Os usuários do Facebook agora podem ajudar os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) a vencer a "batalha" contra os réus do mensalão, pelo menos na rede social.
O esquema de compra de apoio político no Congresso virou o aplicativo "Batalha do Mensalão", um jogo em que o personagem principal é o ministro relator do caso --atualmente em julgamento no Supremo--, Joaquim Barbosa.
No game, o usuário comanda Barbosa, que atira em quatro réus do processo: José Dirceu, José Genoino, Marcos Valério, Delúbio Soares. "[O Joaquim Barbosa] tem o olhar da Justiça e o objetivo é atirar, ou seja, levar a Justiça para esses mensaleiros", diz o diretor de criação do game Rubens Blajberg, 30, que ajudou a criar o aplicativo.
Ao mesmo tempo em que atira, o ministro relator tem que fugir dos tiros dos réus: "os mensaleiros atacam com dinheiro, comprando todo mundo". O jogador passa de fase quando consegue atirar em todos os réus, e perde quando Barbosa é atingido por seus tiros até perder as três vidas.
Tela da 'Batatalha do Mensalão' no momento em que o ministro Lewandowski puxa a toga de Joaquim Barbosa
Duante o jogo, há outras referências ao escândalo, como a tela de carregamento do jogo, que é uma cueca cheia de dinheiro, até as passagens do ex-presidente Lula, que aparece como "convidado especial", com interrogações na cabeça, uma referência à dúvida sobre seu conhecimento a respeito do esquema.
Há ainda participação do ministro revisor do caso no STF, Ricardo Lewandowski, que puxa a toga de Joaquim Barbosa, tornando-o mais lento e dificultando sua missão de atirar nos "mensaleiros". Os dois ministros protagonizaram diversas discussões desde o início das sessões do julgamento.
Desde quinta-feira (11), quando foi lançado, a página do game já teve mais de 20 mil acessos e ao menos 7.000 usuários já jogaram pelo aplicativo no Facebook --também é possível jogar direto no site da PlayerUm, empresa que desenvolveu o aplicativo.
CRIAÇÃO
Esta não é a primeira vez que a empresa lança aplicativos com base em assuntos em destaque no noticiário. "A gente já tem o costume de fazer games sobre temas que estão na imprensa, e a gente achou que o game sobre o mensalão seria uma boa forma de mostrar que o jovem está interessado em política", diz Blajberg.
Além da "Batalha do Mensalão", há outros jogos como o "Rio Boomeiro", em que o objetivo é pular bueiros que explodem no Rio de Janeiro; o "Roba Roba", uma versão de "Pac Man" em que um político corrupto rouba dinheiro; e o "Tomatocracia", criado durante a campanha presidencial de 2010 e onde o jogador pode atirar tomates nos candidatos.
Também participaram da criação da "Batalha do Mensalão" os desenvolvedores Flávio Stoliar, 28, Felipe Mello, 26, e Augusto Palmieri, 26.
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