quarta-feira, 29 de agosto de 2012

G1 :Internet representou 80% do tráfego móvel nas Olimpíadas de Londres



Internet representou 80% do tráfego móvel nas Olimpíadas de Londres
Nos Jogos de Pequim, dados representaram apenas 20% do tráfego móvel.
Olimpíada de 2012 marcou a popularização dos smartphones, diz pesquisa.

Uma espectadora inglesa usa o celular durante
os Jogos Olímpicos (Foto: Dylan Martinez/Reuters)

Nos primeiros Jogos Olímpicos após a popularização dos smartphones, os usuários inverteram a forma de usar os celulares em Londres em comparação com Pequim, em 2008.

Durante as Olimpíadas na cidade britânica, o tráfego das redes de telefonia móvel era 80% de acesso à internet e 20% de voz. Na China, o número era oposto: 80% do tráfego eram voz, contra 20% de dados.

As informações foram divulgadas na terça-feira (28) pelo balanço da Huawei, realizado em parceria com a consultoria Teleco, em um especial sobre como o órgão regulador das telecomunicações do Reino Unido e as operadoras de Londres se prepararam para os Jogos Olímpicos. Para a Copa de 2014 e as Olimpíadas do Rio, em 2016, o tráfego de dados irá se destacar, correspondendo mais de 95% do total, conforme a pesquisa.

“Com os smartphones, no momento dos jogos, o usuário não fica falando no celular, mas quer mandar mensagens e saber o que está acontecendo. Então, esse tipo de tráfego explodiu”, diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco.

Para atender a demanda dos usuários durante os Jogos, a rede da British Telecom, escolhida como operadora oficial do evento, foi projetada para ter quatro vezes mais capacidade que a de Pequim. Para as Olimpíadas, a organização esperava um volume de tráfego dez vezes maior que o registrado em 2010 em Londres, onde a população é de 8,2 milhões de habitantes.

De acordo com a apresentação da Teleco, o YouTube registrou 40% mais tráfego no primeiro dia de competição, enquanto o Facebook teve um aumento de 87% nos dois primeiros dias do evento. Na cerimônia de abertura, o tráfego do aplicativo WhatsApp cresceu 430%, e a troca de mensagens SMS teve um aumento de 182%.

Conforme a pesquisa, apesar da estrutura preparada para os Jogos Olímpicos ter atendido as necessidades do evento, apenas 15% dos usuários de internet 3G tentaram assistir a vídeos ao vivo pelo smartphone. Destes, 70% não tiveram êxito. No primeiro dia da competição, o tráfego de streaming de vídeos teve um aumento de 217%.

Conexão Wi-Fi

Para desafogar a rede de terceira geração (3G), a British Telecom disponibilizou conexão Wi-Fi nos pontos com maior concentração de público. Para isso, foram selecionados 94 locais, sendo 34 de competição. Para as Olimpíadas, a BT também intensificou a implantação da sua rede Wi-Fi em Londres, atingindo 500 mil hotspots.

Além disso, 80 estações de metrô foram atendidas com internet Wi-Fi. As outras operadoras da cidade também fizeram um acordo de compartilhamento da rede Wi-Fi da BT. Elas ofereceram o serviço de forma gratuita a seus clientes em 4 mil hotspots, de acordo com a Teleco.

Compartilhamento

Para Eduardo Tude, a ação mais importante dos Jogos Olímpicos de 2012 foi o fato de as operadoras de telecomunicação terem unido e criado o Joint Operators Olympic Group (JOOG) para promover o compartilhamento da infraestrutura.

O JOOG permitiu o compartilhamento da cobertura feita em todo o Parque Olímpico. Para isso, os equipamentos das operadoras ficavam juntos em um grande local, denominado “BTS Hotel”, onde era feita a divisão do sinal vindo da rede de antenas para cada uma. “Cada operadora estava presente em todos os lugares, mas não foi cada uma pendurar sua antena ou torre na Vila Olímpica porque isso viraria um caos”, opina Tude.

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