terça-feira, 9 de abril de 2013

G1: G1 compara conexões 3G e 4G na Arena da Baixada, em Curitiba


 
Teste foi feito do local onde ficarão as cabines de 
imprensa na Copa de 2014.

A quarta geração de banda larga móvel (4G) deve entrar em prática até o dia 30 de abril nas seis cidades-sede da Copa das Confederações de futebol (Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte). No dia 27 de março, o G1 testou o acesso 4G, que foi lançado pela operadora Claro em Curitiba no início do mês de fevereiro.

Os testes foram feitos na Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR que será palco de partidas da Copa do Mundo de 2014, com smartphones e chips cedidos pela Claro, única operadora que oferece o serviço 4G em Curitiba. No local, a nova tecnologia chegou a apresentar desempenho 13 vezes superior em relação ao 3G. O teste comparou o desempenho das redes em aplicações como acesso a redes sociais, download de aplicativos, além da exibição e vídeos.

De acordo com especialistas em telecomunicações, a banda larga móvel de quarta geração deve alcançar uma velocidade de acesso 20 a 40 vezes mais rápida, em média, do que a oferecida pelas atuais redes 3G – entre 256 kilobits por segundo (Kbps) e 1 megabit por segundo (Mbps).

Além da capital do Paraná, a Claro oferece o serviço de acesso móvel pela tecnologia 4G em Porto Alegre (RS), Recife (PE), Paraty (RJ), Campos do Jordão (SP) e Búzios (RJ). As operadoras Oi, TIM e Vivo informaram que trabalham para iniciar oferta do acesso 4G até o prazo estabelecido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em 30 de abril. O cronograma da Anatel prevê exige que até abril as cidades sede da Copa das Confederações estejam pelo menos 50% cobertas pela nova tecnologia. Até a Copa de 2014, a cobertura deve atingir todas as capitais com mais de 500 mil habitantes.

De acordo com diretor regional da empresa para o Paraná e Santa Catarina, Carlos Cipriano, a Claro possui atualmente 101 pontos de cobertura em Curitiba, que abrangem 47 bairros da cidade. A lista completa está disponível no site da operadora.

Testes

Os testes sequenciais de velocidade foram realizados com o aplicativo SpeedTest, que utiliza servidor da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) para verificar o desempenho das conexões. A reportagem estava posicionada onde será erguido o setor “Brasílio Itiberê”, que abrigará as cabines e imprensa da Arena da Baixada. Os aparelhos Motorola Razr HD, com os chips 3G e 4G, foram fornecidos pela Claro.

Confira os resultados:

 
Aplicativo SpeedTest mediu a velocidade de acesso
à internet nas redes 3G e 4G.

Velocidade

O G1 efetuou três testes sequenciais de velocidade, que apontaram para uma velocidade média, nas redes 4G, de 7,64 megabits por segundo (Mbps) no download e de 10,62 Mbps no upload. A velocidade do 3G chegou apenas a 2,96 Mbps no download e a 1,23 Mbps no upload.

O teste seguinte foi feito com um vídeo de dois minutos postado no catálogo do G1. A reportagem demorou quatro segundos para ser visualizada com o aparelho com chip 4G, quatro vezes mais rápido do que a visualização com o aparelho de chip 3G. No tempo total, considerando o clique inicial até a visualização, o resultado foi de 16 segundos na conexão via rede 4G, e de 28 segundos na rede 3G.




Os testes no YouTube foram divididos em duas partes – download e upload. Na primeira etapa, de download, foi levado em conta o tempo para visualizar um vídeo de 30 segundos disponível no site – tarefa que o 4G levou cinco segundos para realizar, enquanto o 3G precisou de dez segundos para exibir.

Já na segunda parte, a reportagem postou vídeos de 35 segundos mostrando o andamento das obras da Arena. Este teste registrou a maior diferença entre as duas tecnologias, já que o 4G foi treze vezes mais rápido do que o 3G. Enquanto o vídeo foi postado em 44 segundos na velocidade mais alta (4G), na conexão via rede 3G a postagem levou dez minutos e cinco segundos.



Neste teste a reportagem utilizou fotos recém-registradas das obras da Arena da Baixada para avaliar o tempo de publicação. Neste teste, pelo acesso via rede 4G o upload da foto e sua publicação no Facebook levaram 8 segundos, enquanto na conexão 3G o mesmo procedimento foi realizado em 17 segundos.


Game

Por fim, o último teste foi o download do game “Dead Trigger”, que com 164 Megabytes (MB) de tamanho levou três minutos e 25 segundos para ser baixado com a tecnologia 4G. Já com o chip 3G, o tempo foi três vezes e meia maior, com 11 minutos e 55 segundos de demora para download.



A rede social, que permite postagens de até 140 caracteres, também foi utilizada para aferir os desempenhos. Neste caso, a diferença foi de apenas um segundo entre a postagem feita com o chip 4G – quatro segundos -, e a publicação realizada com o aparelho 3G, que levou cinco segundos para ir ao ar.

 
Tecnologia 4G tem melhor desempenho em
ambientes externos.

Entraves das redes 4G

Por enquanto, a cobertura atual da nova banda larga móvel está mais voltada aos espaços externos devido à frequência de 2.5 GHz, que vem sendo utilizada no início da prestação deste serviço no Brasil. “A frequência de 2.5 GHz tem dificuldade de penetração (...). Então nós privilegiamos, em um primeiro momento, áreas outdoor para que os nossos usuários pudessem ter a primeira experiência”, explicou o diretor regional da Claro. A tendência deve mudar com a adoção da frequência de 700 MHz para complementar a oferta de acesso à internet móvel nas redes 4G. “A diferença é que você precisa de muito mais antenas para cobrir uma mesma área atualmente”, detalhou.

Os entraves ficam por conta das dificuldades das operadoras em negociar a permissão de instalação de antenas, de acordo com Cipriano. Uma das saídas encontradas tem sido o compartilhamento de antes com outras empresas, mas muitas instalações esbarram na burocracia. “Algumas cidades são mais problemáticas, outras menos. Curitiba é uma cidade em que a legislação é muito dura nesse aspecto, até pelas questões de ser uma cidade muito bem planejada. Mas de qualquer forma, ela tem uma legislação que é no mínimo dez anos defasada à realidade atual”, criticou o diretor da Claro.

Segundo Cipriano, os clientes que têm aderido ao 4G na Claro são informados no momento da compra sobre o processo inicial de adoção, e questionados sobre as localidades que percorrem. “Desde o primeiro momento, os times de loja têm de ser absolutamente transparentes com o cliente. A gente prefere não vender, se perceber que o uso dele não vai ter essa realidade, do que vender e ficar essa insatisfação”, garantiu Cipriano.

Todos os pacotes do 4G disponibilizados pela operadora possuem franquia de 5 gigabytes (GB), com preços a partir de R$ 205,10. Os pacotes variam até R$ 385,72, dependendo da quantidade de minutos de voz escolhida.

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