terça-feira, 26 de março de 2013

CIO: Mercado corporativo brasileiro ainda não aderiu aos tablets



A IDC reviu para cima as projeções de vendas de tablets no mercado brasileiro em 2012 e 
2013. No ano passado o foi o dispositivo que apresentou a maior taxa de crescimento no mercado brasileiro. Foram vendidos 3,1 milhões de unidades, ou seja, 171% mais do que em 2011, quando o País havia registrado a venda de 1,1 milhão de equipamentos. Somente no quarto trimestre de 2012 foram vendidos 1,1 milhão de tablets, revela estudo da IDC.

Os números são maiores do que os divulgados no início do mês, quando a consultoria fez o balanço do mercado brasileiro de PCs, que encolheu 2% em 2012. Na ocasião a IDC projetou as vendas de tablets em 2,9 milhões de unidades.

Para o ano de 2013, a IDC espera que sejam vendidos 5,8 milhões de tablets, número 89,5% maior do que o do ano passado e maior também que a estimativa divulgada dia 19 de março (5,5 milhões). O mês de janeiro de 2013, segundo o estudo mensal da consultora, teve vendas de 350 mil peças, apenas 15% mais baixo quando comparado com o mês de dezembro de 2012, considerado o mais representativo desde o início das vendas de tablets no Brasil.

Pesquisa da IDC aponta que do total de tablets vendidos no País no ano passado, 77% têm o sistema operacional Android e quase 50% dos dispositivos custaram menos de 500 reais. 

A entrada de equipamentos com esta faixa de preço foi o principal fator para o aumento significativo de vendas de tablets em 2012. Em 2010 e 2011, os valores ainda eram considerados altos e o leque de opções não era tão extenso. 

“No ano passado, algumas empresas que até então fabricavam GPS passaram a produzir tablets e os preços ficaram mais convidativos. Além disso, a maioria dos fabricantes de computadores que atua no mercado brasileiro está incluindo o tablet em seus portfólios de produtos”, declara Pedro Hagge, analista de mercado da IDC Brasil.

Dos 3,1 milhões de dispositivos vendidos em 2012, 88% foram para usuários domésticos e 12% para o mercado corporativo. Na comparação com 2011, o segmento doméstico cresceu 159% e o corporativo 303%. 

“Desde que os tablets foram lançados, é um mercado que sempre aponta para números crescentes, ou seja, em nenhum trimestre houve queda. Com certeza é um dispositivo que colabora para a inclusão digital já que é boa alternativa para quem precisa consumir conteúdo e não produzir muita informação”, completa Hagge.

A chegada do tablet aumentou o tempo de vida de um computador, fazendo com que o consumidor demore mais tempo para renovar seus desktops ou notebooks. “Embora o usuário esteja comprando menos computadores, entendemos que os dispositivos têm funções bem distintas e que o tablet não é, de forma alguma, um substituto”, finaliza Hagge.

Quando comparado com o mercado de computadores no Brasil o que se vê é que foram vendidos, em 2012, um aparelho para cada cinco computadores. Em 2011 era um tablet para cada 14 computadores. 

Nos Estados Unidos, vendeu-se, em 2012, praticamente um dispositivo para cada notebook. Já na China foi um tablet para cada oito computadores. No ranking mundial do mercado de tablets, o Brasil ocupa a décima posição. O país havia fechado 2011 na décima segunda posição.

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