quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Convergência Digital - Postagem de conteúdo inapropriado diminui chance de entrevista de emprego



Na era da conectividade, as mídias sociais têm se tornado importantes ferramentas para os profissionais de recursos humanos e posts de fotos de bebedeiras, nudez ou conteúdo ofensivo podem ter alto impacto sobre a candidatura para vagas de emprego. Segundo pesquisa da AVG Technologies, fabricante de softwares de segurança para computadores, 90% dos recrutadores buscam perfis abertos dos candidatos na rede para analisar sua adequação à vaga. Quando se deparam com fotos de nudez ou bebedeira, as chances de contratação podem diminuir mais de 90%.

O estudo consultou 230 profissionais de recursos humanos dos Estados Unidos e Reino Unido e mais de quatro mil jovens de 18 a 25 anos em 11 países. Surpreendentemente, a maior parte dos jovens entrevistados nunca revisou seus perfis online, o que potencialmente pode afetar suas carreiras. Como resultado, quase metade dos recrutadores têm a percepção de que os jovens adultos não estão administrando sua vida online efetivamente, não conscientes de que precisam agir de forma responsável na rede.

“Atualmente, o conteúdo online postado por um candidato ou sobre ele é equivalente a uma primeira entrevista, em que a empresa tem suas primeiras impressões sobre a pessoa. A pesquisa da AVG reforça que nossa identidade digital pode ser tão importante quanto o currículo em algumas situações”, comenta Tony Anscombe, embaixador dos produtos free da AVG Technologies.

A pesquisa também indicou que os norte-americanos estão mais propensos a dispensar um candidato por causa de descobertas feitas na internet do que os ingleses. Mais de 80% dos entrevistados americanos afirmaram eliminar pessoas com fotos embriagadas na internet, enquanto no Reino Unido o número ficou em 70%. As fotos de nudez motivariam dispensa de candidatos para 91% dos americanos e 75% dos ingleses.

Jovens que postam com critério podem ser beneficiados por essa realidade: mais de dois terços dos entrevistados disseram já terem sido influenciados positivamente pelos resultados das pesquisas sobre os candidatos na internet. Em um mercado de trabalho competitivo, pessoas experientes e cautelosas podem se diferenciar administrando de forma proativa seus perfis.

O diretor de Marketing da AVG Brasil, Mariano Sumrell, alerta que recrutadores brasileiros seguem a tendência mundial de consultar a rede. “As mídias sociais são bancos de dados riquíssimos: mais de 90% dos usuários de internet no Brasil utilizam essas ferramentas, porém poucos fazem uso das configurações de privacidade. Assim, qualquer pessoa pode ter acesso aos conteúdos postados. Para não perder oportunidades de trabalho, é importante fazer essa configuração e, acima de tudo, postar com prudência, evitando conteúdos que possam denegrir sua imagem”, reforça o executivo.

Outras conclusões da pesquisa:

• Mais de 90% dos gerentes de RH consideram a postagem de fotos com nudez uma razão para não entrevistar candidatos. Outras rações incluem: evidências de comportamento ofensivo (91%), comentários negativos ou depreciativos sobre empregadores anteriores (quase 95%) e opiniões extremistas sobre assuntos como raça (93%);

• Diversas plataformas são usadas para avaliar os candidatos nos Estados Unidos: Google (85%), Facebook (81%), LinkedIn (71%), Twitter (39%), Instagram (18%) e Flicker (15%). No Reino Unido o ranking ficou diferente: Facebook (85%), LinkedIn (72%), Twitter (47%), You Tube (23%), Instagram (16%) e Flicker (15%);

• Apenas um em cada três recrutadores confia nas informações postadas pelos próprios candidatos no LinkedIn;

• A maior parte dos recrutadores ou gerentes de recursos humanos (62% nos EUA e 65% no Reino Unido) considera o resultado dessas pesquisas online importantes ou muito importantes;

• Cerca de 50% desses profissionais já excluíram pessoas de processos seletivos por causa de seus perfis online; mais de 40% deles acreditam que os jovens adultos não estão cientes da responsabilidade com a qual devem lidar com seus perfis nas redes sociais;

• Quase 60% dos entrevistados não costumam analisar seus próprios perfis para apagar informações que possam ser inapropriadas.

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