diretor-sênior de marketing da Kaspersky para a América Latina, na conferência latino-americana de analistas de segurança da empresa em Quito (Equador), na semana passada.

Para Mariano Sumrell, diretor de marketing da AVG, o problema se agrava porque os novos usuários que chegam à rede "não têm conhecimento dos procedimentos mais básicos de segurança".

Editoria de Arte/Folhapress
"O problema com o cibercriminoso é que não sabemos quem ele é, onde ele mora. Quanto ao criminoso tradicional, podemos enxergá-lo e criar barreiras físicas contra ele. No mundo digital, isso é muito mais complexo", diz Guisasola.

Equiparar os delitos virtuais aos crimes comuns é um dos objetivos do Projeto de Lei 84/1999, conhecido como "Lei Azeredo", aprovado em maio na Câmara dos Deputados.

Ele prevê multa e pena de um a cinco anos de prisão para crimes como uso de cartões de crédito ou débito obtidos indevidamente.

O projeto ainda precisa passar pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania e de Segurança Pública antes de voltar ao Senado e ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff.

Bahia press:Três mil empregos devem ser criados na área tecnológica com o pré-sal




O setor de petróleo e gás deve continuar abrindo novos empregos no Brasil a cada ano, seja por meio de concursos públicos da Petrobras ou nas empresas privadas que vão participar dos projetos na camada do pré-sal, como avalia o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro. “A perspectiva é que, somando os setores público e privado, a gente deve ter pelo menos 2 mil a 3 mil empregos nos próximos dois anos a três anos na área tecnológica, que envolve engenheiros e geólogos.” Segundo Guerreiro, a maior parte da mão de obra para atender à demanda do pré-sal será encontrada dentro do próprio país, “porque aumentou muito o ritmo de formação de engenheiros.”

Até uma década atrás o nível de abandono em profissões da área tecnológica era elevado, sobretudo da engenharia. “Chegava a 50% e, em casos extremos, até 60% ou mais.” Agora, como as perspectivas em relação ao futuro são boas, sinalizando bons empregos e salários, o índice de evasão caiu para 20% ou 25%, que é o de países de primeiro mundo, explicou Guerreiro.

Já para o professor do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Ricardo Cabral de Azevedo, o número de profissionais necessários para atender aos projetos do pré-sal é elevado e exigirá a importação de mão de obra estrangeira.

“Está tendo um verdadeiro apagão de profissionais da área, devido à demanda muito grande.” O curso de engenharia de petróleo da Poli-USP está quintuplicando o número de vagas este ano. “E mesmo assim a gente sabe que não vai conseguir atender ao mercado”, disse Azevedo.

Embora não exista um estudo em relação à demanda de mão de obra para a área de petróleo e gás, os alunos que estão se formando têm propostas de emprego antes de terminarem a graduação, segundo o coordenador do curso de Petróleo e Gás da Universidade Federal Fluminense (UFF), Geraldo Ferreira.

Várias empresas do setor estão procurando estreitar contatos com as universidades para, por meio de convênios, terem acesso mais rápido e facilitado à mão de obra que está se formando. “Isso para a área de petróleo em geral. E, como o pré-sal a gente ainda está estudando, ampliando, eu acho que a demanda vai ser cada vez maior”, disse Ferreira.

Sarah Tabosa Henrique, aluna do curso de engenharia de petróleo da UFF, disse que ao prestar vestibular sua ideia era encontrar um curso que fosse do seu interesse e que, ao mesmo tempo, garantisse um bom emprego ao se formar.

“Sabemos que há demanda por profissionais e que eles têm remunerações e planos de carreira muito bons. Ainda faltam dois anos pra eu me formar, mas não estou com pressa. Tenho muito o que aprender, tanto na faculdade como no estágio, e ainda pretendo publicar artigos e apresentá-los em congressos internacionais. É um ramo muito técnico e todo o conhecimento agregado é importante.”

Do mesmo modo, Raphael Huber optou pelo curso de engenharia na UFF, em 2006. “Sabia que o petróleo era uma área promissora para engenheiros. Portanto, a opção parecia boa.” Já formado, trabalha em Aracaju (SE) e acredita que o pré-sal, no momento, representa um enorme desafio. Informações da Agência Brasil.

Olhar Digital: Mediafire oferece 50 GB gratuitos para hospedagem de arquivos


Serviço de compartilhamento de arquivos quer concorrer com Dropbox e Skydrive 


O site de compartilhamento de arquivos Mediafire, famoso pode hospedar conteúdo pirata, decidiu mudar um pouco o seu negócio e apostar em uma estratégia similar àquela usada por serviços como o Dropbox e Skydrive, oferecendo 50 GB gratuitos às pessoas cadastradas. A novidade foi anunciada nesta sexta-feira, 24/8. Apesar das vantagens, o serviço ditou algumas limitações, como a que exige que sejam enviados apenas 200 mb por vez e 15 links por dia.

Além disso, o serviço não sincroniza conteúdo automaticamente, fazendo que o usuário tenha que baixar novamente o arquivo se quiser visualizar modificações.

A versão Pro do serviço, a mais barata da categoria premium, custa US$ 9 mensais e dá 250 GB de espaço, limite de 4 GB por aquivo e possibilidade de criação de 500 links diários. 

UOL: Empresa de segurança relata golpe via e-mail que fez brasileiro perder R$ 101 mil


Empresa de segurança relata golpe via e-mail que fez brasileiro perder R$ 101 mil 
Ana Ikeda

Era para ser apenas mais uma troca de e-mails corriqueira entre um fornecedor e um comerciante de Curitiba, mas um “ruído” na comunicação online entre eles acabou resultando em um prejuízo de US$ 50 mil (cerca de R$ 101 mil). A interceptação das mensagens por um cibercriminoso, segundo a empresa de segurança E-NetSecurity, fez com que ele – e não o fornecedor – “embolsasse” o dinheiro da negociação e o comerciante ficasse sem os produtos.

Segundo Wanderson Castilho, especialista em crimes digitais da E-NetSecurity, contratada para rastrear a origem do golpe online, o cibercriminoso conseguiu interceptar a comunicação entre as duas vítimas, fazendo se passar por elas. Bastou apenas que ele criasse duas contas de e-mail com endereços quase idênticos às originais. Veja abaixo detalhes do golpe, segundo a E-NetSecurity:

Cibercriminoso invade conta de e-mail do
fornecedor chinês 

O empresário curitibano João* (nome fictício) há alguns anos negocia capas de instrumentos musicais com um fornecedor chinês, que conheceu quando visitou o país asiático há cinco anos. “Era como um amigo meu e, desde que voltei para o Brasil, encomendo os produtos de lá para revender aqui no Brasil”, explica.

Mas algo deu errado na última compra de João em abril, quando a tradutora que o ajudava no Brasil saiu de férias. Sem auxílio dela, a compra foi fechada por e-mail e não por Skype. “Fiz o pagamento de US$ 50 mil, fiquei esperando o contêiner com os produtos chegarem e nada. Eu mandei vários e-mails questionando o fornecedor, que me garantia que estava tudo certo”, relembra.

João chegou a cogitar que havia ocorrido algum problema com o contêiner com os produtos. Entrou com um processo judicial para tentar localizar a carga e verificar se alguém havia feito a retirada. No entanto, não obteve sucesso.

Foi em última tentativa de contato com o fornecedor chinês por uma ligação pelo Skype -- com ajuda da tradutora, já de volta ao trabalho -- que João soube que havia caído em um golpe online. “Ele me disse que não havia mandado os produtos porque nunca havia recebido meu pagamento. Foi quando eu vi que tinha trocado e-mails com uma conta de e-mail quase idêntica à dele, mas com um ‘A’ a mais”, explica João.

De acordo com Castilho, é provável que o suposto fraudador tenha obtido login e senha do e-mail do fornecedor chinês, seja por phishing ou por meio de um cavalo de troia (veja abaixo como isso ocorre).

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É o golpe que usa e-mails não-solicitados, aliados a sites fraudulentos -- mas com cara de verdadeiros ou muito similares aos originais -- como isca para roubar dados pessoais. A vítima clica no endereço falso e um código malicioso é instalado na máquina. Ao digitar a senha e login, julgado que se trata de um site verdadeiro, o usuário acaba fornecendo sem perceber essas informações aos criminosos

“De alguma forma o ele obteve acesso à caixa de e-mails do fornecedor chinês e leu sobre a negociação. Então, criou duas contas de e-mails, bastante semelhantes às das vítimas, porém com uma letra a mais”, cogita. Essas contas, diz ele, teriam origem em Santa Rosa, na Califórnia. No entanto, quem aplicou o golpe pode ter usado ferramentas para mascarar o endereço IP (número único de identificação do computador) de onde partiu o ataque.

O suposto golpista, prossegue Castilho, entrou então no meio da comunicação entre China e Brasil, trocando e-mails com as vítimas sem elas perceberem o engano. “Quando o brasileiro enviou o e-mail fechando o negócio, o golpista respondeu como se fosse o chinês usando o e-mail falso. Forneceu dados bancários para o pagamento dos produtos e teve a ‘sorte’ de nenhum dos dois perceber que o endereço de e-mail era diferente.”

IDG Now!: Operadora móvel da Porto Seguro vai rastrear 450 mil carros até 2014




Em operação desde junho, a primeira MVNO do país já instalou seus SimCards em dois mil veículos

A Porto Seguro Conecta, operadora móvel virtual (MVNO), prevê até 2014 rastrear toda a frota da Porto Seguro, com cerca de 450 mil veículos, com instalação de seus chips. A empresa entrou em operação em junho e já monitora dois mil carros com SimCards da sua marca.

Resultado de sociedade entre a Porto Seguro e a Datora Telecom, a MVNO foi primeira autorizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a entrar em operação no Brasil.

O rastreamento de veículos é o primeiro serviço da MVNO disponível ao mercado. Na prática, a Porto Seguro é o primeiro cliente da Porto Seguro Conecta, afirma Italo Flammia, diretor da Porto Seguro Conecta. “O nosso objetivo é oferecer um serviço diferenciado de telefonia móvel, com excelência em atendimento ao cliente, além de otimizar a gestão interna dos custos com telefonia”, diz o executivo.

Inicialmente, a operadora atuará em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas expandirá a sua capacidade para todo o Brasil. “Em cinco anos, devemos alcançar um milhão de assinantes entre M2M (Machine to Machine) e serviços de telefonia móvel”, explica. 

A Datora Telecom vê o início das operações da MVNO como um marco para o país. “É uma grande realização para todos os envolvidos e para o Brasil o início das operações da Porto Seguro Conecta. Estamos democratizando o mercado, oferecendo novas opções de produtos e serviços de telefonia móvel, que são flexíveis e customizáveis”, afirma Wilson Otero, CEO da Datora Telecom.

Primeira empresa de telefonia celular do país a ter um acordo com uma operadora móvel virtual, a TIM é a fornecedora da infraestrutura de rede e o acordo abrange sua utilização em todos os estados do País.

A próxima fase da MVNO, cuja plataforma já está operando, será o lançamento de produtos e planos de serviço de voz e dados. A operadora pretende oferecer serviços diferenciados de M2M e de telefonia móvel a clientes, corretores e funcionários da seguradora.

Convergência Digital: Profissionais de Ti têm valorização média de 15%




Em comparação ao Guia Salarial 2011-2012, os profissionais de TI receberam uma valorização salarial média em torno de 15% no último ano por conta da alta demanda de setores como serviços, farmacêuticas e e-commerce. Os profissionais mais valorizados são aqueles com perfis generalistas, ou seja, que possuem conhecimentos técnicos apurados e que conseguem fazer com que TI seja efetivamente parte dos negócios da empresa.

O gerente de TI com este perfil generalista foi o profissional de maior destaque na área, com aumento salarial de até 30%. “O crescimento da demanda por estes profissionais generalistas se dá pelo fato de serem mais completos, consolidando a grande mudança que notamos no último ano. Eles possuem versatilidade na comunicação e habilidade na gestão e liderança”, afirma Mariana Horno, gerente sênior das divisões de TI, RH e Legal da Robert Half. Com este perfil generalista, o profissional consegue mesclar excelência técnica com habilidades de negociação e comunicação, e também consegue integrar TI e as linhas de negócios de uma empresa.

Analistas de negócios e analistas de ERP também foram cargos que se destacaram no período. O desenvolvimento econômico, principalmente no interior do país, e a numerosa chegada de empresas multinacionais foram alguns dos fatores que contribuíram para que as empresas buscassem profissionais de TI para completar seu quadro de funcionários. O piso salarial de um analista de negócios e de um analista de ERP no nível sênior pode chegar até R$ 19,5 mil e R$ 18,5 mil, respectivamente, dependendo do porte da empresa.

Já a demanda por profissionais de TI para o setor bancário sofreu uma desaceleração devido à crise econômica internacional e às instabilidades dos mercados financeiros.

De acordo com a especialista da Robert Half, para se tornar um profissional de TI mais valorizado no mercado é preciso, além dos aspectos técnicos, possuir habilidade em comunicação, jogo de cintura, boa capacidade de relacionamento, visão de negócios inovadora e real entendimento sobre o negócio da empresa. A fluência em inglês ainda continua sendo a principal barreira na busca por estes profissionais.

Folha: Vitória da Apple contra a Samsung vai impactar consumidores, dizem analistas


FERNANDA EZABELLA

Entre as vítimas da guerra de patentes travada entre Apple e Samsung no tribunal americano, cujo veredicto saiu na sexta-feira, é possível que surjam no campo de batalha alguns consumidores atingidos, que poderão ter que pagar mais caro por produtos e ter menos opções no mercado, de acordo com especialistas.

Há também quem acredite no contrário: o consumidor sairá como maior vencedor, já que empresas de tecnologia vão passar a investir em inovação e aparelhos singulares no lugar de copiar sucessos de vendas.

Fotomontagem: Tony Avelar/Associated Press e Peter da Silva/Reuters 

Kevin Johnson, advogado da Samsung (esq.), e Jason Bartlett, conselheiro da Apple (dir.), após decisão 

Na sexta-feira, um júri popular de uma corte federal na Califórnia decidiu que a Samsung terá que pagar US$ 1 bilhão à Apple por ter violado seis das sete patentes em disputa referentes a design e funcionamento de smartphones e tablets.

Cinco destas foram intencionais, segundo o júri, o que pode fazer com que a juíza responsável pelo caso aumente em até três vezes o valor da indenização. Nos próximos dias, a Apple afirmou que pedirá bloqueio da venda nos EUA de aparelhos da Samsung citados no julgamento. A sul-coreana ainda pode entrar com recurso.

ALTERNATIVAS

"No longo prazo, acredito que fornecedores vão olhar para o que estão levando ao mercado e vão tentar se diferenciar ou pagar, se for opção", disse Carolina Milanesi, analista da agência de pesquisas Gartner.

A busca por inovação e o cuidado redobrado para contornar patentes garantidas pela Apple podem fazer com que o mercado seja inundado de novidades num ritmo bem mais lento do que o atual.

O consumidor poderá ter menos opções nas prateleiras e talvez tenha que encarar preços mais altos em celulares e tablets, já que as fabricantes terão que pagar pelas licenças de patentes da Apple agora garantidas no tribunal.

Uma delas, por exemplo, na qual o usuário belisca a tela para dar zoom, é usada em inúmeros smartphones e tablets de várias fabricantes, que agora terão quer criar alternativas ou pagar por elas.

"Haverá uma grande taxa Apple. Celulares ficarão mais caros", disse o analista Al Hilwa, da agência IDC, ao "Wall Street Journal".

Park Ji-Hwan - 27.jul.2010/France-Presse 

Os smartphones iPhone 3GS, da Apple, e Galaxy S, da Samsung, em loja na Coreia do Sul 

MICROSOFT NO PÁREO

Há quem acredite que a Microsoft possa tirar proveito desta batalha entre gigantes, uma vez que seu sistema operacional Windows Phone é bem diferente do iOS e do Android, ainda que esteja em apenas 3,5% dos smartphones do mundo, segundo dados da IDC.

"Está ouvindo este barulho? É o som dos fabricantes de Android ligando para a Microsoft agora mesmo", escreveu em seu Twitter Paul O'Brian, fundador da MoDaCo, um fórum dedicado a smartphones.

Certamente não é o fim dos litígios, uma vez que a Apple tem processos contra a Samsung em diversos países e chegou a perder alguns.

O próximo passo é esperar para ver a firma californiana atacar diretamente ou não o Google, cujo sistema operacional Android alimenta quase 70% dos smartphones do mundo e causou a ira de Steve Job por ser similar demais ao seu iOS.

"Este processo em particular não vai mudar o mundo, nem a Samsung, nem o resto da indústria, mas poderá abrir a porta para mais vitórias impactantes da Apple", disse Florian Mueller, do blog especializado Foss Patents.