Estudo da Ernst & Young Terco aponta que pressa por ingressar na cloud e redes sociais faz com que companhias deixem de lado identificação dos riscos.
Na pressa por adotar tecnologias emergentes e mover-se para o mundo dacomputação em nuvem e mídias sociais, companhias estão criando uma lacuna entre as necessidades dos negócios e a habilidade de lidar com novas ameaças. A constatação é da consultoria Ernst & Young Terco no estudo anual Global Information Security Survey.
De acordo com a pesquisa, com 80% das companhias atualmente utilizando ou considerando utilizar tablets [apontado como o segundo maior desafio para os próximos meses] e 61% usando ou considerando serviços de cloud no próximo ano, a ameaça de violações à segurança fica em segundo plano.
“Apesar de algumas empresas terem adotado a computação em nuvem para serviços específicos, muitas o fizeram de forma não estruturada ou orientada por uma estratégia ou arquitetura”, diz Alberto Fávero, sócio de Consultoria da Ernst & Young Terco com foco em Tecnologia e Segurança da Informação.
A Ernst & Young Terco indica que ajustes de políticas e programas de conscientização são as principais medidas usadas para responder a riscos oferecidos por tecnologias móveis. A adoção de técnicas e softwares de segurança, no entanto, ainda é baixa.
O levantamento, realizado com 1,7 mil organizações em todo o mundo, aponta ainda que 72% das companhias identificam riscos crescentes e ameaças externas. Por outro lado, apenas um terço atualizou a estratégia de segurança nos últimos 12 meses. Os entrevistados apontam a continuidade de negócios a principal prioridade para os próximos 12 meses.
“Companhias estão se perguntando como responder aos novos riscos e emergentes e se suas estratégias precisam ser revisadas. O foco deve deixar de ser correções de curto prazo e passar a ser uma abordagem mais integrada com objetivos estratégicos corporativos de longo prazo”, afirma Fávero.
Mídias sociais
Dos entrevistados, 72% afirmam que ataques externos são os principais riscos das mídias sociais e que esses ataques podem ser alimentados por informações obtidas por meio das redes. O estudo identificou que em vez de adaptar a segurança, 53% das companhias preferem bloquear o acesso.
“Para gerenciar efetivamente riscos em TI em geral, as empresas precisam ter uma visão ampla e abrangente de todas as ameaças envolvidas. Essa perspectiva holística irá fornecer um ponto inicial para identificar e gerenciar desafios e riscos atuais, assim como os que podem surgir com o passar do tempo”, aconselha o sócio da Ernst & Young Terco.
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