segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

IDG Now!Intel:- Mercado - quer levar tecnologia de chips movidos a energia solar para memória e gráficos


Em evento nos EUA, fabricante afirmou objetivo de levar conceito NTV para outros produtos; processador experimental não deve chegar ao mercado.

O processador experimental alimentado por energia solar da Intel pode ter começado como um projeto divertido, mas a fabricante agora está de olho em estender a tecnologia para aparelhos como processadores gráficos, memórias e unidades de pontos de flutuação.
No ano passado, a Intel mostrou o processador de baixo consumo – carregado apenas por luz a partir de uma lâmpada de leitura – rodando em computadores com Windows e Linux. É esperado que a companhia apresente mais detalhes sobre o processador, que tem o codinome Claremont, na conferência International Solid-State Circuits Conference, que acontece na próxima semana em São Francisco, nos EUA.
O chip, que possui o tamanho de um selo postal, também é conhecido como o processador CPU NTV (near-threshold voltage – perto do limite de voltagem mínimo) por causa de sua habilidade de continuar operando mesmo em níveis extremamente baixos de voltagem. O consumo de energia do processador pode chegar a uma quantidade tão pequena quanto 280 milivolts quando está rodando a 3MHz, e até 1.2 volts quando roda em torno de 1GHz e um melhor desempenho é necessário.
O CPU NTV é desenvolvido para uma extrema eficiência energética para aparelhos de computação, afirmou o CTO da Intel, Justin Rattner, em uma apresentação antes do evento.
“Ele está nos permitindo fazer o produto da Intel mais eficiente energeticamente” ao mesmo tempo em que atinge níveis apropriados de desempenho”, afirma Rattner.
A CPU pode permanecer em níveis próximos do limite de voltagem quando não está em operação, o que poderia manter os notebooks operacionais sem acabar com a duração de bateria. Isso é muito melhor do que colocar um PC para “dormir” ou no modo de hibernação para economizar bateria.
Em uma demonstração realizada no palco do Intel Developer Forum do ano passado, um engenheiro demonstrou um PC rodando uma pequena animação enquanto usava esse processador de baixo consumo. Após a fonte de luz ter sido bloqueada do chip, o computador congelou. A CPU funcionou com memória DDR3 conceito desenvolvida pela Micron e chamada de Hybrid Memory Cube, que é sete vezes mais eficiente energeticamente do que as memórias DDR3 atuais.
“Não era nossa intenção criar um microprocessador alimentado por energia solar”, brincou Rattner, ao lembrar do experimento.
Mas a demonstração foi uma maneira interessante de mostrar o que a companhia estava tentando alcançar com a tecnologia NTV. Os ganhos de energia de 5 a 10 vezes maiores com NTV, diz Rattner. “O desenvolvimento gerou uma enorme quantidade de interesse.”
O próximo objetivo é estender a tecnologia para outros componentes chave dentro de um computador.
“Continuamos a expandir o uso dessas técnicas de baixa voltagem...para placas gráficas e memórias”, afirmou o executivo. A tecnologia também pode profundamente embutida dentro de circuitos para trazer uma maior eficiência energética para supercomputadores.
O processador movido a energia solar é baseado em um design de chip Pentium, e os pesquisadores converteram o circuito lógico para operar em voltagens próximas do limite. A CPU foi feita usando o processo de 32-nanômetros, que é o mesmo usado para fazer o mais recente chip de smartphones da Intel, que possui o codinome Medfield. Esse chip vai aparecer em smartphones e tablets até o final deste ano.
A Intel está apresentando mais detalhes e novidades sobre o layout desse chip no evento em San Francisco, que acontece até 23/2. A fabricante também está apresentando relatórios separados que cobrem memórias, processadores gráficos e unidades de ponto de flutuação em tecnologia de proximidade do limite de voltagem.
A pesquisa em torno da CPU movida a energia solar está sendo feita nos laboratórios de pesquisa da Intel. A companhia afirmou que não espera que esse processador chegue ao mercado comercial, mas que elementos da pesquisa devem ser implementados em produtos futuros da empresa.

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