sexta-feira, 20 de julho de 2012

INFO: Teles trabalham para minimizar crise



São Paulo - As operadoras de telefonia móvel do país tentam minimizar os estragos de severas sanções impostas na véspera pela Anatel, enquanto múltiplos sinais de insatisfação contra elas se avolumaram.

Executivos da TIM Participações e da Claro reuniram-se ontem com representantes da Anatel, prometendo entregar o plano de investimentos exigido pelo regulador, que as acusou de prestar serviço de má qualidade.

A mais castigada pela agência, que a proibiu de vender novos planos em 18 Estados e no Distrito Federal, a TIM tentou acalmar os clientes com mensagens garantindo que está investindo "para garantir a qualidade dos serviços". No fim do dia, avisou que vai entrar com mandado de segurança contra a decisão da Anatel.

Empresa do bilionário mexicano Carlos Slim, assim como a Embratel Participações, a Claro se antecipou, afirmando que já havia entregue pela manhã um plano de investimentos em melhorias de serviços, na tentativa de abreviar a suspensão das vendas em três Estados.

"Estamos trabalhando para priorizar a entrega de informações para que a resposta seja o mais rápido possível, antes dos 30 dias", disse o presidente da Claro, Carlos Zenteno. A Anatel classificou o documento como apenas "um esboço".

Uma fonte da agência disse à Reuters que os planos das operadoras levarão pelo menos 15 dias para ser respondidos e que o prazo vai depender da qualidade dos projetos apresentados.

Nesta sexta-feira será a vez de o regulador receber executivos da Oi, que teve vendas suspensas em cinco Estados menores. Por isso, suas ações subiram 4 por cento, revertendo a derrocada da véspera.

Enquanto as operadoras se mexiam para tentar amenizar os estragos, o Ministério da Justiça anunciava que a telefonia móvel foi campeã em atendimentos nos Procons do país no primeiro semestre, com mais de 78 mil demandas de consumidores.

Mercado castiga TIM - A TIM não foi a mais castigada apenas pela Anatel. Na bolsa, as ações da companhia tombaram 8,77 por cento, na maior queda diária desde outubro de 2009. As ações de sua controladora, a Telecom Italia recuaram 7,1 por cento bolsa de Milão.

O Bank of America Merrill Lynch reduziu a recomendação para a ação da operadora, de "compra" para "neutra". O Credit Suisse reduziu a classificação de "neutra" para "underperform" (abaixo da média do mercado), assim como o preço-alvo.

"A TIM é claramente a maior perdedora da decisão da Anatel", avaliou também o BTG Pactual, em relatório.

Além do impacto financeiro negativo - já que a operadora está proibida de vender em mais de 60 por cento do mercado de telefonia móvel - o banco também avalia que a medida pode afetar a reputação da TIM após o término da sanção.

Segundo a Anatel, a operadora mais reclamada em cada Estado teve as vendas suspensas. A Vivo, a CTBC e a Sercomtel não tiveram as vendas suspensas, mas também terão que apresentar um plano de qualidade.

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