quarta-feira, 9 de maio de 2012

A Tarde: Escolhido delegado de grupo contra crime digital

 Escolhido delegado de grupo contra crime digital

Charles Leão seguirá com trabalho iniciado em outubro de 2011 



GEORGE BRITO
 

O titular da Delegacia de Repressão a Estelionato e Outra Fraudes (Dreof), unidade integrante da Polícia Civil baiana, Charles Leão, vai coordenar o Grupo Especializado de Repressão a Crimes por Meios Eletrônicos. A nomeação, determinada ontem pelo delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge Oliveira Paixão, ainda será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). A efetivação do delegado Charles Leão vai dar seguimento ao trabalho que o policial iniciou no final de outubro do ano passado, com a criação de um núcleo, dentro da Delegacia de Repressão a Estelionato e Outra Fraudes, para capacitação de policiais em administração de redes de informática.

Equipe

Eles serão lotados na futura delegacia especializada em crimes digitais. Os planos são que a unidade conte com quatro agentes mais o delegado titular. Ainda não há previsão de quando o grupo (com uma escrivã, dois investigadores e o delegado) vai se tornar uma delegacia.

Criado oficialmente no último final de semana, com a publicação no Diário Oficial, o novo grupo da Polícia Civil baiana nasce com a pretensão de preencher a lacunada falta de dados sobre crimes cibernéticos no Estado da Bahia. O delegado Leão assume o desafio, ainda sem ter a precisa dimensão estatística deste tipo de crime. Mas informou que a "maioria" das ocorrências que chega hoje à Dreof passa pelo uso criminoso de meios eletrônicos.

Necessidade

"Da mostragem que temos na Dreof, enxergamos uma real necessidade de criar este grupo", afirmou o delegado. Ele informou que, de forma geral, as ocorrências mais frequentes são delitos contra o patrimônio, pedofilia e crime contra a honra.

Durante um ano e dois meses, tempo em que esteve a frente da unidade, Leão abriu 100 procedimentos de investigação (para crimes cibernéticos ou não), mais de sete ocorrências a cada mês. "Uma das funções do grupo é formar um banco de dados", disse. Segundo ele, o grupo também terá a responsabilidade de dar suporte tecnológico a outras delegacias.

"Vamos fornecer relatórios que ajudem outros delegados a apurar os crimes. Por exemplo, um colega que precise registrar um IP (Protocolo da Internet)", afirmou. Outras atribuições são identificar quadrilhas do crime cibernético organizado e mapear lan houses.

O grupo conta com três agentes (uma escrivã e dois investigadores). Funcionará em um gabinete, na sede da Polícia Civil, na Piedade (Centro), e responderá diretamente ao delegado-geral.

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