quinta-feira, 11 de abril de 2013

IdgNow!: Chegou a hora de dar adeus aos feature phones



Agora que o governo desonerou os smartphones de PIS e Cofins, qual é a expectativa do mercado? “Esperamos chegar ao fim deste ano com os smartphones representando 50% dos aparelhos em uso no Brasil”, afirma o diretor de produtos de Telecom da Samsung, Roberto Soboll. Hoje não passam de 27%, nas contas da própria Anatel.

A expectativa do governo é que o preço dos aparelhos diminua em torno de 30% em comparação preço dos produtos importados. Segundo Soboll, na prática a inclusão dos smartphones na Lei do Bem deverá provocar uma queda de 10% nos preços preços atuais, dos aparelhos topo de linha hoje até à base da pirâmide, com efeito maior nos equipamentos de entrada.

“Hoje temos colchões de vendas em três faixas de preço, que deverão ser beneficiados com a desoneração: os samrtphones de 400 reais, os de 600 reais e os acima de mil reais”, diz o executivo. “As vendas maiores deverão acontecer nos dois extremos”, completa.

No topo, a chegada ao mercado da mais nova geração de smartphones já para as vendas do Dia das Mães _ o Galaxy S4, 4G, por exemplo, começará a ser vendido a partir de 2.480 reais _ provocará a queda natural de preço de aparelhos com o Galaxy S3, que em algumas operadoras já poderá ser enquadrado na desoneração. E na base, os aparelhos mais baratos propiciarão a migração dos usuários de feature phones para o mundo dos smartphones, um desejo reprimido do consumidor, que agora terá condições de preço para mudar de categoria.

Nas contas de Soboll, aparelhos que hoje estejam na faixa de 1.650 reais, de modo geral, vão cair de preço para poderem usufruir os benefícios da desoneração, deixando o mercado mais competitivo.

O esperado aumento de vendas não só aumentará a demanda pelos serviços de telefonia móvel, pressionando as operadoras a investirem mais nas redes, como desafiará fabricantes e operadoras a educarem os consumidores, especialmente os da faixa de entrada, para o uso de novas recursos de comunicação de dados, como navegação na internet a partir dos dispositivos móveis.

A Samsung, por exemplo, investindo pesado no desenvolvimento local de aplicativos, já que o ato do Ministério das Comunicações que definirá as características técnicas dos aparelhos passíveis da desoneração inclui a obrigatoriedade do desenvolvimento de aplicativos no país. Está prevista até a criação de um Comitê de aplicativos móveis que estabelecerá diretrizes para o desenvolvimento de aplicativos e como poderão ser embarcados nos smartphones beneficiados pela desoneração.

A intenção do governo é fomentar o desenvolvimento de aplicativos focados nas necessidades brasileiras e não apenas traduções de aplicativos de sucesso desenvolvidos em outros países.

Outro benefício esperado com a desoneração é incentivar a disponibilidade de aparelhos 4G no padrão brasileiro, resultado do leilão realizado em junho de 2012. Hoje existem apenas três modelos com 4G no mercado brasileiro. Razão pela qual a Samsung já decidiu posicionar o Galaxy 4S entre os terminais LTE.

“Aparelhos [como o Galaxy S3] já podem operar em 4G, mas provavelmente o consumidor precisrá ir até a operadora para ativar o recurso. Não vai ser como o 3G, que o usuário, mesmo não tendo um plano de dados próprio para 3G acaba usando. Provavelmente, o uso do 4G exigirá a troca do simcard e a contratação de um plano de dados mais apropriado para o aumento do consumo de comunicação de dados”, diz o executivo da Samsung.

Veja abaixo, no gráfico do Ministério das Comunicações, o crescimento da venda de smartphones desde 2009. Naquele ano, foram comercializados dois milhões de smartphones, enquanto que, em 2012, esse número chegou a 16 milhões – ou seja, um crescimento de 700%.

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