quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Outsourcing de TI: revisão de um negócio em expansão - Negócios - COMPUTERWORLD


Muitas das previsões para esse mercado em 2011 não aconteceram. Entre as quais estavam o aumento dos contratos de nuvem e maior desempenho do Brasil nas exportações.

Sempre nesta época, analistas de mercado são rápidos nas projeções para determinados setores. Mas o que aconteceu com as previsões feitas no ano passado? Das 11 tendências traçadas para o segmento de outsourcing TI verifica-se que não se concretizaram nem a metade. Claro, que este é o jogo da terceirização, onde as expectativas sobre o nível de serviço representam cerca de 99,99%. Algumas dessas previsões foram um fracasso: o Egito se tornará o centro do mundo? Haverá uma mega fusão entre uma empresa de grande porte na Índia e um fornecedor dos EUA? Houve falhas nas previsões feitas por especialistas.

Veja a seguir algumas das previsões que foram acertadas e as que falharam:

Revisão dos contratos

Lideres de TI prometiam revisar contratos existentes para reduzir custos. Embora isso seja óbvio, na verdade, sempre ocorreu. Com as pressões para cortes de orçamentos dos CEOS e diretores financeiros para fazer mais com menos, os CIOs estão sempre renegociando contratos de médio prazo para cortar despesas. Mas 2011 pode ter sido o ano em que esse esforço foi maior e bem sucedido. Algumas companhias fizeram ajustes, optando pelo full outsourcing para ficar com um único fornecedor ou terceirizaram mais atividades para obter preços melhores. Essas mudanças geram economias para os compradores.

Serviços na nuvem

Os prestadores de serviços de TI ainda estão tateando na nuvem. Segundo alguns especialistas, povedores de outsourcing estavam com novas ofertas de cloud, embora na realidade muitas não eram novas. Mas isso pode ter jogado a favor deles, pelo menos por enquanto por causa das notícias na mídia sobre ataques de determinadas redes na nuvem que levou à exposição de dados do usuário.

A proteção de dados é a principal preocupação das empresas na hora de contratar serviços na nuvem. Fornecedores de outsourcing reconhecem as ameaças de segurança desse modelo, principalmente quando se trata de rede pública. A infraestrutura compartilhada traz mais riscos que os ambientes privados.

Queda de preços

Os prestadores de serviços mantiveram seus preços. Em 2011, houve queda de preços de alguns serviços. Mas em muitos casos, a redução foi concedida durante processos de negociação para prorrogação dos acordos. Isso em razão de muitos fornecedores não estarem dispostos a comprar empresas ou entrar em negócios que não estejam saudáveis.

Fornecedores de serviços de TI disputam os custos da mão de obra, demissões e terceirização. Todas as grandes operadoras dos EUA continuou a terceirizar suas operações ao redor do mundo. E enquanto fornecedores da Índia têm fortemente negociado suas estratégias de aquisições no mercado norte-americano. Eles também têm feito a maioria de seus investimentos em força de trabalho no exterior.

Fusões

Os analistas previam uma fusão entre um contratante e fornecedor dos EUA com uma prestadora de serviços indiana. Nos últimos anos, muitos observadores de outsourcing de TI vêm sinalizando um e outro casamento entre companhias desses dois países. Mas a verdade é que isso ainda não aconteceu.

As habilidades dos provedores de outsourcing indianos têm sido construída em torno de multinacionais e não há razão para pagar o alto custo de aquisição de qualquer uma dessas empresas. Pode haver uma fusão de fornecedores indianos no futuro para aumentar a competição com as multinacionais maiores. Mas mesmo este cenário é incerto porque muitos provedores indianos ainda são controlados por estruturas familiares. Elas carregam diferenças culturais profundamente enraizadas.

A China, Brasil e Egito serão o centro do universo. Egito fez muitas manchetes em 2011, mas não por terceirização. China está crescendo, mas principalmente como um fornecedor de TI nacionail e regional com serviços de Business Process Outsourcing (BPO).

Os chineses ainda não descobriram como oferecer serviços de valor agregado, além de suas fronteiras. Da mesma forma, o Brasil tem um mercado interno forte em serviços de TI, mas seus negócios com exportação de serviços ainda são reduzidos, em parte por causa das políticas comerciais restritivas do País.

Acertos aproximados

Os analista sinalizaram que haveria uma redução dos constratos de outsourcing em 2011, o que de fato ocorreu. No terceiro trimestre, houve um declínio substancial no mercado de serviços de TI, com volumes de transação mais baixos tanto em terceirização quanto em BPO. Embora haja incerteza sobre economia na Europa e Estados Unidos, não é previsível estimar como será o comportamento desse setor no mercado munndial neste ano.

Até meados de 2012 não é esperado qualquer grande negócio. As empresas ainda estão aguardando para ver o impacto real sobre as questões europeias e se a China consegue manter o mesmo nível de crescimento.

Os contratos de serviços em nuvem ainda não decolaram. Muitas empresas estão avaliando esse modelo com promessas de firmar acordos ao longo do ano. CIOS estão fazendo arranjos, mas departamentos de TI demonstram resistência em colocar alguns serviços na nuvem e estão criando modelos para evitar acordos individuais de cloud. As empresas estão descobrindo o valor da TI, especialmente quando se trata de examinar as propostas, implementar, integrar e gerenciar.