Exemplo de chip fabricado pela Marvell
Um júri federal de Pittsburgh, na Pensilvânia, ordenou nesta quarta (26) que a Marvell Technology indenize em US$ 1,17 bilhão (cerca de R$ 2,4 bilhões) a Universidade Carnegie Mellon, também situada na cidade, por infringir patentes na fabricação de chips para HDs (discos rígidos).
É a terceira maior multa aplicada em um caso de patentes, segundo a Lex Machina, uma empresa de análise de propriedade intelectual.
A Marvell, que tem entre suas marcas a MSI, anunciou que recorrerá da decisão.
Já a universidade pode requerer o aumento da indenização em até três vezes, já que o júri decidiu que houve intencionalidade nas infrações.
As patentes, emitidas em 2001 e em 2002, dizem respeito a uma técnica que emprega ruído para escrita nos discos rígidos. Seus autores são o professor português José Moura e seu então aluno Alek Kavcic, que fez seus estudos de graduação na Sérvia e é hoje professor da Universidade do Havaí.
Ao "Wall Street Journal", um representante da Marvell disse estar decepcionado com a decisão, mas confiante na sua anulação.
Por meio de um comunicado emitido nesta quinta (27), a companhia disse que contestará "vigorosamente" a determinação.
A empresa de advocacia K&L Gates divulgou um comunicado em que diz ter um "orgulho especial" da vitória pela relação da firma com a Universidade Carnegie Mellon.
O julgamento durou quatro semanas e culminou no veredito, definido pela juíza Nora Barry Fischer.
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