sexta-feira, 6 de julho de 2012

IDG Now!: RIM lança sistema para gerenciamento de dispositivos móveis




Enquanto vê a concorrência atacando seu negócio de smartphones Blackberry, fabricante canadense aposta na tendência de uso de aparelhos pessoais no trabalho

Após anos de desgastante concorrência contra nomes poderosos como Apple e Samsung e em má situação financeira - inclusive com grandes cortes de pessoal, a RIM percebeu que deve reforçar sua posição onde ainda tem presença marcante: o mundo corporativo. De olho na tendência BYOD (funcionários usando dispositivos pessoais no trabalho), a empresa anunciou a chegada ao Brasil do BlackBerry Mobile Fusion, solução para administração de dispositivos móveis (MDM).

Além de aparelhos BB (smartphones e tablets PlayBook), a plataforma permite gerenciar dispositivos Android e iOS, dentro de um console unificado com interface web.

“As empresas têm um problema a resolver - a adoção dos dispositivos móveis”, disse o diretor-geral da RIM para o Brasil, Peter Gould. Segundo ele, em encontro recente com um CIO, ouviu a seguinte reclamação: "BYOD devia chamar Bring Your Own Disaster" (traga seu próprio desastre)', ele me disse".

O Fusion é uma plataforma com três módulos: Enterprise Server, para gerenciar smartphones BB; Device Service, para PlayBooks e os futuros aparelhos com sistema BB10 (previstos para 2013) e Universal Device Service, para devices iOS e Android.

O sistema permite concentrar na mesma interface todos os dispositivos de um funcionário, com uma aba do "navegador" para cada (veja imagem).

Tela de gerenciamento do BlackBerry Mobile Fusion

A ferramenta permite estabelecer políticas de segurança para os aparelhos, fazer bloqueio e remoção de dados remotamente e gerenciar aplicativos e software.

Em iOS e Android, o Fusion detecta se o aparelho possui jailbreak (Apple) ou acesso root (Android), e avisa ao administrador. "Essas práticas são enormes riscos de segurança, e o sistema pode barrar o acesso do dispositivo na hora", diz Renato Martins, gerente da RIM.

Também é possível bloquear a câmera e até o navegador-padrão do aparelho. "Mas não podemos fazer tanta coisa como em um BlackBerry", explica Martins. "Os recursos de administração são limitados pelas APIs oferecidas pela Apple e pelo Google", diz.

Devido a essa limitação, não é possível, por exemplo, localizar via GPS aparelhos iOS/Android perdidos ou roubados - somente fazer o bloqueio ou apagar todos os dados remotamente.

Em dispositivos RIM, o Fusion permite criar uma área à parte no sistema operacional, específica para apps relacionados ao trabalho. Essa tecnologia, chamada Balance, pode ser usada pelos administradores para impedir compartilhamento não-autorizado de dados corporativos. É possível, por exemplo, bloquear o envio de um e-mail do trabalho para um endereço pessoal (GMail, Hotmail etc).

"Além disso, as áreas 'trabalho' e 'pessoal' do aparelho não se comunicam", afirma Matt Gueiros, executivo da RIM.

Produto independenteEmbora não revele metas, a RIM aposta na adoção rápida do Fusion entre os clientes da empresa no Brasil, onde ela tem 250 mil servidores de e-mail BlackBerry Enterprise instalados (não revela a quantidade de clientes).

Além disso, a RIM espera competir também com outras soluções de MDM - o Fusion é um produto à parte, que pode ser usado mesmo por empresas que não usam a plataforma BB.

Para isso, a companhia canadense adotou uma política de licenciamento agressiva. O Fusion e os clientes para iOS e Android são gratuitos. A cobrança é por dispositivo ativo gerenciado, e a licença é perpétua. Os preços começam em 256 reais cada (de 1 a 4 aparelhos) e caem até 143 reais (acima de 1000).

O BlackBerry Mobile Fusion também pode ser baixado no site da empresa.www.blackberry.com/fimdocaos. A versão vale por 60 dias e permite o gerenciamento de 60 PlayBooks e 60 devices iOS/Android.

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