São Paulo - As promoções das operadoras de telefonia celular estão suspensas até janeiro.
A Anatel tomou a decisão de interromper as ofertas das teles após o aumento no volume de reclamações dos clientes.
A decisão visa diminuir a atração de novos clientes pelas teles neste final de ano. O temor da agência reguladora é que, ao ampliar suas bases de clientes ou incentivar seus atuais clientes a falarem mais, as operadores anotassem queda na qualidade dos serviços prestados, já considerados ruins pela agência.
Esta não é a primeira vez que a Anatel suspende promoções. Há um mês, a agência proibiu a promoção “Infinity Day” da TIM, que permitia ao usuário realizar chamadas ilimitadas para outros celulares da operadora pagando R$ 0,50 por dia. Naquele mês, a Claro também teve pedido de oferta semelhante recusada pelo órgão regulador.
Ao perceber a movimentação na agência, a operadora Oi desistiu de lançar uma promoção de mesmo formato por conta de uma possível intervenção da Anatel.
A decisão da agência tem caráter temporário. A Anatel está preocupada com a sobrecarga das redes móveis neste final de ano, período tradicionalmente difícil para as empresas de telefonia. A tendência é que o órgão regulador libere a guerra de promoções a partir de janeiro.
Procurada pela INFO, a TIM informou que cumprirá os prazos do órgão regulador e voltará a estudar as estratégias de promoções apenas após a liberação da agência. A operadora Vivo afirmou que lançou promoções que obedecem as regras impostas pela Anatel. Oi e Claro não puderam ser contatadas.
Desde o início do ano, a Anatel endureceu seu controle sobre as teles móveis. Em julho, a agência chegou a proibir TIM, Claro e Oi de adicionar novos clientes à sua carteira em diversos Estados do Brasil até que as teles apresentassem um plano de investimentos.
Para auxiliar as operadoras, a agência pediu ao Congresso a aprovação de uma nova lei que desburocratiza a instalação de antenas de telefonia nas cidades brasileiras. Além disso, o ministério das Comunicações planeja reduzir os impostos sobre equipamentos usados pelas teles para ampliar sua infraestrutura móvel.
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