terça-feira, 14 de agosto de 2012

Bahia Notícias: Aplicativos de rastreamento não ajudam a recuperar iPhones roubados em Salvador


iCloud mostra localização do celular furtado

A possibilidade de rastrear o iPhone em caso de perda ou furto dá a sensação de segurança para quem possui o aparelho. Mas, infelizmente, a tecnologia que permite que o celular – que custa aproximadamente R$ 1.999 – seja localizado não significa que ele será resgatado em caso de roubo, pelo menos na capital baiana. Na tarde da última sexta-feira (10), uma repórter do Bahia Notícias teve o seu aparelho furtado na praça de alimentação do Salvador Shopping, enquanto comprava um lanche no McDonalds. No domingo (12), o equipamento foi localizado em um condomínio residencial no bairro de Campinas de Pirajá, através do aplicativo iCloud. “Fui até a polícia, onde registrei o roubo do iPhone. Levei a exata localização do iPhone, que permaneceu no mesmo local o dia inteiro. Como era final de semana, me informaram que não havia a possibilidade de enviar uma viatura ao local”, conta Mariele Góes, que nesta segunda-feira (13) tentou novamente recuperar o telefone móvel com ajuda da polícia, mas já era tarde. “O aparelho parou de aparecer no iCloud, provavelmente porque a bateria acabou ou porque o ladrão conseguiu desativar o rastreamento de alguma maneira. Me senti impotente porque na véspera, durante o dia inteiro, eu soube onde ele estava, mas não pude fazer nada”, lamentou. A situação vivida por Mariele é comum em Salvador. A produtora cultural Clara Marques já passou por ela três vezes. Na primeira seu celular foi furtado próximo à Sorveteria da Ribeira. “Fui à Polícia Civil registrar o roubo e informei a localização do aparelho. Eles falaram que já era tarde da noite, que a região era uma bocada e que estavam sem contingente. Voltei no dia seguinte mas não conseguia mais rastrear o celular”, conta Clara. A produtora foi assaltada outras duas vezes e novamente enfrentou dificuldade para recuperar o aparelho, mesmo informando onde ele se encontrava. A polícia alegou dificuldade de abordagem e falta de segurança. “Na última vez eu expliquei, inclusive, que tinha como emitir um sinal sonoro bem forte que poderia ajudar a identificar o criminoso quando chegássemos ao local, mas ainda assim colocaram dificuldades”, reclamou. O biólogo Victor Hugo Martinez também teve seu iPhone furtado e procurou a polícia para informar a localização do aparelho. “Quem roubou, ligou o celular três vezes, todas na quarta casa da Travessa da Palestina. A policial de plantão olhou para mim e disse ‘essa hora já está na mão de traficante, quem é o policial maluco que vai querer ir procurar lá?’”, relatou Martinez, que chegou a ser orientado por um policial a investigar o paradeiro do telefone por conta própria, por meio de um notebook. A única coisa que a tecnologia pode fazer pelo biólogo foi ajudar a inutilizar o telefone. “Bloqueei, apaguei os dados, bloqueei a linha. Ele agora é um peso de papel”, conta Martinez, que ainda assim ficou no prejuízo.

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