segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

TI Bahia: Prodeb apresenta sua Pesquisa de Satisfação 2013





Salvador, 31/01/2014 - A Diretoria de Relacionamento e Atendimento (DRA/Prodeb), divulgou sua segunda pesquisa de satisfação, promovida entre os clientes daCompanhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia. De acordo com Carlos Stucki (foto), gerente de Suporte ao Atendimento (GSA), a pesquisa pretende obter informações sistemáticas sobre o nível de satisfação da clientela com relação à qualidade de serviços, processos de atendimento, implantação e suporte técnico. O resultado comparativo surpreendeu toda a equipe.

"Esta é a forma possível para avaliar os pontos fortes e fracos e propor melhorias e auxiliar os gestores da Prodeb na tomada de decisões", explica Stucki, destacando que na Pesquisa de Satisfação 2013 a Prodeb obteve um Índice de Satisfação do cliente (ISC) de 85%. "Isto superou a nossa expectativa estabelecida pela pesquisa de 2012, que era de 80%, e ainda avançamos em 13 pontos percentuais ao compararmos 2013 com 2012", acrescentou Carlos Stucki ao lembrar que antes da primeira pesquisa a empresa tinha apenas a percepção de alguns ítens como preço e qualidade de atendimento que depreciava a imagem da Prodeb junto ao cliente.


O primeiro trabalho para ampliar a esta percepção feito foi a pesquisa "Marco Zero", em 2012, que tratava de vários aspectos a exemplo dos canais de atendimento como o Portal da Prodeb, o Registro de Solicitação de Serviço via Web (RSS); parte do atendimento DO Núcleo de Operações e Controle (NOC) e da Central de Atendimento ao Cliente (CAC), além do atendimento dos próprios consultores de negócios. "A pesquisa também observou a qualidade de serviços e produtos, para afunilar na satisfação geral do cliente. São oito questões fechada e uma aberta. Em 2012 o ISC foi de 72%. Como não tínhamos parâmetros, o nosso planejamento estratégico estabeleceu um índice de 80% para 2013", pontou Carlos Stucki


O universo da pesquisa não chega até o alto escalão, como os Secretários de Estados, mas atinge todos os clientes em nível de superintendência, chefe de gabinete, pessoal técnico até o nível de Coordenadores de Modernização (CMO's). A partir dos resultados de 2012 a Prodeb fez uma série de ações colaborativas, implementando uma série de sistemas que diminuíram o fluxo de atendimento do NOC, priorizando o atendimento ao cliente. “Um exemplo é a ferramenta de gestão de TI, através do qual nós abrimos aos chamados, que desafogou o atendimento através do número 7777. Só para se ter uma ideia, nós tínhamos uma defasagem de 30% no atendimento e hoje nós estamos em 9%. São ferramentas que ainda estão sendo implementadas e as ações não terminaram”.

Foto: Equipe DRA/Prodeb


SECOM: Pesquisa registra índice de satisfação dos clientes da Prodeb de 85%


A Diretoria de Relacionamento e Atendimento (DRA) da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) divulgou sua segunda pesquisa de satisfação, promovida entre os seus clientes.
Segundo o gerente de suporte ao atendimento da Prodeb, Carlos Stucki, a pesquisa pretende obter informações sistemáticas sobre o nível de satisfação da clientela com relação à qualidade de serviços, processos de atendimento, implantação e suporte técnico. O resultado comparativo surpreendeu toda a equipe.

“Essa é a forma possível para avaliar os pontos fortes e fracos e propor melhorias e auxiliar os gestores da Prodeb na tomada de decisões”, disse Stucki, destacando que na pesquisa a companhia obteve um índice de satisfação de 85%. “Isso superou a nossa expectativa, que era de 80%, e ainda avançamos em 13 pontos percentuais, ao compararmos 2013 com 2012”.

G1: Anatel coloca no ar site com informações para consumidores


Página oferece números dos serviços de telefonia, internet e TV paga.
Site não tem, porém, canal direto para fazer reclamação à agência.

Fábio Amato


Objetivo é que, nos próximos meses, o site comece a oferecer um canal direto para que as pessoas façam reclamações

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou no ar nesta sexta-feira (31) um novo site, voltado aos consumidores brasileiros em geral, que apresenta números e dados de qualidade de serviços de telefonia, internet e TV a cabo, além de oferecer explicações sobre os canais que devem ser usados para fazer reclamações e exigir o cumprimento de prazos e contratos de prestação.

Esse novo site pode ser acessado pelo endereçowww.anatel.gov.br/consumidor. Ele começou a ser desenvolvido em julho de 2013 e tem uma linguagem menos técnica, para facilitar a compreensão. A página não vai substituir o atual site da agência – que, nos próximos meses, entretanto, deve passar por uma reformulação.

As informações estão disponíveis em abas. Na opção “Seus Direitos”, há uma relação de tópicos por tipo de serviço, como telefonia celular. Nele, é possível saber, por exemplo, que as empresas são obrigadas a informar, com pelo menos 5 dias de antecedência, quando for ocorrer uma interrupção programada do serviço. E que os consumidores têm direito a reparação proporcional ao período em que ele ficou fora do ar.

Já na aba “Dados e Rankings” o consumidor pode acompanhar o número de reclamações recebidas pela Anatel, especificados por empresa e por tipo de serviço. Ali é possível saber que a Oi é a operadora com mais queixas na telefonia celular: 353.307 entre janeiro e novembro de 2013. Na TV por assinatura, a Sky é a mais contestada no período (83.136).

O novo site não oferece a opção de fazer uma reclamação à Anatel. Há, porém, o espaço “Quer Reclamar?”, onde existe um passo a passo que orienta os consumidores a resolverem um problema.

De acordo com a superintendente de Relações com o Consumidor da Anatel, Elisa Vieira Leonel, o objetivo é que, nos próximos meses, o site comece a oferecer um canal direto para que as pessoas façam reclamações à agência.

Folha de S.Paulo: Grupo brasileiro quer ajudar escolas com 'alfabetização' tecnológica


YURI GONZAGA

Até o final do ano, o Envisioning, grupo de pesquisa tecnológica fundado pelo futurólogo Michell Zappa, quer dar início a um projeto de "alfabetização tecnológica" gratuito em escolas brasileiras.
A ideia, segundo Zappa, é "ajudar escolas atuais a entenderem melhor o papel da tecnologia na sociedade".

"Infelizmente, ainda são pouco mais que infraestrutura e qualificação temporária. Ainda não assumiram algumas das premissas da 'convivência virtual', como manter o material didático on-line."

         Apu Gomes/Folhapress
Cintia Ferreira, 27 (esq.), Michell Zappa, 31,
Thiara Cavadas, 22, e Arthur Soares, 27, do Envisioning
Os workshops que darão no projeto terão como base as já utilizadas hoje com empresas clientes do grupo, as quais ajuda a traçar o próprio futuro tecnológico, levando em conta as transformações de dispositivos e processos.

Segundo o pesquisador de 31 anos, as escolas ganhariam um kit "faça você mesmo" para o ensino tecnológico.

O grupo tem como parceira a TNHK, escola de empreendedorismo de Amsterdã, e lançou recentemente um site sobre o futuro do dinheiro.

Para Zappa, que prevê que em cinco anos será possível um carro popular autoguiado, fazer previsões tecnológicas é possível por trabalhar com constantes humanas e observar tendências nas tecnologias que surgem. "Não é como usar uma bola de cristal, mas sim um mapa." 

Folha de S.Paulo: Espionagem e negócios dominam Campus Party 2014


Em sua sétima edição a Campus Party Brasil deixou de lado as "engenhocas" tecnológicas e voltou-se para discussões como a vigilância na internet e o empreendedorismo de start-ups. Os campuseiros enfrentaram o forte calor de São Paulo para entender como montar a sua própria empresa e como fugir da invasão de privacidade.

Dos oito palestrantes principais de 2014, apenas metade pertencia à área de tecnologia, enquanto o restante falou sobre empreendedorismo e inovação. O destaque foi Bruce Dickinson, vocalista da banda de metal Iron Maiden e empresário.

Campus Party 2014

Raquel Cunha - 29.jan.14/Folhapress

DESTAQUES

- Software Livre: Especialistas, entre os quais um vice-presidente da fundação Mozilla, defenderam a adoção dos software de código aberto

- Empreendedorismo - Em 2014, a feira deixou a tecnologia de lado e mirou as discussões sobre como abrir (e lucrar) com a sua própria empresa

- Start-ups - Este ano, a CPBR abriu espaço para uma série de start-ups brasileiras mostrarem seus negócios numa área específica da feira

- Just Dance - Um telão na área aberta do evento fez os campuseiros mostrarem suas habilidades não apenas na frente do computador, mas também como ótimos dançarinos

- Batalhas de Robôs - Quem é fã do seriado "The Big Bang Theory" vai entender. Nerds torcendo fervorosamente por pequenos robôs que tentam se destruir mutuamente

FRASES

"Muitas companhias fecham porque não têm um controle de gastos eficiente e querem crescer antes da hora"
BRUCE DICKINSON, VOCALISTA DA BANDA DE ROCK IRON MAIDEN

"Mesmo após as denúncias, a nossa presidente Dilma e nossos ministros continuam usando Windows. Mesmo com a comprovação de que a Microsoft colabora com a NSA"
SÉRGIO AMADEU, SOCIÓLOGO E DOUTOR EM CIÊNCIAS POLÍTICAS PELA USP

"O Google diz que o Android é aberto, mas ele não é. Ele é disponível, mas aberto é quando qualquer um pode participar e construir o código e não quando apenas uma empresa pode interferir no sistema."
ANDREAS GAL, VICE-PRESIDENTE DE MOBILE DA MOZILLA

"O Marco Civil tem boas intenções, mas não vai resolver os problemas de privacidade e a gente deve ficar atento aos novos elementos que foram inseridos no projeto."
CAMILA MARQUES, ADVOGADA

"Quase todas as pessoas terão uma impressora 3D. Em vez de ir em uma loja ou pedir algo online para ser entregue, eu poderei ir no site da loja, pagar uma pequena quantia para baixar um design, e imprimir em casa"
JOHN LUNN, DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO GLOBAL DO PAYPAL

SOBE
- Estrutura de som melhorou
- Pontualidade das palestras
- Sem problemas de conexão
- 'Caixa eletrônico' troca reais pela moeda virtual bitcoin

DESCE
- Luz - Quedas de energia deixaram a Campus Party no escuro na terça-feira (28).
- Calor - As altas temperaturas registradas em São Paulo fizeram muitos campuseiros sofrerem com o calor nas barras e na área de conexão -ambas sem ar condicionado.
- Preços - Outra alta de 2014 ocorreu nos preços da comida dentro da feira. Os participantes precisaram improvisar num mercado paralelo de lanches.

IDG NOW: Redes sociais e crianças, uma relação delicada


Por Andrea Evora Cals
No final de 2013, ainda durante as aulas eu e todas as mães de meninas fomos chamadas na escola, uma de cada vez. Resumindo muito, as meninas estavam se comportando todas sem respeito umas com as outras, panelinhas, rejeições etc.

Fiquei pau da vida. A minha filha tinha acabado de fazer 12 anos, estava no 6o ano e além de uma conversa séria, resolvi castigar tirando dela todas as formas de comunicação instantânea. Deixei apenas que ela entrasse na internet para pesquisar coisas, pegar emails, etc. Acabei com: Instagram, Facebook, SnapChat, Cinemagram e Skype. Eram os aplicativos que ela usava. Nem era das mais viciadas e eu tinha uma combinação com ela. Desde sempre, ela sabia que eu tinha as senhas e que entraria sempre que quisesse. Sempre fiz isso para desfazer as amizades que ela aceitava por exemplo com adultos. Criança não tem nada que ser amiga de adulto em redes sociais. Qual é o objetivo? Deletava tudo.

Ela ficou uma semaninha incomodada por não estar sabendo de todos os passos das amigas e também de não poder publicar os seus.

Estamos quase em fevereiro e eu nunca mais voltei atrás no que começou como um castigo e se revelou como algo muito óbvio. Crianças e adolescentes não estão preparados pra enfrentar as redes sociais. Elas estão começando a entender quem são, do que gostam. Estão finalmente aos 11, 12 anos se virando e se relacionando com pessoas desconhecidas, em situações cotidianas como fazer uma compra em uma loja, pegar um ônibus, ligar para pedir uma informação. Estão começando a enfrentar as pressões dos colegas, precisam em muitas situações ter força pra manter suas opiniões, pra discordar ou pra concordar.

Entre as amigas é uma loucura porque se uma discorda, a outra fica chateada, mas se ela concorda, a amiga diz que ela não tem personalidade. Algumas se agrupam e acham que a outra é infantil. As outras reagem e dizem que o outro grupo é das metidas. Conviver com isso é o feijão com arroz do adolescente, mas hoje vem acompanhado das indigestas redes sociais. Se uma criança posta no Instagram uma foto sua com duas amigas na piscina, no mesmo instante tem outra amiga em algum lugar que se sente infeliz e excluída.

Presenciei uma coisa muito esquisita. Minha filha estava mandando um recado corriqueiro, via SnapChat pra uma amiga. Algo como “Vamos ao cinema?” Ela gravou com uma entonação. Ouviu, não gostou, apagou. Gravou com outra entonação. Apagou. Gravou de novo, ouviu, aprovou, enviou.

Isso é muito doentio. Edição da vida real. É mais importante enviar uma mensagem muito fofa dizendo “Vamos ao cinema?” do que ir ao cinema.

Vieram as férias e ela passou a ligar para as amigas para fazer algum programa. Foi muito tranquilo e uma coisa curiosa aconteceu. A dependência que ela tinha de estar com as amigas para ser feliz, diminuiu absurdamente. Sem as redes sociais, sem poder assistir todas as aquisições, viagens, caras fofas e citações que estariam cruzando o espaço virtual, ela olhou pra casa dela, pra ela mesma, para as cachorras, procurou o que fazer, acalmou, sentou, viu filmes, ouviu músicas sem que ninguém dissesse que eram boas, ruins, sem comparar as pronúncias em inglês que têm que ser perfeitas entre elas, afinal são todas praticamente estrelas de seriados da Disney, estrelando em seus Facebooks.

Sem redes sociais, a pré-adolescente… desenvolveu habilidades cerebrais nunca antes observadas com o cubo mágico, completando lados com uma rapidez incrível. A cada lado completado, a pré-adolescente se empolga mais e faz em menor tempo. Isso se traduz em satisfação pessoal.

Ao perceber que teria que viver, em vez de ver a vida alheia ou contar o que estava vivendo sem de fato estar, a pré-adolescente passou a providenciar coisas para fazer: planeja férias em lugares legais, economiza dinheiro para realizar planos futuros e reais; fotografa coisas interessantes sem que elas tenham que ser mostradas para as amigas; vê filmes que não estão passando no Disney Channel, passou a conhecer Alfred Hitchcock e já viu “Os pássaros”, “Vertigo” e ” Janela Indiscreta”, Conheceu Jerry Lewis e percebeu que já existia um careteiro antes de Jim Carrey; Acha a “Violetta” uma chata. Parou de cantar aos berros músicas em espanhol e agora canta Beatles, Led Zeppelin, Eric Clapton.

A pré-adolescente, sem poder exibir suas conquistas diárias com “partiu piscina”; “#ganheiumvans; #meutiovaimedarumlong, passou a se deleitar verdadeiramente com as pequenas coisas do cotidiano.

Recentemente, ela me pediu um telefone novo de aniversário. Eu disse que não, mas que se ela tivesse dinheiro, poderia comprar. Ela vendeu roupas usadas, pediu dinheiro de aniversário, dei mais 300 reais pra inteirar e ela comprou o celular dela. E não teve que contar pra ninguém, mostrar pra ninguém. Aprendeu a deleitar-se com sua conquista. E ficou feliz!

Acontece que uns 15 dias depois foi brincar na casa da amiga que não está com as restrições que ela está. Adivinha o que aconteceu. A amiga imediatamente fotografou o celular novo e postou no Instagram com a legenda #perfeito.

No mesmo instante outra amiga perguntou de quem era aquele telefone novo. Ela respondeu que era da minha filha – que estava ao lado assistindo. A outra amiga reclamou porque ela havia escolhido a cor que ela havia dito que gostava e protestou: “Igual ao meu!” A amiga perguntou então: “Você comprou um também?” Resposta: “Ainda não, mas quando eu comprar será dessa cor”.

A antecipação, a comparação, a competição que as redes sociais provocam nos adultos que quase sempre ficam deprimidos ao perceberem com a vida dos outros é incrível, causa uma devastação na autoestima dos adolescentes.

Observações finais até aqui: a pré-adolescente que passava os dias preocupada em fazer parte, em mostrar o que sabe, o que tem, o que gosta, que gosta do que todo mundo gosta, ou que gosta do que ninguém gosta, está mais segura, calma, legal. Conversa muito mais com todo mundo ao vivo. Fala melhor ao telefone. Pensa com a própria cabeça. Tenta descobrir o que a faz feliz sem se preocupar se a sua felicidade é aceitável para as amigas.

O que começou como um castigo temporário, virou regra.

Redes sociais para pré-adolescentes, só com supervisão, em doses homeopáticas.

Aqui em casa, dieta zero.

Apenas como dado curioso, trabalho com internet desde 1995, criei em 1996 um dos primeiros sites onde a participação do usuário gerava o conteúdo do site e não vivo sem internet, mas tenho que admitir que infância e adolescência não combinam com redes sociais.

Os desdobramentos da nossa história você pode acompanhar no blog Muié do Meio do Mato.

G1 - App brasileiro para evitar tragédias ganha R$ 250 mil na Campus Party


Fi-Guardian ganhou a categoria de Cidades Inteligentes do Desafio Fi-Ware.
O sistema integra dados do governo, participação popular e envia alertas.

Helton Simões Gomes
Aplicativo brasileiro Fi-Guardian recebeu o maior 
prêmio da categoria Cidades Inteligentes do 
Desafio Fi-Ware, na Campus Party, e levou 
para casa aproximadamente R$ 250 mil. 
(Foto: Reprodução/YouTube)

Nascido depois da tragédia da região Serrana do Rio de Janeiro, em 2011, um conjunto de soluções informatizadas brasileiro para evitar catástrofes e emitir alertas sobre elas foi o vencedor do Desafio Fi-Ware, realizado na Campus Party 2014. O grupo levou para casa neste sábado (1) um prêmio de 75 mil euros, aproximadamente R$ 250 mil.

Iniciativa da Comunidade Europeia e de empresas privadas, o Fi-Ware reúne diversas aplicações para facilitar o desenvolvimento de novas ferramentas. Algumas das participantes do consórcio são IBM, Nokia, Siemens e Telefónica, que liberam a programadores alguns de seus serviços.

Segundo a equipe do Fi-Guardian, brasileira ganhadora da categoria de Cidades Inteligentes, o desenvolvimento do sistema teria durado até dois anos se não tivesse acesso a esse conjunto de tecnologias. A criação da ferramenta durou um mês.

“A IBM tem o sistema chamado Proton, de análise de eventos, que está lá. É como o Lego, que fornece peças para desenvolver soluções a partir de tecnologias pré-existentes”, disse ao G1um dos programadores da equipe campeã, Marcos Marconi. O Fi-Guardian foi o único projeto brasileiro a ser premiado no Desafio Fi-Ware, que distribuiu outros nove prêmios (cinco para a categoria de Negócios Inteligentes, outros quatro para a modalidade de Cidades Inteligentes). Os brasileiros irão disputar agora a etapa mundial do Desafio.

“Os empreendedores não param de nos surpreender todos os dias, mostrando o que eles podem fazer se dermos as ferramentas certas”, disse Juanjo Hierro, arquiteto chefe e coordenador do Fi-Ware. Segundo a organização da competição, foram enviadas 7 mil ideias diferentes.

Evitando tragédias
O Fi-Guardian é um software que integra em um mesmo local todas as fontes usadas pelo governo para gerenciar desastres naturais (Inea, Cemaden, Inpi e Climatempo, por exemplo). Além disso, permite que as cidades instalem novos sensores para expandir o gerenciamento de risco e fornecer mais informações ao sistema.

A equipe de cinco desenvolvedores é natural de Nova Friburgo, região serrana do Rio, que foi atingida por deslizamentos que deixaram dezenas de pessoas mortas. “Tudo que a gente está colocando no projeto é da nossa experiência real”, afirmou Marconi.

“Existe relatos de bombeiros que entravam nas casas e encontravam crianças abraçadas a ursinhos de pelúcia e famílias reunidas que poderiam ter sido salvas se tivessem sido avisadas.”

Participação popular
Depois de conectar as fontes oficiais de informação, o segundo passo é dar às pessoas a oportunidade de avisar as autoridades via aplicativos instalados em seus celulares sobre situações adversas, para colaborar com a prevenção de situações de risco. Ainda na fase de protótipo, o aplicativo será disponibilizado para iPhones e aparelhos que rodem Android.

“Uma pessoa em uma situação de perigo, que precise de ajuda, da Defesa Civil, ou de alguma autoridade, consegue pedir ajuda pelo celular. Isso vai chegar ao painel georefenciado das autoridades”, explica Marconi.

A colaboração tem dois objetivos. O primeiro é fazer com que a própria população colabore para proteger sua comunidade. O segundo é instigá-la a monitorar áreas de risco, como um rio que em tempos de cheia pode provocar enchentes –o aplicativo dará acesso a câmeras de seguranças de entidades oficiais.

Fora integrar dados de órgãos de gerenciamento e permitir a colaboração popular, o aplicativo também terá um sistema de alerta sonoro para cidadãos que estiverem próximos a regiões perigosas. “Dependendo da localização onde a pessoa esteja, pode receber uma mensagem por voz avisando dos pontos de abrigo mais próximos”, diz Marconi.

G1 - Uso do Facebook para atrair jovens a combater na Síria preocupa UE


Em perfis, belgas e franceses que se juntaram a grupos rebeldes mostram fotos e prometem ajudar novos recrutas.

Abou Shaheed foi combater na Síria 
(Foto: Reprodução/Facebook)

Autoridades da União Europeia estão preocupadas com o uso de sites de mídia social como oFacebook para engajar jovens europeus na guerra da Síria.

A Comissão Europeia recomendou recentemente aos governos do bloco "ir além da proibição ou remoção de material ilegal" postado no Facebook e "passar a publicar mensagens opostas para contrariar as versões dos extremistas" e reduzir o impacto das redes sociais na radicalização de jovens.

Diversas páginas foram abertas no Facebook com mensagens explícitas para tentar recrutar jovens europeus. Páginas supostamente criadas por outros jovens que já lutam em território sírio, exibem um objetivo claro: promover a causa e atrair mais simpatizantes à luta.

A maioria dessas páginas seria de jovens que teriam se convertido ao islamismo radical contra a vontade de suas famílias e passado a integrar os batalhões do Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL), um grupo ligado à Al-Qaeda que pretende instalar a "sharia" (lei islâmica) na Síria.

As autoridades francesas estimam que cerca de 250 cidadãos desse país participam do combate na Síria e outros 150 teriam manifestado o desejo de participar.

Na Bélgica, o ministério de Assuntos Exteriores já identificou cerca de 200 cidadãos que lutam em território sírio, além de 20 já mortos, mas afirma que esses números variam rapidamente.

Incentivo
As páginas trazem estampadas fotos dos supostos combatentes com o rosto à mostra e mensagens disponibilizadas a todo o público da rede social não apenas contra o governo de Bashar al-Assad, mas também contra grupos rebeldes moderados e contra toda forma de democracia.

Em contas abertas com pseudônimos religiosos, são publicadas regularmente fotos mostrando esses jovens em mansões em que viveriam, na região de Aleppo, expropriadas de ricos habitantes que fugiram das cidades depois da chegada dos radicais, e nelas eles comentam seu dia a dia.

"Coloco minhas fotos para dar força aos irmãos para vir (à guerra)", afirma o francês Abou Shaheed ao lado de uma imagem na qual aparece em uniforme camuflado, um grande sorriso no rosto descoberto e um fuzil na mão.
Abu Houdaifa Ahmed, de 21 anos, posta fotos de 
armas em seu perfil (Foto: Reprodução/Facebook)

A mesma justificativa é dada por Abu Houdaifa Ahmed, que se diz belga, de 21 anos. Ele exibe orgulhoso suas armas e uma grande jarra de suco fresco de fruta, explicando como os "candidatos ao martírio" têm tudo o que necessitam na "terra de Alá" que tentam conquistar.

Ismail, outro que se diz belga, afirma que se uniu ao combate há um ano, aos 16 anos. Ele revela um rosto angelical coroado com um turbante em meio a imagens de fuzis AK 47 e lança-granadas.

Nos comentários embaixo das fotos, muitos simpatizantes se dizem "ansiosos por se unir" ao grupo e "combater os infiéis".

Os combatentes na linha de frente prometem ajudar com a logística e "esperar de braços abertos" os novos recrutas, mas não se limitam às palavras.

Simpatia
Warda Salame, jornalista do semanário belga "Le Vif", se passou por um simpatizante e, depois de meses de contatos, recebeu indicações precisas e números de telefone de intermediários que a ajudariam a chegar a uma brigada do EIIL através da fronteira turca.

Até as fotos de cadáveres de companheiros de luta – menos frequentes – despertam simpatia entre os contatos dos combatentes, que louvam a coragem do defunto e desejam "que Alá abra as portas do paraíso" ao "mártir" ou "reserve a mesma honra" a si próprio.

"Viemos todos aqui para isso", lê-se em um desses comentários.

A rede social também é usada para pedir doações e enviar mensagens às famílias, por intermédio de membros do grupo que ficaram no país de origem.

Exibicionismo
Para François Ducrotté, analista do centro de pesquisa International Security Information Service (ISIS), com base em Bruxelas, essa atividade explícita é também uma forma de exibicionismo para jovens procedentes de classes desfavorecidas.

"É um orgulho para eles (mostrar a vida que levam na Síria). Essas pessoas, que são geralmente esquecidas pela sociedade, podem ter um momento de glória lutando por uma causa que talvez nem conheçam. E elas utilizam as redes sociais para ganhar protagonismo", afirmou em entrevista à BBC Brasil.

No entanto, "sendo inconscientes e orgulhosos, (os autores das páginas) também ajudam as autoridades a identificar as células de recrutamento e células terroristas" ativas em seus países de origem, acredita o analista.

O Ministério de Interior da Bélgica afirma que esses sites são monitorados pelos serviços antiterrorismo e que as informações divulgadas nessas páginas são usadas nas investigações sobre os combatentes que voltam ao país.

Segundo a Europol, as autoridades europeias não têm poderes legais para controlar publicações em internet realizadas fora de seu território ou perseguir suspeitos em outros países.

Questionado pela BBC Brasil, o Facebook disse que as páginas identificadas pela reportagem violam as regras do site que proíbem a difusão de conteúdo incitando ou apoiando a violência, mas continuavam no ar porque não haviam sido denunciadas por nenhum usuário.

Os perfis foram rapidamente desativados, mas a empresa admitiu que é incapaz de impedir que as mesmas pessoas criem uma nova conta ou de supervisionar o conteúdo publicado por seus mais de um bilhão de usuários, o que poderia ser qualificado como invasão de privacidade.